Correspondente Estrangeiro / Foreign Correspondent

1.0 out of 5.0 stars

Para fazer seu segundo filme nos Estados Unidos, em 1940, logo após o êxito de Rebecca, a Mulher Inesquecível, Alfred Hitchcock pediu muita coisa. “Construam para mim um pedaço de Amsterdã, um bom trecho de Londres, um avião do tamanho de um Atlantic Clipper, alguns hotéis, um moinho holandês e um pedaço do campo da Holanda”, ele pediu. E a produção entregou tudo.

A frase está no livro The Films of Alfred Hitchcock, de Robert A. Harris e Michael S. Lasky.

Para satisfazer as exigências do diretor, a produção torrou US$ 1,5 milhão de dólares, uma imensa fortuna para a época.

O filme que realizou, Correspondente Estrangeiro/Foreign Correspondent, teve grande sucesso popular e seis indicações ao Oscar, e é até hoje elogiadíssimo por toda a crítica.

Na minha opinião, é um dos mais graves casos de cegueira coletiva provocada pelo impacto de um nome venerado.

Sim, o filme tem importância histórica, pelo contexto em que foi feito e lançado – e isso será falado aqui. Sim, tem algumas proezas hitchcockianas – a sequência do atentado diante da multidão de gente de guarda-chuvas em Amsterdã é sem dúvida extraordinária.

No entanto, o filme carece de alguns elementos básicos, fundamentais: lógica, sentido, razão. A trama não é apenas bisonha, fraca, insustentável – é absolutamente ridícula. Não tem um pingo de sentido.

Esta é a minha opinião, é também a de Mary e de uma meia dúzia leitores do IMDb que tiveram a coragem de dizer que a história não se sustenta de forma alguma. Somos exceção, somos uma minoria absolutamente, ridiculamente ínfima.

É verdade que Pauline Kael, a prima donna da crítica americana, afirma que a trama “mal funciona”. Ora, mas, afinal, qual é a importância de uma trama? É Alfred Hitchcock, meu, então é sensacional, genial, é o que há!

Uma parte de mim pesa e pondera, como diria Ferreira Gullar: péra, Sérgio Vaz, calma, vai com calma.

Então tá. Vou tentar ir com calma.

A trama deixa o espectador perguntando uma grande quantidade de por quês

“Um jornalista americano se encontra na Holanda em 1939 e descobre uma rede de espionagem”, resume Le Petit Larousse des Films, um livro que em geral traz excelentes sinopses.

O guia de Steven H. Scheuer (que, claro, dá 4 estrelas em 4) tenta dar mais detalhes: “(Joel) McCrea é um repórter americano na Londres pré Segunda Guerra Mundial que se envolve em uma rede nazista e no sequestro de uma figura política européia.”

O Guide des Films de Jean Tulard detalha bastante: “Johnny Jones, repórter, é enviado à Europa com um novo nome e se lança na caçada de um diplomata holandês, Van Meer, que conhece a cláusula secreta de um tratado de paz entre seu país e os aliados. Ele fica conhecendo Carol, cujo pai, Stephen, não está à frente de uma organização pacifista, que é como se apresenta, mas trabalha para o inimigo. Huntley e Carol partem à procura de Van Meer, sequestrado pelo inimigo que procura arrancar dele o famoso segredo.”

E prossegue, e vai longe.

Mas então é assim: por que a guerra vai necessariamente começar se a cláusula secreta de um tratado de paz entre a Holanda e um país aliado ficar sendo conhecida pelo inimigo? Por que raios é firmado um tratado de paz com uma cláusula secreta não escrita que só é de conhecimento de pouquíssimas pessoas, sendo uma delas esse holandês Van Meer? Por que o inimigo e a rede de espionagem a trabalho do inimigo fingem que matam Van Meer em Amsterdã? Se a guerra está para começar de qualquer jeito, por que essa preocupação toda com uma cláusula secreta de um tratado de paz assinado entre a Holanda e um outro país? E, sobretudo, por que raios a rede de espionagem pega o indigitado e dopado e torturado Van Meer e o leva de volta exatamente para Londres, a capital do Império mais forte a ser enfrentado na guerra que está para começar? Por que raios não levar Van Meer para dentro da Alemanha, ou continuar com ele na Holanda? Por que raios o levar de volta para Londres, caceta?

