As Cento e Uma Noites / Les Cent et une Nuits de Simon Cinéma

3.0 out of 5.0 stars

Em 1995, o ano em que se completou um século da primeira exibição de imagens em movimento em uma sala escura para um público pagante, a maravilhosa Agnès Varda lançou As Cento e Uma Noites, no original Les Cent et une Nuits de Simon Cinéma, uma apaixonadérrima, alucinante declaração de amor a isso que é o sobrenome do protagonista da história. O cinema, do grego kinema, movimento. Moving images, movies.

Agnès Varda assina sozinha de tudo o argumento e o roteiro. E, meu, que trama maluca, tresloucada, fantasiosa, fantástica – e que roteiro inventivo. Não poderia haver coisa mais distante de qualquer tipo de realismo que a história desse Simon Cinéma – o papel de um Michel Piccoli na maior parte do tempo de grande peruca loura e extremamente, exageradissimamente maquiado.

Monsieur Cinéma, prestes a completar cem anos, não apenas tem a idade e o sobrenome da arte – ele é o cinema. Já fez de tudo na vida – foi ator, produtor, diretor, conheceu pura e simplesmente todos os grandes diretores, atores, roteiristas, foi amigo de dezenas e dezenas deles. Muitas vezes baixa nele o espírito de um dos maiores nomes – às vezes ele se diz Luís Buñuel, às vezes Orson Welles.

Mora numa imensa mansão, um castelo, no meio do campo, mas nos arredores de Paris. Tem um mordomo, Firmin (o papel de Henri Garcin), que, como o patrão, gosta de usar perucas, fantasias, e duas criadas, La Nîmoise e La Chinoise, que executam suas tarefas enquanto, ao mesmo tempo, fazem acrobacias. (São interpretadas respectivamente por Carole Benoit e Weiwei Melk.)

Monsieur Cinèma recebe em casa várias visitas. O amigo chegado que mais vai vê-lo em seu castelo é Marcello Mastroianni – interpretado, é claro, por Marcello Mastroianni. Em uma ocasião, vão lá vê-los suas duas ex-esposas, Jeanne Moreau e Hanna Schygulla – e não seria necessário dizer que as duas divas, a francesa e a alemã, são interpretadas por elas mesmas.

Gérard Depardieu também visita Monsieur Cinéma.

Um outro dia, aparece por lá Alain Delon, vindo de Paris de helicóptero para bater um papo com Monsieur Cinéma. O mordomo Firmin se derrete todo diante do grande astro, faz rapapé, pede autógrafo – mas diz que Monsieur Cinèma está indisposto e não pode receber ninguém. Alain Delon então vai embora – e aproveita para dar carona em seu helicóptero para a bela jovem que tem trabalhado para o dono do castelo, Camille.

Camille, personagem fundamental na história doidona, é o papel de Julie Gayet, então com 23 aninhos e apenas começando na carreira – no início de 2025, sua filmografia tinha 128 títulos.

Marcello Mastroianni, Alain Delon, Gérard Depardieu, Jeanne Moreau, Hanna Schygulla – esses grandes astros representam a si mesmos na história saída da cabeça de Agnès Varda. Já Jean-Paul Belmondo e Jean-Claude Brialy – dois dos grandes astros do cinema francês dos anos 1960, a época da nouvelle vague, de que Varda foi precursora e um dos principais nomes – aparecem no castelo de Monsieur Cinéma interpretando personagens. Brialy surge como o engraçado guia de um ônibus de turismo que faz uma parada no castelo do famoso Monsieur Cinéma, e Belmondo vem como um tipo mais engraçado ainda, o professor Bébel, um cientista muito doidão que chega com uma máquina cheia de eletrodos e fios e enfia uns parafusos na cabeça de Monsieur Cinéma, dizendo que é um novo tratamento para sei lá o quê. Gina Lollobrigida surge como a esposa médium do professor Bébel.

