Rastros de Ódio / The Searchers

Nota: ★★★½

Rastros de Ódio/The Searchers, que John Ford fez em 1956, é considerado por 11 de cada dez críticos um dos melhores westerns da história, e por 11 de cada dez fãs de western como um dos melhores filmes que já foram feitos.

O filme trata de alguns dos temas mais importantes que existem: a chegada a um território de uma civilização mais desenvolvida do que aquela que o dominava, o choque que se dá entre as duas culturas; a vontade de vingar, a busca incessante pela vingança; o ódio racial, a intolerância dos membros de um grupo para com os membros do outro.

Fazia muitos anos que não revia o filme. Revi agora, por me sentir na obrigação de comentar neste site alguns dos filmes mais importantes da História. Ao revê-lo, detestei alguns pontos. Mas vou deixar meus comentários pessoais para o fim da anotação.

Na lista dos 100 melhores filmes em 100 anos do American Film Institute (AFI), feita em 2007, The Searchers está em 12º lugar – e é o primeiro western que aparece. Na lista dos Top 10 do AFI de 2008, em que se colocam os dez melhores de cada gênero, ocupa o primeiro posto entre os westernbs.

Leonard Maltin, o sujeito que mais vende guia de TV, dá a cotação máxima, 4 estrelas: “Soberba saga do Western sobre a busca sem fim de Wayne pela sobrinha (Wood) raptada por índios, que dura muitos anos. A cor, o cenário, a fotografia, tudo esplêndido, com roteiro emocionante, profundo de Frank Nugent (baseado na novela de Alan LeMay). E quem poderia jamais esquecer a tomada final? Refeito e imitado diversas vezes.”

Uma visão européia. Trechos da resenha excepcionalmente longa do Guide des Films do mestre Jean Tulard:

“Ethan retorna, não se sabe de onde, à casa de seu irmão, um colono que se instalou no limite do deserto. Em um ataque comanche, o irmão e sua mulher são massacrados e suas filhas raptadas. Durante anos, Ethan e Martin, os dois únicos a continuar a busca, perseguem Scar, o chefe índio, na esperança de encontrar as duas garotas. (…) The Searchers conta a busca de Ethan. Uma busca que tem o andamento de uma libertação mas que assumirá o aspecto de um ódio implacável contra os índios. No cenário grandioso do Monument Valley iluminado por um soberbo Technicolor e em VistaVision, Ford realiza um filme impressionante, feito de planos compostos com brio, de movimentos e de tomadas majestosas.”

E prossegue:

“Do retrato de Ethan, Ford faz herói incomum dentro de sua obra (…). É precisamente porque Ethan é excluído do grupo, que não é um Juiz Priest, que ele não pode fazer outra coisa na vida a não ser andar sem parar, como um errante. Seu ódio estando atado ao escalpo de Scar, ele deixará Debbie viver. A maestria técnica de Ford explode em numerosos detalhes: a cunhada que acaricia o sobretudo de Ethan, que ela amou, o rosto da filha mais velha que se decompõe quando ela percebe a presença dos índios e o curto travelling em direção à sua boca para seu grito aterrorizante.”

“O western havia amadurecido e ficado menos preto-e-branco (nos dois sentidos)”

Do livro 501 Must-See Movies:

The Searchers é talvez a obra-prima de John Ford, e o último da era dourada do western clássico iniciada com Stagecoach (No Tempo das Diligências, 1939). O western havia amadurecido e ficado menos preto-e-branco (nos dois sentidos) desde então, e também o personagem de John Wayne. Ethan, o único anti-herói real de Ford, interpretado por Wayne com completa convicção, é um homem complexo, obsessivo, uma mistura de bom e mau. De uma certa maneira, a busca de cinco anos por Debbie é também uma busca por ele mesmo, assim como a exploração de Ford a respeito de sua própria visão dos nativo-americanos. O filme reitera a reverência do diretor pela vida em família da qual Ethan é excluído. Na imagem final inesquecível, Wayne segura seu braço, num gesto que tomou emprestado do primeiro astro de Ford, Harry Carey, enquanto a porta fecha sobre ele, o símbolo da rejeição do errante sem lar. A sensacional fotografia em cores, as maravilhosas paisagem de Monument Valley e a trilha sonora emocionante de Max Steiner são todos partes do prazer sensual do filme.”

