Os Reis do Ié-Ié-Ié / A Hard Day’s Night

Nota: ★★★½

A Hard Day’s Night é um filme engraçado, divertido, gostoso de se ver. É inteligente, esperto, safo. Irreverente, gozador, suavemente ousado. Tem alguma coisa dos filmes dos irmãos Marx, tem um tom do cinema novo inglês de seu tempo, dos Angry Young Men. Apesar disso, ou por isso mesmo, era inovador. Fresco, fresh, no sentido mais literal e mais puro.

Permanece com um gostinho de coisa nova mesmo agora, passados 57 anos de seu lançamento na Inglaterra, em julho de 1964 – o auge do fenômeno sociológico conhecido como beatlemania. A Hard Day’s Night é um espelho daquele fenômeno, um produto dele – e ao mesmo tempo seu realimentador.

Ao redor do mundo todo, as pessoas viam e reviam e reviam A Hard Day’s Night. Num país periférico, do Terceiro Mundo, um adolescente chamado Sérgio Vaz viu A Hard Day’s Night nove vezes, entre março de 1965 e fevereiro de 1967, conforme anotou em seu caderno de filmes.

Ao revê-lo agora, depois um intervalo de mais de cinco décadas, e de trocar umas figurinhas com a Mary, quis anotar logo algumas características que me pareceram especialmente marcantes:

* Como eles eram jovens!

Claro, óbvio, evidentemente eram jovens – Ringo e John, os mais velhos, de 1940, faziam 24 anos em 1964; George, o mais novo, de 1943, fazia apenas 21. Mas o que quero dizer é que eles pareciam garotões, adolescentes. Muito do comportamento deles, das piadas deles, era coisa que chamo de ginasiano, de neguinho aí de 14 anos de idade. O espírito rebelde, contestador… Vendo agora, não parece algo elaborado, pensado, organizado, intelectual, Não – é o espírito rebelde, contestador, dos adolescentes! Um tanto inocente, um tanto bobinho.

* Como aquilo tudo na vida de quatro garotões quase adolescentes era pesado, sufocante! Como eles queriam fugir daquela roda vida!

Show, hotel, viagem, show, hotel, viagem, compromisso social, coletiva de imprensa, show, hotel, viagem, show, hotel, viagem, compor uma música num intervalo aqui, show, hotel, viagem, compor outra música, ir pro estúdio, show, hotel, viagem, coletiva de imprensa, compromisso com autoridade tal e qual.

O filme mostra dois dias na vida dos jovens Beatles – e é isso, é compromisso atrás de compromisso. É tudo pesado, sufocante demais, angustiantemente duro, cansativo, exaustivo. Sem um momento de descanso, de  respiro.

Bem rapidinho, resumido: 1959, os quatro garotos passam a se dedicar somente à música. 1961, tocam no Cavern Club de Liverpool pela primeira, tocam em Hamburgo – uma pauleira do cão, do cão. Outubro de 1962, primeiro compacto – e aí não pararam mais um instante, um segundo.

Os caras não puderam ter adolescência!

Não é de se estranhar que tivessem atitudes, jeito, comportamento de adolescentes aos 21/24 anos.

E então tudo o que queriam era fugir um pouquinho que fosse da roda-viva. O filme mostra isso diversas vezes, com imenso destaque e talento– a saída em grupo pela escada de incêndio ao som de “Can’t buy me love”, o passeio solitário de Ringo ao som de uma versão apenas instrumental de “This boy”.

* Agora, as fãs… Que loucura, meu! Ninguém ouvia nada!

Foi a Mary que reparou mais nisso, quem primeiro falou disso depois que o filme terminou: as meninas não iam ao teatro para ouvir os Beatles. Nem sequer propriamente para ver os Beatles. Elas iam ao teatro, depois aos estádios em que passaram a se apresentar, em especial na turnê americana, para berrar, berrar, berrar – e chorar!

