Tieta do Agreste


3.0 out of 5.0 stars

Anotação em 1997: Terminando de ver agorinha mesmo, é o seguinte: Quem não viu deve ver. Houve má vontade de boa parte da imprensa para com o filme – enquanto houve, ao contrário, apenas loas ou desculpas àquele besteirol ginasiano à la Casseta e Planeta que é Carlota Joaquina. Continue lendo “Tieta do Agreste”

The Wonders – O Sonho Não Acabou / That Thing You Do


3.0 out of 5.0 stars

Anotação em 1997, com complemento em 2008: Uma total delícia. Alegre, divertido, bem humorado. Tem o frescor inocente da primeira metade dos anos 60, do rock’n’roll de Buddy Holly, das primeiras letras dos Beatles. É impressionante, na verdade, como Tom Hanks, que é novo, de 1956, conseguiu captar tão perfeitamente o espírito daquelas letras e daquelas canções juvenis. Continue lendo “The Wonders – O Sonho Não Acabou / That Thing You Do”

Tempo de Matar / A Time to Kill


3.0 out of 5.0 stars

Anotação em 1997: Embora partindo de uma premissa absolutamente errada, em termos éticos – em determinadas circunstâncias, quando a Justiça falha, é admissível fazer justiça com as próprias mãos -, o filme é muito, muito bom, assim como deve seguramente ser bom o livro de Grisham que o originou (o escritor, aliás, é um dos três produtores executivos). Continue lendo “Tempo de Matar / A Time to Kill”

Spitfire Grill – O Recomeço / The Spitfire Grill


3.0 out of 5.0 stars

Anotação em 1997: Um belo filme, extremamente sensível e extremamente bem feito, apesar do custo baixo (U$$ 6 milhões) e de ser, parece, o primeiro do diretor. O cara esbanja talento. Os atores todos são muitíssimo bem dirigidos. De Ellen Burstyn, que faz Hanna, a dona da lanchonete do título, se podia mesmo, é claro, esperar uma grande interpretação. Mas a moça Alison Elliot, que faz o personagem central, Percy, é uma novata, vem de carreira como modelo, e está muito, muito bem, numa rica mistura de um pouco de cinismo (adquirido na dureza da prisão), muita pureza e muita coragem. Continue lendo “Spitfire Grill – O Recomeço / The Spitfire Grill”

O Silêncio do Lago / Spoorloos


3.0 out of 5.0 stars

Anotação em 1997: Já tinha ouvido falar desse filme, premiado em vários festivais e elogiado pela crítica; sabia que Hollywood tinha chamado o diretor, um holandês, para refazer a história dentro dos padrões hollywoodianos; a refilmagem, feita cinco anos depois, com Kiefer Sutherland e Jeff Bridges, é bastante inferior, segundo três críticos no Cinemania. Continue lendo “O Silêncio do Lago / Spoorloos”

A Rocha / The Rock


3.0 out of 5.0 stars

Anotação em 1997: Um filme de ação do qual se consegue gostar e com o qual se consegue ter prazer. A trama é como as do Frederic Forsythe e do John LeCarré, densa, onde a política é o pano de fundo de tudo, com um bando de denúncias sobre os podres de organismos acima da lei como a CIA, o Pentágono, o FBI. O filme funciona bem como uma espécie assim, digamos, de Os Doze Condenados. Continue lendo “A Rocha / The Rock”

As Filhas de Marvin / Marvin’s Room


3.0 out of 5.0 stars

Anotação em 1997: Um drama pesado, forte, extremamente sensível, sobre relações familiares, envelhecimento, doença; um suave panfleto a favor da solidariedade, do diálogo, da compreensão, da aceitação. Com o brilho de duas atrizes extraordinárias, as duas em momento de rara sensibilidade. Continue lendo “As Filhas de Marvin / Marvin’s Room”

Sandino


3.0 out of 5.0 stars

Anotação em 1997: Uma bela surpresa. É uma biografia romanceada de Augusto César Sandino, o líder nicaraguense que inspirou a FSLN, Frente Sandinista de Libertação Nacional, do Daniel Ortega, que derrubou o ditador Anastácio Somoza nos anos 70 e muitos ou 80 e poucos. O filme é dirigido pelo chileno Littin, que teve cargo oficial no governo Allende e partiu para o exílio logo após o golpe de 1973. Continue lendo “Sandino”

Feriados em Família / Home for the Holidays


3.0 out of 5.0 stars

Anotação em 1997:  Segundo filme dirigido pelo geninho precoce Jodie Foster, e o primeiro em que ela não atua como atriz. (O anterior foi Mentes Que Brilham/Little Man Tate, de 1991, sobre garoto superdotado.) Tem talento inegável, a moça. Dirige bem os atores; tem ritmo; sabe compor personagens, tem jeito para a narrativa, tem facilidade em fazer graça. Continue lendo “Feriados em Família / Home for the Holidays”

Esqueça Paris / Forget Paris


[Rating:3]

Anotação em 1997: Uma bela comédia romântica – uma comédia romântica que é cômica, é romântica, e é inteligente, extremamente inteligente. Billy Crystal bebe descaradamente em Harry e Sally – Feitos um para o Outro/When Harry Met Sally…, de Rob Reiner, em que ele trabalhou ao lado da gracinha de Meg Ryan e que por sua vez bebia descaradamente em Woody Allen. Continue lendo “Esqueça Paris / Forget Paris”

O Diabo Veste Azul / Devil in a Blue Dress


[Rating:3]

Anotação em 1997: Um bom film noir, com todo o clima dos romances de Dashiell Hammett e Raymond Chandler, alguns filmes de Howard Hawks, ou que Welles procurou em A Marca da Maldade, e Polanski recriou com brilho em Chinatown. Aliás, como em Chinatown, a ação se passa em Los Angeles, basicamente nos guetos e bairros só negros da Los Angeles de 1948. Continue lendo “O Diabo Veste Azul / Devil in a Blue Dress”

De Bem com a Vida / Unhook the Stars


[Rating:3]

Resenha para a Agência Estado, em 1997: O pai, John Cassavetes, foi o primeiro grande diretor americano a fazer filmes longe do esquema dos grandes estúdios no final dos anos 50. Foi endeusado pela crítica, especialmente a européia – embora, para o grande público, seja mais lembrado pelo principal papel masculino de O Bebê de Rosemary, de Roman Polanski. O cinema americano deve cada vez mais aos diretores que seguiram os passos de John Cassavetes e fazem filmes independentes. Continue lendo “De Bem com a Vida / Unhook the Stars”