Anotação em 1998, com complemento em 2008: O pessoal papo-cabeça que não perde um filme iraniano na Mostra de Cinema de São Paulo não gosta muito desse tipo de coisa, mas a verdade é que uma das muitas artes do cinema é divertir. Continue lendo “Viva Maria”
Resenha para a revista Barbara em 1998: Voando para Casa é daqueles filmes para se ver com a família toda – embora, é claro, seja bom de ver também se se está sozinho. Tipo Corcel Negro. Como aquele, este aqui conta a história da amizade entre um adolescente e animais – não por acaso os dois são do mesmo diretor, Carroll Ballard. Continue lendo “Voando para Casa / Fly Away Home”
Anotação em 1998: Gary Oldman é um ótimo ator, mas chegado a um exagero. Não poderia haver melhor ator para fazer o Drácula de Coppola, todo over, todo barroco, todo operístico. Só ele poderia fazer tão bem como fez o tira corrupto de Romeo Is Bleeding – e o espectador não perceber que é ele na primeira tomada, tão diferente sua cara fica do que se segue, ou, no caso, o que veio antes. É um ator de mil caras – o contrário de um Robin Williams ou um Jack Nicholson, que são sempre eles mesmos. Continue lendo “Violento e Profano / Nil by Mouth”
Anotação em 1998: Tio Hitch no esforço de guerra, denunciando os quinta-colunas e exercitando seu gosto pelo tema do homem errado. Continue lendo “Sabotador / Saboteur”
Anotação em 1998: Quase na metade deste filme de belíssima fotografia em preto-e-branco, há uma cena em que Natalie Wood, lindíssima e no esplendor da juventude, e Steve McQueen, feio, charmoso e no esplendor da juventude, estão juntos numa rua de Nova York somando o dinheiro que têm para dar para fazer um aborto. Continue lendo “O Preço de um Prazer / Love with the Proper Stranger”
Anotação em 1998: Delícia de filme, que eu nunca tinha visto. É uma espécie assim de Nascido para Matar – o treinamento de recrutas, a iniciação na vida brutal do exército – sem a violência, a virulência e a seriedade do Kubrick, e, ao contrário, com grande dose de humor (típico dos judeus nova-iorquinos), simpatia pelos personagens, um pouco de sentimentalismo e muita sensibilidade. Continue lendo “Metido em Encrencas / Biloxi Blues”
De: Robert Dornhelm, Irlanda-Inglaterra-Espanha-Alemanha, 1997
3.0 out of 5.0 stars3.0
Anotação em 1998: Gostei demais deste filme. Talvez por causa da surpresa completa – me foi enviado pela empresa de vídeo, e eu não tinha qualquer tipo de referência, peguei pra ver entre vários filmes que estão sendo lançados em vídeo nos próximos meses, e fiquei assustado com o lead brilhante. Talvez, e em boa parte por causa da Irlanda, esse país extremamente fascinante. Continue lendo “Um Gesto a Mais / A Further Gesture”
Resenha para a Agência Estado, em 1997: Há muitos elementos coincidentes em O Segredo/The Chamber e Fantasmas do Passado/Ghosts of Mississippi, e o fato de que os dois são excelentes filmes é apenas o primeiro deles. Os dois são obras de bons cineastas nascidos em Nova York, ambos autores de filmes de idéias humanistas, progressistas, liberais (no sentido político e comportamental do termo, não no econômico). Continue lendo “O Segredo / The Chamber”
Anotação em 1997, com complemento em 2008: Eis aí um filme extremamente corajoso, muito adiante de seu tempo. Feito em 1931, apenas quatro anos após o cinema ter aprendido a falar, ele tinha já um viés feminista – e um tratamento ousadíssimo, para a época, é claro, do sexo. Continue lendo “Possuída / Possessed”
Anotação em 1997: Um filme sensível, bonito, simples, despretensioso. Capricha demais na direção de arte, na cenografia, na reconstituição de época – a ação se passa na Filadélfia, em 1933, na profundeza da Grande Depressão. Os atores estão todos estupidamente bem, até os pontas, os figurantes. Continue lendo “Um Dia Para Relembrar / Two Bits”
Anotação em 1997: Boa surpresa. Um filme interessante, muito interessante, progressista, anti-imbecilidade reacionária, anti-pena de morte e a favor da segunda chance. Continue lendo “A Última Chance / Last Dance”
Anotação em 1997: Terminando de ver agorinha mesmo, é o seguinte: Quem não viu deve ver. Houve má vontade de boa parte da imprensa para com o filme – enquanto houve, ao contrário, apenas loas ou desculpas àquele besteirol ginasiano à la Casseta e Planeta que é Carlota Joaquina. Continue lendo “Tieta do Agreste”
Anotação em 1997, com complemento em 2008: Uma total delícia. Alegre, divertido, bem humorado. Tem o frescor inocente da primeira metade dos anos 60, do rock’n’roll de Buddy Holly, das primeiras letras dos Beatles. É impressionante, na verdade, como Tom Hanks, que é novo, de 1956, conseguiu captar tão perfeitamente o espírito daquelas letras e daquelas canções juvenis. Continue lendo “The Wonders – O Sonho Não Acabou / That Thing You Do”
Anotação em 1997: Embora partindo de uma premissa absolutamente errada, em termos éticos – em determinadas circunstâncias, quando a Justiça falha, é admissível fazer justiça com as próprias mãos -, o filme é muito, muito bom, assim como deve seguramente ser bom o livro de Grisham que o originou (o escritor, aliás, é um dos três produtores executivos). Continue lendo “Tempo de Matar / A Time to Kill”