Calma, Sérgio Vaz, calma.

Quando várias pessoas assinam um roteiro em filme americano é porque há problemas

No IMDb, escreve um leitor que se assina bkoganbing, de Buffalo, New York. Sem medo de ser taxado de idiota pelos 99,9% da humanidade que acham Correspondente Estrangeiro um filme genial, ele expõe o que pensa:

“Os nazistas diabolicamente inteligentes bolam um esquema em que eles sequestram Basserman (Albert Basserman, o ator que faz o papel de Van Meer), o substituem por um dublê e assassinam o dublê. Então, depois que eles pegam Bassermann, o que eles fazem? Eles não o levam para a Alemanha – em vez disso, o levam para a Inglaterra. Teoricamente porque o colaborador Herbert Marshall (o ator que faz o papel de Stephen Fisher, o sujeito que é o presidente de uma importante organização pacifista mas na verdade é um agente nazista) conseguirá o texto de uma cláusula secreta em um tratado que os holandeses assinaram com algum outro país não revelado.”

A trama de Correspondente Estrangeiro simplesmente não faz qualquer sentido. Qualquer. Qualquer. Essa é que é a verdade dos fatos.

Os créditos dizem que o roteiro é de Charles Bennett & Joan Harrison, com diálogos James Hilton e Robert Benchley. Essa é a versão oficial. Sabe-se que um total de 14 pessoas – incluindo o grande Ben Hecht – mexeu no roteiro.

É um fato histórico, incontestável: quando, no cinema italiano, três, quatro ou cinco pessoas assinam argumento e roteiro, é normal, é assim que se dá lá, desde sempre. Quando a mesma coisa acontece no cinema americano, é porque ninguém ficava satisfeito com o roteiro, e então encomendava mexidas, novas versões, novas tentativas, a outros escritores. Sinal de que o resultado é no mínimo controverso. Pode até haver exceções, mas essa é a regra.

A trama mal funciona, diz Pauline Kael – mas o filme é “intermitentemente de primeira”

Entre os críticos, parece que só Pauline Kael teve coragem de dizer isso com todas as letras. Eis o que ela escreveu:

“Hitchcock parece ter preparado esse thriller de espionagem com todos os clímax de tirar o fôlego que andara acumulando: tem o assassinato com a arma oculta pela câmara de um jornalista, o moinho de vento holandês indo contra o vento, e o tremendo final a bordo de um avião transatlântico que parte de Londres no próprio dia em que se declara a guerra. A trama ligando isso tudo mal funciona, e o airoso repórter-herói (Joel McCrea) está um pouco contido quando tem que dar atenção à sempre apressada heroína (Laraine Day), mas o filme é intermitentemente de primeira.”

A trama mal funciona, mas o filme é intermitentemente de primeira. Sensacional.

Aliás, o que significa ser “intermitentemente de primeira”? Em alguns momentos ele é de primeira, em outros é de quinta? É de primeira, aí pisca, vira de quinta, pisca de novo, volta a ser de primeira?

Uma das sequências mais ridículas, mais incrivelmente idiotas da História do cinema

Em geral, tenho gosto em desancar filme ruim. Me tomo de grande entusiasmo por mostrar as idiotices. Com Correspondente Estrangeiro, estranhamente, não aconteceu isso: tenho imensa preguiça em falar desta porcaria.

Faço um esforço, no entanto, e relato uma sequência especialmente pavorosa.

Uma conferência de pacifistas no Savoy Hotel, em Londres. O herói da história, o repórter policial Johnny Jones (o papel de Joel McCrea), transformado em correspondente no exterior pelo dono de seu jornal, New York Morning Globe, o sr. Powers (Harry Davenport), acabou de conhecer a heroína, Carol Fisher, a filha do presidente do grande partido pacifista internacional Stephen Fisher.

(Estamos no começo do filme, e só bem mais adiante saberemos que Stephen Fisher é na verdade um agente nazista.)

