Sedução da Carne / Senso

Nota: ★★★☆

Senso, no Brasil Sedução da Carne, de 1954, foi o quarto dos 14 longa-metragens que Luchino Visconti realizou. Foi saudado, de imediato e de forma praticamente unânime, como uma obra-prima.

Assim como O Leopardo/Il Gattopardo, que viria nove anos depois, em 1963, é uma adaptação de obra literária sobre a época das lutas pela unificação da Itália, o Risorgimento

O Leopardo se baseia no romance homônimo lançado em 1958 por Giuseppe Tomasi di Lampedusa, sobre a decadência da aristocracia da Sicília durante o Risorgimento. De aristocracia e de Sicília Lampedusa (1896-1957) entendia muito bem: nasceu em Palermo, filho de Giulio Maria Tomasi, príncipe de Lampedusa,

De aristocracia Luchino Visconti di Modrone (1906-1976) também era expert: nasceu em Milão, filho do duque de Modrone, herdeiro de uma das famílias mais ricas do Norte da Itália.

E é no Norte da Itália, especificamente em Veneza, que se passa a história de Senso, um dos nove contos de livro deste nome publicado pela primeira vez em Milão em 1883, da autoria de Camillo Boitto (1836-1914), que, além de escritor, era também arquiteto, historiador, crítico de arte e especialista em restauro.

O conto de Camillo Boito é sobre uma jovem aristocrata de Veneza, a condessa Livia Serpieri, que, em 1866, contra a vontade do marido, um colaborador dos invasores austríacos, era favorável à luta contra o exército estrangeiro e pela unificação da Itália. No entanto, a condessa se apaixona por um tenente austríaco, Franz Mahler, e acaba traindo não apenas o marido, mas também todas as suas convicções, a terra em que nasceu, seus compatriotas – e a si mesma.

Dois atores que antes haviam trabalhado com Hitchcock

Para o papel da condessa Livia, Visconti escolheu Alida Valli. Uma bela escolha, como tantas outras que fez na vida.

(Só para lembrar, bem rapidinho: Visconti dirigiu, ao longo de sua carreira de 33 anos como realizador, algumas das mais importantes – e mais belas – atrizes do cinema mundial. Romy Schneider, Anna Magnani, Silvana Mangano, Annie Girardot, Claudia Cardinale, Maria Schell, Ingrid Thulin, Laura Antonelli.)

A beleza e o talento de Alida Maria Laura von Altenburger (1921-2006) fizeram com que o produtor David O. Selznick, um contumaz importador de talentos estrangeiros, como Alfred Hitchcock e Ingrid Bergman, a levasse para Hollywood, no final dos anos 40, onde foi anunciada como “a próxima Garbo”. Na sua temporada americana, fez pelo menos dois filmes importantes, Agonia de Amor/The Paradine Case (1947), de Hitchcock, ao lado de Gregory Peck, e O Terceiro Homem, de Carol Reed (1949), ao lado de Orson Welles – mas em 1951 voltou para a Itália, onde todos os grandes diretores tinham papéis para ela.

Para fazer o tenente austríaco Franz Mahler, Visconti fez uma aposta, se não arriscada, no mínimo um tanto estranha. Chamou o americano Farley Granger, que tinha já no currículo dois trabalhos com Alfred Hitchcock, Festim Diabólico/Rope (1948) e Pacto Sinistro/Strangers on a Train (1951).

Antes mesmo de ver Senso (pela primeira vez na vida – era uma das minhas muitas falhas, lacunas), pensei nessa coincidência interessante: nos dois papéis centrais do filme estavam atores que havia sido dirigidos por Hitch.

Há o nome de outro americano nos créditos de Senso: o do dramaturgo Tennessee Williams (1911-1983), o autor de mais de uma dezena de peças que foram transformadas em filmes de grande sucesso em especial nos anos 50 e 60. (A lista fantástica inclui, para dar uns poucos exemplos, Uma Rua Chamada Pecado (1951), De Repente, no Último Verão (1959), Vidas em Fuga e Doce Pássaro da Juventude (1962),

Tennessee Williams e Paul Bowles aparecem nos créditos como sendo colaboradores na criação dos diálogos.

