Nota:
É impressionante como Kramer vs. Kramer, de 1979, cinco Oscars, inclusive o de melhor filme, envolve emocionalmente o espectador, como leva o espectador para dentro do drama
Sofri feito um condenado como se fosse eu que estivesse naquela cozinha, um dia depois de ter sido abandonado pela mulher sem qualquer aviso prévio, tendo que, pela primeira vez na vida, preparar o café da manhã para meu filho de 7 anos de idade.
Diabo: eu estava cansado de saber, é claro, que daí a algumas semanas Ted Kramer já estaria conseguindo preparar direitinho o café da manhã para Billy. Estava cansado de saber que as coisas entre os dois iriam melhorar – mas sofri na pele, e sofri demais, ao longo daquela sequência do primeiro café da manhã depois que Joanna saiu de casa. Sofri no coração e na pele – como se fosse a minha mão que tivesse se queimado na frigideira.
E me senti putíssimo da vida com Joanna quando, exatamente no meio do filme, ela reaparece do nada, depois um ano e meio, e quer Billy de volta para ela. É bem provável que depois eu me arrependesse, e tentasse falar com ela de novo, tentasse conversar de maneira civilizada, como dois adultos – mas, se fosse eu naquele bar no lugar de Ted, eu também daria um peteleco no copo de vinho e o jogaria contra a parede, antes de sair dali deixando que ela ficasse falando sozinha.
“Nós tentamos fazer um filme específico”
Falar com os sentimentos do espectador era mesmo a intenção declarada dos realizadores – Robert Benton, o diretor e autor do roteiro,
Stanley R. Jaffe, o produtor, e também Dustin Hoffman, o protagonista, em uma das melhores atuações de sua carreira magnífica. Em uma entrevista para o documentário Finding the Truth: The Making of Kramer vs. Kramer, feito em 2001 e que acompanha o filme no DVD, Jaffe diz:
– “A maioria das pessoas que eu conheço tenta fazer filmes genéricos. Nós tentamos fazer um filme específico. Pensando assim: ‘E se acontecesse comigo?’”
Jaffe e seu amigo Robert Benton – realizador de Na Calada da Noite (1982), Um Lugar no Coração (1984), Fugindo do Passado (1998), Revelações (2003) – contam no documentário que, desde o início do projeto, desde que decidiram filmar o romance de Avery Corman, pensaram em Dustin Hoffman para o papel.
Mas o ator a princípio não estava nada interessado em aceitar o papel. Estava – ele conta isso no documentário – em crise. Crise profissional, pessoal. Não estava contente com os filmes que acabava de fazer, pensava em voltar a se dedicar ao teatro. Mas, sobretudo, estava se divorciando.
Dustin Hoffman fala bastante no documentário Finding the Truth, de quase 50 minutos, e demonstra claramente que o processo de divórcio foi traumático. (Que processo de divórcio não é traumático?) Mas não entra em detalhes, sequer fala o nome da mulher de quem estava se separando. Vejo agora que ela se chama Anne Byrne, e chegou a trabalhar em alguns poucos filmes. Teve um pequenino papel em Papillon (1973), em que o então marido era o protagonista. Por uma dessas incríveis coincidências de que é feita a vida, trabalhou, naquele mesmo ano de 1979, em Manhattan, de Woody Allen, em que estava também Meryl Streep, a atriz que faria Joanna Kramer.
Dustin e Anne Bryne haviam se casado em 1969, um ano depois de o então jovem ator ter estrelado A Primeira Noite de um Homem/The Graduate, que lhe deu a primeira indicação ao Oscar. Tiveram dois filhos. O divórcio só saiu em outubro de 1980, meses depois de Dustin ter ganho seu primeiro Oscar pelo papel de Ted Kramer. (Ganharia um segundo em 1989, por Rain Man.)
– “Foi a primeira vez que atuei fazendo algo que estava vivendo”, ele diz no making of de Kramer vs. Kramer. “Foi estranho passar por um divórcio ao mesmo tempo em que interpretava um homem que se divorciava.”
