A ação do último filme que Charles Chaplin realizou nos Estados Unidos, Luzes da Ribalta/Limelight, de 1952, se passa na sua cidade natal, Londres, em 1914 – quase exatamente a época em que ele, bem jovem, começava sua carreira como comediante de vaudeville. Continue lendo “Luzes da Ribalta / Limelight”
O Mundo de Apu / Apur Sansar
Quando, em 1952, começaram as filmagens de A Canção da Estrada – o filme que conta os primeiros anos da vida do garotinho Apu, no interiorzão da Bengala Ocidental, nos anos 1920, quando todo o Subcontinente Indiano era possessão britânica –, Satyajit Ray nunca havia realizado qualquer coisa relacionada a cinema. Em 1959, quando lançou este O Mundo do Apu, o terceiro tomo da Trilogia de Apu, seu nome já era respeitadíssimo nos festivais e entre os cinéfilos antenados como o de um dos grandes cineastas de todo o mundo. Continue lendo “O Mundo de Apu / Apur Sansar”
Sindicato de Ladrões / On the Waterfront
On the Waterfront, no Brasil Sindicato de Ladrões, que Elia Kazan lançou em 1954, é um dos grandes monumentos da História do Cinema. Visto ou revisto hoje, permanece tão forte, poderoso, impactante, impressionante quanto seguramente deve parecido na época de seu lançamento, 67 longos anos atrás. A beleza do filme, a extraordinária expressividade de várias de suas sequências são assombrosas. Continue lendo “Sindicato de Ladrões / On the Waterfront”
Jeca Tatu
Jeca Tatu, de 1959, foi o décimo dos 32 filmes estrelados por Amácio Mazzaropi, humorista, cantor, ator, produtor e um dos maiores astros da história do cinema brasileiro. De uma certa maneira, porém, Mazzaropi foi a encarnação do Jeca em boa parte de sua fantástica carreira. Continue lendo “Jeca Tatu”
Pão, Amor e… / Pane, Amore e…
Pão, Amor e…, comédia italiana de 1955, é uma danada de uma bobagem. A rigor, bem a rigor, uma porcaria. Engraçada pra cacete, é verdade. Para quem gosta de filmes, é uma delícia, uma gostosa brincadeira, cheia de nomes importantes, cercada por muitas histórias. Continue lendo “Pão, Amor e… / Pane, Amore e…”
Quando Voam as Cegonhas / Letyat zhuravli
Quando Voam as Cegonhas, produção do Mosfilm de 1957, é uma daquelas obras importantes, marcos da História do cinema. Foi o primeiro filme soviético, em décadas, a ser aclamado, reverenciado no Ocidente; ganhou a Palma de Ouro do Festival de Cannes (o único filme russo de toda a História a conquistar esse feito), teve indicação ao Bafta, venceu vários outros prêmios. E, sobretudo, foi um imenso choque, um terremoto, um tsunami para as platéias e para o cinema da União Soviética, que haviam passado duas décadas paralisados pelo realismo socialista. Continue lendo “Quando Voam as Cegonhas / Letyat zhuravli”
O Signo de Vênus / Il Segno di Venere
Há um monte de nomes importantes nos créditos iniciais de O Signo de Vênus/Il Segno de Venere, produção italiana de 1955 que no início de 2021 estava disponível na Netflix. A começar do diretor, Dini Risi, o realizador que o grande Jean Tulard chama de “o príncipe da comédia italiana”. “Não nos aborrecemos jamais com Risi”, sentenciou o crítico em seu Dicionário de Cinema – Os Diretores. Continue lendo “O Signo de Vênus / Il Segno di Venere”
Meus Dois Carinhos / Pal Joey
Meus Dois Carinhos/Pal Joey, de 1957, reúne duas das mais lindas atrizes de Hollywood, Rita Hayworth e Kim Novak, uma das figuras mais carismáticas, lendárias, do showbusiness, Frank Sinatra, e diversas das mais belas canções da dupla Rodgers & Hart, o que significa que são das mais belas da Grande Música Americana. E é uma porcaria. Continue lendo “Meus Dois Carinhos / Pal Joey”
Sedução da Carne / Senso
Senso, no Brasil Sedução da Carne, de 1954, foi o quarto dos 14 longa-metragens que Luchino Visconti realizou. Foi saudado, de imediato e de forma praticamente unânime, como uma obra-prima. Continue lendo “Sedução da Carne / Senso”
À Borda da Morte / The Proud Ones
The Proud Ones, no Brasil À Borda da Morte, de 1956, é um western que tem elementos que fazem lembrar Matar ou Morrer/High Noon (1952), de Fred Zinnemann, e outros que remetem a Onde Começa o Inferno/Rio Bravo (1959) e El Dorado (1966), de Howard Hawks. Continue lendo “À Borda da Morte / The Proud Ones”
Os Boas Vidas / I Vitelloni
Lançado em 1953, o ano em que se passa a ação – bem no início, vemos a festa do anúncio da Miss Sirena 1953 –, Os Boas Vidas/I Vitelloni foi o terceiro filme dirigido por Federico Fellini, depois de Mulheres e Luzes e Abismo de um Sonho, e logo antes de A Estrada da Vida, a obra que iniciou sua consagração como um dos maiores realizadores da História. Continue lendo “Os Boas Vidas / I Vitelloni”
Quanto Mais Quente Melhor / Some Like it Hot
O poeta é um fingidor. Claro, a gente sabe disso, o poeta nos contou. Agora, tão fingidores quando o poeta, ou talvez até mais ainda, são os personagens dos filmes de Billy Wilder. Continue lendo “Quanto Mais Quente Melhor / Some Like it Hot”
As Amigas / Le Amiche
Em As Amigas, de 1955, seu quarto longa-metragem como realizador, Michelangelo Antonioni já antecipava as características básicas do que deixaria críticos e cinéfilos do mundo inteiro de queixo caído – e um monte de gente surpresa e indignada – cinco anos depois, com A Aventura, e logo em seguida A Noite (1961) e O Eclipse (1962). Continue lendo “As Amigas / Le Amiche”
A Quadrilha Maldita / Day of the Outlaw
Hoje bem pouco lembrado, Day of the Outlaw, no Brasil Quadrilha Maldita, que o húngaro radicado nos Estados Unidos André de Toth lançou em 1959, é um belo western. Um belo filme. Continue lendo “A Quadrilha Maldita / Day of the Outlaw”
Sorrisos de uma Noite de Amor / Sommarnattens Leende
Sorrisos de uma Noite de Amor é um daqueles filmes que, além de serem maravilhosos e importantes, têm uma história de vida, se é que podemos usar a expressão, que daria um grande filme. Continue lendo “Sorrisos de uma Noite de Amor / Sommarnattens Leende”