O cinema italiano tem uma tradição de ter argumentos e roteiros assinados por vários autores. É bem raro haver um único nome como os autores de sogertto e sceneggiatura.

Tanto o argumento, sogetto, quando o roteiro, sceneggiatura, deste Senso é creditado a Luchino Visconti e Suso Cecchi D’Amico – esta, uma das maiores roteiristas de todos os tempos, 130 títulos na filmografia, ao lado dos principais nomes do cinema italiano, como, além do próprio Visconti, com quem trabalhou em diversos filmes, também Michelangelo Antonioni, Vittorio De Sica, Mario Monicelli, Francesco Rosi, Franco Zeffirelli…

Soggeto e sceneggiatura de Luchino Visconti e Suso Cecchi D’Amico – mas com a colaboração de Carlo Alianello, Giorgio Bassani e Giorgio Prosperi, esclarecem os créditos iniciais. Mais Tennessee Williams e Paul Bowles como colaboradores nos diálogos.

Em parte, um épico, em parte, um melodramão

Essa grande quantidade de mãos criou, a partir do conto original de Camillo Boito publicado lá atrás, em 1883, uma trama e um roteiro que misturam – como boa parte dos grandes filmes – uma história de amor com os acontecimentos da Grande História por trás. O micro e o macro, entrelinhados, interligados.

Senso é um filme grandioso, um épico, uma superprodução. Já abre gigantesco, glorioso, operístico: num fantástico teatro lotado, naquele formato do Scala de Milão, copiado pelos Municipais do Rio e de São Paulo, apresenta-se a ópera Il Trovatore, de Giuseppe Verdi. Oficiais do Império Áustro-Húngaro, em impecáveis uniformes de gala brancos feito a neve, lotam a platéia. Subversivos nacionalistas, anti-domínio estrangeiro, no entanto, invadem o teatro, soltam panfletos dos camarotes mais altos, gritam palavras de ordem, convocam todos à luta.

Entre os nacionalistas está o marquês Roberto Ussoni (o papel de Massimo Girotti), primo da condessa Livia – e seu amigo íntimo e querido.

No seu vigor patriótico, Ussoni acaba trombando com um oficial austríaco, o tenente Franz Mahler – e marcam um duelo.

Ao saber disso, Livia, que está num camarote com o marido colaboracionista e altos oficiais austríacos, diz que gostaria de conhecer o tenente Mahler, de quem tanto se fala ali em Veneza. A intenção dela, claro, é tentar fazer charme para o austríaco e tentar dissuadi-lo a duelar com Ussoni.

E assim ficam se conhecendo a bela condessa vêneta e o charmoso tenente austríaco.

O filme então mergulha na história do amor desses dois. Do início operístico, grandioso, Senso passa a ficar concentrado naquele dramalhão da condessa que perde a cabeça, a razão, o senso do ridículo, o senso de qualquer coisa por um tenentezinho estrangeiro, invasor, inimigo.

Deixa de ser afresco para ser retrato. De ópera, vira um dueto – ou talvez um quarteto – um tanto desajeitado.

Para depois de um bom tempo nessa história de uma mulher que aceita se submeter à vergonha, à ignomínia, para lembrar de um termo bem apropriado para aquele melodrama, voltar à tona, assumir de novo o ar grandioso, épico, em magistrais sequências de grandes planos gerais, a guerra deflagrada.

São sequências e mais sequências e tomadas de uma beleza visual estonteante.

Visconti e Akira Kurosawa são talvez os cineastas que mais genialmente souberam encenar tomada por tomada, seja de algumas poucas pessoas em interiores, seja de multidões ao ar livre.

