Mare of Easttown

Nota: ★★★½

Mare of Eastttown, série americana da HBO de 2021, já seria ótima apenas pela interpretação de Kate Winslet, essa atriz absolutamente superlativa, em momento de especial brilho no papel da personagem- título, uma dedicada sargento-detetive de cidade pequena da Pensilvânia que parece um poderoso ímã capaz de atrair para seus ombros todos os problemas do mundo.

Mas Mare of Easttown tem muitas outras qualidades além do talento deslumbrante e da beleza idem de Kate Winslet – que resiste a todo o esforço feito para deixar a personagem sem qualquer charme, glamour.

A série – de sete episódios de cerca de 1 hora cada – consegue a proeza de ser uma mistura perfeitamente equilibrada, balanceada, de thriller, história policial, de mistério, com drama de família.

Há muitos bons thrillers que, além de boas histórias policiais, são também bons dramas sobre a vida dos policiais envolvidos nos casos. Mas Mare of Easttown vai mais fundo do que qualquer outro thriller de que me lembre – seja filme, seja série – no exame da vida em família.

E não é um quadro nada positivo o que a série traça das famílias da classe média nos dias de hoje de um dos Estados mais ricos, mais desenvolvidos, do país mais rico e desenvolvido que já houve no planeta.

Praticamente todos se drogam – sejam adolescentes ou adultos, seja socialmente, suavemente, ou compulsivamente. Praticamente todos são, de alguma maneira, infelizes, insatisfeitos. Trair o marido/a mulher é a regra, não a exceção.

Ter filho é um risco, um perigo: eles podem nascer com algum problema físico (como o garotinho DJ, o bebê da adolescente Erin), podem ter síndrome de Down (como Moira, a garota de Lori e John Ross), podem ser violentos, agressivos (como Brianna, que junta uma turma de amigos para espancar Erin). Podem ter tiques nervosos que prenunciem problemas de instabilidade emocional (como Drew, o netinho de quatro anos de Mare). Podem ter sérios desequilíbrios psiquiátricos (como Kevin, o filho de Mare e pai de Drew).

Mães não se dão bem com os filhos, filhos não se dão bem com as mães – ou os pais. A mãe de Mare, Helen, mora com ela, e a detetive não tem muita paciência com ela. A rigor, preferiria que ela morasse em outra casa. A filha de Mare, Siobhan, garota aí de uns 18, talvez 20 anos, fala pouquíssimo, quase nada com a mãe. A relação entre a mãe-solteira Erin e Kenny, seu pai viúvo, é um horror.

Várias garotas cedem à tentação de ganhar dinheiro teoricamente fácil com a prostituição anunciada na internet.

Na escola, os garotos praticam bullying contra os indefesos, ou aparentemente indefesos.

Há quem tenha imensa dificuldade em conseguir se manter longe das drogas, como Carrie, a mãe do garotinho Drew. Há quem roube compulsivamente para comprar drogas, e roube até da própria irmã, como acontece com Freddy, que desgraça a vida da irmã, Beth, uma pessoa que é uma santa.

Até quem aparentemente não tem grandes problemas – como o idoso casal Carroll – não é propriamente feliz. Betty Carroll é uma velha senhora que reclama de tudo e de todos, sem parar, em especial do marido, Glen, ex-policial aposentado.

Quem não trai, não é violento nem desequilibrado, nem drogado, como Lori, a maior amiga de Mare, às vezes mente – e mente em coisas da maior importância.

Mare conhece todo mundo da sua cidade

Nesses parágrafos aí acima, foram citados os nomes de 15 personagens, além de Mare, a protagonista da história. São tantos personagens que contrariei uma tradição dos meus textos aqui e não coloquei os nomes dos atores junto dos nomes dos personagens – iria ficar truncado demais esse início de texto.

E não foram citados aí acima todos os personagens que têm alguma importância na história. Há ainda uns outros 12 ou 15 além desses citados aí.

