(Disponível no Cine Antiqua do YouTube em 12/2022.)
Homem e mulher ficam se conhecendo em um transatlântico em viagem da Europa para Nova York, onde cada um está sendo esperado por seu respectivo muito em breve cônjuge. Claro que se apaixonam perdidamente – e marcam encontro para daí a seis meses no topo do Empire States. Quem sabe até lá não estariam disponíveis, solteiros, sem compromissos? No dia marcado, no entanto, acontece uma tragédia. Ele a espera, ela não chega.
Essa é uma das tramas mais conhecidas de toda a História do cinema. Multidões se emocionaram com ela, choraram por ela, e transformaram An Affair to Remember, no Brasil Tarde Demais Para Esquecer, de 1957, em dos filmes americanos mais amados de todos os tempos.
E as gerações mais novas, que não haviam visto o filme em uma das muitíssimas reprises na televisão, ficaram conhecendo a triste história de amor do playboy Nickie Ferrante, interpretado por Cary Grant, e da belíssima Terry McKay de Deborah Kerr, no delicioso Sintonia de Amor/Sleepless in Seattle, de 1993, em que os personagens interpretados pelos então jovens e sempre lindos Tom Hanks e Meg Ryan refaziam a combinação de Nickie e Terry de se encontrarem no topo do Empire States.
O grande clássico Tarde Demais para Esquecer/An Affair to Remember foi a refilmagem, pelo mesmo diretor Leo McCarey, de Love Affair, no Brasil Duas Vidas. No filme original, feito em 1939, o playboy bonitão, cobiçado por todas as mulheres do mundo, se chama Michel Marnet, e é interpretado pelo francês que era então um dos galãs preferidos do cinema americano, Charles Boyer. E a bela Terry McKay (o nome dela foi mantido na refilmagem), uma cantora de nightclub que havia abandonado os palcos por pedido do noivo milionário, é o papel da maravilhosa Irene Dunne, à época uma das maiores estrelas de Hollywood.
As rádios informavam o que fazia o grande playboy
Playboy. Acho a palavra interessante. Quando adolescente, fazia idéia de que playboy era um jovem rico, filhinho de papai. Provavelmente por influência do “boy”, que associava apenas a menino; playboy, portanto, era garoto, rapaz, não um adulto.
O Nickie Ferrante de Cary Grant, exatamente como seu antecessor Michel Marnet de Charles Boyer, não tinha nada de menino, de forma alguma. A ver: o astro francês (1899-1978) estava com 40 anos em 1939, quando este Love Affair aqui foi lançado. O inglês (1904-1986) tinha 53 em 1957, ano de lançamento de An Affair to Remember.
Mas eram perfeitos playboys, tanto Michel Marnet quanto Nickie Ferrante. Da mesma estirpe do Pogo Poole de Fred Astaire em Papai Playboy/The Pleasure of His Company (1961), ou o C. K. Dexter Haven de Cary Grant em Núpcias de Escândalo/The Philadelphia Story (1940), ou o mesmo C. K. Dexter Haven na versão musical do filme anterior, Alta Sociedade/High Society (1956). Ou como os da vida real Porfírio Rubirosa, Jorginho Guinle…
Está lá no Dictionary of English Language and Culture da Longman: “homem rico que leva uma vida de prazeres caros, não fazendo trabalho algum. Playboys em geral gostam de carros velozes e da companhia de muitas belas mulheres”.
Os grandes playboys – como Porfírio Rubirosa, Jorginho Guinle – tinham seus movimentos observados de perto pela imprensa. Michel Marnet era assim, e Love Affair começa com radialistas – um americano, um francês, um inglês – informando o público sobre as mais recentes movimentações dele. – “Michel Marnet, o francês caçador de corações, embarcou em Nápoles no Napoli. Por quê? Porque Lois Clarke e seus US$ 20 milhões estarão esperando por ele no porto. É uma grande notícia para nós, os homens, porque quando chegar, Michel Marnet ficará fora de circulação. Desta vez, é casamento.”