Nada menos que 48 atores em participações especiais

A deusa Catherine Deneuve aparece algumas vezes. Bem para o final dos 104 minutos de filme, ela surge no laguinho da propriedade, em um barco que parece de brinquedo, ao lado daquele que seria seu marido – Monsieur Robért De Nirrô. Os dois conversam – ele às vezes em francês, ela às vezes em inglês – enquanto o barquinho de brinquedo atravessa todo o laguinho para lá e para cá.

Outra deusa que aparece várias vezes é Anouk Aimée.

A deusa Fanny Ardant surge em uma sequência como Fanny Ardant, trabalhando em um set de filmagem à noite.

Sabine Azéma, que trabalhou em vários filmes do mestre Alain Resnais – outro grande diretor que, como a própria Agnès Varda, já estava na ativa nos anos 50, antes da estréia dos então jovens da nouvelle vague, como François Truffaut e Jean-Luc Godard – surge lá pelas tantas em uma sequência.

A italiana Marina Castelnuovo aparece como ela mesma, mas produzida para parecer com Elizabeth Taylor.

Sandrine Bonnaire tem uma participação tão curta quanto fantástica, como uma andarilha que chega aos jardins do palácio e rapidamente se transforma em uma cavaleira, quase uma centauro.

Os veteranos Michel Piccoli e Marcello Mastroianni e a então iniciante Julie Gayet interpretam os personagens centrais da trama – mas nada menos de 48 atores têm participações especiais neste Les Cent et une Nuits de Simon Cinéma. Bem, 48 são os que contei, com base na lista de atores e nomes dos personagens apresentada pelo IMDb, aquilo que em inglês se chama cast of characters. Esse número inclui, é claro, aqueles que citei aí acima.

Muitos aparecem bem rapidamente – alguns deles no tapete vermelho nas escadarias do Palais des Festivals, na Croisette, o coração da cidade de Cannes, como Daniel Auteuil, Isabelle Adjani e Virna Lisi.

Entre os que ainda não citei, registro Clint Eastwood, Francisco Rabal (fazendo a voz de Buñuel), Harrison Ford, Jane Birkin, Jean-Hugues Anglade, Patrick Bruel e Romane Bohringer. (Ufa… São tantos que cansei de fazer os links para pessoas citadas; vou linkar só os títulos de filmes…)

Fala-se de cinema e vêem-se cenas de filmes o tempo todo

Nas conversas de Monsieur Cinéma com os amigos e com a jovem Camille, nas conversas da turma da jovem Camille, fala-se sem parar de cinema, é claro, é óbvio – e são citados os nomes de vários, vários, vários, vários diretores. É claro que eu não saberia relacionar todos; nem sequer a metade. Mas é óbvio que se fala dos já citados Luís Buñuel, Orson Welles, Alain Resnais, François Truffaut. Fala-se de Satyajit Ray, Jean Renoir, Charles Chaplin…

Evidentemente, fala-se de Jacques Demy, o grande amor da vida de Agnès Varda. Foram casados de 1962 até 1990, quando ele morreu, com apenas 59 anos.

Muitas vezes, quando se fala de um diretor ou um ator, alguma parede do aposento do castelo em que os personagens estão enche-se de cartazes de filmes daquela pessoa.

Durante todos os 104 delirantes minutos de Les Cent et une Nuits de Simon Cinéma, vão surgindo na tela trechinhos de filmes, pequenos clips de grandes obras feitas nos cem anos que estavam ali sendo celebrados.

É uma deliciosa festa para todos os que gostam de filmes.

Preciso confessar – até com alguma vergonha – que, enquanto víamos aquilo, atrapalhei a vida da Mary. Não conseguia me conter, e ia cantando o nome dos filmes que reconhecia – uma bem pobre imitação do que o Rubens Ewald Filho fazia nas transmissões do Oscar.

Um pouco mais adiante, vou registrar ao menos alguns dos filmes que têm trechinhos mostrados ao longo deste Les Cents e um Nuits… Mas já passou demais da hora de fazer uma sinopse, contar um pouquinho da trama do filme.

