Nota:
Anotação em 2010 (postada em janeiro de 2011): “Um brilho, um show. Um filme que importa, numa época de tantos filmes que não importam. E ele consegue criar um clima de thriller, um ritmo de thriller, quando na verdade está radiografando a sociedade americana e discutindo a pena de morte e o politicamente correto e incorreto.”
Escrevi isso em abril de 2004, depois de ver pela primeira vez A Vida de David Gale. Foi tudo o que anotei, naquela época feliz em que ainda não havia tido a idéia de fazer um site sobre filmes; às vezes escrevia longas anotações, às vezes – por falta de tempo, de empenho, de concentração, ou de obrigação – fazia comentários bem breves, como este aí.
O breve comentário continua valendo, e por isso o transcrevo agora. Mas, ao rever o filme, após seis anos, fiquei ainda mais impressionado com a grandeza, a beleza, a perfeição da obra do inglês Alan Parker. É uma obra-prima, um filme genial. Para mim, é um dos maiores filmes da primeira década do século.
De fato, tem um clima de thriller, um ritmo de thriller. Envolve completamente o espectador, deixa o espectador em suspense, com os nervos à flor da pele. Pode perfeitamente ser visto como um belo filme policial, com uma trama envolvente, fascinante – pode seguramente satisfazer qualquer espectador que goste de policiais, de thrillers, de filmes de mistério, de suspense, de whodunnit – quem fez? quem matou?
Revi o filme com Mary e dois amigos, Márcio e Andrea. Todos ficaram eletrizados pelo clima de thriller.
Mas é muito mais que isso.
Uma abertura acachapante, que fisga o espectador
A abertura é daquelas acachapantes, que fisgam o espectador inapelavelmente, de cara. Plano geral de um campo sem nada – ao fundo, bem ao fundo, se vê uma estrada, um carro avança por ela, pára, alguém sai do carro correndo; algumas tomadas rápidas, numa montagem acelerada, mostram o motorista do carro correndo, uma tomada curtíssima mostra fumaça saindo do motor do carro abandonado; a pessoa que corre carrega algo na mão, é uma mulher, é Kate Winslet, de jeans e casaco de couro leve; uma pick up bem velha vem na mesma direção que ela, ela tenta pedir uma carona, a pick up a ultrapassa e segue em frente, ela continua correndo.
Corta, e temos um rápido plano geral de avenida de grande metrópole – é fácil perceber que é Nova York, e que estamos em um flashback. Uma grande redação – veremos que é de uma revista semanal. O noticiário da TV ligada dá as informações, numa velocidade dos clips da MTV dos anos 90: “O Tribunal Superior negou a suspensão da execução do ex-professor de Filosofia David Gale, marcada para a sexta-feira. Gale solicitou a revisão de sua condenação em 1994 pelo estupro e assassinato de sua colega na Universidade de Austin, Constance Harroway. O caso recebeu grande atenção da mídia de todo o país porque Gale e Harroway eram ativistas da DeathWatch, uma organização sem fins lucrativos contra a pena de morte.”
Enquanto a TV vai despejando essas informações, mostra cenas de Gale e Constance em manifestações contra a pena de morte, e a participação dele em um debate com o governador do Estado.
O noticiário está sendo assistido por uma mulher, em uma sala junto da redação da revista – muito provavelmente uma editora. Através de diálogos rápidos que haverá na redação em seguida, o espectador fica sabendo que Gale jamais havia falado com a imprensa, durante os anos em que esteve preso no corredor da morte, mas agora seu advogado havia oferecido uma entrevista exclusiva a uma repórter específica da revista, Bitsey Bloom (o papel de Kate Winslet). Bitsey havia passado um tempo presa por se recusar a revelar o nome de uma fonte em uma série de reportagens.
Mediante o pagamento, pela revista, de US$ 500 mil a David Gale, através do advogado dele, Braxton Belyeu (Leon Rippy), Bitsey terá direito a três sessões de duas horas cada de entrevista com o preso (interpretado pelo excelente Kevin Spacey), na terça, na quarta e na quinta-feira – a execução está marcada para a sexta.