É uma característica importante da série: são muitos, muitos os personagens.  Devo dizer que foi uma trabalheira danada organizar o nome dos atores na ficha técnica que vai ao final deste texto…

Easttown, o lugar em que se passa a ação, é uma cidade pequena, daqueles em que praticamente todo mundo se conhece. E Mare, que sempre viveu ali, e há décadas é policial ali, e atende os mais diversos casos, conhece absolutamente todo mundo.

Na sequência que abre a série, ela é acordada por um telefonema para o seu celular de Betty Carroll (Phyllis Somerville), a senhorinha idosa que quer prestar queixa de que alguém anda espionando, vigiando, rondando a sua casa. Mare vai até a casa dela, ouve seu relato com alguma paciência, conversa com o marido dela, Glen (Patrick McDade) sobre a instalação de uma câmara de segurança – mas depois insiste em que, da vez seguinte que precisar da polícia, Betty deve ligar para a delegacia, e não para o telefone celular dela.

Bem mais adiante, quando está trabalhando ao lado de um detetive da polícia da base do condado, enviado para ajudá-la, e os dois vão conversar com o padre da cidade, o padre Dan (Neal Huff), que é primo dela, esse policial – Colin Zabel, o papel de Evan Peters – pergunta, entre brincalhão e espantado: – “Há alguém na cidade que não seja seu amigo ou parente?”

Talvez exatamente por conhecer todo mundo em Easttown, Mare faz questão de dizer para a filha Siobhan (Angourie Rice, na foto abaixo), em um dos raros momentos em que as duas conversam, que a moça deve estudar muito para poder sair dali, ir embora. É algo muito comum entre os pais – querer que os filhos tenham uma vida melhor que a sua. Para Mare, ter vida melhor significa sair daquela cidade em que ela sempre viveu e, pelo jeito, vai viver até o resto da vida.

Todo o primeiro episódio se passe em um único dia

Essa história passada em uma cidade que é um mundo, um microcosmo do mundo, com mais de duas dezenas de personagens cujas vidas de alguma forma se interligam, é uma criação de um sujeito chamado Brad Ingelsby. Autor, sozinho, do argumento, ele assina também sozinho o roteiro dos sete episódios da série, que foram dirigidos por um único profissional, Craig Zobel. Não é o mais comum, o mais usual: a maior parte das séries tem mais de um roteirista e mais de um diretor.

Brad Ingelsby é um sujeito bem jovem, nascido em 1980, no interior da Pensilvânia mesmo. O lugar de nascimento dele, Berwyn, é uma cidadezinha mínima, de menos de 4 mil habitantes – menor ainda, portanto, que a Easttown que ele criou. Antes de Mare of Easttown, havia escrito os roteiros de sete filmes – não vi nenhum deles.

Tem talento o rapaz. É uma bela, engenhosa, fascinante trama essa que ele criou, e os personagens são interessantes, vívidos, fortes.

O primeiro episódio, em especial, é uma absoluta maravilha. Passa-se inteirinho em um único dia – aquele que começa com a sargento-detetive Mare Sheehan sendo acordada por uma ligação da senhorinha Betty Carroll.

Um dia cheio, repleto de acontecimentos. A TV da região traz uma reportagem em que Dawn Bailey (Enid Graham), uma mulher que está em tratamento contra um câncer, faz um protesto, acompanhada por vizinhas e amigas, contra o que ela chama de ineficiência da polícia de Easttown, que ainda não conseguiu descobrir o paradeiro de sua filha Katie, desaparecida já faz um ano.

Na delegacia, Mare – justamente a detetive do local, a pessoa incumbida da investigação sobre o desaparecimento de Katie Bailey – é chamada para uma conversa pelo seu chefe, Carter (John Douglas Thompson). Chief Carter diz para Mare que está sendo pressionado pelo Conselho da cidade (o correspondente às nossas Câmaras de Vereadores). Que ela precisa se concentrar mais ainda na investigação.

O chief Carter irá chamar para ajudar Mare no caso da garota desaparecida um investigador da sede do condado, um rapaz novo mas muito conceituado e elogiado por ter resolvido um caso de desaparecimento de uma garota que havia sido amplamente noticiado alguns meses antes. O detetive que virá para ajudar Mare será Colin Zabel, que já citei acima. (Na foto abaixo, o ator Evan Peters, que faz o detetive.)