Monsieur Cinéma contrata uma espécie de Sherazade

Na verdade, na verdade, a rigor, bem a rigor, a trama nem importa tanto. Les Cent et une Nuits de Simon Cinéma é, antes de mais nada, isso aí que tentei descrever – uma apaixonadérrima declaração de amor ao cinema.

Mas tem uma trama, claro. Uma trama, repito, maluca, tresloucada, fantasiosa, fantástica.

É mais ou menos assim:

Monsieur Simon Cinéma, quase centenário profissional daquilo que lhe dá o sobrenome, anda um tanto intranquilo, desassossegado. A cabeça cheia de coisas se embaralha, e ele tem tido dificuldades para dormir. Resolve então procurar alguém – de preferência uma jovem bonita, que ninguém é de ferro – que tenha grande, vasto, enciclopédico conhecimento sobre cinema, e que vá até seu castelo todos os dias para, durante uma hora, pelo menos, conversar com ele, lembrar histórias, acalmar sua mente agitada. Quase como Sherazade fazia com o sultão, contando histórias para fazer com que ele adormecesse, nas Mil e Uma Noites.

As Mil e Uma Noites, o grande clássico árabe. As Cento e Uma Noites.

A primeira candidata a ser essa espécie de Sherazade para Monsieur Cinéma foge do castelo espantada com aquele lugar maluco. A segunda candidata é Camille Miralis, uma gracinha de moça, ela também apaixonadíssima por cinema, que namora um jovem diretor em iniciozinho de carreira, Mica (o papel de Mathieu Demy – o filho de Agnès Varda e Jacques Demy).

A relação entre o sultão e Sherazade, perdão, entre Monsieur Cinéma e a bela Camille fica gostosa, prazerosa, para os dois. Ela ganha uma boa grana. E ele adora aquilo: vai definir as sessões com Camille como “uma aeróbica da memória.” (Julie Gayet, que faz Camille, está na foto acima, com Alain Delon. )

E então essa é a base da trama criada pela maravilhosa cineasta. Vamos acompanhando as sessões de conversas entre o senhorzinho quase centenário e a garota de 20 e pouquinhos anos, as conversas dele com seu amigo italiano Marcello, as visitas que recebe. E, paralelamente, vemos os esforços de Mica para realizar seu curta-metragem, com um bando de amigos, todos jovens e apaixonados pelo cinema.

E, enquanto isso, vão rolando na tela trechos de filmes clássicos, importantes, marcantes, que apareceram nas conversas dos personagens…

Como não poderia deixar de ser, Monsieur Cinéma e Camille viajam a Cannes, para a abertura do festival, e para Hollywood.

Tudo numa atmosfera de sonho, de fantasia, tudo tão distante do realismo quando Earendel, a estrela que fica a 12,9 bilhões de anos-luz da Terra.

Uma diretora de documentários mergulha na fantasia

Acho fascinante isso, essa coisa da fantasia exacerbada, esse clima onírico, em um filme de uma cineasta que fez tantos documentários ao longo da carreira. Ao contrário do marido, Agnès Varda viveu bastante – morreu aos 90 anos, em 2019 – e produziu muito. Sua filmografia como diretora tem 64 títulos; muitos são de curtas, e nada menos de 11 são documentários de longa-metragem.

Esta fantasia aqui veio exatamente entre dois documentários. É de 1993 As Garotas Fazem 25 Anos/ Les Demoiselles ont eu 25 Ans, sobre Les Demoiselles de Rochefort, no Brasil Duas Garotas Românticas, que Jacques Demy lançou em 1967, com as irmãs Catherine Deneuve e Françoise Dorléac e o mesmo Michel Piccoli que faria o Monsieur Cinéma, mais uma participação especial de Gene Kelly. E, no mesmo ano de 1995, ela fez também uma outra homenagem ao marido, O Universo de Jacques Demy.