O redator-chefe da revista reluta, mas acaba concordando em pagar a pequena fortuna e enviar Bitsey ao Texas; mas exige que ela vá acompanhada por um jovem repórter, um estagiário, Zack Stemmons (Gabriel Mann), encarregado de manter sob algum controle a moça um tanto estrela e toda cheia de si.
Um professor brilhante, respeitado, admirado
O autor do argumento e do excepcional roteiro, ele também um jovem, Charles Rudolph, construiu uma história com um prólogo (isso aí que tentei descrever acima), quatro capítulos (um para cada dia de entrevista, um para a sexta-feira da execução marcada) e um epílogo.
É um brilho, uma absoluta maravilha de roteiro. A cada um dos três dias de entrevistas, um calmo, sereno, tenso, resignado, triste homem contará à repórter – e ao espectador – os fatos que o levaram até o corredor da morte.
A cada fim de uma sessão de entrevistas, a narrativa terminará num momento de especial tensão.
Ainda no que chamei de prólogo, e no primeiro capítulo – o primeiro dos três flashbacks que contam a versão de David Gale para sua própria história – ficamos sabendo quem é ele, e conhecemos seu ativismo contra a pena de morte e sua amizade com Constance, de cujo assassinato ele viria a ser acusado.
Gale – como nos conta o estagiário Zack, um pobre rapaz espezinhado pela repórter que se acha a maioral – é um intelectual brilhante, uma estrela do mundo acadêmico da capital do Texas; foi o primeiro da turma em Harvard, passou também por Oxford, tem dois livros publicados e foi casado com uma mulher linda, de família rica, pai diplomata.
No primeiro capítulo, vemos que David Gale, chefe do departamento de Filosofia, é um professor brilhante, obviamente respeitado e admirado pelos alunos. Na aula dele que assistimos, chega muito atrasada uma garota linda, gostosa, dessas de fechar o comércio, conhecida pelo sobrenome, Berlin (Rhona Mitra). Quando a aula termina, Berlin vai até Gale e diz que precisa passar de ano, e está disposta a tudo para isso.
É uma baita de uma tentação. A maçã que a serpente apresentou a Adão é fichinha, café pequeno, comparada a Berlin. Gale resiste a ela.
E conhecemos Constance Harroway, chefe da seção texana da ONG DeathWatch, dedicada a combater a pena de morte. Laura Linney, essa atriz de imenso talento, capaz dos papéis mais diversos, com as caras mais diferentes, cria uma Constance que parece absolutamente real. É uma mulher magra, com uma aparência de grande fragilidade física, que não dá a menor importância para a aparência: é uma ativista que luta pela causa 24 horas por dia.
E chega de adiantar o que o filme conta. O que relatei acontece nos primeiros 15, 20 minutos de filme. O que virá em seguida é uma trama fascinante, tristíssima, chocante, apavorante. Do alto de seu imenso ego de intelectual bem posto, bem colocado, respeitado, David Gale vai descer às profundezas do pior inferno que se possa imaginar. E a menção a inferno não é à toa. A maçã, a serpente, todos sabemos, são infernais.
Muita gente critica Alan Parker, o chama de formalista
Há quem torça o nariz para Alan Parker. Me lembro ter lido alguém dizer que ele capricha demais no visual de seus filmes, que nas tomadas noturnas há sempre asfalto molhado, para que ali fiquem refletidas as luzes das cidades, tornando o quadro visualmente mais atrativo. (É. Também já li críticos dizerem que os shows de Paul Simon são ensaiados demais, caprichados demais – como se isso fosse um grande defeito.)
De fato, Alan Parker capricha no que faz. Domina a técnica como um mestre, como o melhor aluno da classe. Cuida de todos os detalhes. A fotografia é sempre perfeita, a montagem é sempre perfeita, as trilhas sonoras são sempre perfeitas.
Tudo, no visual, na forma de seus filmes, tudo é ensaiado, caprichado. Perfeito. Veio do cinema publicitário – sabe tudo sobre a excelência da forma.