Os travellings que a câmara de Visconti faz nos campos do Norte da Itália, mostrando dezenas e dezenas e dezenas de extras fazendo o papel de soldados, são daquelas coisas mais belas de que o cinema é capaz.

Essas fantásticas sequências da guerra dos italianos contra o exército do Império Áustro-Húngaro, quando Senso vai se aproximando do fim, me fizeram lembrar de Guerra e Paz – na verdade, de duas das versões de Guerra e Paz, o de King Vidor, lançado apenas dois anos depois deste Senso, produzido pela união de Carlo Ponti, Dino de Laurentiis e Paramount Pictures, e filmado exatamente ali na Itália, e o soviético, a produção mais cara do cinema soviético, dirigida por Sergei Bondarchuk, um mestre das sequências de batalhas.

As sequências magistrais da guerra, nessa parte final do filme, deixaram em um mim uma sensação clara de que ninguém envolvido ali no conflito sabia muito bem o que estava acontecendo, o que cada lado deveria fazer.

Sim, claro, é uma exposição clara do horror da guerra, de qualquer guerra. Mas é mais. É uma demonstração clara de que tudo aquilo é absolutamente insano, louco, demente: ninguém sabe direito o que está fazendo, o que deve fazer.

Não sei se essa foi a intenção de Visconti – mas foi o que senti.

E, pelo que dá para ler sobre aquela guerra, parece que tudo era muito confuso. Exatamente como o filme pretende mostrar, e mostra, havia de um lado um exército bem preparado, profissional – o austríaco. Do outro lado, havia o exército da Itália que lutava para se unificar e também um bando de guerreiros avulsos, sem grande treinamento, e sem coordenação.

Não há nada mais anti neo-realismo do que Senso

Um filme grandioso, um épico, uma superprodução. Que já abre gigantesco, glorioso, operístico – e, mais para o final, volta a ser assim, um grandioso, gigantesco, glorioso, operístico painel, um afresco cheio de cores vivas, vibrantes.

Não poderia haver nada mais anti neo-realismo do que Senso.

O neo-realismo italiano – provavelmente o mais importante movimento da História do cinema – havia surgido nos escombros da Itália do pós-guerra, e era pobre, simples, como a Itália destruída pelos anos de fascismo e de guerra. Era um cinema feito longe dos estúdios, nas ruas, ao ar livre; seus personagens eram os pobres, os miseráveis, os sem-teto, os sem-trabalho. Era um cinema necessariamente, obrigatoriamente focado nas pessoas – não nas multidões. Necessariamente, obrigatoriamente em preto-e-branco.

Senso era o mais puro, o mais violento anti neo-realismo que se poderia imaginar.

A protagonista era uma condessa. Tudo era grande, com dezenas, centenas de extras, do teatro ao campo de batalha.

E era colorido.

Os créditos iniciais informam: era Technicolor, a técnica que, naquele ano de 1954, só os grandes estúdios de Hollywood utilizavam.

Fiquei pensando sobre essa coisa da cor, depois que vimos agora Senso, 66 anos depois de seu lançamento.

Creio que Senso foi um dos primeiros filmes em cores de um grande diretor europeu.

OK: Os Sapatinhos Vermelhos, da dupla inglesa Michael Powell- Emeric Pressburger, de 1948, é em cores. Uma Mulher de Outro Mundo/Blithe Spirit, de David Lean, de 1945, é em cores – e esses dois filmes perderiam demais se fossem em preto-e-branco, por razões óbvias. E seguramente há muitos outros.

Mas esses são exceções. De uma maneira geral, os grandes cineastas europeus só migraram para as cores bem depois de Visconti ter feito este Senso.

Em 2015 – diacho, já lá se vão cinco anos –, fiz um texto mostrando que foi na década de 60 que o cinema de fato se tornou colorido.

Lá eu dizia que François Truffaut ficou colorido em Fahrenheit 451, de 1966 – depois de quatro filmes P&B. Mas ele depois voltaria ao P&B em O Garoto Selvagem, de 1970, e depois em Vivement Dimanche!, no Brasil De Repente, num Domingo, seu canto do cisne, de 1983.