“As complexidades da experiência americana com a diferença racial”

O livro 1001 Filmes para Ver Antes de Morrer começa falando da tomada de abertura – “o plano de uma paisagem de deserto vista de dentro de uma casa. Alguém se aproxima montado em um cavalo”.

E prossegue: “No coração da história está a figura de Ethan Edwards. Na interpretação de Wayne, Ethan é um colosso, devastador e indomável. Contudo, ele tem um defeito trágico. Ethan é devorado por seu ódio aos índios e fica claro que sua busca é impulsionada por um racismo implacável. Sua intenção, conforme percebe Martin, não é resgatar Debbie (Natalie Wood), sua sobrinha sobrevivente, mas assassiná-la. Na visão de Ethan, ela se contaminou de forma irremediável pelo contato com seus raptores comanches.”

E mais:

“A verdadeira genialidade de Rastros de Ódio está no fato de ele conseguir manter a simpatia dos espectadores por Ethan, apesar de ele ser um racista homicida. Ao fazê-lo, a fita gera uma reação muito mais complexa e produtiva do que a maioria dos filmes liberais desse filão, como Flechas de Fogo (1950). Em vez de pregar uma mensagem, Ford nos conduz para as complexidades da experiência americana com a diferença racial.”

“As falas são muitas vezes deselegantes e o modo como são ditas pior ainda”

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O que diz Pauline Kael, a primeira-dama da crítica americana, na tradução de Sérgio Augusto para a edição brasileira de 1001 Noites no Cinema, poderá irritar profundamente os adoradores de Rastros de Ódio:

“John Wayne é o solitário taciturno Ethan Edwards, um veterano confederado que chega ao rancho de seu irmão casado no Texas, em 1868. Ao saber que há comanches na área, Ethan e Martin (Jeffrey Hunter), um jovem com sangue cherokee que vive com a família do irmão, saem à procura deles. Quando estão fora, os comanches atacam o rancho; os dois retornam para uma cena de horror – a casa foi incendiada e toda a família massacrada, com exceção de duas sobrinhas de Ethan, que foram sequestradas.”

E prossegue:

“É um filme peculiarmente formal e afetado, com Ethan emoldurado por uma porta na abertura e ao fim do filme. Pode-se ver muita coisa nele, mas não é muito agradável. As falas são muitas vezes deselegantes e o modo como são ditas pior ainda, e o filme com freqüência é estático, apesar da montagem econômica e rápida. O que tornou este western de John Ford fascinante para os jovens diretores que o aclamaram na década de 70 como obra notável e uma influência chave sobre eles é a obrigatoriedade da busca da sobrinha (cuja mãe ele amava) por Ethan, e seu racismo amargo e vingativo. Ele é estúpido e grosseiro com Martin, que o acompanha durante os cinco anos da busca da menina (a essa altura transformada em Natalie Wood, com maquiagem carregada, como se fosse ao baile de formatura do colégio), e odeia tanto os índios que pretende matá-la quando a encontrar, porque ela terá se tornado a squaw do que ele chama de um ‘garanhão’. O filme não desenvolve a selvageria machista de Ethan; não precisa – ele mata búfalos para que os comanches não tenham comida, e arranca a tiros os olhos de um comanche morto. Os matrizes sexuais do personagem de Ethan quase parecem pertencer a um outro filme; não combinam com os muitos toques crus e sentimentais deste. As tentativas de interlúdio cômico de Ford são um fiasco – sobretudo o humor masculino grosseiro, um episódio envolvendo uma índia gorda chamada Look (Beulah Arechuletta) e as cenas com Hank Worden superinterpretando uma personagem louca. Até o fim, as atuações oscilam bastante.”

As cenas “leves”, “cômicas”, são deslocadas, fora do lugar

Bem, agora começo eu a falar. Poderia prosseguir indefinidamente citando outras opiniões. Sobre Rastros de Ódio daria para escrever um Guerra e Paz inteiro.