Por isso há quem diga que é um formalista.
Esquisito dizerem que é formalista um cineastas que cuida fundo dos temas que aborda. E aborda temas perigosos, polêmicos, repulsivamente duros. A dureza desumana das prisões turcas para condenados por tráfico de drogas (O Expresso da Meia-Noite, de 1978). O sobrenatural, o satanismo, o crime horrendo (Coração Satânico, de 1987). Os crimes raciais (Mississipi em Chamas, de 1989). A segregação, os campos de concentração criados nos Estados Unidos para os descendentes dos inimigos durante a Segunda Guerra – no caso específico, os japoneses (Bem-Vindos ao Paraíso, de 1991).
Mesmo quando faz filmes sobre o mundo da arte, a música, a dança (Fama, de 1980, Os Commitments – Loucos pela Fama, de 1992), não mostra o brilho das lantejoulas, mas gente humilde, a dureza da competição, a imensa possibilidade de não se fazer sucesso.
Deep in the heart of Texas, o Estado que mais mata
Alan Parker diz, no making of que acompanha A Vida de David Gale no DVD, que era necessário que o filme fosse feito no Texas, no ambiente do Texas, no clima do Texas.
O Estado onde impera a dinastia Bush é o que mais executa presos. Como se sabe, a legislação criminal nos Estados Unidos varia muito de Estado para Estado – eles fazem questão disso, uma expressão do princípio federativo. Não são todos os Estados que admitem a pena de morte. Muitos baniram a pena capital nas primeiras décadas do século XX – no Texas, ela foi abolida em 1924 –, mas voltou a vigorar em diversas regiões a partir dos anos 70. O Texas a adotou novamente em 1976. Entre 1976 e 2002, quando o filme foi feito (o lançamento foi em 2003), o Texas executou 290 pessoas. No ano de 2002, houve 33 execuções ali, exatamente na prisão que é mostrada no filme – praticamente a metade de todas as execuções ocorridas no país. Para efeito de comparação, a Virgínia, o segundo Estado mais ativo no ramo, executou 87 pessoas, até 2002, ante as 290 no Texas.
Antes de fazer sua guerra ao Iraque como presidente americano, George W. Bush foi governador do Texas, no período de 1995 a 2000.
Ainda no prólogo do filme, enquanto Bitsey e Zack estão no carro indo de Austin para Huntsville, o local em que David Gale está preso, há o seguinte diálogo:
Bitsey: – “Você sabe que está no cinturão da Bíblia quando há mais igrejas que lanchonetes.”
Zack – “Quando há mais prisões que lanchonetes.”
No seu depoimento no making of do filme, Alan Parker, inglês de Islington, nascido em 1944, criado em família fiel ao Partido Trabalhista, diz:
– “Na Califórnia, há cerca de 600 pessoas no corredor da morte; mas, desde 1976, a Califórnia executou 10 pessoas. O Texas basicamente nos diz o seguinte: ‘Nós usamos mesmo a pena de morte’. Na maioria dos Estados em que a idéia da pena de morte existe, está lá, eles parecem mais relutantes em querer usá-la. O Texas não é relutante.”
Kevin Spacey diz o seguinte, no making of:
– “Há aquele velho ditado de que ‘boa política faz teatro ruim’. Acho que o que é realmente admirável é que você não entende que alguém está colocando um tema a ser discutido, que não estão forçando você a sentir as coisas de um certo jeito. Penso que estão colocando um tema a ser discutido e deixando que você decida o que sente diante dele.”
E Alan Parker diz:
– “Espero que o filme seja equilibrado (na apresentação dos argumentos contra e a favor da pena de morte).”
Nestas duas últimas declarações, Spacey e Parker parecem políticos (dos ruins) à véspera da eleição, sem querer dizer exatamente o que defendem.
O filme é um belíssimo thriller, mas é também um violento panfleto contra a pena de morte. É um panfleto atrás de um belíssimo thriller. Mais que um panfleto: é uma tese, um ensaio; como em um teorema, A Vida de David Gale demonstra que a pena de morte é um crime, um absurdo, um erro monstruoso.
