Amor Moderno / Modern Love

4.0 out of 5.0 stars

Amor Moderno/Modern Love tem uma estrutura bastante diferente de quase todas as outras séries. Não conta uma única história, longa, que vai se desenvolvendo com o passar do tempo; nem mostra os mesmos personagens vivendo em cada episódio ou cada temporada um caso, uma história específica. Não, nada disso. Nada a ver com a estrutura de Friends ou Grey’s Anatomy ou Downtown Abbey; nem com Dexter ou Law & Order.

Se fosse um livro, Amor Moderno não seria um romance. Seria uma coletânea de contos.

São oito histórias diferentes. Oito episódios de cerca de 30 minutos cada, cada um com uma história, suas situações, seus personagens. Ao final de cada episódio, aquela história acabou – no episódio seguinte há uma outra história, outros personagens.

Todos os episódios, todas as histórias, no entanto, têm algumas características em comum. Todas foram inspiradas por histórias reais que apareceram numa coluna do New York Times sobre “relações, amor e conexões humanas”, como resume uma sinopse da série.

“Relações, amor e conexões humanas.” Poderia ser resumido também como a vida o amor a morte, como Claude Lelouch chamou seu filme de 1969, L’Amour, La Vie, La Mort. Tudo o que importa – a vida o amor a morte, como eu sempre anotei, sem vírgulas, nos meus RCDs, como eu chamava meu diário bissexto, escrito em especial nos tempos mais tumultuados da vida e do amor.

Mas aí tergiversei.

Todas as histórias foram inspiradas por casos reais contados numa coluna do New York Times – e todas as histórias se passam em Nova York.

Há lindas vistas de Nova York – não dos pontos turísticos mais óbvios, Estátua da Liberdade, Times Square, Brooklyn Bridge, essas coisas. Até que há, sim, tomadas de beleza impressionante, de fazer babar, de um trecho do Central Park, um prédio ao lado dele, onde dois personagens fazem terapia de casal, mas isso é exceção. As vistas lindas são de ruas, casas, fachadas de bares, restaurantes.

A fotografia da série demonstra um imenso amor por Nova York. Woody Allen, tenho absoluta certeza, aplaudiria de pé.

Um crítico uma vez meteu o pau no fato de que as ruas nos filmes de Alan Parker sempre aparecem lindas, bem tratadas, como se tivessem ido a um salão de beleza. Nos filmes de Alan Parker, criticou o crítico cricri, de quem, obviamente, não guardei o nome, as ruas são fotografadas de noite, com o asfalto cuidadosamente molhado, de tal forma que reflita as luzes das casas, dos postes.

A Nova York mostrada nos oito episódios, nas oito histórias de Modern Love, faria aquele crítico cricri ter náuseas, mas Woody Allen e os seres humanos podem ter momentos de grande prazer com ela. É uma cidade linda, limpinha, maravilhosa. Quase dá para sentir que ela tem perfume de flores.

A Nova York que Modern Love mostra é limpa, segura, tranquila, até perfumada. Do tipo de cidade em que todos nós temos o direito de viver – embora a imensa maioria de nós viva em cidades sujas, inseguras, barulhentas, perigosas, fedorentas.

Mas aí acho que tergiversei de novo. Perdão.

Nas histórias, tá todo mundo junto e bem misturado

Outro ponto que une as oito histórias: os personagens são simpáticos. Todos, ou quase todos, são basicamente simpáticos. Boa gente.

Não há ladrões, assassinos, estupradores em nenhuma das oito histórias. Ladrões, assassinos, estupradores, embora devam representar, sei lá, digamos, no máximo uns 10% da humanidade, costumam ser os personagens de bem mais de 60% dos filmes e das séries que vemos, o que é no mínimo um absurdo estatístico. Por que diabos 90% da humanidade – gente como a gente, gente como você ou eu, como nossos vizinhos, são representados em apenas 40% dos filmes e séries, se é que chega a tanto?