Na primeira sequência em que o vemos, a bordo do transatlântico Napoli, recebendo das mãos de um mensageiro um telegrama, Michel Marnet é cercado por quatro jovens que pedem seu autógrafo!
Ele vai até o corredor externo do navio para ler com calma o telegrama – que, graças ao vento e à imaginação dos criadores da história, é levado para dentro da cabine de uma bela mulher. Ela mesma, Terry McKay, o papel da gloriosamente bela Irene Dunne, aos 41 anos de idade, no auge da fama.
A avó toca “Plaisir d’Amour” – e Irene Dunne canta
Ao contrário do que faço normalmente, não vou me deter muito na trama deste Love Affair – até porque de fato é uma trama extremamente conhecida. Só gostaria de fazer alguns registros, antes de passar para informações sobre os realizadores e a produção e as opiniões da crítica.
* É interessante como o diretor Leo McCarey, um dos autores da história, ao lado de Mildred Cram, optou por dar um tom de comédia a toda a primeira parte do filme, até o momento em que acontece a tragédia.
Love Affair é um drama; a refilmagem com Cary Grant e Deborah Kerr é tida como um dos mais tristes romances do cinema americano, um tearjacker, como os críticos gostavam de chamar os dramas e melodramas que faziam as platéias caírem no choro. Tear jacker – lançador de lágrimas.
No entanto, toda a primeira parte de Love Affair é em tom leve, leve demais, cômico mesmo.
E é fascinante, porque os dois atores centrais tinham experiência tanto na comédia quanto no drama – e estão à vontade, tanto nas sequências leves, cômicas, quanto nas sérias, pesadas, dramáticas que virão depois.
* Um trecho importante da história acontece numa parada do transatlântico, quando Michel leva Terry para visitar sua avó, Janou – o papel da simpática, fofa Maria Ouspenskaya (1876-1949). É naquele encontro que Terry tem a oportunidade de enxergar Michel com outros olhos. Em vez de vê-lo apenas como o playboy sempre sedutor, charmoso, ela percebe pela primeira vez seu lado mais afetuoso, mais sensível, mais humano. Para isso ajuda a informação, dada a ela por Janou, de que o neto adorava pintar, e tinha talento, mas nunca mais havia se dedicado ao ofício.
Surge entre Terry e a velha senhora uma grande simpatia – e, além do mais, apresenta-se uma boa oportunidade para Irene Dunne demonstrar seu talento de cantora. A pedido do neto, Janou senta-se ao piano para tocar alguma coisa; ela toca “Plaisir d’amour” e Terry-Irene não se faz de rogada e canta a letra simples e marcante, é verdade que com um sotaque carregadíssimo, mas com aquela voz bela que Deus lhe deu e ela aperfeiçoou em aulas de canto clássico.
A partir daí, o espectador vai ouvir alguns acordes de “Plaisir d’amour” em diversos momentos.
Nunca tinha tido a curiosidade de saber um pouco sobre essa canção que parece tão eterna quanto, por exemplo, a renascentista inglesa “Greensleaves”. Aprendo agora que a melodia foi composta em 1784 por
Jean-Paul-Égide Martini, sobre um poema de Jean-Pierre Claris de Florian. Wimwenders e aprendenders.
Neste Love Affair, a simpática Janou vive na Ilha da Madeira. Na refilmagem de 1957, Janou é interpretada por Cathleen Nesbitt, e mora em Villefranche-sur-Mer, na Côte d’Azur, onde o transatlântico em que o casal viaja faz uma parada.
De repente o rico playboy fica pobre de marré deci
* O terceiro ponto que eu gostaria de registrar a esta altura tem a ver com o talento do playboy Michel para a pintura, revelado na visita à avó, e acaba sendo mais um elemento que leva Terry a se apaixonar por ele.
Vai aí, me pareceu, um errinho dos autores da história, Leo McCarey e Mildred Cram.
Ora: Michel era um playboy famoso, cujos movimentos eram comentados no rádio na França, nos Estados Unidos e na Inglaterra, conforme mostram as sequências iniciais do filme. Ia pra cima e pra baixo, mundo afora, conquistando belas mulheres. Deveria, portanto, ter uma fortuna no banco – um dinheirão preto herdado de alguém.