Acho que quem quiser ver o filme apenas como um thriller poderá perfeitamente fazê-lo, e ficar satisfeito. Mas não consigo imaginar um defensor da pena de morte dizendo que o filme é equilibrado.
Problema dele, é claro.
O próprio Parker não se furta a dizer:
– “Eu, pessoalmente, sou muito contrário à pena de morte” – e aí ele fala a frase política: “Embora eu espere que o filme seja equilibrado nos argumentos. Minha visão pessoal está articulada de uma forma melhor no discurso de Constance diante do Capitólio (estadual).”
O discurso anti-pena de Constante é de um brilho absoluto – assim como o filme de Alan Parker.
Um elenco extraordinário, interpretando personagens marcantes
Está excelente o trio de grandes atores – Kevin Spacey, Laura Linney, Kate Winslet (como será que ela consegue falar sem nada do seu sotaque da Inglaterra?). Mas são grandes atores, então não surpreendem. Impressionante é como estão perfeitos todos os atores secundários – personagens interessantes, fascinantes, em belas interpretações. Para começar, Zack, o estagiário, o foca, mal-tratado pela prepotente e metida a estrela Betsy, bom trabalho de Gabriel Mann. O advogado de defesa de Gale, Braxton Belyeu (Leon Rippy) – um tipo com um rabo de cavalo fora de época, um jeito untuoso, um palavrório afetado de rábula do interior, uma figuraça difícil de se esquecer. Dusty Wright (Matt Craven), o camarada da velha pick up, sempre com seu chapéu texano, rondando os jornalistas da cidade grande, despertando as suspeitas deles e do espectador. O assessor de imprensa do presídio, também untuoso, também com palavrório afetado, um chato profissional – nem sei o nome do personagem ou do ator. E Berlin, a estudante gostosa, atrevida, imenso pedaço de mau caminho, a serpente diabólica – vejo agora que a atriz Rhona Mitra, inglesa como o diretor e a estrela Kate Winslet, tem 33 títulos na sua filmografia, incluindo vários episódios de séries de TV, Justiça Sem Limites, Nip/Tuck, Gideon’s Crossing.
O filme foi um fracasso de público e crítica. Uma pena
Uma rápida busca por outras opiniões.
Leonard Maltin deus 3 estrelas em 4. Não entendi o que ele quis dizer. Diz que é uma história absorvente, dá um resumo rápido da trama, e conclui que é “uma boa fábula que pode não resistir a um escrutínio mais rígido”. O que raios isso significa?
O Guide des Films de Jean Tulard conta muito mais da trama do que seria aceitável, e conclui: “Panfleto contra a pena de morte que vai no sentido de L’invraisemblable vérité de Fritz Lang mas sem ter a mesma força.” Tenho que trocar de alfarrábio, recorrer ao Cinéguide, para ver que L’invraisemblable vérité vem a ser Beyond a Resonable Doubt, que Fritz Lang fez ainda em sua fase americana, em 1956, com Dana Andrews e Joan Fontaine, e que no Brasil se chamou Suplício de uma Alma. Não vi o filme do grande Lang, mas vi uma boa refilmagem, feita em 2009 por Peter Hyams, e que no Brasil teve o título de Acima de Qualquer Suspeita – sua trama de fato tem um pouco a ver com A Vida de David Gale. Mesmo não tendo visto o filme original, questiono a afirmação do guia do mestre francês. Força é o que não falta a este filme de Alan Parker.
O IMDb diz que o filme foi recebido quase unanimemente com críticas negativas.
Um claro caso de injustiça. De erro no veredito. Como tantos outros – nos tribunais do júri, nas críticas de cinema, de música…
Ao rever o filme, fiquei pensando: diabo, o que ele fez depois desta maravilha? Vejo agora que – estranhíssimo – Alan Parker não voltou a dirigir, depois que fez A Vida de David Gale.