O jovem Colin Zabel chegará todo simpático, não como um astro, mas como alguém que quer de fato trabalhar junto com Mare, sob as ordens dela – mas será recebido com toda a má vontade do mundo. A princípio, apenas; com o tempo, como seria de se esperar, Mare irá recolhendo seu ferrão.

Na noite daquele mesmo dia, vai haver o noivado de Frank (David Denman), o ex-marido de Mare, o pai de Kevin e de Siobhan. Kevin, o primogênito do casal, o pai do único neto, havia morrido cerca de um ano antes. Tanto a mãe de Mare, Helen (Jean Smart), quanto Siobhan, a filha, e o netinho Drew irão à festa de noivado de Frank com sua namorada, uma moça bem mais jovem que Mare, Faye (Kate Arrington). Para tornar as coisas ainda mais complicadas, Frank havia comprado uma casa pertíssimo da que ficou com Mare e sua família; de sua casa dava para ver o do ex-marido.

Não que ela ainda estivesse apaixonado pelo ex-marido – não estava, e o casamento havia se deteriorado completamente após a morte do filho primogênito. Mas, diabo, você ter o casamento do seu/da sua ex embaixo do seu nariz não é – para a maior parte das pessoas – uma coisa muito agradável.

Mas era uma noite de festa também para a própria Mare: haveria, no melhor ginásio de esportes da cidade, uma grande festa em homenagem ao time do colégio da cidade que, exatos 25 anos antes, havia conquistado o inédito campeonato estadual de basquete. Entre as jogadoras daquele time fantástico estavam Mare – autora de uma cesta que havia passado para a história da cidade, pela qual ela havia ganhado o apelido de Lady Hawk –, sua maior amiga, Lore Ross (o papel de Julianne Nicholson), e também Dawn Bailey, a mãe da desaparecida Katie.

Há uma sequência impressionante, em que as três ficam em fila, no ginásio, à espera de serem chamadas para o centro da quadra, uma a uma, pelo mestre de cerimônias – e Mare fica tirando satisfações com Dawn por causa da reportagem da televisão, enquanto Lore diz e repete que ali não era o lugar e o momento de a policial reclamar da antiga colega e amiga.

E ainda cabia mais coisa naquele dia impressionante que abre a série: no bar ao lado do ginásio de esportes, Mare é paquerada por um estranho, um forasteiro, um recém-chegado à cidade. Chama-se Richard, é um sujeito que anos e anos antes havia escrito um livro que fez muito sucesso, e acabava de se mudar para dar aulas de escrita criativa numa escola de cidade ali perto. Esse Richard, um sujeito simpático, boa gente, é interpretado por Guy Pearce. Um inglês de Ely, Cambridgeshire, criado na Austrália, e uma inglesa de Reading, Grande Londres, fazendo papéis de americaníssimos americanos.

Já havia uma moça desaparecida. E há um assassinato

A americaníssima policial Mare faz com que o americaníssimo escritor e professor de escrita criativa a leve para a casa dele – e lá ela o come bem rapidamente, para sair logo em seguida dizendo que aquilo foi uma vez só, one night stand, muito obrigado e tchau.

Mas noite do primeiro dia mostrado na série não acabou ainda.

Em sequências apresentadas paralelamente às que nos mostram a detetive Mare Sheehan, já tínhamos ficado conhecendo a garota Erin, adolescente de uns 17 anos e já mãe de um bebê de um ano, DJ, que sofre de um problema no ouvido e precisa ser submetido a uma cirurgia. O pai do bebê, Dylan Hinchey (Jack Mulhern), garotão aí de uns 20, 23 anos no máximo, já não está mais com Erin; namora agora uma moça chamada Brianna (Mackenzie Lansing), que demonstra morrer de ciúme da ex de Dylan.

Erin visita sua maior amiga, Jess (Ruby Cruz); confidencia para ela que faz umas três semanas que está falando por mensagens com um rapaz, e vai se encontrar com ele naquela noite, pela primeira vez, num bar um tanto afastado da cidade, junto de um bosque.