Claro: há alguns personagens mais simpáticos do que outros. Sarah, a personagem da ótima Tina Fey, do episódio 4, por exemplo, é bem chatinha, coitada, sempre querendo uma D.R. com o marido, Dennis, interpretado por John Slattery, o inesquecível Roger Sterling de Mad Men. Ah, sim, é esse casal que consulta uma terapeuta num prédio que se debruça sobre o Central Park – e a terapeuta, que aparece em cena por não mais que uns três minutos, é interpretada por uma atriz espetacular, impressionante, a belíssima Sarita Choudhury, inglesa descendente de ingleses e indianos criada na Jamaica, no México e na Itália, que a realizadora indiana Mira Nair lançou em Mississippi Marsala, de 1991.

É impressionante ver uma atriz tão grande fazendo um papel tão mínimo.

Não é a única. Andy Garcia, ator bem mais famoso mundialmente que Sarita Choudhury, também aparece na tela por não mais do que… Sei lá, digamos uns oito minutos, no terceiro episódio, em que os protagonistas são a ótima e bela Catherine Keener e o garoto inglês filho de quenianos de descendência indiana Dev Patel, que parece fazer uns dez filmes por ano. (Os dois na foto abaixo.)

Vou falar mais sobre os atores da série mais adiante, mas a citação de tantas origens diferentes feitas nos parágrafos aí acima creio que demonstra mais uma característica que une as diferentes histórias contadas em Modern Love: nelas, felizmente, graçasaDeusmente, tá todo mundo junto e misturado. Branca com preto, branca com preto de novo, preto com branco, branquinha “caucasiana” com japa.

E não é só nos casais que se dá essa mistura, essa coisa tão absolutamente saudável. Também nas amizades. A única de fato amiga de Lexi, a personagem do episódio 3, interpretada – maravilhosamente – por Anne Hathaway (na foto acima) é negra. Chama-se Sylvia (Quincy Tyler Bernstine), trabalha com ela no escritório de advocacia, até compete com ela em termos de produtividade – mas, mais do que uma advogada, é um belo ser humano, e gosta da moça que é mais brilhante que ela, embora tenha muitos e sérios problemas.

Também no episódio 8 a maior amiga da branca Margot (Jane Alexander) é uma negra, Janice (Petronica Paley).

E ainda no episódio 5 a grande amiga da protagonista lourinha, Maddy (Julia Garner), é uma bela jovem negra, Tami (Myha’la Herrold).

Todo mundo junto e misturado – como deve ser, como tem que ser. Como só os racistas, os supremacistas – tenham eles que tom de pele tiverem – detestam.

Uma obra de gente que ama o ser humano

E aqui creio que chego ao centro, ao cerne, à característica básica que une as oito histórias deste Modern Love, e que tem tudo a ver com tudo o que foi dito antes: Modern Love é uma série feita por gente do bem, para gente do bem. É uma obra de gente que ama o ser humano, as pessoas – com todas as suas falhas, defeitos, hesitações, dúvidas, problemas.

É uma obra de quem tem um sentimento humanista, uma visão humanista do mundo.

Dá vontade de usar comparações com coisas do cinema. Vá lá: Modern Love não tem absolutamente nada a ver com Claude Chabrol ou Luís Buñuel – tem a ver com François Truffaut. Com Frank Capra.

As histórias, os filmes de Chabrol e de Buñuel pretendem fundamentalmente mostrar como as pessoas são baixas, pequenas, imbecis, babacas.

As histórias, os filmes de Truffaut e Capra mostram que as pessoas cometem erros, bobagens, imbecilidades – mas, diabo, no fundo, elas são boas, elas querem o bem.

Modern Love é uma série que tem simpatia pelos personagens que mostra – mesmo os que não são simpáticos, como a chata da Sarah-Tina Fey, sempre querendo D.R., ô saco, siô! (Na foto abaixo, Tina Fey e John Slaterry.)

É uma série que gosta das pessoas.

E uma coisa sempre puxa a outra: o ruim com o ruim rola montanha abaixo, faz avalanche. O bom com o bom resulta em círculo virtuoso, 1 mais 1 dá 3, ou 4, ou até mais. O bom faz a gente sorrir, faz a gente ter esperança – e aí pode ser que as coisas melhorem.

Modern Love é daquele tipo de obra que, como dizia Roger Ebert, faz de nós pessoas melhores.