Outra característica do filme que acho interessante é que muitos dos atores do filme já haviam trabalhado ou com Agnès Varda ou com Jacques Demy. Era tudo uma patotinha só. Aqui vão apenas alguns exemplos:

* Michel Piccoli, como já foi dito, trabalhou em Duas Garotas Românticas, de Demy, e em As Criaturas (1966), de Varda;

* Catherine Deneuve está em As Criaturas, e em Os Guarda-Chuvas do Amor (1964), Duas Garotas Românticas (1967) e Pele de Asno, de Demy;

* Anouk Aimée foi a personagem título de Lola, a Flor Proibida (1961), primeiro longa-metragem de Demy;

* Sandrine Bonaire estrelou Os Renegados (1985), de Varda;

* Marcello Mastroianni e Catherine Deneuve, olha ela aí outra vez, que aliás tiveram um caso e uma filha, Chiara Mastroianni, trabalharam juntos em Um Homem em Estado Interessante (1973), de Demy.

Mais ainda: muitos dos filmes de que vemos trechinhos, clips, ao longo deste Les Cents et Une Nuits, são estrelados por alguns desses atores que estão no filme.

Tudo da mesma patota…

(Na foto abaixo, Hanna Schygulla e Jeanne Moreau.)

“Não funciona”, diz um. “Uma evocação cintilante”, diz outro

No IMDb, um leitor, o cinéfilo Zen Bones, escreveu: “Desde A Noite Americana (1973), de François Truffaut, não se via um tributo ao cinema tão apaixonante. (…) O filme é simplesmente uma homenagem ao cinema, com toda a magia da direção de arte, da música, da cenografia, misturando realidade e fantasia.”

O Guide des Films de Jean Tulard faz uma avaliação bem negativa do filme, assinada por Claude Bouniq-Mercier:

“Este filme, criado por causa da associação com o ‘primeiro século do Cinema’, é, para Agnès Varda, um divertimento, uma espécie de bric-à-brac cinéfilo que funciona seguindo a vontade de golpes do coração: extratos de lembranças e de trechos de filmes (fáceis de serem identificados), de diálogos, de música (é o mais difícil), cartazes, material de projeção… Deveria ser uma declaração de amor ao cinema. Mas não funciona. Michel Piccoli está grotesco embaixo de sua maquilagem pálida e com sua peruca de Warhol. Os jovens não inspiram simpatia alguma. Muitas das sequências são inúteis (Hollywood), às vezes grotescas (a garden-party). Com relação a Luis Buñuel e, mais especificamente a L’Age d’Or, parece que Agnès Varda preferiu o escárnio e não quis comemorar o centenário do Cinema, querendo mostrar sua juventude eterna. Mas ela faz isso de uma maneira bagunçada, abusando de piadas, trocadilhos visuais ou verbais, sem atingir a fantasia, ou mesmo a poesia.”

Bem, todo mundo tem o direito de ter sua opinião. Mas que cara danado de chato, esse…

O Larousse des Films diz o seguinte: “Um roteiro mínimo serve de fio condutor de uma evocação cintilante de grandes momentos do cinema, esmaltado por imitações de sequências célebres e de diálogos de monstros sagrados da sétima arte”.

A lista completa dos filmes que aparecem dentro do filme

Abaixo vai a lista de todos os filmes – 56, se minha conta estiver correta – que têm trechinhos, pequenos clips, mostrados ao longo deste Les Cents e um Nuits. E aqui vou me gabar um pouco. Creio que este + de 50 Anos de Filmes é o primeiro lugar na internet a apresentar esta lista completa, que Mary e eu nos demos ao trabalho de copiar dos créditos finais. Digo isso com segurança porque, dias antes de concluir este texto, Mary fez a dois assistentes de inteligência artificial, o chinês DeepSeek e o americano ChatGTP, a seguinte pergunta: “Quais trechos de filmes exibidos em As Cento e Uma Noites, de Agnès Varda, estão na lista dos créditos finais?”

