É uma bela, envolvente, algumas vezes apavorante homenagem a Alfred Hitchcock e aos policiais noir dos anos 40 esta que o inglês Joe Wright fez nos Estados Unidos. É verdade que, na sequência climática bem perto do final, descamba para o desnecessário exagero de violência tão comum nos thrillers americanos, mas nem isso compromete a qualidade deste A Mulher na Janela. Continue lendo “A Mulher na Janela / The Woman in the Window”
A Despedida / The Farewell
A Despedida/The Farewell é uma beleza de filme. Um retrato extremamente sensível, e extremamente bem feito em todos os quesitos, de um drama familiar que já seria tocante, emocionante, qualquer que fosse a situação da família – mas se torna ainda mais impressionante por se tratar de uma família que se dividiu entre três diferentes países. Continue lendo “A Despedida / The Farewell”
Nomadland
Nomadland levou poucos meses após seu lançamento em diversos festivais, em setembro de 2020, para fazer história. Fez muita história – e é um grande filme. Continue lendo “Nomadland”
Os Boas Vidas / I Vitelloni
Lançado em 1953, o ano em que se passa a ação – bem no início, vemos a festa do anúncio da Miss Sirena 1953 –, Os Boas Vidas/I Vitelloni foi o terceiro filme dirigido por Federico Fellini, depois de Mulheres e Luzes e Abismo de um Sonho, e logo antes de A Estrada da Vida, a obra que iniciou sua consagração como um dos maiores realizadores da História. Continue lendo “Os Boas Vidas / I Vitelloni”
Um Dia Perfeito / A Perfect Day
Por um bom tempo depois que vimos Um Dia Perfeito/A Perfect Day, produção espanhola de 2015 de Fernando León de Aranoa, fiquei pensando no título de um livro hoje pouquíssimo conhecido, Misérias e Grandezas do Nosso Futebol, e no deslumbrante verso do Caetano, “a força da grana que ergue e destrói coisas belas”. Continue lendo “Um Dia Perfeito / A Perfect Day”
A Fraternidade é Vermelha / Trois Couleurs: Rouge
Ao encerrar a Trilogia das Cores, no que viria a ser o seu último longa-metragem para o cinema, Krzysztof Kieslowski fez uma obra-prima sobre a vida o amor a morte, uma ode às coincidências e aos acasos. Um quarto de século antes de o papa que veio do fim do mundo colocar o verso de Vinicius de Moraes em uma encíclica, Trois Couleurs: Rouge comprovou que a vida é a arte do encontro, embora haja tanto desencontro pela vida. Continue lendo “A Fraternidade é Vermelha / Trois Couleurs: Rouge”
As Amigas / Le Amiche
Em As Amigas, de 1955, seu quarto longa-metragem como realizador, Michelangelo Antonioni já antecipava as características básicas do que deixaria críticos e cinéfilos do mundo inteiro de queixo caído – e um monte de gente surpresa e indignada – cinco anos depois, com A Aventura, e logo em seguida A Noite (1961) e O Eclipse (1962). Continue lendo “As Amigas / Le Amiche”
Pieces of a Woman
Pieces of a Woman, o filme lançado no Brasil sem título em Português pela Netflix, que vem rendendo à inglesa Vanessa Kirby elogios e prêmios merecidíssimos, descarta, joga fora no lixo uma característica que torna o cinema melhor que a vida real: a possibilidade de se dar um corte. Continue lendo “Pieces of a Woman”
A Voz Suprema do Blues / Ma Rainey’s Black Bottom
Fala-se demais em A Voz Suprema do Blues, no original Ma Rainey’s Black Bottom. Discute-se demais, briga-se demais, berra-se demais, A grande Viola Davis, que interpreta Ma Rainey (1886-1939), a personagem-título, a pioneira do blues, até que canta uma música e é dublada em umas poucas outras; mas, sobretudo, fala demais. Continue lendo “A Voz Suprema do Blues / Ma Rainey’s Black Bottom”
Síndrome da China / The China Syndrome
Que a vida imita a arte, da mesma forma que a arte imita a vida, disso já sabemos, estamos cansados de saber. Mas raríssimos são os casos de obras – como o de Síndrome da China, de 1979 – que antecipam o que vai acontecer na vida real. Continue lendo “Síndrome da China / The China Syndrome”
Três Dias do Condor / Three Days of the Condor
É fascinante como Três Dias de Condor (1975), uma das sete colaborações entre o diretor Sydney Pollack e Robert Redford, é um filme que reflete o seu tempo – os Estados Unidos logo após os escândalos dos Papéis do Pentágono e do Caso Watergate. Continue lendo “Três Dias do Condor / Three Days of the Condor”
Madame du Barry
Madame du Barry (ou Madame Dubarry, como aparece nos créditos iniciais), produção alemã de 1919, a terceira das seis colaborações do diretor Ernst Lubitsch e da atriz Pola Negri, é um belo, grande filme. Continue lendo “Madame du Barry”
A Vênus Loura / Blonde Venus
A Vênus Loura, de 1932, foi o quinto dos sete filmes que Marlene Dietrich e o diretor Josef von Sternberg fizeram juntos, e o quarto dos 21 que ela fez consecutivamente em Hollywood, entre sua ida para os Estados Unidos em 1930 e o final da Segunda Guerra Mundial, em 1945. Continue lendo “A Vênus Loura / Blonde Venus”
Era Uma Vez Um Sonho / Hillbilly Elegy
Tornou-se obrigatório haver um posfácio, um aviso, uma explicação antes do início desta anotação – que foi feita em março de 2021. Em 11/2022, cheguei a fazer um P.S. Mas agora que J.D. Vance foi escolhido candidato à vice-presidência dos Estados Unidos na chapa republicana de Donald Trump, e revelou-se toda a extensão do seu absurdo reacionarismo, um post scriptum ficou pouco. Continue lendo “Era Uma Vez Um Sonho / Hillbilly Elegy”
A Quadrilha Maldita / Day of the Outlaw
Hoje bem pouco lembrado, Day of the Outlaw, no Brasil Quadrilha Maldita, que o húngaro radicado nos Estados Unidos André de Toth lançou em 1959, é um belo western. Um belo filme. Continue lendo “A Quadrilha Maldita / Day of the Outlaw”