Meryl Streep conta, no making of, que percebeu, durante as filmagens, que Dustin Hoffman a tratava como se estivesse com raiva, com mágoa dela, de verdade – e não apenas porque o personagem dele, Ted Kramer, estava com raiva, om mágoa do personagem dela, Joanna Kramer.
E o próprio Dustin Hoffman admite isso com todas as letras: – “Eu sei que estava descontando nela coisas que sentia pela mulher de quem eu estava me divorciando.”
O ator conta um detalhe fantástico: naquela cena do reencontro de Ted e Joanna Kramer em um bar, que ocorre quando o filme está exatamente no meio, não estava previsto que Ted fizesse o gesto brusco, agressivo, de jogar o copo de vinho contra a parede.
De repente, a mulher anuncia que está saindo de casa
Lembrando… Uma rápida sinopse do que veio antes:
Ted e Joanna estão casados há cerca de oito anos. Ele é publicitário, tem um ótimo emprego; ela, como tantas e tantas mulheres, deixou de trabalhar fora para cuidar de Billy. Moram em Manhattan, num apartamento confortável.
Na noite em que a ação começa, Joanna põe Billy para dormir, e faz muitas declarações de amor. Tem o rosto tenso. Assim que o garoto – que está então com 7 anos incompletos – dorme, ela faz uma mala. Ted chega em casa extremamente feliz porque a agência conseguiu uma conta importante, e o patrão deu a ela a conta. Acabou de chegar, está falando ao telefone com alguém da agência sobre um assunto que não podia esperar, e Joanna diz que está indo embora, saindo de casa.
(É absurdo, mas as frases de Joanna quando anuncia que está indo embora não estão entre os 32 diálogos na página de citações do filme no IMDb. Vou tirar à unha. Esses diálogos têm que estar aqui.)
Joanna: – “Estou te deixando.”
Ted está ao telefone, diz para ela que não está ouvindo. Quando desliga, diz: – ”Você já comeu?
Joanna: – “Ted, eu estou indo embora. Aqui estão minhas chaves. Aqui está o meu American Express e o cartão da Bloomingdale’s. Meu talão de cheques. Tirei US$ 2 mil da nossa conta de poupança, porque era isso que eu tinha quando casamos.”
Ted|: – “É uma piada?!”
Joanna: – ”Este é o recibo da lavanderia. Você tem que ir buscar no sábado. Você tem que ir buscar.”
Ted: – ”Pode me dizer o que há?”
Joanna: – “Paguei o aluguel, o condomínio e a conta de telefone, então…” – Ela pega a mala que havia feito.
Ted: – “Desculpe se eu me atrasei, mas estava ganhando a vida, certo?”
O diálogo de surdo-mudos, ou a absoluta falta de diálogo, continua por mais algum tempo, no corredor do prédio. Ela entra no elevador.
Ted: – “Espera aí, e o Billy?”
Joanna: – “Não vou levá-lo comigo. Não sou boa para ele. Sou terrível com ele. Não tenho paciência. Ele vai ficar melhor sem mim.
Ted: – “Joanna, por favor.”
A porta do elevador começa a se fechar.
Joanna: – “E eu não te amo mais.”
Ted: – “Para onde você está indo?
Joanna: – “Não sei.
A porta do elevador se fecha.
Na manhã seguinte, Billy vai até o quarto dos pais, acorda o pai perguntando onde está a mãe.
Daí a pouco Billy tem que estar na escola, e, na agência, Ted tem um compromisso importante com um cliente.
Aí vem a sequência em que, pela primeira vez na vida, Ted tem que fazer o café da manhã para o filho.
Ted acha que Joanna vai voltar para casa a qualquer momento.
Ao longo dos 18 meses seguintes, Joanna manda uma carta e alguns cartões postais para Billy. Está do outro lado do país, na Califórnia.
E aí reaparece, e pede para Ted se encontrar com ela no bar tal, a tal hora.
E diz a ele que quer o filho de volta.
A conversa é bem curta. Ted se levanta e, antes de ir embora, dá um peteleco no copo de vinho, que bate na parede bem perto de Joanna e se arrebenta.
Isso não estava no roteiro de Robert Benton. Dustin Hoffman resolveu improvisar aquilo na hora de filmar. Combinou apenas com o cameraman, para que ele prestasse atenção ao copo na hora em que se levantasse da mesa para sair.