Quando chega ao bar, Erin – assim como o espectador – fica sabendo que o rapaz das mensagens era uma invenção de Brianna. E que aquilo era uma armadilha, uma emboscada: Brianna e algumas amigas começam a espancar Erin. Acontece de estar por lá Siobhan, que é uma das pessoas que intervêm, param a agressão, tentam ajudar a garota.

Na manhã seguinte, o corpo de Erin é encontrado, longe do local em que fica o tal bar junto do bosque. Havia tido um dedo decepado, e levado um tiro bem à queima-roupa, na testa.

A sargento-detetive Mare Sheeran, que vinha sendo criticada até em reportagens na TV por não ter descoberto o paradeiro de uma garota desaparecida um ano antes, agora tem em suas mãos também a investigação do assassinato de uma outra garota.

Tem também, em sua vida pessoal, um problema seriíssimo: Carrie (Sosie Bacon), a viúva de seu filho Kevin, mãe de seu netinho Drew, vinha se recuperando do vício das drogas, estava havia meses limpa, e havia entrado na Justiça pedindo a guarda do garoto.

A perspectiva de perder a guarda do neto para a mulher drogada do filho leva Mare a fazer uma besteira, uma estupidez descomunal, absurda, impensável. Por causa disso, o chief Carter a suspende, pega sua arma e sua insígnia, e ordena que ela faça terapia.

Ficaremos sabendo como morreram seu pai, que era seu absoluto ídolo, e seu filho.

Mas acho que já relatei bastante da trama para mostrar como ela é fascinante.

Só gostaria de fazer dois registros – que, apesar de se referirem a elementos do final da série, não chegam a ser spoilers, creio.

O primeiro é que me surpreendeu a reviravolta, o twist que acontece na segunda metade do último episódio. Claro, reviravoltas são feitas mesmo para surpreender. Mas me surpreendeu de uma forma que não é positiva. Achei a saída final que o autor Brad Ingelsby criou estranha, esquisita. Deslocada.

Não que seja absurda, improvável demais, implausível. Mas acho esquisito. Deslocado. Quase forçado.

O segundo registro é uma observação que a Mary fez – e ela tem toda razão. Um elemento fundamental no final da trama policial é uma foto, uma foto em papel fotográfico, achada por Jess nos diários de Erin.

Isso, sim – Mary argumenta, corretissimamente – é improvável demais, implausível. Implausibilíssimo. Nenhuma adolescente de 17 anos hoje em dia mandaria fazer uma ampliação em papel de uma foto. Nunca. Jamais. Adolescente não liga para suporte físico – é tudo virtual.

É um detalhinho – mas é um detalhinho importante. Um belo de um furo.

Tudo foi filmado no interior da Pensilvânia

Mare of Easttown foi lançada pela HBO, em streaming, no mundo inteiro, em meados de abril de 2021. Ouvimos falar dela, Mary e eu, e ficamos esperando até que todos os sete episódios ficassem disponíveis –  os episódios foram sendo lançados semanalmente, como se fazia tradicionalmente, até a chegada da Netflix. Uma vez todos eles acessáveis, nos atracamos com a série em modo maratona, em apenas duas noites.

O principal ponto que nos atraiu, claro, foi Kate Winslet – mas há que se levar em consideração também que a série vinha sendo muito bem falada desde o lançamento do primeiro episódio. A receptividade, parece, vem sendo de fato extraordinária.

Me causou surpresa ver que a página de Trivia do IMDb sobre a série já tem – neste momento em que escrevo esta anotação, nem dois meses após o lançamento do primeiro episódio – nada menos de 72 itens.

Já faz uns bons anos que aprendi que a popularidade de um filme e/ou série tem tudo, mas tudo a ver com o número de itens da sua página de Trivia no IMDb, o site mais enciclopédico sobre filmes que existe. Se chamou a atenção das pessoas, se conquistou os espectadores, um filme e/ou série necessariamente tem muitos itens de curiosidades, notícias, fatos, coincidências anotados no grande site. Não tem erro: quanto mais admirado, quanto mais cult, mais itens na página de Trívia.

