(Disponível no Now em fevereiro de 2022.)
O filme número 5 da série Harry Potter fala de temas que não poderiam ser mais atuais, urgentes, importantes. O absurdo do negacionismo. O horror que causam os políticos e dirigentes incompetentes, egoístas, interessados apenas na permanência no poder. O perigo da disseminação de notícias falsas. O inferno que é submeter a educação aos caprichos imbecis da ideologia da vez.
J.K. Rowling é danadinha – ou talvez o adjetivo mais preciso fosse genial. Naquele mundo fantástico da magia e da feitiçaria que deixa fascinadas multidões de adolescentes e jovens dos 8 aos 80 anos, a imaginação da escritora consegue inserir conceitos absolutamente fundamentais, como a condenação dessa realidade resumida aí acima – a realidade que líderes autoritários de extrema direita tentam implantar, conforme temos visto nos Estados Unidos de poucos anos atrás, na Áustria, na Hungria, no Brasil.
O Ministério nega a volta do Lord das Trevas
A base deste Harry Potter e a Ordem da Fênix, o livro e filme número 5 saga, é que agora o representante máximo das Trevas do mundo bruxo, aquele de quem não se tem coragem sequer de falar o nome, e é tratado como Você-Sabe-Quem, Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado, voltou. Está de novo entre a população bruxa.
Harry Potter e seus grandes amigos Hermione Granger e Rony Weasley estão agora no quinto ano da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. Haviam entrado na escola aos 11 anos, estão agora com 15.
Um ano antes, quanto eles estavam no quarto ano de Hogwarts – e tudo que aconteceu então é contado no episódio 4 da saga, Harry Potter e o Cálice de Fogo –, fazia 13 anos que o Lord das Trevas, Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado, havia sido derrotado numa luta contra bruxos do bem. Ele havia assassinado James e Lily Potter, mas não conseguira matar o filhinho deles, então bebê – e, na batalha contra os Potter, o pequenino Harry havia sido atingido por um golpe na testa, que deixara uma cicatriz em forma de raio. No entanto ele, o Lord das Trevas, havia sofrido um golpe quase fatal. Perdera o corpo – conseguira sobreviver como algo próximo de uma fumaça, um poderosíssimo espírito do Mal sem corpo para agir.
Nos três primeiros livros/filmes, Lord Voldemort havia tentado atacar Harry Potter – mas não tivera sucesso.
A cada vez que Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado tentava um ataque a Harry, o garoto sentia um terrível dor na cicatriz na testa.
No final do ano letivo anterior – ou seja, no final dos eventos mostrados no quarto tomo da série, Harry Potter e o Cálice de Fogo –, finalmente Lord Voldemort, perdão, perdão, Você-Sabe-Quem conseguiu readquirir totalmente a vida, em um novo corpo. Havia tido uma luta direta contra Harry Potter, havia assassinado um colega dele, Cedric Diggory – mas não havia conseguido liquidar o garoto que tentava matar desde que ele nascera.
Harry Potter havia descrito tudo – como o Lord das Trevas havia voltado a ter um corpo físico, como eles haviam se enfrentado, como ele e os seus seguidores, os Comensais da Morte, haviam assassinado Cedric.
O diretor da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, Albus Dumbledore, um dos bruxos mais sábios, poderosos e respeitados de toda a História, havia ratificado as afirmações de Harry, de que o Lord das Trevas havia voltado. (Na foto abaixo, Ralph Fiennes no papel do Lord das Trevas.)
No entanto, o Ministério da Magia, com todo o peso de sua imensa máquina, vinha negando aquela verdade.
O Profeta Diário, o principal jornal da comunidade bruxa da Grã-Bretanha, fazia uma duríssima campanha de desinformação. Praticamente todos os dias publicava matérias – mentirosas, é claro, puro fake news – afirmando que Harry Potter era, ele, sim, um garoto mentiroso, falso, contador de histórias da carochinha. E tentando desacreditar Albus Dumbledore, insinuando que ele estava ficando velho, perdendo o juízo.