Johnny Jones conheceu Carol Fisher e se apaixonou profundamente, loucamente, perdidamente.

Durante a conferência de pacifistas, ele manda, através de um garçom, dúzias de mensagens anotadas em folhas de caderneta para ela.

Carol está na mesa principal, ao lado do pai, até então tido como ínclito chefe do movimento pacifista mundial.

Stephen Fisher passa a palavra para a filha.

Carol começa a discursar – mas aí olha para Johnnny Jones, lá longe, em outra mesa. Johnny Jones sorri para ela com cara de idiota apaixonado – e ela se atrapalha.

Stephen Fisher passa para a filha um monte de papeizinhos e recomenda, baixinho: “Veja suas anotações”.

Carol olha para os papeizinhos – são as mensagens de Johnny Jones, convidando a moça para tomar um café, tomar alguma coisa, almoçar, quem sabe jantar.

Embaralha-se no discurso que está fazendo para a douta platéia de pacifistas. Começa a repetir as frases que estão nas mensagens enviadas pelo jornalista americano que se apaixonou por ela.

Corta a cena.

Se fosse uma comédia romântica, seria uma sequência bobinha, bestinha.

Em um filme de guerra-espionagem-suspense do mestre Alfred Hitchcock, uma obra-prima histórica, é o que é: uma das sequências mais ridículas, mais parvas, mais incrivelmente idiotas da História do cinema.

É um filme pavorosamente ruim, que só foi incensado pela crítica porque o brilho do nome Alfred Hitchcock costuma deixar a crítica cega.

O filme faz um dramático apelo para que os EUA entrassem na guerra ao nazismo

Correspondente Estrangeiro tem importância histórica. Sim, isso de fato tem.

O filme termina com um apelo dramático para que os Estados Unidos entrassem na Segunda Guerra Mundial contra os nazistas. O jornalista Johnny Jones faz, de uma rádio em Londres, um discurso que é um inflamado, ardente pedido de ajuda, de socorro:

– “Alô, América. Estou observando uma parte do mundo ir para os ares. Uma parte do mundo tão agradável quanto Vermont, Ohio, California e Illinois está rasgada, sangrando com um boi num abatedouro. Vi coisas que fazem a história dos selvagens parecerem com a lenda de Polyanna.”

Ouvem-se ruídos de alarmes – aviões alemães estão chegando aos céus de Londres, aproximando-se do local em que está a emissora de rádio:

– “Não vou poder ler o resto do discurso porque as luzes foram desligadas, e então vou ter que falar de improviso. Esse barulho que vocês estão ouvindo não é estática, é a morte vindo para Londres. Sim, eles estão vindo para cá agora. Vocês podem ouvir as bombas caindo sobre as ruas e as casas. (…) É tarde demais agora para fazer qualquer coisa a não ser ficar aqui no escuro e deixar que eles venham, já que não há luz em lugar nenhum a não ser na América.”

Pouco antes dos créditos finais, uma última frase, um último apelo:

– “Alô, América, mantenham as luzes acesas. São as únicas luzes no mundo.”

Aqui é fundamental falar de datas. A Alemanha nazista invadiu a Polônia em 1º de setembro de 1939; dois dias depois, o Reino Unido e a França declararam guerra ao país agressor.

Em maio de 1940, os nazistas já haviam invadido Dinamarca, Noruega, França, Bélgica, Holanda e Luxemburgo.

No dia 29 de maio de 1940, terminaram as filmagens de Foreign Correspondent, e Hitchcock fez uma rápida visita à Inglaterra. Quando voltou aos Estados Unidos, no inicinho de julho, o roteirista Ben Hecht foi chamado às pressas para escrever uma sequência a ser acrescentada ao filme – exatamente aquela em que, numa rádio de Londres, o protagonista fala pelo rádio e pede socorro aos Estados Unidos. Essa sequência foi filmada em 5 de julho; no dia 10, começaram os bombardeios nazistas sobre a Inglaterra.

O filme estreou nos Estados Unidos em agosto de 1940.

Os Estados Unidos permaneceriam neutros, fora do conflito, por mais um ano e meio – até que os japoneses bombardearam a base americana de Pearl Harbor, no Havaí, em 7 de dezembro de 1941.