Cinematograficamente, são lindas tanto as tomadas mais amplas, abertas, mostrando aquele porrilhão de fãs correndo atrás deles, quanto as tomadas mais fechadas, os belíssimos, impressionantes close-ups das mocinhas inglesas berrando e chorando e sofrendo em absoluto êxtase.

Mas de fato é – como Mary bem notou – um fenômeno a rigor incompreensível. Carece absolutamente de lógica. Como assim, meu, você vai a um show para berrar, berrar, berrar a plenos pulmões e não ouvir uma única nota da música que está sendo tocada?

Foi Brian Epstein que sugeriu o nome de Lester

Já com algum tempo de distância da experiência de rever A Hard Day’s Night, fiquei pensando que foi uma monumental sorte os Beatles terem feito seu primeiro filme com Richard Lester e com Alun Owen.

É claro que todos os diretores, todos os roteiristas do mundo adorariam a chance de fazer o filme dos Beatles em 1964, no auge do auge do auge da beatlemania.

Não foram Lester e Owen – fiquei pensando – que tiveram sorte de serem os escolhidos, de terem aparecido na hora certa. Foram os Beatles – e nós todos, os espectadores.

Foi o que fiquei pensando.

Dei uma olhada no Anthology, o gigantesco, mamutiano livro lançado em 2000, juntamente com as coleções de CDs e DVDs comemorativos. Danado de difícil de ler o catatau: o objeto é gigantesco, a letrinha é mínima, para caber toda a história dos Beatles. Mas há ali deliciosas frases sobre a gênese do filme.

“A gente vinha pensando em um filme já havia um tempo”, disse Paul McCartney – está lá registrado no Anthology. “Tínhamos feito progresso, tínhamos estado na América. Agora era a vez de um filme. Tínhamos adorado The Girl Can’t Help It, e sabíamos que dava para fazer um filme rock’n’roll. Tínhamos visto aquelas pequenas produções americanas e, embora elas fossem de orçamento baixo e nada boas, elas tinham música, e sempre assistíamos. Então a gente queria estar em um filme, mas um filme bom.”

The Girl Can’t Help It, de Frank Tashlin, de 1956, no Brasil Sabes o Que Quero, tem importância história: foi o primeiro filme de grande estúdio a apresentar o então novato, recém-chegado rock’n’roll.

Um pouco mais adiante, Paul conta que Brian Epstein (1934-1967), o empresário do grupo, figura fundamental na história da banda, começou a conversar com um monte de gente, e então apareceu com o nome de Dick Lester. “Brian nos disse que que ele tinha feito The Running, Jumping & Standing Still Film, um curta com Spike Milligan – um pequeno clássico da comédia. Nós adorávamos o filme, e então todos nós dissemos ‘É ele. Ele é o nosso homem’. Dick veio ver a gente e nós descobrimos que ele também era músico, sabia tocar um pouco de piano de jazz, o que o tornava ainda mais interessante. Era americano, mas estava trabalhando na Inglaterra já tinha um tempo.”

E Paul conta que, para escrever o roteiro, Dick Lester apareceu com Alun Owen, um escritor que era de Liverpool e conhecia as gírias, o jeito dos jovens de Liverpool.

John Lennon faz críticas a Alun Owen no livro Anthology. George Harrison também, embora em tom muitíssimo mais suave.

“Eu me diverti muito”, diz no livrão o senhor Richard Starkey – e dá pra gente imaginar a cara bonachona de Ringo dando a entrevista que depois seria parte do Anthology, o livro oficial da história dos Beatles. “Para mim era incrível a idéia de que estávamos fazendo um filme. Eu adorava filmes quando era criança. (…) Acho que, porque eu amava os filmes, eu estava menos envergonhado do que os outros de estar em um. John entrou de fato no filme, também. Eu achava, durante uma boa parte do tempo, que George não queria estar ali. Era uma coisa que ele fazia porque nós estávamos fazendo.”

Interessante esse detalhe: ao ver o filme, não notei que George estivesse pouco à vontade.