A expressão de pura surpresa de Meryl Streep, uma das melhores atrizes da História do cinema, é genuína, não ensaiada, não pensada. É pura surpresa mesmo. Ninguém poderia imaginar que Dustin Hoffman iria fazer aquilo.
Dustin já era um astro. Meryl, uma iniciante
Tudo, absolutamente tudo tem que ser visto dentro de seu contexto, dentro da perspectiva da época, do momento em que aconteceu. Em 1979, quando Kramer vs. Kramer foi lançado, Meryl Streep era uma iniciante. Havia feito uma pontinha em Julia, de Fred Zinnemann, de 1977 (quando teve seu talento imediatamente reconhecido pela atriz principal do filme, Jane Fonda), tivera um papel importante em O Franco Atirador, de Michael Cimino, de 1978, e, quase paralelamente às filmagens de Kramer, havia feito um pequeno papel em Manhattan, de Woody Allen.
Uma iniciante.
Dustin Hoffman já era um grande astro. Dos maiores.
Havia feito um bando de filmes excelentes e/ou importantes, a começar por A Primeira Noite de um Homem, e passando por Perdidos na Noite (1969), O Pequeno Grande Homem (1970), Sob o Domínio do Medo (1971), Alfredo! Alfredo! (1972), Papillon (1973), Lenny (1974), Todos os Homens do Presidente (1976), Maratona da Morte (1976).
Tinha status de sobra para improvisar – mesmo em sequências importantes, como aquela do reencontro de Ted com Joanna depois de 18 meses, numa mesa de bar.
Muitas das sequências de Kramer vs. Kramer – e, meu Deus, como o filme tem sequências belíssimas, impressionantes, maravilhosas, marcantes, inesquecíveis – resultaram de algum tipo de improvisação. É o que mostra o making of Finding the Truth.
Dustin Hoffman improvisou alguns dos diálogos entre Ted Kramer e Margaret Phelps, o papel da ótima Jane Alexander. Margaret morava no mesmo prédio para onde os Kramer haviam se mudado, anos antes do início da ação. Ficou muito amiga de Joanna, foi confidente dela, eram unha e carne. Com dois filhos, foi abandonada pelo marido. A amizade com Joanna se aprofundou ainda mais. Joanna contava para ela que se sentia miseravelmente infeliz, que o casamento não ia bem, que Ted vivia só para o trabalho, não dava importância a ela, que ela sentia que precisava realizar alguma coisa na vida.
Depois que Joanna abandona o marido e o filho, Margaret e Ted vão se aproximando. Levam juntos os filhos para brincar na pracinha mais próxima.
Há duas sequências em que os dois vizinhos e amigos abandonados por seus cônjuges estão conversando num banco de praça, observando as crianças brincando, que são absolutamente extraordinárias – pérolas do cinema feito para adultos, filmes maduros sobre relacionamentos afetivos de pessoas comuns, gente como a gente. É tudo da mais absoluta naturalidade – obra, em parte, de diálogos que Dustin Hoffman improvisava com Jane Alexander.
Na segunda dessas duas sequências, há o drama, a quase tragédia: o acidente no playground. Billy estava bem no alto do trepa-trepa, segurava um avião. Um momentinho e…
A sequência em que Ted Kramer-Dustin Hoffman corre pelas ruas de Manhattan, atravessa avenidas movimentadas, carregando o pequeno Billy no colo, até o hospital mais próximo, é uma absoluta maravilha de cinema.
O garoto que faz Billy é a coisa mais fofa que há
O garoto Justin Henry ter aparecido entre as dezenas e dezenas de crianças candidatas ao papel de Billy foi uma sorte grande dos realizadores.
Não pode haver coisa mais fofa do que aquele garoto Justin Henry.
OK, há muitos garotos fofos na História do cinema, desde Jackie Coogan, que fez O Garoto do título do clássico de 1921 de Charlie Chaplin, até Henry Thomas, o Elliott de E.T,: O Extraterrestre (1982) de Steven Spielberg, passando pelo bando de argent de poche de Na Idade da Inocência/L’Argent de Poche (1976) de François Truffaut.
