De: Gilberto Braga (criador) e Roberto Talma (diretor), Brasil, 1986
4.0 out of 5.0 stars4.0
(Disponível na GloboPlay em 3/2022.)
Anos Dourados, a série que Gilberto Braga escreveu e Roberto Talma dirigiu em 1986, é uma beleza, uma maravilha. Uma bênção. Se fosse um filme (e é mesmo um filme, só que longo, em capítulos), seria um dos melhores já feitos no Brasil. Continue lendo “Anos Dourados”
O lugar, como diz o título, é como quase sempre Nova York. Uma Nova York como sempre linda, impecável, charmosa, sem homeless, violência, sujeira, lixo nas ruas. Os diálogos são como sempre inteligentes, espertos, rápidos, engraçados. Os atores estão como sempre perfeitos. E a trama é como sempre gostosa, bem elaborada, com um monte de personagens e situações bem construídos. Continue lendo “Um Dia de Chuva em Nova York / A Rainy Day in New York”
Algumas das qualidades de Tess (1979), que tornam o décimo longa-metragem de Roman Polanski um grande filme, um filmaço, são o realismo, os cuidados, o perfeccionismo na reconstituição das condições de vida no meio rural da Inglaterra da segunda metade do século XIX. Continue lendo “Tess – Uma Lição de Vida / Tess”
Desfile de Páscoa/Easter Parade, de 1948, dirigido por Charles Walters, é o único filme em que se reuniram os sensacionais talentos de Fred Astaire e Judy Garland. É um perfeito produto da MGM, o estúdio que fez vários dos melhores de todos os grandes musicais de Hollywood – e tem uma dúzia de maravilhosos números de canto & dança, ao som de canções de um dos maiores compositores da Grande Música Americana e portanto de toda a música popular do planeta, Irving Berlin. Continue lendo “Desfile de Páscoa / Easter Parade”
Depois de uns dez minutos, já deu para ver perfeitamente que L’Ultimo Paradiso, produção italiana de 2021, é um filme ruim. Mas depois vai piorando muito – até culminar num final que é uma das coisas mais grotescas que pode haver. Continue lendo “O Último Paraíso / L’Ultimo Paradiso”
Rever Sintonia de Amor/Sleepless in Seattle agora, quase três décadas depois de seu lançamento em 1993, é um grande prazer – e confirma que o filme tem mesmo todo o direito de pertencer à categoria dos “novos clássicos”. Continue lendo “Sintonia de Amor / Sleepless in Seattle”
Um Rapaz Adequado/A Suitable Boy, minissérie de seis episódios de cerca de 60 minutos cada, foi uma das mais caras produções da BBC em todos os tempos: consta que custou £16 milhões, equivalente a cerca de US$ 22,2 milhões. A direção de cinco dos seis episódios é da grande Mira Nair, cineasta experiente, respeitada, que trafega com facilidade entre os cinemas indiano, americano e inglês. Continue lendo “Um Rapaz Adequado / A Suitable Boy”
Ethel & Ernest, co-produção Inglaterra-Luxemburgo de 2016, é, como todos os belos filmes, muita coisa ao mesmo tempo. É uma simpática, terna história de amor. Como se passa ao longo de muitas décadas, é, como os filmes de Ettore Scola, um afresco, um amplo retrato da Grande História que está sempre como pano de fundo da história de seus personagens, Ethel e Ernest – o micro e o macro sendo apresentados como linhas, fios, pedaços de pano que formam um mesmo crochê, uma mesma colcha de retalhos. Continue lendo “Ethel e Ernest / Ethel & Ernest”
Pão, Amor e…, comédia italiana de 1955, é uma danada de uma bobagem. A rigor, bem a rigor, uma porcaria. Engraçada pra cacete, é verdade. Para quem gosta de filmes, é uma delícia, uma gostosa brincadeira, cheia de nomes importantes, cercada por muitas histórias. Continue lendo “Pão, Amor e… / Pane, Amore e…”
O adjetivo “previsível” é usado em ao menos dois dos comentários de leitores no IMDb sobre Gente que Vai e Volta, produção espanhola de 2019 que foi distribuída pela Neflix. Claro que é previsível. É uma comedinha romântica, diabo! Continue lendo “Gente que Vai e Volta / Gente que Viene y Bah”
Quando Voam as Cegonhas, produção do Mosfilm de 1957, é uma daquelas obras importantes, marcos da História do cinema. Foi o primeiro filme soviético, em décadas, a ser aclamado, reverenciado no Ocidente; ganhou a Palma de Ouro do Festival de Cannes (o único filme russo de toda a História a conquistar esse feito), teve indicação ao Bafta, venceu vários outros prêmios. E, sobretudo, foi um imenso choque, um terremoto, um tsunami para as platéias e para o cinema da União Soviética, que haviam passado duas décadas paralisados pelo realismo socialista. Continue lendo “Quando Voam as Cegonhas / Letyat zhuravli”
Amor Moderno/Modern Love tem uma estrutura bastante diferente de quase todas as outras séries. Não conta uma única história, longa, que vai se desenvolvendo com o passar do tempo; nem mostra os mesmos personagens vivendo em cada episódio ou cada temporada um caso, uma história específica. Não, nada disso. Nada a ver com a estrutura de Friends ou Grey’s Anatomy ou Downtown Abbey; nem com Dexter ou Law & Order. Continue lendo “Amor Moderno / Modern Love”
Meus Dois Carinhos/Pal Joey, de 1957, reúne duas das mais lindas atrizes de Hollywood, Rita Hayworth e Kim Novak, uma das figuras mais carismáticas, lendárias, do showbusiness, Frank Sinatra, e diversas das mais belas canções da dupla Rodgers & Hart, o que significa que são das mais belas da Grande Música Americana. E é uma porcaria. Continue lendo “Meus Dois Carinhos / Pal Joey”
Senso, no Brasil Sedução da Carne, de 1954, foi o quarto dos 14 longa-metragens que Luchino Visconti realizou. Foi saudado, de imediato e de forma praticamente unânime, como uma obra-prima. Continue lendo “Sedução da Carne / Senso”
Tudo, absolutamente tudo em Doutor Jivago, tanto o romance de Boris Pasternak escrito entre 1945 e 1955 quanto o filme de David Lean de 1965, é gigantesco, grandioso, impressionante. Como as duas coisas que eles retratam: o grande amor e a Rússia. Continue lendo “Doutor Jivago / Doctor Zhivago”