Mas, meu, ter 72 itens em menos de dois meses… Uau!

Confesso que, quando há itens de Trivia demais, fico com preguiça de ler e selecionar o que transcrever. Então aqui vão apenas alguns poucos fatos sobre Mare of Easttown, a maioria deles tirada de uma rápida passagem de olhos pela página de Trívia sobre a série no IMDb. Tudo, é claro, com toques meus:

* Sim: a inglesérrima Kate Winslet fala num sotaque de americanos da Nova Inglaterra, especificamente da Pensilvânia. Ela é capaz dessas coisas, assim como Meryl Streep. Ela já interpretou uma garota neo-zelandesa (em Almas Gêmeas, 1994), uma australiana (A Vingança Está na Moda, 2015) e americanas de várias regiões do país (Mildred Pierce, 2011, Deus da Carnificina, 2011, Refém da Paixão, 2013, Roda Gigante, 2017, para citar só algumas).

Segundo contou o diretor Craig Zobel, os atores não americanos, e mesmo os americanos não daquela região do país, a Costa Leste, mantinham o sotaque local usado no filme enquanto estavam nos sets, mesmo nas conversas entre uma tomada e outra, para não perder a concentração. Com uma única exceção: Kate. Assim que terminava uma tomada, ela voltava a falar com seu sotaque londrino normal. Que figura!

* Houve muita improvisação nas tomadas em que apareciam apenas as grandes amigas Mare-Kate Winslet e Lori-Julianne Nicholson. As duas atrizes são amigas íntimas na vida real; o marido de Julianne, Jonathan Cake, é o padrinho de Joe, o filho de Kate. Foi ela que recomendou para os realizadores o nome de Julianne para interpretar Lori – um dos papéis mais importantes da série.

* Craig Zobel também é (relativamente) jovem, assim como o autor Brad Ingelsby: nasceu em Nova York em 1975, o mesmo ano de Kate Winslet (e também da minha filha). Tem já 17 títulos em sua filmografia como diretor – vários deles curtas-metragens, vários deles episódios de séries. Seu mais recente longa é A Caçada/The Hunt (2020), com Hillary Swank.

* A audiência da série, na exibição na TV americana, foi aumentando a cada episódio, devido, basicamente, segundo o IMDb, ao efeito positivo dos comentários de quem assistia desde o início. E propaganda boca-a-boca em geral é prova de qualidade.

* O autor da história e do roteiro, Brad Ingelsby, o diretor Criag Zobel, o diretor de arte Keith P. Cunningham, os atores – todos se esforçaram para retratar a vida numa cidade do interior da Pensilvânia. Mas Easttown não existe – o nome é fictício. As filmagens foram em várias cidades do interior da Pensilvânia: Mont Clare, Phoenixville, Thorndale, Coatesville.

A gente fica com saudade de Mare Sheeran

Em entrevista ao New York Times, Kate Winslet contou ter ficado impressionado com o fato de o público ter se apaixonado por Mare Sheehan, “uma mulher incrivelmente cheia de falhas, complicada, despedaçada, fragmentada, difícil”. “Eu amo suas marcas e suas cicatrizes e suas falhas e seus defeitos e o fato de que ela não tem botão de desligar, não tem botão de parar. Ela só conhece o ‘vá em frente’.”

Em uma outra entrevista, Kate disse sentir falta de Mare Sheeran.

Como disse Mariane Morisawa em uma reportagem de O Estado de S. Paulo sobre a série, nós também sentimos falta dela.

Anotação em junho de 2021

Mare of Easttown

De Brad Ingelsby, criador, roteirista, produtor executivo, EUA, 2021

Direção Craig Zobel

Com Kate Winslet (sargento-detetive Mare Sheehan)

e (na família de Mare e no entorno) Jean Smart (Helen Fahey, a mãe de Mare), Angourie Rice (Siobhan Sheehan, a filha de Mare), David Denman (Frank Sheehan, o ex-marido de Mare), Izzy King (Drew Sheehan, o netinho de Mare), Sosie Bacon    (Carrie Layden, a mãe de Drew), Guy Pearce (Richard Ryan, o escritor recém-chegado), Neal Huff (padre Dan Hastings, primo de Mare), James McArdle (diácono Mark Burton), Kate Arrington (Faye, a noiva de Frank), Madeline Weinstein (Becca, namorada de Siobhan), Drew Scheid (Geoff Gabeheart, amigo de Siobhan), Kiah McKirnan (Anne Harris, a moça rádio, nova namorada de Siobhan), Cody Kostro (Kevin Sheehan, o filho de Mare, pai de Drew),