A memória é algo que pode ser extremamente traiçoeiro. Eu disse lá em cima que fazia muitos anos que não revia o filme. Cheguei a escrever que a lembrança que tinha dele era de um clássico perfeito. Esta não é a verdade dos fatos, conforme mostram minhas próprias anotações. Revimos o filme em 1992; na época não anotei nada, a não ser os dados básicos, o dia, e a nota – 4 estrelas. Em 1999, revimos novamente, e então fiz uma anotação para mim mesmo, dando ao filme 3 estrelas:

“Nesta revisão no DVD comprado há pouco, adorei rever, com a nitidez da imagem digital, as belíssimas tomadas panorâmicas do Monument Valley, uma das marcas registradas de Ford, e de diversas outras locações impressionantes. Adorei rever também as diversas belas sacadas do roteiro de Nugent, cheia de elipses – a câmara nunca se prolonga nas cenas mais violentas; cuidadosa, quase tímida, ela se retira, deixa o impacto por conta da montagem – alô, iniciantes, bom cursinho de montagem grátis. Mas, de uma maneira geral, me decepcionei um pouco. Não me pareceu tão brilhante como já achei o relacionamento de ódio profundo do herói Ethan Edwards com os índios, afinal perdoado com o encontro final com a sobrinha tornada comanche. E as cenas “leves”, “cômicas”, me pareceram deslocadas, fora do lugar – a índia comprada por Martin Pawley, o namoro infantil dele com Lauri Jorgensen, a briga no dia do casamento.”

Seqüências que chegam bem pertinho da fronteira do ridículo – e a ultrapassam

Não me lembrava de ter revisto o filme em 1999 e ter tido esse desapontamento.

Pois a verdade dos fatos é que nesta nova revisão agora, em 2011, tive exatamente as mesmas sensações que anotei em 1999. E que, vejo agora, são semelhantes ao que Pauline Kael expressou com seu texto maravilhoso.

Quando o excelente roteirista Frank Nugent e o genial John Ford tentam fazer graça, chegam pertinho da fronteira do ridículo. E, na verdade, a cruzam, com o mesmo destemor que nos westerns bandidos e mocinhos cruzavam o Rio Grande saindo dos Estados Unidos da América e entravam no México – e vice-versa.

Todo o personagem de Lauri Jorgensen, interpretada por uma então jovem Vera Miles, é ridículo. Tadinha de Vera Miles, tão bela, tão capaz de boas interpretações: que personagem grotesco deram para ela. Ainda bem que Ford a recompensaria com o papel de Hallie Stoddart, na obra-prima O Homem Que Matou o Facínora.

Todo o episódio sobre a índia comprada por Martin, tudo aquilo é ridículo. Tudo que envolve o personagem de Charlie, o sujeito que quer se casar com Lauri, é ridículo. A briga no dia do casamento é absurda – é de dar vergonha no espectador.

Tudo bem: mestre Ford, irlandês até a medula, adorava uma boa briga de socos, uma briga de socos é uma gigantesca diversão para ele. No filme, é ridícula.

Me conforta o fato de Pauline Kael chamar essas sequências de “um fiasco”.

Me espantei ainda com o que me pareceu uma incongruência não cabível num roteiro escrito pelo grande Frank Nugent: Martin Pawley mal sabe ler – e, no entanto, é capaz de escrever direitinho, num texto até rebuscado, uma carta de diversas páginas.

Truco!

Um grande filme, cheio de coisas belíssimas

Então, essas seqüências ridículas, grotescas, e mais uma incongruência na trama, isso transforma Rastros de Ódio em um filme ruim?

Epa! De maneira alguma. Na minha modestíssima opinião, não é essa obra-prima perfeita que 11 em cada 10 críticos falam. Mas é um grande filme, um filme cheio de coisas belíssimas, impressionantes, fortes.

E, além de ser um grande filme, é uma obra importantíssima – até por ter sido e continuar sendo tão incensada.

