Em As Amigas, de 1955, seu quarto longa-metragem como realizador, Michelangelo Antonioni já antecipava as características básicas do que deixaria críticos e cinéfilos do mundo inteiro de queixo caído – e um monte de gente surpresa e indignada – cinco anos depois, com A Aventura, e logo em seguida A Noite (1961) e O Eclipse (1962). Continue lendo “As Amigas / Le Amiche”
Madame du Barry
Madame du Barry (ou Madame Dubarry, como aparece nos créditos iniciais), produção alemã de 1919, a terceira das seis colaborações do diretor Ernst Lubitsch e da atriz Pola Negri, é um belo, grande filme. Continue lendo “Madame du Barry”
A Vênus Loura / Blonde Venus
A Vênus Loura, de 1932, foi o quinto dos sete filmes que Marlene Dietrich e o diretor Josef von Sternberg fizeram juntos, e o quarto dos 21 que ela fez consecutivamente em Hollywood, entre sua ida para os Estados Unidos em 1930 e o final da Segunda Guerra Mundial, em 1945. Continue lendo “A Vênus Loura / Blonde Venus”
Lolita
Todo o marketing para o lançamento de Lolita, o longa-metragem número 5 dos 12 que Stanley Kubrick realizou, foi em cima do romance em que o filme se baseava. “Como eles conseguiram fazer um filme de Lolita?” era uma das taglines – as frases de venda, os bordões, bolados pela equipe de marketing da MGM, que distribuiu o filme. Continue lendo “Lolita”
Sorrisos de uma Noite de Amor / Sommarnattens Leende
Sorrisos de uma Noite de Amor é um daqueles filmes que, além de serem maravilhosos e importantes, têm uma história de vida, se é que podemos usar a expressão, que daria um grande filme. Continue lendo “Sorrisos de uma Noite de Amor / Sommarnattens Leende”
Desonrada / Dishonored
Na primeira sequência de Desonrada, de 1931, Marlene Dietrich levanta a saia até um pouquinho acima do joelho direito, e dá uma acertadinha na liga que segura a meia de nylon em sua coxa – uma das duas coxas que ela havia mostrado amplamente um ano antes em várias, várias sequências de O Anjo Azul, o filme que a havia transformado em grande estrela e fez com que Hollywood a importasse. Continue lendo “Desonrada / Dishonored”
Terra do Sonho Distante / America America
America America, no Brasil Terra do Sonho Distante, é o preferido do seu realizador, o grande, imenso, gigantesco Elia Kazan (1909-2003). Kazan fez poucos filmes, se compararmos com outros realizadores: apenas 19 longa-metragens, ao longo de 31 anos de carreira. Poucos – mas vários deles são obras-primas. Continue lendo “Terra do Sonho Distante / America America”
No Silêncio da Noite / In a Lonely Place
In a Lonely Place, no Brasil No Silêncio da Noite, de 1950, é um beleza, uma maravilha, um filmaço. Continue lendo “No Silêncio da Noite / In a Lonely Place”
A Um Passo da Eternidade / From Here to Eternity
A Um Passo da Eternidade é um raro caso de absoluta unanimidade. Não se tem notícia de alguém que não tenha respeito, admiração, pelo filme. O reconhecimento é amplo, geral, irrestrito – e foi imediato. Foi o terceiro filme de maior bilheteria nos Estados Unidos no ano de seu lançamento, 1953, oito anos após o fim Segunda Guerra Mundial sobre a qual ele trata. Continue lendo “A Um Passo da Eternidade / From Here to Eternity”
Uma Noite em Junho / Juninatten
Ingrid Bergman já havia ido para Hollywood, já havia feito de novo o papel da pianista Anita Hoffman na refilmagem americana de 1939 do Intermezzo original de 1936, quando voltou à sua Suécia natal, a Europa engolfada pela Segunda Guerra Mundial, para fazer Uma Noite em Junho/Juninatten. Continue lendo “Uma Noite em Junho / Juninatten”
A Mulher Que Vendeu Sua Alma / En Kvinnas Ansikte
Em 1938, um ano antes de ser importada para Hollywood pelo produtor David O. Selznick, Ingrid Bergman, o mais belo rosto que já passou diante de uma câmara de cinema, interpretou uma jovem mulher que teve a face desfigurada por uma horrível, gigantesca queimadura. Continue lendo “A Mulher Que Vendeu Sua Alma / En Kvinnas Ansikte”
Dama por um Dia / Lady for a Day
Dama por um Dia, que Frank Capra lançou em 1933, o quarto ano da Grande Depressão em que se afundaram os Estados Unidos, é um dos mais belos, ternos, envolventes contos de fada que já foram contados. É também provavelmente o filme mais otimista, positivo, believer desse cineasta excepcional que soube como nenhum outro injetar esperança nas platéias de cinema em um país varrido pelo desemprego, pela miséria. Continue lendo “Dama por um Dia / Lady for a Day”
Intermezzo: Uma História de Amor
A história é muito conhecida, das mais lendárias da Hollywood daqueles anos dourados entre 1930 e 1950: o todo-poderoso David O. Selznick assistiu ao filme sueco Intermezzo, feito em 1936, e resolveu importar a atriz de beleza faiscante, uma jovem então desconhecida nos Estados Unidos chamada Ingrid Bergman. Continue lendo “Intermezzo: Uma História de Amor”
A Mulher Proibida / Forbidden
No terceiro dos quatro filmes que fez sob a direção de Frank Capra, Barbara Stanwyck interpreta a personagem mais improvável, mais incompreensível, mais absurda das gloriosas carreiras de ambos. A Lulu Smith de A Mulher Proibida/Forbidden, de 1932, abre mão de tudo, absolutamente tudo na vida para o bem do homem que ama. Anula todas as vontades, anula-se. Continue lendo “A Mulher Proibida / Forbidden”
Marrocos / Morocco
Marrocos foi o primeiro filme americano de Marlene Dietrich. É do mesmo ano em que Joseph Von Sternberg e ela realizaram, ainda na Alemanha natal dos dois, O Anjo Azul, 1930 – mas o filme alemão só foi lançado nos cinemas americanos depois que este Marrocos já havia estreado. Continue lendo “Marrocos / Morocco”