Mas esse Justin Henry escolhido para fazer o Billy Kramer é de fato extraordinário. É um garoto lindo, absolutamente lindo – e se revelou um danado de um bom ator.
Dustin Hoffman gostou demais dele. Deu dicas para ele, incentivou-o a improvisar. Toda a sequência – importante, marcante, impressionante – em que Billy está irritadiço, como toda criança fica irritadiça às vezes, recusa-se a jantar o prato que uma semana antes tinha dito que adorava, e, apesar das advertências do pai, desobedece às suas ordens e pega o sorvete no alto da geladeira –, toda a sequência foi sugerida por Hoffman ao garoto Justin Henry. Nada daquilo estava no roteiro. Hoffman sugeriu a coisa para o garoto porque a sua própria filha tinha feito uma cena semelhante. Então os dois improvisaram, e a sequência ficou sensacional.
Justin Henry, aos oito anos de idade, foi a pessoa mais jovem a ser indicada para o Oscar de melhor ator coadjuvante. Mais ainda: foi a pessoa mais jovem a ser indicada ao Oscar de qualquer categoria. E mantinha esse fabuloso recorde até ao menos 2020!
Ah, sim, os Oscars de Kramer vs. Kramer.
O filme venceu em várias das categorias mais importantes. Levou cinco estatuetas, as de melhor filme, melhor diretor para Robert Benton, melhor ator para Dustin Hoffman, melhor atriz coadjuvante para Meryl Streep, melhor roteiro adaptado para Robert Benton.
Ao todo, foram nove indicações, um número excepcional. Foi indicado (mas não levou) nas categorias de melhor ator coadjuvante para Justin Henry, melhor atriz coadjuvante para Jane Alexander, melhor fotografia para o grande mago Néstor Almendros e melhor montagem para Gerald B. Greenberg.
A história virou precedente nos tribunais
Ainda não são muito comuns os casos de separações em que as mães saem de casa e deixam as crianças com os pais. E seguramente eram ainda menos comuns em 1979, quando o filme foi lançado. É uma coisa cultural, tremendamente arraigada, vem de séculos, milênios: para a imensa maioria das pessoas, em caso de separação as crianças ficam com a mãe – e ponto final.
É como se fosse um axioma. Um dogma.
Se não há consenso, e a mãe, por algum motivo, quer restringir o direito de o pai conviver com os filhos, aí não tem jeito – o casal vai se enfrentar diante de um juiz.
E, nesses casos, a imensa maioria dos juízes, na imensa maioria das vezes, sempre decidia – e ainda decide – a favor da mãe.
Nesse ponto, por mostrar essa realidade rara de uma mulher que abandona o filho, Kramer vs. Kramer foi um filme inquietante, perturbador.
No making of Fiding the Truth, há um depoimento fascinante do escritor Avery Corman, o autor do livro que Robert Benton adaptou para o cinema. Corman, um nova-iorquino do Bronx, nascido em 1935, é autor de nove romances; Kramer vs. Kramer, lançado em 1977 – apenas dois anos antes do lançamento do filme, portanto – foi seu terceiro.
Ele diz: – “Acho que Kramer vs. Kramer teve um impacto sobre a cultura. Conversei com juízes de tribunais de família que me contaram que usavam o material para tomar decisões no tribunal. Um deles me disse que o caso foi usado como precedente, como se fosse um exemplo do sistema legal. Acho que houve uma mudança na cultura.”
O inferno de ex-amantes brigarem no tribunal
Quando vi Kramer vs. Kramer pela primeira vez, na época do lançamento, no maravilhoso Cine Metrópole, em abril de 1980, detestei o filme. Nem sou capaz de lembrar exatamente por que raios de raciocínios tortuosos. Não anotei absolutamente nada, na época. Quando revi, com Mary, em 2002, anotei o seguinte: “Acho que eu só tinha visto uma vez, no cinema. Foi interessante rever. É um belo filme – e, bem ao contrário do que eu achei da primeira vez, não é absolutamente atrasado, retrógado.”