Foi um dos filmes que clamaram pela declaração de guerra

Correspondente Estrangeiro foi, assim, um dos filmes que enfaticamente mostraram à população americana o horror da guerra, do nazismo, e clamaram para que o governo do país entrasse no conflito ao lado do Reino Unido e demais aliados.

Não foi o único a fazer isso – mas foi um deles, e seguramente um dos mais importantes, por ter a assinatura de Alfred Hitchcock e ter feito grande sucesso de público e crítica.

Entre os filmes que, como este aqui, propagandearam pela participação militar dos Estados Unidos no conflito estão Confissões de um Espião Nazista (1939), Tempestades d’Alma (1940), Um Yankee na R.A.F. (1941), O Homem que Quis Matar Hitler (1941) e Sargento York (1941).

E, naturalmente, o mais fundamental de todos, O Grande Ditador, de Charlie Chaplin, que estreou em Nova York outubro de 1940,

Grande importância histórica – mas, como filme, uma grande porcaria, um abacaxi azedo.

Um dos mais graves casos de cegueira coletiva provocada pelo impacto de um nome venerado.

Anotação em agosto de 2017

Correspondente Estrangeiro/Foreign Correspondent

De Alfred Hitchcock, EUA, 1940.

Com Joel McCrea (John Jones), Laraine Day (Carol Fisher), Herbert Marshall (Stephen Fisher), George Sanders (Ffolliott), Albert Basserman (Van Meer), Robert Benchley (Stebbins), Edmund Gwenn (Rowley), Eduardo Ciannelli (Mr. Krug), Harry Davenport (Mr. Powers), Frances Carson (Mrs. Sprague), Ian Wolfe (Stiles), Charles Wagenheim (o assassino), Eddie Conrad (o letão), Charles Halton (Bradley)

Roteiro Charles Bennett & Joan Harrison

e mais Ben Hecht, Richard Maibaum e vários outros não creditados

Diálogos James Hilton e Robert Benchley

Fotografia Rudolph Maté

Música Alfred Newman

Montagem Dorothy Spencer

Produção Walter Wanger. DVD

P&B, 120 min

*

Título na França: Correspondent 17. Na Itália: Il prigioniero di Amsterdam. Em Portugal: Correspondente de Guerra.

14 Comentários para “Correspondente Estrangeiro / Foreign Correspondent”

  1. Eu, que não sou fã de Hitchcock, adorei ler esse texto. Muito obrigada!
    (Mas assisto qualquer coisa que ele tenha dirigido, o cara conseguia sempre um elenco muito bom).

  2. Realmente a trama não é o forte do filme, mas se tratando de Hitchcock, será que importa tanto assim? Sou fã de Hitchcock há mais de 30 anos e ainda não havia assistido a este filme. Acabo de assisti-lo e fica uma sensação de ter visto uma história fraca que serviu somente de protesto para o mestre desfilar seu talento como diretor de cenas incríveis e memoráveis. O Atentado na escadaria é fantástico. A cena no moinho é angustiante. E a cena do naufrágio do avião é espetacular levando se em conta que não haviam efeitos especiais feitos em computador. Verdade, a trama é fraca, mas o filme rende momentos memoráveis. Não é um abacaxi azedo. É um delicioso abacaxi.

  3. Caro Mateus,
    Muito obrigado por seu comentário!
    Sobre o abacaxi, repito para você um frase que repito sempre: é só minha opinião, e minha opinião vale no máximo uns três guaranis paraguaios furados…
    Espero que você tenha interesse em voltar ao site para ler sobre outros filmes… Afinal, aqui não há apenas minhas opiniões, mas muita informação, e mais as opiniões de outros…
    Um abraço!
    Sérgio

  4. Realmente, o filme é fraco: trama sem pé nem cabeça. Há sequências inúmeras inverossímeis: a queda do avião, por exemplo, enorme por dentro, minúsculo por fora, será que emcolheu na água do Atlântico? Ou a queda do repórter sobre o toldo… e sua espetacular volta ao apartamento subindo escadas. Essas cenas e muitas outras lembram desenho animado!
    Algumas sequências de direção bem ruins: o discurso pacifista da heroína e a cara de retardado do herói… credo!
    Hitchcock menor, bem pequenininho mesmo. Perda de tempo!
    Ponto para a fotografia e figurinos! Mas é muito pouco…