Quem lê Harry Potter e a Ordem da Fênix morre de pena do garoto, porque sabe que ele está falando a verdade límpida, clara – e o livro vai fundo na demonstração de que como Harry vai se sentindo cada vez mais solitário e deprimido porque muitos dos seus colegas em Hogwarts, por influência dos pais, leitores do Profeta Diário, passam a vê-lo como um mentiroso.
O filme mostra isso também. Não com tanta profundidade quanto o livro, é claro, mas mostra.
Pobre Harry. Pelas barbas de Merlin, como sofre esse garoto!
O negativismo tinha lá suas explicações
Mas por que, afinal, o Ministério da Magia, comandado por aquele mesmo Cornelius Fudge que já havíamos visto nos filmes anteriores (o papel de Robert Hardy), resolveu enfiar a cabeça na areia como dizem que fazem os avestruzes, e evitar ver a verdade dos fatos? Por que, diante das evidências de que o Lord das Trevas havia voltado, o ministro Fudge resolveu fazer como Aquele-Presidente-do-Brasil-Que-Não-Deveria-Ser-Nomeado-Jamais, e disse que tudo que era só uma gripezinha, quer dizer, que era tudo mentira de Harry Potter?
Bem, no caso de Cornelius Fudge, bem diferentemente do que acontece em relação ao Você-Sabe-Quem que 57 milhões de brasileiros puseram no Palácio do Planalto, havia explicações – ou, pelo menos, tentativas de. O ministro Fudge, sujeito fraco, incompetente, imbecil (como o Você-Sabe-Quem aqui de Pindorama), imaginava que, se pudesse esconder da população bruxa que o Lord das Trevas havia voltado, conseguiria no mínimo mais algumas semanas, talvez meses de alguma normalidade, sem que se espalhassem o medo, o pânico.
Fudge tinha um medo absoluto da sombra de Dumbledore – e achava que Dumbledore queria tomar seu lugar como ministro da Magia. E assim tinha todo interesse em negar o que o rival dizia, e usar a máquina de propaganda e informação para espalhar que o rival estava ficando senil e protegia aquele menino que inventava coisas. (Na foto abaixo, Gary Oldman como Sirius Black, o padrinho de Harry, com Daniel Radcliffe,)
Três fios condutores no volume 5 da saga
Há, me parece, três fios condutores na história apresentada neste tomo 5 da saga Harry Potter. Um deles são os eventos em torno da Ordem da Fênix, a organização que dá o nome do livro e do filme, um agrupamento de bruxos do bem, reunido em torno de Albus Dumbledore, não para derrubar Cornelius Fudge do cargo de ministro da Magia, de forma alguma, mas para enfrentar o Lord das Trevas, que está de volta e organizando seu exército de Comensais da Morte para assumir o controle do mundo bruxo.
Parte da tarefa da Ordem da Fênix é exatamente divulgar as informações verdadeiras, fazer as pessoas da comunidade acreditar que de fato Você-Sabe-Quem retornou. Em outras palavras, combater o negacionismo e as fake-news, e espalhar a verdade dos fatos.
O segundo fio condutor da trama é a tentativa do Ministério da Magia de intervir em Hogwarts, de interferir no dia-a-dia da escola dirigida por Albus Dumbledore. O ministro Fudge nomeia uma pessoa de sua absoluta confiança, Dolores Umbridge, uma espécie assim de Damares Alves, primeiro como professora de uma matéria fundamental, Defesa Contra as Artes das Trevas – e depois simplesmente como interventora ministerial na escola.
O livro, é claro – um calhamaço que na edição brasileira, da Rocco, tem 800 páginas, o mais longo de todos os sete livros da saga – esmiúça detalhadamente a forma com que essa Dolores Umbridgte vai interferindo em tudo, primeiro na matéria que foi colocada para lecionar, e depois na escola como um todo.
O filme, naturalmente, não tem condições de mostrar tantos detalhes como o livro – mas a verdade é que consegue simplificar, resumir, todo o mal que a mulher horrenda, horrorosa, lastimável, causa na escola.