Em 1980, na época do lançamento do filme, eu ainda não tinha resolvido totalmente os traumas da minha própria separação, acontecida no segundo semestre de 1976. Havia feito mais ou menos como Joanna Kramer: de repente, sem aviso prévio algum, tinha abandonado minha mulher e minha filha, que era então bem mais nova que Billy – mal tinha feito um ano.
E – agora dá para compreender perfeitamente – não era capaz de raciocinar direito sobre um filme que falava daqueles traumas que ainda me assombravam muito de perto.
Kramer vs. Kramer – absolutamente ao contrário do que o Sérgio Vaz ainda cheio de culpas por não estar vivendo na mesma casa da sua filha conseguiu achar – não tem nada, mas nada, mas nada de “atrasado, retrógrado”.
O filme mostra diversos pontos importantes de como muitas vezes se dá essa coisa tão absolutamente comum, corriqueira, que é o fim de um casamento.
E, a rigor, mostra também como se poderia dar de forma muito melhor, mais inteligente, mais sensível, mais humana, o mesmo fim de casamento.
Após a separação, Suely e eu passamos dois anos de profunda tristeza e angústia, antes de finalmente conseguir estabelecer uma relação de amizade – mas em momento algum um de nós pensou em privar o outro da convivência com nossa filha. Mesmo naqueles dois terríveis primeiros anos, eu via minha filha sempre, no mínimo três vezes por semana.
E a criamos juntos, dividindo as responsabilidades, as decisões.
Que é como tem que ser feito mesmo. É a única maneira que há.
É o que Ted e Joanna acabam percebendo, ao fim e ao cabo.
O duro – e é isso que o filme mostra com imenso talento – é que, para chegar lá, muitos casais, como Ted e Joanna, tenham que passar por tanta dor. Por aquele inferno todo que o filme apresenta.
Do inferno de ex-marido e ex-mulher se enfrentarem num tribunal, deste felizmente Suely e eu escapamos. De longe. Esse inferno jamais passou pelas nossas cabeças.
Mexer com homicídios é menos estressante
No tribunal em que Ted Kramer e Joanna Kramer se enfrentam, há, é claro, uma estenógrafa, gravando tudo o que é dito pelas testemunhas, pelos advogados. A estenógrafa que aparece na tela não é uma atriz – é de fato uma estenógrafa de tribunal. Os realizadores acharam que seria difícil encontrar uma atriz que fizesse bem aquele trabalho, propuseram a uma profissional de tribunal – e ela concordou em aparecer no filme.
Dustin Hoffman conta que conversou com ela, entre uma tomada e outra, e perguntou se ela sempre havia trabalhado ali, em casos de família, de divórcios:
– “Ela disse que trabalhou nisso durante um ano, mas tinha parado porque era muito doloroso. ‘Adoro o que eu faço agora”. Perguntei o que era, e ela disse: “Homicídios’.
E aí o grande ator dá um sorriso para a câmara – um sorriso triste, de quem já passou por um divórcio:
– “Ela olhou para mim e disse: ‘Não tem comparação. Não importa o quanto o crime foi horrível. Não se compara à dor, ao stress de um divórcio’.”
Anotação em fevereiro de 2021
Kramer vs. Kramer
De Robert Benton, EUA, 1979
Com Dustin Hoffman (Ted Kramer),
Justin Henry (Billy Kramer),
Meryl Streep (Joanna Kramer),
Jane Alexander (Margaret Phelps, a amiga), Howard Duff (John Shaunessy, o advogado de Ted), George Coe (Jim O’Connor, o patrão de Ted), JoBeth Williams (Phyllis Bernard, a colega de Ted que Billy vê nua), Bill Moor (Gressen), Howland Chamberlain (juiz Atkins), Jack Ramage (Spencer), Jess Osuna (Ackerman), Shelby Brammer (a secretária de Ted),
Carol Nadell (Mrs. Kline)
Roteiro Robert Benton
Baseado no romance de Avery Corman
Fotografia Néstor Almendros
Montagem Jerry Greenberg
Casting Shirley Rich
Direção de arte Paul Sylbert
No DVD. Produção Columbia Pictures. DVD Columbia TriStar.
Cor, 105 min (1h45)
Disponível em DVD.
R, ****
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