Aí, ao chegar em Nova York no transatlântico Napoli, reencontra-se com a noiva, a riquíssima herdeira Lois Clarke (o papel de Astrid Allwyn), enquanto Terry se reencontra com o seu noivo, o milionário Kenneth Bradley (o papel de Lee Bowman).
Aliás, são maravilhosas as tomadas em que os dois enamorados se reencontram com seus respectivos noivos, e cada casal comprometido se vê junto da terceira pessoa que surgiu no pedaço. São das melhores coisas do filme.
Depois da chegada a Nova York, Terry se separa do noivo rico, e procura trabalho como cantora em um nightclub da Pensilvânia. Perfeito. Ela não era rica, ganhava a vida como cantora; separada do noivo rico, voltou a trabalhar como cantora.
Aí acaba a relação entre o grande playboy e a herdeira milionária – e de repente ele está pobre! Como assim? De repente acabou a fortuna dele?
Os autores não souberam bem como explicar essa repentina pobreza de Michel. Esquisitíssimo.
Diversos grandes nomes nos créditos do filme
A quantidade de nomes importantes que aparecem nos créditos originais de Love Affair é impressionante. De deixar babando os cinéfilos, em especial os que gostam do cinema da era de ouro de Hollywood.
O diretor e co-autor da história Leo McCarey (1896-1969) tem mais de cem filmes em sua filmografia como diretor e como roteirista. Teve oito indicações ao Oscar, e levou para casa três estatuetas – a de melhor diretor por Cupido é Moloque Teimoso/The Awful Truth (1937) e as de melhor diretor e melhor roteiro original por O Bom Pastor/Going My Way (1944). Entre seus muitos feitos está o fato de ter sido o sujeito que juntou os dois atores Stan Laurel e Oliver Hardy – O Gordo e o Magro.
O roteiro de Love Affair é assinado por Delmer Daves e Donald Ogden Stewart.
Este último, um especialista em comédias românticas, ganhou o Oscar de melhor roteiro de Núpcias de Escândalo, já citado aqui. Foi o autor dos roteiros de 46 títulos, que incluem Seis Destinos/Tales of Manhattan (1942) e Boêmio Encantador/Holiday (1938). Em 1950, teve seu nome colocado na lista negra pelo macarthismo, acusado de ser simpatizante do comunismo, e ficou proibido de trabalhar nos Estados Unidos.
Delmer Daves (1904-1977) tem 50 títulos em sua filmografia como roteirista, e fez também uma respeitável carreira como diretor. Realizou ótimos westerns (Flechas de Fogo, 1950, Como Nasce um Bravo, 1958, A Árvore dos Enforcados. 1959), um noir de respeito (Prisioneiro do Passado, 1947), romances (No Vale das Grandes Batalhas, 1961, O Candelabro Italiano, 1962).
Um diretor de respeito como co-autor do roteiro, e um diretor de respeito como um dos dois montadores. Assina a montagem de Love Affair, ao lado de George Hively, o realizador Edward Dmytryk.
O canadense Dmytryk (1908-1999) tem 56 filmes no currículo, inclusive vários bons, respeitáveis títulos, como o thriller Miragem (1965), o noir Até a Vista, Querida (1944), os filmes de guerra Os Deuses Vencidos (1958) e A Batalha de Anzio (1968), o western Minha Vontade é Lei (1959), os dramas A Árvore da Vida (1957), Pelos Bairros do Vício (1962) e Os Insaciáveis (1964).
E o diretor de fotografia foi Rudolph Maté (1898-1964), um mestre, um dos maiores. Nascido na Cracóvia, então Império Áustro-Húngaro, hoje Polônia, Maté foi o responsável pela fotografia de 77 títulos, entre eles obras-primas do realizador dinamarquês Carl Theodor Dreyer, como O Martírio de Joana D’Arc (1928) e O Vampiro (1932). Em Hollywood, foi o diretor de fotografia de Correspondente Estrangeiro (1940), Ser ou Não Ser (1942), Gilda (1946) e A Dama de Shangai (1947). Teve cinco indicações ao Oscar.