O roteiro do filme, aproveito o ensejo para registrar, tem algumas belíssimas sacadas para mostrar, cinematograficamente, coisas que o livro demonstra em detalhes. A forma com que o zelador de Hogwarts, o horrendo Mr. Filch (David Bradley) vai pregando os seguidos decretos dando mais e mais poderes à professora Umbridge nas paredes do saguão de entrada da escola é absolutamente brilhante – e o que acontece mais tarde com os quadros com os decretos é uma absoluta maravilha.
O terceiro fio condutor da trama é a formação da Armada de Dumbledore – algo imaginado, bolado por Hermione, e colocado em prática a duras penas. A Armada Dumbledore é assim a versão adolescente, juvenil, estudantil, da Ordem da Fênix – um grupo de estudantes que se reúne, secretamente, para aprender com Harry exercícios práticos para enfrentar as artes das trevas.
Vixe Maria! Ao escrever o parágrafo acima, ao escrever “a versão adolescente, juvenil, estudantil, da Ordem da Fênix”, me vieram à cabeça as siglas JEC, JOC, JUC – de Juventude Estudantil Católica, Juventude Operária Católica, Juventude Universidade Católica. Organizações um tanto secretas – exatamente como a Ordem da Fênix e a Armada Dumbledore –, que existiram de fato, quando eu era adolescente, para combater a ditadura militar que se instalou no Brasil em 1964, exatamente aquela ditadura que vem sendo defendida há 30 e tantos anos pelo Você-Sabe-Quem que ocupou os Palácios da Alvorada e do Planalto a partir de 2019.
Dureza!
Por trás da fantasia, sempre os mesmos bons princípios
Dureza mesmo!, poderia berrar um eventual leitor favorável ao Você-Sabe-Quem de Pìndorama, país sem futuro – como já se manifestaram aqui, sobre outros textos que falam de filmes e da realidade dos fatos, reclamando do que eu digo.
Como se fosse possível dissociar os filmes da realidade dos fatos que eles mostram. Como se o cinema fosse algo que não tivesse absolutamente nada a ver com a vida real.
Não foi apenas neste tomo 5 que os livros/filmes da saga Harry Potter trataram de temas amplos, importantes, sérios. De forma alguma, por trás da fantasia, das aventuras do simpático bruxinho e seus amigos, as histórias criadas por J.K. Rowling sempre apresentam questões sociais. Há, ao longo de toda a saga, uma condenação firme, forte, do racismo, das noções de supremacismo, de “raça pura”. Muito ao contrário, há sempre uma defesa poderosa da mistura dos diferentes, da convivência dos díspares. E tudo, afinal, é o retrato dos que lutam pelo bem contra os que defendem o mal, as trevas.
Os mesmos princípios sempre – e uma fantástica estabilidade, unidade ao longo de toda a série quanto à forma, ao clima, à atmosfera. É como se todos os filmes fossem obra exatamente da mesma equipe, embora tenha havido várias alterações. A começar do diretor: o americano Chris Columbus, um especialista em filmes para platéias infanto-juvenis, dirigiu os dois primeiros. O mexicano Alfonso Cuarón, eclético, que já passou por diversos gêneros, dirigiu o terceiro. O quarto coube ao inglês Mike Newell, também bastante eclético, autor daquela pérola da comédia romântica que é Quatro Casamentos e um Funeral.
Este quinto título foi dirigido pelo inglês David Yates, que iria também realizar os filmes finais da série, Harry Potter e o Enigma do Príncipe (2009) e Harry Potter e as Relíquias da Morte, Partes 1 e 2 (2010 e 2011).
Neste quinto houve outra mudança importantíssima: saiu o roteirista Steve Kloves, que assinou sozinho as adaptações para a tela dos quatro primeiros livros da saga. O roteiro deste Harry Potter e a Ordem da Fênix é de Michael Goldenberg, um dos dois roteiristas do ótimo ficção científica Contato (1997), e o realizador de Rosas de Sedução/Bed of Roses, um bem intencionado drama romântico.
Mudou o diretor de fotografia, que desta vez foi Slawomir Idziak; mudou até o compositor – em vez do spíelberguiano John Williams, a trilha sonora é de Nicholas Hooper.