Um jovem irlandês que trabalha como um ourives

A culpa dessa maravilha é de John Carney, um jovem irlandês de Dublin nascido pouco antes da minha filha, em 1972. John Carney foi o criador da série, o responsável por a série existir. Foi o autor ou co-autor do roteiro de todos os episódios, e dirigiu quatro dos oito.

Esse sujeito fez, em 2007, um filme que encantou muita gente, e me deixou maravilhado, Apenas Uma Vez/Once – a história do encontro de um músico de rua de Dublin com uma cantora, uma imigrante vinda do Leste Europeu, interpretados de maneira sensacional por Glen Hansard e Marketa Irglova. Escrevi sobre ele, babando: “Este é um pequeno extraordinário filme. Simpático, encantador, gostoso, honesto, charmoso – uma pequena obra-prima. Merece completamente toda a adoração que está tendo. São, na verdade, dois fenômenos simultâneos. Primeiro, claro, o filme em si, alguém conseguir fazer um filme tão redondo, tão perfeito; e, segundo, ele cair no gosto amplo, geral e quase irrestrito das pessoas. É muito raro acontecerem esses dois fenômenos simultâneos.”

É do tipo ourives esse John Carney, do tipo que produz poucas obras, que fica lapidando, lapidando. Do tipo Paul Simon, e não do tipo Bob Dylan. Do tipo Alan Parker, e não do tipo Woody Allen. Apenas em 2013 lançou novo filme, Mesmo Se Nada Der Certo/Begin Again. Outro gol de placa, uma delícia de história sobre a vida o amor sem a morte, em que um ex-produtor de música americano (Mark Ruffalo) que já teve sucesso incrível mas perdeu o toque se encontra com uma garotinha inglesa que canta bem (Keira Knightley).

Vejo agora no IMDb que em 2016 ele fez mais um filme sobre o universo musical dos jovens em Dublin, Sing Street: Música e Sonho. O único nome do elenco que reconheço é de Maria Doyle Kennedy, que esteve em The Commitments (1991), de Alan Parker (meu Deus, olha ele aí de novo), onde também havia estado Glen Hansard de Apenas Uma Vez/Once. Diabo, tenho que ir atrás desse Sing Street: Música e Sonho. Se alguém aí souber onde posso encontrá-lo, por favor, me avise.

Todos os atores, novos e veteranos, estão ótimos

Uma característica impressionante desta série Modern Love é como os atores estão bem dirigidos. Como o elenco está excelente, extraordinário.

E é fascinante como no elenco a série faz uma mistura – muito bem-vinda – de grandes atores, nomes absolutamente consagrados, com outros bem menos conhecidos. Assim, temos, por exemplo, os já citados Anne Hathaway, Catherine Keener, Andy Garcia, Tina Fey – e também Cristin Milioti, Sofia Boutella, John Gallagher Jr., Julia Garner, Shea Whigham, Olivia Cooke, Andrew Scott, Brandon Kyle.

E é de aplaudir de pé como na ópera: todos, veteranos e mais jovens, astros ou ainda não tão conhecidos, todos estão maravilhosamente bem.

Todos, todos – mas destaco duas interpretações especialmente impressionantes: a da jovem Anne Hathaway e a da veterana Jane Alexander (na foto acima, com James Saito).

Anne Hathaway faz o papel central do episódio 3 – na minha opinião, e na da Mary, o melhor de todos. Ela faz a advogada brilhante, mas que tem sérios problemas, e jamais fica muito tempo num emprego: é bipolar, mas bipolar de uma forma extrema, pesadíssima. Alterna momentos da mais faiscante euforia – e aí ela sai dançando no meio de um supermercado, de um estacionamento, de uma rua qualquer – com períodos de depressão profunda, em que simplesmente não suporta a idéia de sair da cama e enfrentar o mundo.

Está um brilho essa menina nova-iorquina da classe de 1982 – assim como Jane Alexander, uma atriz de quem eu não me lembrava, nascida em Boston, mais de quatro décadas antes de Anne Hathaway. (Não me lembrava dela – mas ela já está, vejo agora, em seis filmes comentados no + de 50 Anos de Filmes.)