Irene Dunne, bela, simpática, boa no drama e na comédia
E, at last but not at least, Charles Boyer e Irene Dunne.
De Charles Boyer, creio que basta lembrar que ele fez 91 filmes e beijou nas telas, entre muitas outras, Ingrid Bergman (À Meia Luz, 1944, O Arco do Triunfo, 1948), Greta Garbo (O Romance de Madame Walewska, 1937), Marlene Dietrich (O Jardim de Allah, 1936), Danielle Darrieux (Mayerling, 1936), Katharine Hepburn (Corações em Ruínas, 1935),
Com Irene Dunne, Charles Boyer fez três filmes. Depois deste Love Affair aqui, os dois fizeram Noite de Pecado/When Tomorrow Comes (1939) e …E o Amor Voltou/Together Again (1944).
Irene Dunne…
Irene Dunne (1898-1990) foi indicada cinco vezes ao Oscar. Não levou nenhum, o que não é qualquer problema – Charles Chaplin, Orson Welles e Alfred Hitchcock também nunca levaram a estatueta de gesso para casa (a não ser por prêmios honorários, a rigor de consolação). Era excelente cantora, com bela voz treinada para a música clássica, e começou no teatro, em musicais. No cinema, a partir de 1930, fez musicais, épicos, westerns, melodramas, comédias.
Diz o livro Leading Ladies – The 50 Most Unforgettable Actresses of the Studio Era: “Seu rosto clássico e delicado, a voz bem modulada e maneira graciosa eram bem talhados para os filmes dirigidos a mulheres, tão populares nos anos 30, e ela fez dois dos mais famosos do gênero, Back Street (Esquina do Pecado, 1932) e Magnificent Obsession (Sublime Obsessão, 1935). No entanto, apenas um ano depois deste último, sua carreira assumiu uma nova dimensão. A Columbia a colocou no papel de uma jovem de cidade do interior que, secretamente, escreve romances tórridos na screwball comedy (as comédias amalucadas, quase nonsense, da época) Theodora Goes Wild (Os Pecados de Teodora), e muita gente ficou surpresa ao ver que essa rainha dos teajerkers (olha a palavra aí!) também podia perfeitamente se divertir como uma palhaça com os melhores do gênero. The Awful Truth (Cupido é um Moleque Teimoso, 1937) e My Favorite Wife (Minha Esposa Favorita, 1940), ambos co-estrelados por seu bom amigo Cary Grant, demonstram que a fama de Irene como uma screwball comedienne era um reflexo de seu talento único. Ela atuava em tom menor onde outros poderiam ter atuado de forma extravagante.”
No início dos anos 50, aposentou-se, foi viver em casa com o maridão, um médico; ficaram casados quase 40 anos, até a morte dele, algo raríssimo no mundo e mais raro ainda no mundo do cinema.
O par Charles Boyer-Irene Dunne deu match
Uma das cinco indicações que Irene Dunne teve ao Oscar foi por este Love Affair aqui.
O filme teve nada menos de cinco indicações ao Oscar. As outras quatro foram nas categorias de melhor filme, melhor atriz coadjuvante para Maria Ouspenskaya, melhor história original, melhor direção de arte para Van Nest Polglase e Al Herman e melhor canção para Buddy G. De Sylva, autor de letra e música de “Wishing” – a canção que, na segunda parte do filme, Terry ensina a um coral de crianças de um orfanato.
Crianças órfãs e/ou pobres, adultos que se dedicam a ajudar essas crianças, a música como instrumento para a felicidade dos pequenos, padre de coração grande e bom. É interessante como esses temas que estão presentes na segunda parte deste Love Affair estão também em Os Sinos de Santa Maria, que o diretor Leo McCarey fez seis anos mais tarde, em 1945, com Ingrid Bergman e Bing Crosby, oito indicações ao Oscar.