Mudam os diretores, mudam o roteirista, o diretor de fotografia, o compositor – mas não muda o produtor, o David Heyman de sempre. Sobretudo, não muda o estilo dos filmes. É sempre exatamente o mesmo.
É tudo sempre muito rápido, informação demais em cada sequência, porque os livros de J.K. Rowling são todos imensos, cheios de detalhes, subtramas. Tem sempre muita ação – e muito efeito especial. É efeito especial que não acaba mais. As tais computer generated images – e a assinatura da Industrial Light & Magic do mago George Lucas, o melhor sinônimo que existe para efeitos especiais.
E, felizmente, são sempre os mesmos atores.
Um elenco perfeito de jovens e veteranos
O elenco é o elemento fundamental para que os filmes da série mantenham sua fantástica unidade. E como foi maravilhosa, brilhante, a escolha dos três garotos que fazem os papéis centrais, de Harry Potter e seus amigos inseparáveis Hermione Granger e Rony Weasley!
A gente vai acompanhando o crescimento de Harry, Hermione e Rony enquanto Daniel Radcliffe, Emma Watson e Rupert Grint vão crescendo na vida real. Começamos vendo três crianças no Harry Potter e a Pedra Filosofal – em 2001, ano de lançamento do primeiro filme, Daniel Radcliffe fez 12 anos, Emma Watson, 11 e Rupert Grint, 13. No ano de lançamento deste quinto filme da série, 2007, eram adolescentes de respectivamente 18, 17 e 19 anos.
É absolutamente fantástico!
Entre todo o elenco – jovens atores escolhidos para os papéis de alunos da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, e atores veteranos para os papéis dos professores, pais de alunos e tudo o mais –, a única mudança importante foi no caso do professor Dumbledore, o diretor da escola. Richard Harris, o ator que interpretou o grande e estimado bruxo nos dois primeiros filmes, morreu em 2002, e foi substituído por Michael Gambon nos seguintes.
Ao longo da série, permaneceram em seus postos diversos dos grandes atores das Ilhas Britânicas, o maior celeiro de bons atores do mundo – Maggie Smith como a professora Minerva McGonagall, Alan Rickman como o professor Severus Snape, Brendan Gleeson como Alastor ‘MadEye’ Moody, Gary Oldman como o padrinho de Harry, Sirius Black, Emma Thompson como a professora Sybil Trelawney, só para dar uns poucos exemplos. Outros aparecem em um ou dois dos filmes, apenas, como Kenneth Branagh, Ian Hart, John Hurt, John Cleese, Julie Christie, Miranda Richardson.
A partir do final de Harry Potter e o Cálice de Fogo, surgiu Ralph Fiennes no papel do Lord das Trevas, Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado.
E, neste quinto filme, juntam-se à galeria de grandes atores que participaram da saga Harry Potter as fabulosas Helena Bonham Carter e Imelda Staunton (na foto acima).
Helena, a ex-senhora Kenneth Branagh, há anos senhora Tim Burton, especializada em interpretar mulheres exóticas, excêntricas, aparece bem pouco, apenas na grande e climática sequência da terrível luta dos garotos e dos bruxos da Ordem da Fênix contra os Comensais da Morte. Ela faz Bellatrix Lestrange, a terrível bruxa do Mal que havia fugido da prisão de Azkaban para juntar-se ao exército do Lord das Trevas, de quem é uma das preferidas.
Já Imelda Staunton, aquela extraordinária atriz de O Segredo de Vera Drake (2004), faz a tenebrosa, horrenda, pavorosa Dolores Umbridge, o braço direito do ministro da Magia que chega a Hogwarts para impor uma disciplina férrea e uma intolerável caretice. Parece ter se divertido muito no papel da megera – e faz o espectador detestá-la.
Uma das personagens mais fascinantes do quinto livro – e do quinto filme – é Luna Lovegood, uma colega de Harry, Hermione e Rony. Luna é completamente avoada, tem um jeitinho de sonsa, de quem vive no mundo do satélite que lhe dá o nome, mas se revela uma excelente companheira, esperta, inteligente – e corajosa.