Federico Fellini só se rendeu à cor em seu episódio de Boccaccio ’70, de 1962. Voltou ao P&B, em Oito e Meio (1963), mas a partir de Giulietta dos Espíritos (1965) ficou de vez na cor.

O próprio Visconti, que eu me lembre, depois de Senso só voltaria às cores em seu episódio em Boccaccio ’70, de 1962, e em seguida O Leopardo, de 1963 – mas voltaria ao P&B em Vagas Estrelas da Ursa (1965).

Michelangelo Antonioni fez Il Deserto Rosso em 1964, logo depois da trilogia da incomunicabilidade. Sem dúvida A Aventura, A Noite e O Eclipse (1961, 1962, 1963, respectivamente) não poderiam ter existido se tivessem sido feitos em cores. Não teria qualquer sentido mostrar a incomunicabilidade colorida. Assim como não teria sentido um deserto vermelho em filme P&B.

Não consigo me lembrar qual foi o primeiro filme em cores de Ingmar Bergman – mas seguramente foi só nos anos 60.

Senso, de fato, foi um filme decididamente anti neo-realismo.

“Um melodrama no sentido nobre do termo na Itália”

Faço aqui uma rapidíssima digressão: meu, como os textos se escrevem, independentemente do autor. Eu pretendia, logo após a abertura em que apresentei os fatos básicos e genéricos sobre o filme, passar imediatamente para as loas dos doutos críticos – e só bem depois falar um pouco das minhas impressões. Mas os textos são que nem a roda-viva do Chico: eles carregam a gente para onde querem.

Eis que chegou a roda-viva, e me vi escrevendo um bando de coisas antes de transcrever as loas dos doutros críticos.

Lá vão elas.

Diz Claude Beylie no livro As Obras-Primas do Cinema:

“Este filme é, antes de mais nada, um suntuoso melodrama, no sentido nobre que este termo tem na Itália: grande drama musical, que mescla paixões privadas com pano de fundo histórico. Luchino Visconti, familiarizado com as encenações teatrais (ele acabava de dirigir La Vestale de Spontini, no Scala, quando empreendeu Sedução da Carne), tira daí sua inspiração, cada vez mais distante do neo-realismo: ‘Jogo com os sentimentos expressos em Il Trovatore por cima da ribalta numa história de guerra e rebelião’, diz ele. Em contraponto com a visão marxista de uma época em crise, assistimos à decadência de uma mulher. O próprio título (Senso = sentido) é ambíguo: ele designa tanto os (amargos) prazeres dos sentidos, quanto o sentido profundo da história.”

“Visão marxista.”

É necessário lembrar, registrar: o aristocrata Luchino Visconti era um marxista. Toda a sua extraordinária obra reflete uma visão marxista da História, da vida.

O grande Georges Sadoul, autor de uma maravilhosa História do Cinema Mundial que o adolescente Sérgio Vaz leu como os muçulmanos lêem o Corão, fez um verbete que não acaba nunca mais sobre Senso em seu Dicionário de Filmes.

“Um dos mais belos filmes italianos, tipo do grande cine-ópera de cores suntuosas e expressivas, abrindo com uma homenagem a Verdi: uma de suas óperas provoca as manifestações dos italianos contra os austríacos. O aristocrata Visconti reproduz um quadro cruel da aristocracia corrompida e decadente; seu oficial austríaco é ignóbil, sua condessa digna de pena. Mas trata-se também, e sobretudo, de mostrar o Risorgimento, um povo lutando por sua liberdade nacional.”

Impossível não transcrever também o parágrafo seguinte, informativo e fundamental para se tentar compreender o filme:

“A infeliz batalha travada pelas tropas italianas devia ser o centro do filme, onde se via um jovem marquês (Massimo Girotti) pedir em vão a seus superiores que aproveitassem as forças populares. Esses episódios foram cortados pela censura italiana, e o filme ficou com isso meio desequilibrado, sem que o destino trágico dos dois amantes deixasse no entanto de estar ligado ao da nação.”