Haveria uma segunda refilmagem da história deste Love Affair. Não me lembrava disso O filme teve o mesmo título deste aqui, Love Affair, e no Brasil virou Segredos do Coração (1994), com Warren Beatty, Annette Bening e Katharine Hepburn, e direção de Glenn Gordon Caron. Para dar uma modernizada na trama, o mocinho conhece a mocinha num vôo para Sydney na Austrália; há um pouso forçado, rola paixão, e os dois combinam de se encontrar de novo em Nova York daí a três meses, para checar se a flama continua.
De quem é mesmo a frase “neste mundo nada se cria, tudo se copia”?
Acho muito interessante essa coisa de o mesmo diretor copiar a si mesmo, refilmar uma história que ele mesmo havia filmado. Eu me lembrava de dois exemplos clássicos, importantes, marcantes. Alfred Hitchcock fez duas vezes O Homem Que Sabia Demais, a primeira em sua Inglaterra natal, em 1934, e a segunda nos Estados Unidos, em 1956. Frank Capra fez duas vezes a história da pobretona vendedora de maçãs que um gângster transforma em dama, a primeira em 1934, Lady for a Day, a segunda em 1961, Pocketful of Miracles – as duas versões lançadas no Brasil com o título de Dama por um Dia.
Com este Love Affair refeito como An Affair to Remember, são três casos clássicos de realizador que resolveu contar a mesma história de novo.
Leonard Maltin deu 3.5 estrelas em 4 ao filme que originou duas refilmagens e mais a homenagem escancarada em Sintonia de Amor/Sleepless in Seattle: “Comédia-drama superior sobre romance a bordo de navio cuja continuação em terra é interrompida por circunstâncias imprevistas. Dunne e Boyer são uma combinação maravilhosa. Roteiro de Delmer Daves e Donald Ogden Stewart, de história de Mildred Cram e Leo McCarey. Refeito por McCarey como An affair to Remember e depois uma segunda vez por Warren Beatty. Cuidado com a versão em videocassete de domínio público, em que puseram uma nova trilha sonora.”
A versão que está disponível no Cine Antiqua do YouTube, felizmente, não é essa que Maltin denunciou… A trilha é a original mesmo. A qualidade da imagem não é lá excelente, mas dá para ver.
E Maltin tem toda razão: o par Charles Boyer-Irene Dunne funcionou. Deu match, como dizem hoje em dia. Teve boa química, como se dizia antigamente.
Anotação em dezembro de 2022
Duas Vidas/Love Affair
De Leo McCarey, EUA, 1939
Com Irene Dunne (Terry McKay),
Charles Boyer (Michel Marnet)
e Maria Ouspenskaya (Janou, a avó de Michel), Lee Bowman (Kenneth Bradley, o noivo de Terry), Astrid Allwyn (Lois Clarke, a noiva de Michel), Maurice Moscovich (Maurice Cobert), Scotty Beckett (o garotinho no navio), Bess Flowers, Harold Miller (casal no deck do navio), Joan Leslie (a moça que pede autógrafo), Dell Henderson (gerente do café), Carol Hughes (gerente do nightclub), Frank McGlynn Sr. (superintendente do orfanato), Oscar O’Shea (o padre)
Roteiro Delmer Daves e Donald Ogden Stewart
Baseado em história de Leo McCarey e Mildred Cram
Fotografia Rudolph Maté
Música Roy Webb
Montagem Edward Dmytryk e George Hively
Direção de arte Van Nest Polglase, Alfred Herman
Desenho de interiores Darrell Silvera
Efeitos especiais Vernon L. Walker
Figurinos Howard Greer, Edward Stevenson
Produção Leo McCarey, RKO Radio Pictures.
P&B, 87 min (1h27)
***
Estou vendo (ou revendo) os filmes mais antigos. De 1939 já vi vários – e apesar de ter lido sobre Duas Vidas, ia deixar passar porque pareceu melhor deixar para a refilmagem. Ai li a crítica aqui e resolvi ver o filme.
Não entendo muito porque tanto segredo da parte dela, mas é um belo filme que, mesmo hoje, ainda está muito bom no que se propõe. E a Irenne é sempre maravilhosa