Aquela coisa da tomada de abertura e da tomada final, já citada nos trechos transcritos acima, de fato é de um brilho fulgurante. Para começo de conversa, abrir e fechar uma narrativa épica com tomadas semelhantes é um achado de gênio, a volta ao começo, o fechar de um ciclo, de um círculo. Os bookends de que falava o jovem Paul Simon, os pesos que seguram livros de um lado e de outro da estante, como dois velhinhos que apóiam as costas um do outro num banco da praça no inverno para se proteger do frio, do peso da idade.

Um épico que dura cinco anos e volta ao começo, numa imagem muito parecida com a inicial, é coisa de gênio.

E são mesmo tomadas muito parecidas, a de abertura e a de encerramento – a câmara dentro da casa, da segurança do lar, mostrando o mundo selvagem que está sendo conquistado lá fora. O contraste entre o espaço sacrossanto do lar do colono, do desbravador, e de sua família, e o espaço infinito que ele está ajudando a conquistar.

Na tomada inicial, Ethan está chegando do mundo selvagem, que é o mundo dele, mas não é o da família. Vem do fim da guerra fratricida entre o Norte mais desenvolvido e o Sul agrário, escravagista, ele mesmo um oficial dos Confederados, do Sul que não aceitava o fim da escravidão. Enquanto seu irmão se estabelecia no território até pouco tempo atrás pertencente aos índios, e criava gado e tinha filhos, empurrando para o Oeste e para o Sul as fronteiras do novo país, Ethan guerreava.

Na tomada final, a odisséia concluída, Ethan, tal qual um Ulisses grego, está de volta ao começo, mas não há lugar para ele. Ethan-Ulisses está sendo excluído da intimidade do lar – até porque ele não tem uma Penépole, jamais teve. Ethan não cabe dentro de um lar; está sendo botado para fora de casa de volta para o mundo que é dele, o dos grandes descampados, o céu aberto, o das guerras eternas, do ódio racial, da intolerância.

De uma certa maneira, com a tomada final de The Searchers mestre John Ford está de fato fechando um ciclo. Depois das lutas dos desbravadores, que abriram caminho para os colonizadores, abria-se uma nova era, a do assentamento dos vitoriosos no território recém-conquistado. Os antigos donos de todas aquelas terras estão sendo ou simplesmente dizimados, ou contidos em reservas, pedaços de território reservados a eles, migalhas dadas a eles pela civilização conquistadora.

Em vários dos westerns anteriores de Ford, imperava aquela velha lei de que índio bom é índio morto. Mais para o final da vida, mestre Ford tentaria se redimir desses pecados, invertendo sua bússola, passando a ver a História através dos olhos dos derrotados, em Crepúsculo de uma Raça/Cheynne Autumn, de 1964.

Em seu filme de 1956, estava a meio passo entre o índio bom é índio morto e o branco exterminou brutalmente um monte de civilizações. Estava num momento em que índio bom é índio contido em reservas.

Feito em 1956, Rastros de Ódio antecipou – de forma brilhante – a discussão sobre o tema seriíssimo do racismo, do supremacismo, da intolerância naquele país que já era, então, o mais rico e poderoso do mundo.

Oito anos depois, o racismo, a segregação racial, até então garantidos por leis edm diversos estados sulistas, passariam a ser proibidos por lei federal.

Não acabaram até hoje, infelizmente, o racismo, o supremacismo, a intolerância racial. Lá, já melhorou muito – embora ainda haja longo caminho a percorrer.

Invenções daquela sociedade racista vêm sendo adotadas por sociedades menos racistas, mas macaquentas, que adoram falar mal do Império mas copiam dele algumas de suas piores invenções, como as tais “políticas afirmativas” de cotas para as minorias – que eles já abandonaram por velhas e falhas. Mas isso é outra história.

Em suma: Rastros de Ódio não é uma obra-prima perfeita, na minha opinião. Ultrapassa a fronteira do ridículo quando tenta fazer graça. Mas é um belo filme, um filme importantíssimo, que dá margem a muita consideração, a muita discussão. O que mais pode-se querer uma obra de arte?

Anotação em dezembro de 2011

Rastros de Ódio/ The Searchers

De John Ford, EUA, 1956

Com John Wayne (Ethan Edwards), Jeffrey Hunter (Martin Pawley), Vera Miles (Laurie Jorgensen), Ward Bond (Samuel Clayton), Natalie Wood (Debbie Edwards), John Qualen (Lars Jorgensen), Olive Golden (Mrs. Jorgensen), Henry Brandon (chefe Scar), Ken Curtis (Charlie McCorry), Harry Carey Jr. (Brad Jorgensen), Antonio Moreno (Emilio Figueroa), Hank Worden (Mose Harper)

Roteiro Frank S. Nugent

Baseado no romance de Alan LeMay

Fotografia Winton C. Hoch

Música Max Steiner

Montagem Jack Murray

Produção C.V. Whitney Pictures, Warner Bros. Pictures. DVD Warner

Cor, 119 min

R, ***1/2

Título na França: La Prisonnière du Désert. Título em Portugal: A Desaparecida.

30 Comentários para “Rastros de Ódio / The Searchers”

  1. Fico tão feliz de encontrar meu filme (e um dos meus gêneros mais querido) aqui (já vi e falei tanto de Rastros de Ódio que co-autora é o mínimo). Cresci assistindo, tenho em dvd e em fita (uau) e, sem nenhum receio, digo que muito do que sou devo a ele, não pelo que nele se vê, mas do que me provocou. Acho-o lindo. A poesia nos detalhes, nas cores e sombras, as dores inexploradas, as poucas palavras, as impossibilidades, tudo foi forjando esse saber: o coração é um território bravio. Ele é, junto com outros dois ou três favoritos faroestes, filmes que não sei analisar, só sentir. No princípio era o Oeste e o Oeste era deus, mas a gente pode chamar de Wayne que fica tudo bem.

  2. Pauline Kael, coitada, já estava gagá quando viu este filme. O que ela chama de “fiasco” sobre as cenas cômicas significa apenas que ela nunca entendeu John Ford, onde a graça e o cômico contracena com a brutalidade do oeste selvagem. Ser jocoso ou engraçado mesmo num drama é recurso usado por muitos autores como Polanski, Jean Renoir, Machado de Assis e por aí vai… Considerar esta senhora como referência para o cinema nos dias de hoje seria jogar no lixo obras como “O cidadão Kane” ou autores como Hitchcock que ela jamais entendeu. Pelo visto ela entende de pouca coisa. “Rastros de ódio” é um épico soberbo, uma lição de cinema em cada tomada. Um prazer de assistir e reassistir. Um elegia ao homem solitário e soturno que perambula por aquelas terras que continuam bravias e movidas pelo ódio. A srta. Kael tem muito desse ódio nas veias…

  3. Tive recentemente a oportunidade de rever este filme e também achei que as tentativas de fazer humor são uma desgraça completa.
    A briga no casamento então é demais, um total disparate. Parece impossível como o realizador e a sua equipa não tenham reparado nisto, são coisas que nunca deveriam ter saído da sala de montagem.
    Vi o filme há longos anos e só me recordava de muito pouco.
    De quaquer modo é um belo filme.

  4. O cineasta Jean-Luc Godard, antes de rodar sua obra-prima Acossado, em 1959, chorou no cinema. Ele assistia a Rastros de ódio, de John Ford. E foi a atuação de John Wayne que havia emocionado aquele jovem redator da revista francesa Cahiers du Cinèma. Assim como vários outros críticos de cinema do mundo, que nos anos seguintes elegeriam este cimo um dos maiores faroestes já feitos.

  5. Filme maravilhoso,a cor é um espetáculo a parte. Lembro que assisti a primeira vez em uma época que não se falava o que era politicamente correto ou não, ainda assim me chocou a cena em que Martin chuta a Índia, que rola declive abaixo causando uma gargalhada ácida em Ethan.

  6. Concordo totalmente com você. Revi ontem esse clássico do mestre Ford, depois de duas décadas. Na memória, a ideia de perfeição. No entanto, as cenas cômicas me incomodaram bastante, não encaixam no filme. A participação de Patrick Wayne também é inexplicável, uma bobagem. Mas nessa revisão, percebi duas coisas que não tinha sacado antes: o amor entre Ethan e a cunhada; e a performance complexa de Wayne, geralmente um ator superficial.

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