Jane Alexander faz a personagem central do último episódio – Margot, uma senhorinha que é acordada e tirada da cama pelo filho para comparecer ao funeral de Ken (James Saito), o homem que ela teve a sorte de encontrar já na velhice, viúvo como ela, e com quem teve uns tantos anos de felicidade.

Dá um show de interpretação. Impressionante.

As sinopses dos oito episódios!

Como cada episódio é uma história, e cada episódio tem seu próprio elenco, vou colocar aqui os títulos originais, uma tradução, e os nomes dos atores e personagens.

1 – When the Doorman Is Your Main Man

Quando o porteiro é seu homem mais importante.

Cristin Milioti (Maggie), Laurentiu Possa (Guzmin), Brandon Victor Dixon (Daniel), Daniel Reece (Mark), Charles Warburton (Ted)

O porteiro sempre perfeitamente uniformizado de um prédio de ricos de Manhattan, Guzmin (Laurentiu Possa), um imigrante do Leste Europeu, toma conta da vida de Maggie (Cristin Milioti, os dois na foto acima), uma das moradoras, garota jovem, começando na vida profissional.

2 – When Cupid Is a Prying Journalist

Quando o Cupido é uma jornalista intrometida

Catherine Keener (Julie), Dev Patel (Joshua), Caitlin McGee (Emma), Erik Jensen (Darren), Andy Garcia (Michael).

Uma veterana jornalista, Julie (Catherine Keener), entrevista um jovem que lançou um especialmente bem sucedido site de encontros. De cara, saca que ele tem uma história amorosa importante e mal resolvida – assim como ela mesma teve uma.

3 – Take Me as I Am, Whoever I Am

Me aceite como eu seja, seja eu quem eu for

Anne Hathaway (Lexi), Gary Carr (Jeff), Quincy Tyler Bernstine (Sylvia), Judd Hirsch (policial/vendedor/motorista de táxi)

Num momento de euforia, jovem advogada bipolar, Lexi (Anne Hathaway) conhece no supermercado rapaz interessante, Jeff (Gary Carr). No encontro seguinte, está em momento depressão.

4 – Rallying to Keep the Game Alive

Lutando para manter o jogo vivo

Tina Fey (Sarah), John Slattery (Dennis), Sarita Choudhury (a terapeuta).

Casal em crise procura terapeuta. Na verdade, quem está em crise é a mulher, Sarah, que adora uma D.R.

5 – At the Hospital, an Interlude of Clarity

No hospital, um interlúdio de claridade

Sofia Boutella (Yasmine), John Gallagher Jr. (Rob)

No segundo encontro, o moço e a moça vão para a casa dele. E tudo parece estar indo bem, até que, no momento de tirar a roupa, ele cai do sofá e o braço se enfia feio num pedaço de vidro do copo da bebida que acabou de quebrar. Vão os dois para o hospital.

6 – So He Looked Like Dad. It Was Just Dinner, Right?

Então, ele parecia um papai. Foi só um jantar, certo?

Julia Garner (Maddy), Shea Whigham (Peter), Myha’la Herrold (Tami),

Moça bem jovem, Maddy (Julia Garner), que perdeu o pai bem cedo, tem um interesse por um homem bem mais velho que trabalha na mesma empresa que ela, Peter (Shea Whigham).

7 – Hers Was a World of One

O mundo dela era de uma pessoa só

Olivia Cooke (Karla), Andrew Scott (Tobin), Brandon Kyle Goodman (Andy)

Um casal de rapazes gays quer adotar um filho (na foto abaixo, Brandon Kyle Goodman  e Andrew Scott), e faz, através de uma agência oficial, um trato com uma moça sem-teto grávida para ficar com o bebê. Mas, quando se trata de paternidade, adoção, as coisas nunca são muito simples.

8 – The Race Grows Sweeter Near Its Final Lap

A corrida fica mais doce perto da volta final

Jane Alexander (Margot), James Saito (Kenji)

Já na terceira idade, Margot e Ken, os dois viúvos fazia bastante tempo, têm a sorte de se encontrar. Mas o amor de velhos nunca dura muitos anos.

Um fantástico, lindo balé das coincidências

Uau! A vida inteira tive dificuldades para fazer sinopses curtas – e hoje consegui fazer oito! Milagre de San Gennaro!

