A Canção da Estrada / Pather Panchali

4.0 out of 5.0 stars

A Canção da Estrada é uma beleza, um grande filme. Um retrato impressionante, emocionante, sobre a vida duríssima, miserável, triste, de uma família no interiorzão da Bengala Ocidental, nos anos 1920, quando todo o Subcontinente Indiano era possessão britânica. Um filmaço – mas é muito mais que isso. Continue lendo “A Canção da Estrada / Pather Panchali”

Interlúdio / Notorious

4.0 out of 5.0 stars

Notorious, no Brasil Interlúdio, de 1946, é o longa-metragem número 32 dos 53 que Alfred Hitchcock realizou. O décimo-primeiro depois que trocou a Inglaterra natal pelos Estados Unidos. O segundo dos três em que dirigiu Ingrid Bergman, o rosto mais belo que já passou diante de uma câmara de cinema. O segundo dos quatro com Cary Grant. Uma obra-prima, uma maravilha. Continue lendo “Interlúdio / Notorious”

Mulheres da Noite / Yoru no onnatachi

3.5 out of 5.0 stars

Kenji Mizoguchi abre seu filme Mulheres da Noite com uma magistral, impressionante tomada panorâmica de um trecho de Osaka. Enquanto vão rolando os créditos iniciais, a câmara vai fazendo um suave movimento para a esquerda, e então vamos vendo, ao longo de quase 360 graus, um panorama geral de uma das duas maiores metrópoles do Japão, naquele ano de 1948, o ano de lançamento do filme – menos de 3 anos apenas após a rendição do império que selou o fim definitivo da Segunda Guerra Mundial. Continue lendo “Mulheres da Noite / Yoru no onnatachi”

À Meia-Luz / Gaslight e À Meia-Luz / Gaslight

0.0 out of 5.0 stars 2.5 out of 5.0 stars

À Meia-Luz/Gaslight, de 1944, é uma caprichada e aclamada produção de Hollywood, com diretor e atores de prestígio – George Cukor e Ingrid Bergman, Charles Boyer, Joseph Cotten. Teve nada menos que 7 indicações ao Oscar, inclusive o de atriz coadjuvante para Angela Lansbury em sua estréia no cinema, aos 17 anos de idade – e marcou o primeiro dos 3 Oscars da carreira de Ingrid. Continue lendo “À Meia-Luz / Gaslight e À Meia-Luz / Gaslight”

Dias de Ira / Vredens Dag

4.0 out of 5.0 stars

Caça às bruxas – e não se trata de força de expressão. É caça às bruxas literalmente. Uma senhora idosa torturada brutalmente diante de um tribunal eclesiástico para que confesse seu pacto com o diabo. A acusada sendo jogada viva na fogueira, e os religiosos dizendo que é para a glória de Deus. Continue lendo “Dias de Ira / Vredens Dag”

Obsessão / Ossessione

3.5 out of 5.0 stars

É quase um milagre que Obsessão/Ossessione tenha sido feito, que exista. O filme foi pensado, rodado e produzido em 1942, sob a censura férrea do fascismo de Mussolini, a Itália em plena guerra, ao lado de Alemanha e Japão contra praticamente o resto do mundo. E era tudo, tudo o que o fascismo não queria ver em um filme italiano. Continue lendo “Obsessão / Ossessione”

Espelhos d’Alma / The Dark Mirror

3.5 out of 5.0 stars

Espelhos d’Alma/The Dark Mirror, drama policial-psicológico de 1946, foi indicado ao Oscar de melhor história original. Não levou o prêmio, que ficou com Longe dos Olhos/Perfect Strangers, de Alexander Korda, mas dane-se o Oscar: a história do filme é uma absoluta maravilha, uma sacada brilhante. Continue lendo “Espelhos d’Alma / The Dark Mirror”

Vive-se Uma Só Vez / You Only Live Once

3.0 out of 5.0 stars

Fazia apenas três anos que Clyde Barrow e Bonnie Parker haviam morrido quando Fritz Lang fez e lançou seu segundo filme americano, You Only Live Once, no Brasil Vive-se Só Uma Vez, em 1937. Ao longo das várias décadas seguintes, historiadores, estudiosos, críticos diriam que o filme se baseia – embora muito vagamente – na história de Bonnie & Clyde, o casal de assaltantes de bancos mais famoso dos tempos da Grande Depressão.  Continue lendo “Vive-se Uma Só Vez / You Only Live Once”

Ser ou Não Ser / To Be or Not To Be

4.0 out of 5.0 stars

Ser ou Não Ser, de Ernst Lubitsch, é um filme absolutamente brilhante. Tem inteligência faiscando, como no mais feérico show de fogos de artifício. Mas cometeu um crime: fez graça com a tragédia do nazismo no momento exato em que o Eixo – Alemanha, Itália e Japão – estava em guerra contra praticamente o resto do mundo. Continue lendo “Ser ou Não Ser / To Be or Not To Be”

Quando Fala o Coração / Spellbound

O dr. Sigmund Freud, de Viena, o pintor surrealista espanhol Salvador Dali, o londrino Alfred Hitchcock, a sueca Ingrid Bergman, o húngaro Miklós Rózsa, mais os americanos David O. Selznick, Ben Hecht e Gregory Peck juntaram esforços em Hollywood, em 1945, o ano em que terminou a Segunda Guerra Mundial, para contar a história de como a mais bela psiquiatra que já houve ou haverá no mundo se apaixonou perdidamente por um homem que se dizia um assassino. Continue lendo “Quando Fala o Coração / Spellbound”

Soberba / The Magnificent Ambersons

4.0 out of 5.0 stars

É possível que The Magnificent Ambersons, no Brasil Soberba, de 1942, tivesse sido um filme genial, uma obra-prima, dos mais belos filmes da História. Não dá para se saber: o filme foi picotado, reeditado, sem a presença e a autorização de seu realizador, Orson Welles. Acrescentaram coisas que o diretor não fez, criariam até uma espécie de happy ending. Continue lendo “Soberba / The Magnificent Ambersons”

Grisbi, Ouro Maldito / Touchez Pas Au Grisbi

3.0 out of 5.0 stars

Touchez Pas Au Grisbi, no Brasil Grisbi, Ouro Maldito, que Jacques Becker lançou em 1954, fala sobre gângsteres, e tem, sim, rajadas de metralhadora. Mas é um filme em que o ambiente, o clima importam a rigor mais que a trama. E, como maravilhosamente definiu o historiador Georges Sadoul, é sobretudo um filme sobre a amizade e a chegada da velhice. Continue lendo “Grisbi, Ouro Maldito / Touchez Pas Au Grisbi”