Num texto do ótimo e incansável Luiz Carlos Merten, no Estadão, leio que Alan Parker esteve em São Paulo agora há pouco, em outubro de 2010, como jurado da 34ª Mostra Internacional de Cinema. Contou a Merten que durante sete anos integrou organismos que formam o sistema de financiamento do cinema inglês; depois de um hiato grande, a volta ao set ficou mais difícil.
Uma pena. Perde o cinema, perdemos todos nós.
A Vida de David Gale/The Life of David Gale
De Alan Parker, EUA-Alemanha-Inglaterra, 2003
Com Kate Winslet (Bitsey Bloom), Kevin Spacey (David Gale), Laura Linney (Constance Harraway), Gabriel Mann (Zack Stemmons), Matt Craven (Dusty Wright), Leon Rippy (Braxton Belyeu), Rhona Mitra (Berlin), Elizabeth Gast (Sharon Gale)
Roteiro Charles Randolph
Fotografia Michael Seresin
Música Alex Parker e Jake Parker
Montagem Gerry Hambling
Produção Universal Pictures, Intermedia Films
Cor, 130 min
R, ****
Olá! Mesmo com críticas negativas e um fracasso de público nos cinemas, no Filmow (rede social brasileira de cinema), a grande maioria dos que assistiram o filme comentam bem, e ainda, o filme ganhou 4 estrelas, de 5, numa média feita através dos votos das 3340 pessoas que assistiram.
http://filmow.com/filme/4327/a-vida-de-david-gale/
Enfim, há muita gente que gosta do filme. E eu decidi, próxima ida a locadora alugarei o filme!
Um filme excelente, já o vi várias vezes.
Também estranhei o fracasso tanto do público como da crítica. Mistérios…
Uma coisa – só no último plano do filme nós ficamos a saber tudo o que aconteceu.
Olá!!
Gostei muito do espaço qeu criou…
Posso te add em meus links na lateral de meu blog?
Tbem adoro cinema e tenho postado comentários sobre os 1001 filmes para ver antes de morrer…
Já estou seguindo!
Um abraço,
Kleber
oteatrodavida.blogspot.com
Muito obrigado pelo comentário e pela informação interessante, que eu não tinha, sobre o Filmow, Renan.
Um abraço.
Sérgio
Que maravilha esses comentários de gente boa que também gostou do filme.
Sim, só o último plano revela tudo. Nos minutos finais já somos preparados para a verdade, mas é só o último plano que revela tudo. O que é absolutamente sensacional.
Obrigado pela mensagem.
Sérgio
Caro Kleber,
Muito obrigado pela mensagem. Naturalmente, você pode me adicionar aos links no seu blog. É uma honra para mim, e agradeço muito a você.
Sérgio
Reclamo muito da NET, mas foi nela que vi esse espetacular filme. Adorei, desde a primeira vez,e já revi muitas vezes.Os atores são ótimos e todos estão muito bem. A estória política leva junto a amizade entre colegas,a fraqueza humana em situações extremas e… vai por aí. Quando”garimpo” procurando algo para ver e ele está passando, digo para mim mesma: “este é um grande filme”.
Olá, Sérgio.
Estou relendo alguns de seus comentários sobre os ‘nota 4’ e cheguei aqui: puxa, me deu muita vontade de rever este ‘brilho’. Sou super fã de Kevin Spacey e aqui ele está fabuloso! E a história, então? Tudo na medida certa. Ótima história, ótimos atores, vou rever já!
abraço
Fui ler a crítica de Roger Ebert e fiquei estupefacto: não só não dá qualquer pontuação como mostra a imagem de uma mão virada para baixo. Penso que é primeira vez que vi uma coisa assim.
Escreve a certa altura:
“Tenho a certeza que os cineastas acreditam que o seu filme é contra a pena de morte. Eu acredito que ele apoia e espera desacreditar os adversários da penalidade como fraudadores sem princípios.”
Como todos os filmes deste diretor o filme é brilhante. Assisti pela undecima vez Missipi em Chamas e continuo deslumbrado.
Uma reflexão sobre a pena de morte com uma trama inteligente e envolvente. Grande filme!