O povo do casting da série é mesmo demais. A garota que acharam para fazer Luna Lovegood é extraordinária. Não poderia haver escolha mais perfeita que essa Evanna Lynch (na foto abaixo).
“Menos humor do que os anteriores”
Leonard Maltin abriu seu comentário sobre o filme com uma observação interessantíssima: “O romance mais longo de Potter se transformou no filme mais curto”. De fato. A edição brasileira capa dura da Rocco tem 800 páginas, repito – contra 544, por exemplo, de Harry Potter e o Enigma do Príncipe, o sexto. E o filme tem 138 minutos – mais do que a duração padrão dos filmes comerciais, que fica entre 90 e 110 minutos. Mas menos do que todos os quatro anteriores, que têm, respectivamente, 152, 161, 142 e 157 minutos…
Maltin define o filme como “um pedaço aceitável de escuridão e desgraça úmida, com menos humor que os episódios anteriores”. Diz que uma das melhores coisas dele é a infalível interpretação de Imelda Staunton como o tipo da professora megera que cada um de nós teve pelo menos uma vez na vida, e conclui afirmando que a finesse (assim, com a palavra francesa) da produção fez da obra um dos mais agradáveis sucessos do verão de 2007.
É isso aí. Quando vimos este filme número 5, em fevereiro de 2022, eu já estava começando a ler o livro 6, que Mary já havia terminado de ler. Enquanto isso, minha filha e Marina estavam no meio do sétimo e último. É de fato um universo fascinante, este que J.K. Rowling criou.
Anotação em fevereiro de 2022
Harry Potter e a Ordem da Fênix/ Harry Potter and the Order of the Phoenix
De David Yates, Inglaterra-EUA, 2007
Com Daniel Radcliffe (Harry Potter),
Rupert Grint (Ron Weasley),
Emma Watson (Hermione Granger),
(em Hogwarts – os professores e seu entorno) Michael Gambon (diretor Albus Dumbledore). Maggie Smith (professora Minerva McGonagall), Robbie Coltrane (Rubeus Hagrid), Alan Rickman (professor Severus Snape), David Bradley (Mr. Filch, o bedel), Warwick Davis (professor Filius Flitwick),
(em Hogwarts – os alunos) Lula Lovegood (Evanna Lunch), James Phelps (Fred Weasley), Oliver Phelps (George Weasley), Bonnie Wright (Ginny Weasley), Matthew Lewis (Neville Longbottom), Tom Felton (Draco Malfoy), Jamie Waylett (Crabbe), Josh Herdman (Goyle), Devon Murray (Seamus Finnigan), Alfred Enoch (Dean Thomas), Katie Leung (Cho Chang), Afshan Azad (Padma Patil), Shefali Chowdhury (Parvati Patil),
(na Ordem da Fênix e entorno) Gary Oldman (Sirius Black, o padrinho), Brendan Gleeson (Alastor ‘MadEye’ Moody), Julie Walters (Mrs. Weasley), Mark Williams (Mr. Arthur Weasley), Natalia Tena (Nymphadora Tonks), David Thewlis (Remus Lupin), Adrian Rawlins (James Potter, o pai de Harry), Geraldine Somerville (Lily Potter, a mãe de Harry),
(no Ministério da Magia e entorno) Robert Hardy (Cornelius Fudge, o ministro da Magia), Imeda Staunton (Dolores Umbridge, a interventora), Chris Rankin (Percy Weasley)
(nas Trevas) Ralph Fiennes (Lord Voldemort), Helena Bonham Carter (Bellatrix Lestrange), Jason Isaacs (Lucius Malfoy, o pai de Draco),
(no mundo dos trouxas) Richard Griffiths (tio Vernon Dursley), Fiona Shaw (tia Petunia Dursley), Harry Melling (Dudley Dursley),
Roteiro Michael Goldenberg
Fotografia Slawomir Idziak
Música Nicholas Hooper
Montagem Mark Day
Casting Fiona Weir
Direção de arte Stuart Craig
Produção David Barron, David Heyman, Warner Bros., Heyday Films
Cor, 138 min (2h18)
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