Creio que a rigor não seria spoiler eu revelar o que acontece no final do episódio número oito da série – já que, a rigor, o que vou relatar não mostra como termina nem sequer uma das oito histórias.

Bem, mas vou contar o final do último episódio. Se o eventual leitor ainda não viu Amor Moderno, melhor parar de ler aqui.

John Carney e os demais realizadores de Modern Love decidiram encerrar a série com chave de ouro. Com algo que só o cinema, e nenhuma outra arte, pode mostrar: na tela, as imagens das coincidências, dos acasos, da dança da vida, a prova viva e visual de que “a vida é a arte do encontro embora haja tanto desencontro na vida”, como diz o verso do poetinha que até o Papa Francisco usou em encíclica.

Pela mesma rua em que passa o protagonista de uma das oito histórias está também o protagonista de uma outra. A Kombi que passa por acaso perto da personagem de uma história carrega a protagonista de uma outra.

Claude Lelouch fez esse tipo de balé em vários de seus filmes dos anos 60 e início dos 70. A brincadeira com as coincidências – que são, dizem algumas pessoas sábias, uma forma de Deus não aparecer demais, de permanecer invisível. As travessuras da vida, dos acasos – ou seria do destino?

Dos filmes de Lelouch com o balé das coincidências para cá, o cinema vem fazendo demais esse tipo de coisa – e é sempre uma maravilha ver isso na tela.

As sequências finais em que todos os protagonistas das oito histórias raspam uns nos outros é de uma beleza de chorar de pura alegria.

Anotação em outubro de 2020

Amor Moderno/Modern Love

De John Carney, criador, EUA, 2019.

Direção John Carney, Tom Hall, Sharon Horgan, Emmy Rossum

Roteiro John Carney, Tom Hall , Terri Cheney, Deborah Copaken, Brian Gittis, Julie Margaret Hogben, Sharon Horgan, Ann Leary, Eve Pell, Dan Savage, Abby Sher, Audrey Wells  

Baseado em histórias da coluna “Modern Love”, do New York Times

Fotografia Yaron Orbach

Música Gary Clark

Montagem Ken Eluto, Andrew Marcus, Julian Ulrichs

Casting Jodi Angstreich, Maribeth Fox, Laura Rosenthal

Produção Amazon Studios

Storied Media Group.

Cor, cerca de 240 min (4h)

****

Disponível no Prime Vídeo em 10/2020.

8 Comentários para “Amor Moderno / Modern Love”

  1. Eu vi a série e gostava de fazer uma pergunta. O Sérgio escreve “Sarah, a personagem da ótima Tina Fey, do episódio 4, por exemplo, é bem chatinha, coitada, sempre querendo uma D.R. com o marido, Dennis”.
    Por mais voltas que dê à cabeça não vislumbro o que seja uma D.R.
    Pode explicar ao seu amigo?

  2. Carissimo José Luis,
    O amigo tem toda razão> “D.R.” é uma expressão muito brasileira… É bastante conhecida aqui, mas é coisa especificamente deste país terceiro mundo aqui, como, por exemplo, usar a palavra “meia” em vez do número 6!
    D.R. é “discutir a relação” – discussão sobre a relação. Usado para quando um dos cônjuges, ou namorados, pede para que o casal analise o que está acontecendo, converse sobre os problemas do relacionamento!
    Um grande abraço, José Luís!
    Sérgio

  3. Olá Sérgio,
    Outra excelente resenha de uma série que tem a marca, a assinatura e o padrão John Carney. Ele sempre busca o melhor do lado humano, mesmo se nada der certo, lá está ele buscando ver o copo meio cheio nos comportamentos humanos e em suas nuances positivas ou negativas.
    Em outro comentário que fiz em Apenas uma vez ou Mesmo se nada der certo, não me recordo em qual dos dois, comentei sobre SIng Street, um filme que como você diz, tem um fiapinho de história, mas que o diretor transforma em algo único e sensacional.
    Tem no youtube para alugar e por um módico preço de R$ 2,90 e HBO Max ou Oi Play para quem for assinante.
    Estou ansioso por sua resenha sobre Sing Street.

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