Sadoul termina com mais informações:

“Esta produção de vultoso orçamento teve apenas um sucesso medíocre, e no início passou quase despercebida na França, onde depois foi considerada pelos cinéfilos um grande clássico.”

O magnífico Guide des Films de Jean Tulard não poderia ser mais superlativo: “L’un des plus beaux films de l’histoire du cinéma”.

”Um dos mais belos filmes da história do cinema. Da grande ópera (é significativo que o filme abra com La Trouvère), uma página da unidade italiana reconstituída com o cuidado de um antiquário, uma paixão devoradora e trágica que traduz musicalmente a Sétima Sinfonia de Bruckner, um fim extraordinário que conduz das cortinas vermelhas do início ao muro de Verona sobre o qual vai se esmagar uma salva na noite. Além do admirável trabalho de Visconti e sua equipe, é necessário elogiar também a interpretação deslumbrante de Alida Valli e de Farley Granger, De um lado, a beleza frágil, ameaçada pela idade e que a paixão desfigura, a de Alida Valli; do outro, uma beleza que, uma vez removido o uniforme, revela sua fraqueza, a de Farley Granger. Despercebido no lançamento, o filme é reconhecido hoje como uma obra-prima.”

Uau!

Momentos de grande beleza, é verdade. Mas…

Euzinho aqui no meu cantinho acho os textos desses grandes mestres elogiando Senso maiores do que o próprio filme.

Claro, o filme tem grandeza, tem momentos de grande beleza, como falei acima.

Mas, para mim, é uma grande encenação em cima de uma historinha de amor desagradável, sem qualquer encanto. Um melodramão com uma protagonista linda mas que não atrai qualquer simpatia; uma pessoa fraca, débil, que trai tudo aquilo de que gostava por causa de uma paixão por um sujeito babaca, idiota, abjeto.

Anotação em dezembro de 2020      

Sedução da Carne/Senso

De Luchino Visconti, Itália, 1954

Com Alida Valli (condessa Livia Serpieri),

Farley Granger (tenente Franz Mahler)

e Massimo Girotti (marquês Roberto Ussoni, primo de Livia), Heinz Moog (conde Serpieri, o marido de Livia), Rina Morelli (Laura, a governanta), Christian Marquand (oficial), Sergio Fantoni (Luca), Tino Bianchi (capitão Meucci), Ernst Nadherny (o comandante da praça de Verona), Tonio Selwart (coronel Kleist), Marcella Mariani (Clara, a prostituta)_

Roteiro Luchino Visconti e Suso Cecchi D’Amico

Com a colaboração de Carlo Alianello, Giorgio Bassani e Giorgio Prosperi

E com a colaboração, nos diálogos, de Tennessee Williams e Paul Bowles

História de Luchino Visconti e Suso Cecchi D’Amico    

Baseado no romance de Camillo Boito       

Fotografia G.R. Aldo    

Montagem Mario Serandrei

Direção de arte Ottavio Scotti

Assistentes de direção Francesco Rosi e Franco Zeffirelli

No DVD. Produção Domenico Forges Davanzati. DVD Versátil.

Cor, 123 min (2h03)

***

Título na França: Senso. Em Portugal: Sentimento.

5 Comentários para “Sedução da Carne / Senso”

  1. Concordo com vc, Sérgio. O filme é maravilhoso, mas a história de amor é desanimadora. O tal do tenente austríaco é patético, não dá para se comover com a condessa sem eira nem beira. Visconti queria inicialmente Ingrid Bergman e Marlon Brando nos papéis centrais. Rossellini vetou Ingrid e Brando pediu uma fortuna. Valli está maravilhosa, é uma grande atriz, mas o filme com Brando cresceria ainda mais. Nunca curti Granger, um ator limitado e histérico.

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