  5. Vi esse filme ontem a noite e não me agradei muito. Só assisti até o fim porque gosto muito do Joel McCrea, que considero o melhor ator dos anos 30 e 40.
    Concordo com as críticas que você faz a esse filme, Sérgio. De fato, a trama é meio sem sentido e a cena do Joel olhando para a protagonista com cara de bobo é bem ridícula mesmo. Sem falar que o casal de protagonistas se apaixona de forma muito rápida, lembrando a superficialidade típica das telenovelas.
    O filme é repleto de cenas bem humoradas que destoam da proposta de um thriller de espionagem. Contudo, essa característica era uma constante na Hollywood clássica, onde o alívio cômico parecia ser uma regra. Os filmes de John Ford, por exemplo, sempre tinham que ter cenas de humor desnecessárias, muitas vezes caindo no pastelão!
    Concordo quando você diz que a crítica fica cega diante da assinatura de um diretor consagrado e o caso desse filme de Hitchcock está longe de ser uma exceção. Tenho visto, recentemente, alguns filmes do “mestre” John Ford e confesso que não vi nada de extraordinário. Pelo contrário, alguns deles tem um ritmo arrastado, com uma metragem forçadamente longa e repletos de cenas de humor descabidas que contrastam com a proposta dramática da obra (“Rastros de Ódio” é um exemplo claro disso).
    A conclusão que chego é que os “mestres” de Hollywood não passavam de marcas. Mesmo porque eles não tinham liberdade para conceber seus filmes da forma que queriam. O Código Hays fazia uma série de imposições que castravam a criatividade do cineasta, sem falar nas intervenções dos produtores visando deixar a obra o mais comercial possível. O próprio Hitchcock sempre teve que colocar finais felizes em suas tramas.
    Em suma, grande parte desses filmes ficaram ridículos, não por culpa dos diretores, mas devido ás limitações impostas ao meio.

    Paulo David

  6. Hitchcock nunca fez filme ruim. Seus filmes são verdadeiras aulas de cinema. A crítica deste imbecil que não entende porra nenhuma de cinema, não merecia nem este comentário, ele deve gostar de Os filhos de Francisco, Transformers, Homem Formiga e outras tranqueiras.

  7. Ai, ai. Às vezes chego a achar que sou democrático demais, por ter o poder de jogar fora comentários que, além de idiotas, são agressivos, e mesmo assim publicá-los… Mas aí lembro a frase de Voltaire, e então permito que a idiotice seja expressada no meu site.
    Sérgio

  8. Realmente, acho que peguei pesado. Queira desculpar. Hitchcock mesmo se estivesse vivo jamais saberia da minha existencia ou da sua. E nóis aqui brigando!
    Sou fã incondicional de Hitchcock, é verdade que tem filmes ótimos e outros “apenas” bons. Acho que é o melhor diretor de todos os tempos, em termos de linguagem cinematográfica. Também sou fã de outros diretores tais como Fellini, Ettore Scola, François Truffaut, Kurozawa, Antonioni, Pasolini, Godard, Alain Resnais, Jean Vigo, Robert Bresson, Buñuel, Di Sica, Jacques Tati, Orson Welles, Robert Bresson, Max Ophuls, Fritz Lang, Kubrik, Fazbinder, Bergman, Luchino Visconti, Ernst Lubitsch, Murnau, Gillo Pontecorvo, Jean Renoir e muitos outros que fizeram filmes até mais importantes.
    José Lino Grunewald classificava os diretores em 3 categorias: Os Grandes Diretores, os Mestres e os Inventores, Hitchcock nesta última e superior categoria.
    Para além de filmes de arte, gosto de qualquer filme bem feito, mesmo que seja por puro entretenimento, que é a origem e o verdadeiro motivo do cinema existir.

  9. Que absoluta delícia receber este seu texto, Itamar.
    Muito obrigado, e um grande abraço.
    Sérgio

Comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *