(Disponível no Now em 2/2023.)
On Chesil Beach, Na Praia de Chesil, é uma das histórias de amor mais tristes que já vi, seja na tela, nos livros ou na vida – e, diacho, já vi muita história de amor triste, ao longo dessa grande quantidade de anos que me foi dada para viver.
Talvez seja mesmo a mais triste de todas.
Os dois personagens da história são jovens, muito jovens, têm a vida inteira pela frente. São belos, sensíveis, inteligentes, alegres, de fato se amam, e muito.
No dia mesmo em que se casam, no entanto, vão ao inferno – e não serão felizes para sempre juntos, de jeito nenhum.
No livro – lançado em 2007 –, Ian McEwan começa assim a narrativa dolorosa:
“Eram jovens, educados e ambos virgens nessa noite, sua noite de núpcias, e viviam num tempo em que conversar sobre as dificuldades sexuais era completamente impossível.”
No filme – lançado em 2017 –, dirigido por Dominic Cooke, sobre roteiro do próprio Ian McEwan, mostra-se de cara a data: na primeira sequência, em uma tarde linda de verão na praia de Chesil, Florence e Edward – interpretados por Saoirse Ronan e Billy Howle – caminham pela praia, e os quatro algarismos aparecem na tela. 1962.
Um tempo em que conversar sobre as dificuldades sexuais era completamente impossível.
On Chesil Beach é um filme esplendorosamente belo. Estupidamente, insanamente, dolorosamente triste – e belo.
Somos todos produtos do tempo em que vivemos
Como todos nós, Florence e Edward são produtos de seu tempo. Ian McEwan, que os criou, insiste muito nisso, em seu livro excepcional – assim como o filme feito exatos dez anos após o livro também insiste.
Somos produtos de um grande número de variáveis, características. Do lugar em que nascemos e crescemos, é claro, é óbvio. A gente não escolhe onde vai nascer, se na Suíça ou no Sudão do Sul, se no Leblon ou no Complexo do Alemão, se em Higienópolis ou no Jardim Ângela – bem, na verdade, a gente sequer escolhe se quer nascer ou não.
Produtos das mais diferentes variáveis. Do lugar em que nascemos, da conta bancária dos pais (ou da ausência dela), da disposição dos pais de nos dar afeto. Da cor da pele, em especial naqueles locais e naquelas épocas em que as pessoas dão grande importância a ela. Do regime político vigente. Dos professores que temos a sorte ou o azar de ter nos momentos em que estamos formando nosso caráter, nossa personalidade.
O que Ian McEwan realça, ao contar a história de Florence e Edward – creio eu – é que, sobretudo, somos produtos da época em que nascemos e crescemos, e nosso caráter, nossa personalidade vão sendo formados.
As semelhanças entre as pessoas da mesma geração acabam sendo mais fortes, muitas vezes, que as semelhanças das pessoas da mesma cidade mas de épocas distintas.
Ian McEwan nasceu em 1948 – em Aldershot, Hampshire, Inglaterra, um dos países mais ricos do mundo. Eu nasci em 1950, a exata mesma geração dele, numa cidade pequena como a dele, e cresci em uma cidade grande, embora não tão grande quanto a em que ele se radicou, London Town. Em 1962, quando Ian McEwan tinha 14 anos e eu 12, os valores, o comportamento, as normais sociais, tudo era muito parecida naquela ilha rica, aqui neste fundo do quintal do Terceiro Mundo, assim como também na Argel de Daniel Auteil, na Memphis de Cybill Shepherd, na Haifa de Amos Gitai, para citar umas poucas pessoas da mesma geração.
A realidade em que em 1962 viviam as pessoas nascidas entre, digamos, 1940, como o Edward de On Chesil Beach, e 1948, 1950, como os artistas citados aí e este pobre escriba aqui – fosse no Primeiro Mundo ou no quintal dos quintos dos infernos – era exatamente esta que a história criada por McEwan mostra.
Um tempo em que conversar sobre as dificuldades sexuais era completamente impossível, e a virgindade das meninas era um absoluto, terrível tabu.
Dois jovens de classe média, ela de família com mais dinheiro
Produtos de seu tempo, e também da sociedade inglesa, Florence Ponting e Edward Mayhew são portanto vítimas do classismo, da onipresente e muitas vezes sufocante importância da diferença entre as classes sociais. Discriminação por questões de classe social existe em toda parte; na Índia, por exemplo, até hoje vigora o sistema de castas sociais; mas creio que não há país do mundo onde o classismo seja tão absolutamente presente quanto na Inglaterra – e então quando Florence anuncia que vai trazer seu namorado para que a família o conheça, a irmã mais nova, Ruth (Bebe Cave), pergunta se ele é um beatnik. A mãe, Violet, uma mulher emproada, enjoada (o papel da maravilhosa Emily Watson), quer saber é da posição social do rapaz. É de uma família igual à dela, à de seu marido, Geoffrey (Samuel West) – ou seria por acaso um reles, humilde, nada bem-vindo working class?
Interessante: escritor genial, dos melhores que conheço, Ian McEwan não recorreu a exageros, nem de um lado, nem de outro, ao criar as famílias do casal de protagonistas de sua história. A família de Florence, os Ponting, é sem dúvida muito mais rica do que a de Edward, os Mayhew – mas nem estes são bem pobres, nem aqueles são extremamente ricos. Geoffrey é dono de uma indústria cujo porte creio que ficaria entre o pequeno e o médio. E os Mayhew são bem mais que remediados, têm uma vida digna quanto às necessidades materiais.
Às perguntas da família sobre o namorado, Florence responde que ele é como ela: tem um degree, um diploma. Para ela, é o que importa.
O diploma dela é em música. Florence toca violino, e é boa; tem um quarteto de cordas com duas amigas e um amigo, Charles (Mark Donald), a que deu o nome de Ennismore e, imodesta, crê que o quarteto vá ter sucesso, vá, no futuro, se apresentar ali no Wigmore Hall – e um crítico do Times estará assistindo. Quando ouve a namorada fazer essa previsão, Edward diz que estará sentado ali na terceira fila, aplaudindo muito e, ao final da apresentação, gritando “Bravo!”.
O rapaz, por sua vez, diplomou-se em História. Ao contrário da namorada, não tem planos definidos para o futuro. Por enquanto, trabalha como faz-tudo em um clube de críquete – e curte rock’n’roll. Como é 1962, ainda não há Beatles e Rolling Stones na parada, e Edward tem adoração por Chuck Berry.
Florence, fã de Mozart, Beethoven e Schubert, começa a gostar do som barulhento do músico americano por amor ao namorado.
A ação é nas primeiras horas da lua de mel
Florence tem uma mãe chata, esnobe, apegada a aparências. Edward tem uma mãe apaixonada por artes plásticas, uma boa conhecedora de arte, mas que, devido a um acidente, foi diagnosticada com um “dano cerebral”. Edward gosta muito da mãe – mas o comportamento extravagante ou abertamente louco dela o deixa mortificado.
A dura questão da diferença de classe, a rigor, acaba não pesando tanto quanto se poderia prever, na história de Florence e Edward. Embora apegada aos preconceitos, Violet, a mãe dela, não consegue impedir o namoro. E Geoffrey, o pai, se dispõe a empregar o futuro genro em sua fábrica, o que garantiria a questão financeira do jovem casal.
Em suma: a variável classismo inglês não é determinante na história do jovem casal. Determinante é a época, e como eram os costumes daquela época. Moça de família necessariamente casa virgem; namorados não devem chegar a intimidades sexuais antes do casamento. E lua de mel tem que ser em um bom lugar, um local fino, de respeito.
Todas essas informações, esses fatos, como Florence e Edward se conheceram (em um evento na universidade, estudantes contra as bombas atômicas), como foi o namoro, como são suas famílias, tudo isso o espectador vê em flashbacks.
Os fatos centrais, a base da ação – tudo se passa no dia do casamento, nos momentos seguintes à festa. Na praia de Chesil, para onde o casal vai e se hospeda em um bom hotel logo após a cerimônia – em que tudo correu bem, como os dois comentam; até mesmo Marjorie, a mãe louca dele, se comportou!
A base da ação, a narrativa – repito, insisto -, tudo é no dia do casamento, no final de tarde e na noite que demora a chegar no verão. Não vemos nada da cerimônia em si – ela não interessa. O que interessa é o que vem logo depois, no início da lua de mel.
E volta e meia há um flashback. Ian McEwan reproduziu no roteiro do filme exatamente a forma com que montou a narrativa no romance.
Os mais jovens terão dificuldade para compreender
Edward e Florence passeiam pela praia de Chesil, pisando nos seixos (não há areia naquela praia da região de Dorset, no Sudoeste da Grâ-Bretanha, na costa do Canal da Mancha), vestidos como se estivessem em uma festa – ele de terno e gravata, ela em belo, fino vestido verde claro.
Pisam nos seixos da praia com sapatos sociais.
Ordenam o jantar no quarto do hotel – ainda e sempre vestidos como se estivessem em uma festa.
Tout comme il faut. Como mandam as regras. Como é o costume nas pessoas de boa classe social.
As regras, os costumes, o comportamento, tudo muda com o tempo – e às vezes mudam radical e rapidamente. Muita gente definiu aquela década de 1960 como os anos que mudaram tudo. E de fato mudaram, se não tudo, quase tudo. Quando os anos 1960 terminaram, depois da pílula anticoncepcional, dos avanços do feminismo, da explosão da contracultura, da difusão do amor livre, já era difícil imaginar um casal chegando virgem ao casamento, como aconteceu com Florence e Edward – a não ser talvez na Sicília e nos países muçulmanos.
Platéias mais jovens, hoje, talvez tenham grande dificuldade para compreender o que Edward e Florence enfrentam no quarto do hotel em que estão finalmente a sós na primeira noite de sua lua de mel.
As gerações que tiveram seus primeiros namoros e suas primeiras experiências sexuais nos anos 50 e início dos anos 60 – como a de Florence e Edward, a de Ian McEwan, a minha – poderiam dizer para os que vierem depois os versos de Bertold Brecht:
Vocês, que emergirão do dilúvio
Em que afundamos
Pensem
Quando falarem de nossas fraquezas
Também nos tempos negros
De que escaparam.
Na sua prosa de extrema beleza, Ian McEwan escreveu, na tradução de Bernardo Carvalho para a edição brasileira da Companhia das Letras de Na Praia:
“Tudo aquilo que ela precisava era da certeza do amor dele, e da sua garantia de que não havia pressa, pois tinham a vida pela frente. Amor e paciência – se pelo menos ele tivesse conhecido ambos ao mesmo tempo – certamente os teriam ajudado a vencer as dificuldades. (…) É assim que todo o curso de uma vida pode ser desviado – por não se fazer nada.”
Meu Deus, que frase! “É assim que todo o curso de uma vida pode ser desviado – por não se fazer nada.”
Quando On Chesil Beach, o filme, foi distribuído em 2017, exatos dez anos após o lançamento do romance, a tagline, a frase usada na divulgação e promoção foi exatamente esta, mostra o IMDb: “This is how the entire course of a life can be changed: by doing nothing”.
Ian McEwan queria Saoirse Ronan como Florence
Houve um momento, nos dez anos entre o lançamento do livro e o do filme, em que se pensou em Sam Mendes como diretor e Carey Mulligan no papel de Florence, segundo conta o IMDb. Sam Mendes é um extraordinário realizador, com grandes filmes no currículo – Beleza Americana (1999), Estrada Para Perdição (2002), Foi Apenas um Sonho (2008), 1917 (2019). E Carey Mulligan é uma atriz excepcional, com interpretações impressionantes em belos filmes – Educação (2009), Entre Irmãos (2009), Não Me Abandone Jamais (2010), Longe deste Insensato Mundo (2015), As Sufragistas (2015), Collateral (2018), A Escavação (2021).
Teriam feito seguramente um belo filme o diretor Sam Mendes e Carey Mulligan. Mas que bom que, quando o filme de fato foi feito, o papel de Florence ficou com Saoirse Ronan, esse fenômeno, essa coisa absolutamente extraordinária.
Consta – está também no IMDb – que já em 2014, três anos antes de o filme ser produzido, Ian McEwan declarou publicamente que gostaria que Florence fosse interpretada por Saoirse Ronan.
A menina Saoirse Ronan tinha 13 anos de idade quando foi lançado Atonement, no Brasil Desejo e Reparação, em 2007 – por coincidência, o ano em que saiu o livro On Chesil Beach. Ela interpretava Briony Tallis, a adolescente de 13 anos, e muita imaginação e pouco apego à verdade dos fatos que jura ter visto sua irmã Cecilia fazendo carícias proibidas com o namorado Robbie – e com isso destrói as vidas dos dois.
Só tem importância para mim mesmo, mas registro que Reparação e Na Praia foram os primeiros livros de Ian McEwan que eu li (assim como Mary), ainda em 2008. E foram dois casos de paixão fulminante: pelos livros de Ian McEwan e pelos filmes com Saoirse Ronan.
No final de 2022, aos 28 anos de idade, ela colecionava 68 prêmios, 189 indicações no total – inclusive quatro ao Oscar e cinco ao Bafta
Deu vontade de registrar os filmes dessa atriz fora de série que já foram comentados aqui no + de 50 Anos de Filmes. Lá vai.
2007 | Atos Que Desafiam a Morte/Death Defying Acts |
2009 | Um Olhar do Paraíso/The Lovely Bones |
2010 | Caminho da Liberdade/The Way Back |
2011 | Hanna |
2012 | Byzantium: Uma Vida Eterna/Byzantium |
2013 | A Hospedeira/The Host |
2013 | Minha Nova Vida/How I Live Now |
2015 | Estocolmo, Pensilvânia/Stockholm, Pensylvannia |
2015 | Brooklyn |
2017 | Ladybird: A Hora de Voar/Ladybird |
2017 | Na Praia de Chesil/On Chesil Beach |
2018 | Duas Rainhas/Mary Queen of Scots |
2020 | Amonite |
É, já vi alguns filmes com Saoirse Ronan…
Não me lembrava, no entanto, de Billy Howle, o jovem ator que interpreta Edward. O problema, obviamenrte, é meu. Falha minha. Billy Howle, inglês de Stoke-on-Trent, nascido em 1989, graduou-se em 2013 pela Bristol Old Vic Theatre School, e, entre 2014 e 2022, fez 18 filmes e/ou séries. Esteve em O Sentido do Fim (2017), Dunkirk (2017), na minissérie O Paraíso e a Serpente 2021).
O rapaz enfrenta o duelo com Saiorse Ronan de igual para a igual. Fiquei impressionadíssimo, boca aberta, queixo caído.
Quanto a Ian McEwan…
Vários romances do grande escritor já foram transformados em filmes – e ele mesmo escreveu também os roteiros de alguns deles. Aqui vai um quadro com as obras de McEwan e os filmes baseados nelas:
Ano copyright /
Ano Brasil |
Os livros | Filmes |
1975 | Primeiro Amor, Últimos Ritos / First Love, Last Rites | First Love, Last Rites. 1997, de Jesse Peretz, com Natashja Gregson Wagner |
1978 | Entre os Lençóis / In Betweeen The Sheets | |
1978 | O Jardim de Cimento / The Cement Garden) | The Cement Garden, 1993, de Andrew Birkin, com Charlotte Gainsbourgh |
1981 | Ao Deus-Dará / The Comfort of Strangers | |
1981 | The Imitation Game | |
1983 | Or Shall We Die? | |
1985 | Rose Blanche | |
1985 | The Ploughsman’s Lunch | The Ploughsman’s Lunch, 1983, de Richard Eyre, com Jonathan Pryce |
1987 / 2018 | A Criança no Tempo / The Child in Time | The Child in Time, 2017, de Julian Farino, com Benedict Cumberbatch,Kelly Macdonald |
1988 | Soursweet | Soursweet, 1988, de Mike Newell, com Sylvia Chang |
1989 / 1992 e 2009 | O Inocente / The Innocent | O Inocente / The Innocent, 1993, de John Schlesinger, com Anthony Hopkins, Isabella Rossellini |
1992 / 2021 | Cães Negros / Black Dogs | |
1994 | O Sonhador / The Daydreamer | |
1997 | Amor Sem Fim / Enduring Love | Amor Obsessivo / Enduring Love, 2004, de Roger Mitchell, com Daniel Craig, Samantha Morton |
1998 / 1998 e 2012 | Amsterdam / Amsterdam | |
2001 / 2006 | Reparação / Atonement | Desejo e Reparação /Atonement, 2007, de Joe Wright, com James McAvoy, Keira Knightley, Saoirse Ronan |
2005 / 2006 | Sábado / Saturday | |
2007 / 2007 | Na Praia / On Chesil Beach | On Chesil Beach, 2017, de Dominic Cooke, com Saoirse Ronan, Billy Howle |
2010 / 2010 | Solar / Solar | |
2012 / 2012 | Serena / Sweet Tooth | |
2014 / 2014 | A Balada de Adam Henry / The Children Act | Um Ato de Esperança / The Children Act, 2017, de Richard Eyre |
2016 / 2016 | Enclausurado / Nutshell | |
2019 / 2019 | Máquinas Como Eu e Gente como Você/Machines Like Me and People Like You |
Nem crítica nem público adoraram o filme
No site agregador de opiniões Rotten Tomatoes, o filme não aparece com aprovação muito ampla. Entre os 170 críticas anotadas pelo site, o filme teve 68% de notas positivas. Entre os eleitores, a aprovação é de 61%. O “consenso da crítica” resumido pelo site, no entanto, é muito bom: “On Chesil Beach apresenta uma adaptação com boas atuações e solidamente realizada de uma pequena porém ressonante história, com um subtexto rico”.
O site RogerEbert.com, que tenta preservar o legado do excelente crítico, não gostou do filme: deu a ele apenas 1,5 estrelas em 4. Transcrevo um trecho da crítica assinada por Sheila O’Malley:
“Se alguém é o culpado, no livro de McEwan, é a sociedade repressiva, tão assustada com o sexo que mantém todo mundo no escuro sobre as funções humanas mais básicas. On Chesil Beach não é o melhor McEwan, mas o tom do livro é a chave de por que ele funciona. Como você transfere aquele tom para um filme? Como você transmite o senso adequado de distância, de tal forma que os personagens sejam não apenas indivíduos, mas representantes de um tempo e lugar, a Inglaterra antes da revolução sexual dos anos 60? Ian McEwan, que escreveu o roteiro do filme, dirigido por Dominic Cooke, não resolveu esse problema. O filme é bastante fiel ao livro (exceto por uma ou duas cenas horrorosas inventadas no fim), e mesmo assim muita coisa é perdida na adaptação.”
Todo mundo tem direito a ter sua opinião.
Quanto a “cenas inventadas no fim”… Basicamente, o que está no livro está no filme. Há um elemento diferente do livro no final, de fato – um elemento importante, mas apenas um elemento.
Na minha opinião, é um belo filme – extraordinariamente sensível, apavorantemente triste. Belo. Muito belo.
Anotação em fevereiro de 2023
Na Praia de Chesil/On Chesil Beach
De Dominic Cooke, Reino Unido, 2017
Com Billy Howle (Edward Mayhew),
Saoirse Ronan (Florence Ponting)
e Anne-Marie Duff (Marjorie Mayhew, a mãe de Edward), Adrian Scarborough (Lionel Mayhew, o pai de Edward), Mia Burgess (Harriet Mayhew, irmã de Edward), Anna Burgess (Anne Mayhew, irmã de Edward), Emily Watson (Violet Ponting (a mãe de Florence), Samuel West (Geoffrey Ponting, o pai de Florence), Bebe Cave (Ruth Ponting, a irmã de Florence), Andy Burse (garçom no hotel), Rasmus Hardiker (garçom no hotel), John Ramm (Terrya, carteiro), Barney Iley (Timothy), Mark Donald (Charles, o colega do quarteto), Imogen Daines (Jenny), Molly Miles (Sonia), Victoria Hamnett (Elsbeth), Marianne Cecil (Florence criança), Martin Bassindale (Harold), Daniel Boyd (Jack), Oliver Johnstone (Ted), Philip Labey (Bob), Christopher Bowen (capitão do time de críquete), Anton Lesser (reverendo Woollet)
Roteiro Ian MeEwan
Baseado em seu romance homônimo
Fotografia Sean Bobbit
Música Dan Jones
Montgagem Nick Fenton
Desenho de produção Suzie Davies
Casting Nina Gold
Figurinos Keith Madden
Produção Elizabeth Karlsen, Stephen Woolley, BBC Films,
Number 9 Films, Golan Films.
Cor, 110 min (1h50)
***1/2
Bom dia, Sérgio! Assisti ao filme e as minhas impressões foram exatamente iguais às suas. Um filme fantástico, porém triste, muito triste, talvez só inteiramente compreensível para quem viveu aquela época.