Nenhum dos dois soube responder. O ChatGTP teve a coragem de responder o seguinte: “Embora informações detalhadas sobre essa lista não estejam amplamente disponíveis em fontes públicas, posso sugerir algumas abordagens para obter essa informação:​ Assistir ao filme. (…) Consultar materiais especializados. (…) Entrar em contato com instituições cinematográficas.”

O DeepSeek deu uma resposta bem melhor, mais longa, mais simpática – e listou dez dos filmes. Dez dos 56…

Eis a lista completa, pela primeira vez in the whole wide universe, digo, dans tout le vaste univers – além de nos créditos finais do próprio filme :

Nosferatu/Nosferatu, eine Symphonie des Grauens (1922), de F.W. Murnau;

King Kong (1933), de Merian C. Cooper e Ernest B. Schoedsack;

O Ladrão de Bagdad/|The Thief of Bagdad (1924), de Raoul Walsh;

8 ½ (1963), de Federico Fellini;

O Desprezo/Le Mépris (1963), de Jean-Luc Godard;

O Boulevard do Crime/Les Enfants du Paradis (1945), de Marcel Carné;

Um Cão Andaluz/Un Chien Andalou (1929), de Luís Buñuel;

Cidadão Kane/Citzen Kane (1941), de Orson Welles;

A Comilança/La Grande Bouffe (1973), de Marco Ferreri;

Receita para Sete Mortos/Sept Morts Sur Ordonance (1975), de Jacques Ruffio;

Sob o Sol de Satã/Sous le Ciel de Satan (1987), de Maurice Pialat;

Um Quarto na Cidade/Une Chambre en Ville (1982), de Jacques Demy;

Salto nel Vuolto (1980), de Marco Bellocchio;

O Retorno de Martin Guerre/Le Rétour de Martin Guerre (1982), de Daniel Vigne;

Urano/Uranus (1990), de Richard Berri;

Garotos de Programa/My Own Private Idaho (1991), de Gus Van Sant;

Hotel do Norte/Hotel du Nort (1938), de Marcel Carné;

Vento e Areia/The Wind (1928), de Victor Sjöström;

Marinheiro de Encomenda/Steamboat Bill, Jr.  (1928), de Charles Reisner e Buster Keaton;

Metropolis (1927), de Fritz Lang;

A Mulher do Padeiro/La Femme du Boulanger (1938), de Marcel Pagnol;

Paris, Texas (1984), de Wim Wenders;

A Chegada de um Trem à Estação/L’arrivée d’un train à La Ciotat (1896), de Louis & Auguste Lumière;

Horizonte Perdido/Lost Horizon (1937), de Frank Capra;

Primavera para Hitler/The Producers (1967), de Mel Brooks;

Dançando na Chuva/Singin’ in the Rain (1952), de Stanley Donen e Gene Kelly;

Duas Garotas Românticas/Les Demoiselles de Rochefort (1967), de Jacques Demy;

Amarcord (1973), de Federico Fellini;

A Noite dos Mortos-Vivos/Night of the Living Dead (1968), de George A. Romero;

A Idade de Ouro/L’Age d’Or (1930), de Luís Buñuel;

A Noite Americana/La Nuit Américaine (1973), de François Truffaut;

Orfeu/Orphé (1950), de Jean Cocteau;

O Atalante/L’Atalante (1934), de Jean Vigo;

Um Homem Marcado/Peaux de Vache (1989), de Patricia Mazuy;

O Último Combate/Le Dernier Combat (1983), de Luc Besson;

Sangue Ruim/Mauvais Sang (1986), de Leos Carax;

The MGM Logo

The Columbia Logo

Itinerário de um Aventureiro/L’Itineraire d’un Enfant Gaté (1988), de Claude Lelouch;

Esta Noite é Minha/Les Belles de Nuit (1952), de René Clair;

E Deus Criou a Mulher/ Et Dieu… Créa la Femme (1956), de Roger Vadim;

Trapézio/Trapeze (1956), de Carol Reed;

Os Homens Preferem as Louras/Gentlemen Prefer Blondes (1953), de Howard Hawks;

O Batedor de Carteiras/Pickpocket (1959), de Robert Besson;

A General/The General (1926), de Clyde Bruckman e Buster Keaton.