O diretor perfeito para fazer o filme dos Beatles

A minha sensação, o que fiquei achando, depois de rever o filme agora para escrever este texto, é mesmo aquela: foi uma imensa sorte que, de todos os diretores, de todos os roteiristas do mundo que poderiam ser chamados àquela Londres de 1963, 1964, tenham sido Richard Lester e Alun Owen os escolhidos para fazer A Hard Day’s Night.

Claro: ponto para Brian Epstein, que sempre soube fazer as opções certas. Ponto para os quatro garotos, que acertaram em cheio ao topar a indicação do empresário.

Richard Lester tinha jeito para aqueles tempos em que tudo mudava no comportamento dos jovens, o tempo da Swingin’ London; tinha faro para as coisas novas. Entre A Hard Day’s Night e Help!, o segundo filme dos Beatles, do ano seguinte, 1965 –, ele fez A Bossa da Conquista/The Knack… And How to Get It, com Rita Tushingham, a feia mais charmosa do cinema dos anos 60. Mas tinha farto conhecimento da História do cinema, e então soube unir um certo humor nonsense dos Irmãos Marx que os Beatles de fato tinham com um visual próximo do cinema novo inglês dos Angry Young Men.

Há o espírito dos Irmãos Marx purinho nas sequências da entrevista coletiva e de George na agência de publicidade – e há o visual do cinema novo inglês nas sequências em que Ringo perambula por uma periferia, junto de um rio, um canal, em que garotos matam aula.

E Lester teve a esperteza – ou talvez algo próximo da premonição – de usar um estilo de montagem absolutamente frenético, enlouquecedor, em diversas das sequências. Em especial nas que mostram os rostos de algum dos quatro Beatles em close-up. Fiquei espantado com a rapidez da montagem ao ver o filme depois de tantos e tantos anos – e vejo agora que isso é realçado no primeiro parágrafo sobre o diretor no IMDb:

“O estilo de montagem frenética que foi visto por muitos como o predecessor do vídeo musical uma geração mais tarde.”

Um diretor perfeito para filmar os Beatles.

Dois anos depois de Help!, em 1967, Richard Lester iria dar a John Lennon a oportunidade de trabalhar como ator mesmo, em um filme sobre a Segunda Guerra Mundial rodado na Espanha, Como Eu Ganhei a Guerra/How I Won the War, de 1967. Em 1967, o ano de Sgt Pepper’s Lonely Hearts Club Band, os Beatles estavam procurando escapar mais do que simplesmente pela escada de incêndio – tentavam novas aventuras artísticas e/ou de realização pessoal. Paul havia se aventurado na composição da trilha sonora de uma comédia dramática, Lua-de-Mel Ao Meio-Dia/The Family Way. George começava a se aventurar pela cultura indiana.

Mas essas são outras histórias.

Até a vetusta Academia percebeu o brilho do roteiro

O que me fascinou especialmente nesta revisão de A Hard Day’s Night foi a grande sacada de Alun Owen de que, em seu primeiro filme, os Beatles fariam o papel deles mesmos, no seu dia a dia.

Ao definir que a história, a trama, o entrecho seria simplesmente mostrar dois dias da vida dos quatro rapazes que formavam o grupo de música pop mais importante do momento, Alun Owen acertou em cheio.

Permitiu que os quatro rapazes ficassem à vontade diante da tela – bastava que fossem eles mesmos.

E deu as bases para que o filme fosse, além de divertido, gostoso, e recheado de canções, também um perfeito retrato do fenômeno beatlemania.

Um fenômeno sociológico mostrado na tela dos cinemas do mundo inteiro enquanto ele próprio estava acontecendo. E que era ainda mais inflado pelo próprio filme.

Para dar mais motivo de boas piadas, Alun Owen inventou o engraçadíssimo personagem do avô de Paul McCartney, interpretado por Wilfrid Brambell (na foto abaixo), uma figura sensacional, hilariante.