(na polícia) John Douglas Thompson (chief Carter, o chefe de polícia), Evan Peters (detetive Colin Zabel), Justin Hurtt-Dunkley (policial Trammel), Pat DeFusco (policial Tommy Boyle), Kittson O’Neill (policial Susie Holbert), Ned Eisenberg (detetive Hauser), Brian Gallagher (cabo Jimmy Masterson),

(na família de Lori e no entorno) Julianne Nicholson (Lori Ross, a maior amiga de Mare), Joe Tippett (John Ross, o marido de Lori), Cameron Mann (Ryan Ross, o filho adolescente de Lori e John), Kassie Mundhenk (Moira Ross, a filha de Lori e John), Robbie Tann (Billy Ross, o irmão de John), Patrick Murney (Kenny McMenamin, primo de John e pai de Erin), Cailee Spaeny (Erin McMenamin, a adolescente mãe-solteira, ex-namorada de Dylan), Ruby Cruz (Jess Riley, a maior amiga de Erin), Jack Mulhern (Dylan Hinchey, o ex-namorado de Erin), Mackenzie Lansing (Brianna Delrasso, a namorada de Dylan), Jeremy Gabriel (Steve Hinchey, o pai de Dylan), Debbie Campbell (Katherine Hinchey, a mãe de Dylan), Eric T. Miller (Tony Delrasso, o pai de Brianna), Connie Giordano (Patty Delrasso, a mãe de Brianna), Katie Kreisler (Trisha Riley, a mãe de Jess)

(outros) Enid Graham (Dawn Bailey, a mãe da garota desaparecida), Caitlin Houlahan (Katie Bailey), Phyllis Somerville (Betty Carroll, a senhora idosa que reclama de tudo), Patrick McDade (Glen Carroll, o marido de Betty), Chinasa Ogbuagu (Beth Hanlon), Dominique Johnson (Freddie Hanlon, o drogado que rouba), Anthony Norman (Nathan Forde),

Eisa Davis (Gayle Graham), Sadat Waddy (Sean), Rose Decker (Kenzie), Patsy Meck (Jan Kelly), Deborah Hedwall (Judy Zabel, a mãe de Colin), Brooke Stacy Mills (repórter), Gabi Faye (amiga de Brianna),

Sasha Frolova (Missy Sayers, a nova vítima), Jeb Kreager (motorista da van), Brian Rock (tio de Katie), Hannah Flannery (Shannon), Caroline Mixon (Kerry), Meredith Sullivan (Kylie), Rachel Poletick (Kelly),

Jim Scopelitis (Dennis)

Argumento e roteiro Brad Ingelsby

Fotografia Ben Richardson

Música Lele Marchitelli

Montagem Am y E. Duddleston e Naomi Sunrise Filoramo

Casting Avy Kaufman

Direção de arte Keith P. Cunningham

Produção Karen Wacker, HBO, Mayhem Pictures, wiip studios.

Cor, cerca de 420 min (7h)

Disponível na HBO em junho de 2021

***1/2

 

3 Comentários para “Mare of Easttown”

  1. Caro Sérgio, gostei muito da série, a história é bem dramática e bem boa, mas tb não curti totalmente a solução… ainda, tem uma falha na revelação que o garoto faz – se eu não viajei – que me tirou um pouco do encanto kkkkkkkk Me conta se vc percebeu isso, se tenho razão ou se estou doida (tem a ver com dia e hora).

    Abraço

    Patrícia

  2. Oi, Patrícia!
    Vou responder direto para o seu e-mail, para não dar spoiler aqui, tá?
    Um abraço!
    Sérgio

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