Anotação em abril de 2025

As Cento e Uma Noites/Les Cent et une Nuits de Simon Cinéma

De Agnès Varda, França-Reino Unido, 1995

Com Michel Piccoli (Simon Cinéma),

Marcello Mastroianni (ele mesmo, o amigo italiano de Simon), Henri Garcin (Firmin, o mordomo), Julie Gayet (Camille Miralis), Mathieu Demy (Camille, conhecido como Mica, o namorado de Camille), Emmanuel Salinger (Vincent, o rapaz que chega da Índia e se passa pelo bisneto de Simon),

e, em participações especiais,

Alain Delon (ele mesmo, em visita a Simon),

Andréa Ferréol (a mulher que fica surpresa),

Anouk Aimée (ela mesma),

Assumpta Serna (uma atriz muda em Hollywood),

Catherine Deneuve (a estrela-fantasma),

Clint Eastwood (ele mesmo),

Daniel Auteuil (ele mesmo, no Festival de Cannes),

Daniel Toscan du Plantier (o segundo orador),

Fanny Ardant (ela mesma, como a estrela que é filmada à noite),

Francisco Rabal (a voz de Buñuel)

Gérard Depardieu (ele mesmo, em visita a Simon),

Gina Lollobrigida (ela mesma, no papel da esposa médium do professor Bébel),

Hanna Schygulla (ela mesma, como a segunda ex-esposa de Simon),

Harrison Ford (ele mesmo),

Isabelle Adjani (ela mesma, no Festival de Cannes),

Jane Birkin (ela mesma),

Jean-Claude Brialy (ele mesmo, como o o guia de turismo),

Jean-Hugues Anglade (ele mesmo, no Festival de Cannes

Jeanne Moreau (ela mesma, como a primeira ex-esposa de Simon),

Jean-Paul Belmondo (o professor Bébel, um cientista maluco),

Marina Castelnuovo (ela mesma, como a a mulher parecida Liz Taylor),

Patrick Bruel (ele mesmo, como o primeiro orador),

Robert De Niro (o marido da estrela fantasma no barco no lago),

Romane Bohringer (ela mesma, como a jovem de violeta),

Sabine Azéma (ela mesma, como uma visita),

Sandrine Bonnaire (ela mesma, como a andarilha que se metamorfoseia),

Stephen Dorff (um ator mudo em Hollywood),

Virna Lisi (ela mesma, no festival de Cannes),

e Maximilien Maussion (o garotinho da claquete), Salomé Blechmans (a garotinha da claquete), Carole Benoit (La Nîmoise, a criada acrobata), Weiwei Melk (A Chinesa, a criada acrobata com os pratos), Christian Bouillette (o jardineiro do castelo), Frédéric Darié (o lavador de vidros), Alexia Stresi (Alexia Stresi, a flor de sangue), Denis Sebbah (Bob, colega de Mica), Antoine Desrosières (Antoine), Marie Piémontèse (Sylvie), Jean-Claude Romer (o historiador do cinema), Daniel Dublet (um visitante), Benjamin Salinger (Marco, irmão de Vincent), Eléonore Pourriat (Mylène, amiga de Camille),

Argumento e roteiro Agnès Varda

Fotografia Eric Gautier

Montagem Hugues Darmois

Desenho de produção Cyr Boitard, Cédric Simoneau

Figurinos Leila Adjir, Françoise Disle

Produção Dominique Vignet, Cné-tamaris, France 3 Cinéma,

Recorded Picture Company (RPC), Canal+, Centre national du cinéma et de l’image animée (CNC), Société des Producteurs de Cinéma et de Télévision (Procirep), ARP.

Cor, 104 min (1h44)

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