Até a vetusta Academia de Hollywood, naquela época muito pouco chegada a novidades, coisas da juventude, percebeu que o roteiro do filme era um achado, e o indicou para o Oscar. O grande George Martin, “o quinto beatle”, o maestro, arranjador de todos os discos da banda, recebeu um indicação ao Oscar de melhor trilha sonora.

Leonard Maltin deu a cotação máxima de 4 estrelas ao filme: “O primeiro filme dos Beatles é a idéia do diretor Lester de um dia típico na vida do grupo. Ele deixa sua imaginação correr solta; o resultado é uma delícia visual, com muitas canções dos Beatles na trilha sonora (inclusive ‘Can’t Buy Me Love’, ‘And I Love Her’, ‘I Should Have Known Better’ e a canção título.). Roteiro original de Alun Owen. Relançado em 1982 com um curto prólogo.”

O CineBooks’ Motion Picture Guide deu 4 estrelas em 5: “Refrescante, inovador e imensamente engraçado, A Hard Day’s Night conta a história de 36 horas nas vidas dos Beatles de uma maneira peculiar que deixa todo mundo rindo desde o primeiro momento. O maravilhoso roteiro de Alun Owen é cheio de surpresas inteligentes, entregues daquela maneira de que só os Beatles seriam capazes, e vários de seus clássicos aparecem bem integradas à narrativa.”

Para o autor americano, os ingleses estavam com tudo

O livro The Films of the Sixties, de Douglas Brode, começa o texto sobre A Hard Day’s Night fazendo uma análise que é bem do ponto de vista americano, sobre “a invasão britânica” de que tanto se falou. É fascinante:

“Sem aviso, os britânicos subitamente se transformaram em criadores das tendências da cultura popular. Havia os filmes, como Tom Jones e Billy Liar (As Aventuras de Tom Jones, de Tony Richardson, e O Mundo Fabuloso de Billy Liar, de John Schlesinger, ambos de 1963), que capturavam algo do espírito dos tempos em que vivíamos como nenhum filme americano estava fazendo; havia os astros recentemente reconhecidos, como Richard Burton e Peter O’Toole, que apenas uma década antes teriam parecido intelectuais demais para serem aceitos como símbolos sexuais masculinos; havia as jovens ‘gatas’ inglesas, representadas por Julie Christie, que aparentemente tinha um estilo de vida livre, moderno, e as modelos, inclusive Twiggy, que revolucionaram a moda, colocando ênfase na magreza e num estilo auto-indulgente; e, finalmente, havia os Beatles, surgindo no The Ed Sullivan Show e causando a maior explosão na música popular desde a estréia de Elvis Presley na televisão em 1957. A beatlemania varreu os Estados Unidos, com os jovens adotando o corte de cabelos e os maneirismos dos quatro rapazes da Inglaterra.

“Naturalmente, um filme foi logo posto em produção para lançamento no verão de 1964. De forma incrível, ele se provou um dos melhores filmes do ano, estabelecendo seus quatro astros não apenas como celebridades passageiras mas forças significativas de moda chique e arte moderna.

“Em vez de rodar A Hard Day’s Night no estilo convencionou dos filmes de rock’n’roll anteriores, o diretor Richard Lester atraiu adultos assim como adolescentes aos cinemas apresentando uma concepção fresca, vivaz e em muitos aspectos surrealistas para seu filme. A obra gerou uma aura de sofisticação estilo anos 60 graças a um esquema de montagem tomado emprestado dos comerciais da TV (um campo que Lester, ex-publicitário, conhecia bem) e um senso de humor anarquista que servia para muitos espectadores mais velhos se lembrarem dos Irmãos Marx.

“Raramente era permitido aos Beatles cantar ‘direto’ um de seus sucessos; em vez disso, eles eram capturados no estilo de câmara do cinema verité, dando a sensibilidade espontânea de um documentário a sequências mostrando suas sessões de gravação e apresentações ao vivo.”

Delícia de texto.

Os títulos do filme mundo afora, uma piada

A página de Trivia sobre o filme no IMDb – informações, curiosidades, historinhas sobre a produção – tem mais de 110 itens. É uma delícia para quem gosta dos Beatles. Mas é tanta coisa que fiquei com preguiça de transcrever.

Gostaria de registrar uma curiosidade que me parece especialmente divertida: os títulos do filme mundo afora são os mais diversos possíveis. O brasileiro Os Reis do Ié-Ié-Ié nem fica tão estranho assim…

Argentina, México: ¡Yeah, Yeah, Yeah, Paul, John, George y Ringo!

França, Bélgica: Quatre Garçons Dans le Vent

Alemanha, Noruega: Yeah Yeah Yeah

Itália: Tutti per Uno

Espanha: ¡Qué noche la de aquel día!

Bem… Peço licença para, antes de terminar, dar uma viajadinha pelo caderno de filmes daquele tal adolescente Sérgio Vaz…

* Cine Metrópole, São Paulo, 1º/3/1965.

* Cine Pathé, Belo Horizonte, 11/3/1965.

* Cine Pathé, Belo Horizonte, 21/3/1965.

* Cine Leblon, São Paulo, 17/10/1965.

* Cine Tamoio, Belo Horizonte, 10/7/1966.

* Cine Tamoio, Belo Horizonte, 13/7/1966.

* Cine Tamoio, Belo Horizonte, 20/7/1966.

* Cine São Cristóvão, Curitiba, 24/2/1967.

* Cine São Cristóvão, Curitiba, 26/2/1967.

Cacete! Não tenho a menor lembrança de quais eram os cines Leblon, de São Paulo, e São Cristóvão, de Curitiba.

Dos outros, claro que lembro bem. Da primeira vez, no Cine Metrópole da Avenida São Luís em São Paulo, me lembro bastante. O capiau mineirim foi levado àquela maravilha de cinema pela paulistana mais bela que ele já havia visto até então, Derci Cezar. E é fascinante lembrar que vi o filme nas três cidades em que já morei na vida. Mas essas, definitivamente, são outras histórias…

Anotação em abril de 2021

Os Reis do Ié-Ié-Ié/A Hard Day’s Night

De Richard Lester, Inglaterra, 1964

Com John Lennon, Paul McCartney, George Harrison e Ringo Starr

e Wilfrid Brambell (o avô de Paul), Norman Rossington (Norm, o road manager), John Junkins (Shake, o assistente de Norm), Victor Spinetti (o diretor da TV), Deryck Guyler (o inspetor de polícia), Anna Quayle (Millie), Kenneth Haigh (Simon), Richard Vernon (o homem chato no trem), Eddie Malin (o garçom do hotel), Robin Ray (técnico da TV), Lionel Blair (coreógrafo da TV), Alison Seebohm (secretária), Marianne Stone (repórter), David Langton (ator da TV), David Jaxon (o garoto que Ringo encontra)

Argumento e roteiro Alun Owen

Fotografia Gilbert Taylor

Direção musical George Martin

Canções John Lennon-Paul McCartney

Montagem John Jympson

Direção de arte Ray Simm

Figurinos Dougie Millings & Son, Julie Harris

Produção Walter Shenson, Proscenium Films. Distribuição United Artists

P&B, 85 min (1h25)

Disponível em DVD.

R, ***1/2

 

4 Comentários para “Os Reis do Ié-Ié-Ié / A Hard Day’s Night”

  1. Eu vi o filme no cinema não sei em que ano nem quantas vezes, talvez em 1965, 1966.
    Lembro-me que o vi com os meus amigos da altura que tinham um conjunto musical e que interpretavam canções dos Beatles.
    Adorei.
    Os anos passaram e por volta de 2000 ou 2001 comprei o DVD do filme.
    Fiquei extasiado.
    Até chorei, não de tristeza mas de comoção.
    Em Portugal o filme tem o nome “Os Quatro Cabeleiras do Após-Calypso”.
    Realmente não imagino como seria possível traduzir o título original que foi uma invenção do Ringo.

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