A Primavera de Praga ainda estava longe de começar e o comunismo na Checoslováquia era rigidamente satélite da União Soviética quando, em 1963, Vojtech Jasný realizou Um Dia, Um Gato. Continue lendo “Um Dia, Um Gato / Az pprijde kocou”
Charada em Veneza / The Honey Pot
Uma diversão inteligente, elegante, suavemente sofisticada – e extremamente palavrosa, é verdade. Não se poderia esperar nada diferente de Joseph L. Mankiewicz, um dos mais palavrosos, literários dos realizadores americanos, se não for o mais de todos. Continue lendo “Charada em Veneza / The Honey Pot”
Um Gosto de Mel / A Taste of Honey
Que ninguém se engane pelo título: Um Gosto de Mel é mais amargo que jiló. Ou, para usar a expressão dita pelo ministro Carlos Ayres Britto na mesma semana em que revi o filme agora, uns 50 anos depois de vê-lo pela primeira vez: tem “um gosto de jiló, de mandioca-roxa, de berinjela crua”. Continue lendo “Um Gosto de Mel / A Taste of Honey”
A Nau dos Insensatos / Ship of Fools
A Nau dos Insensatos, no original Ship of Fools, foi dirigido por Stanley Kramer, autor de filmes excelentes e importantes, como, para citar apenas dois, Julgamento em Nuremberg e Acorrentados. Tem grandes atores no elenco: Oskar Werner, Simone Signoret, Vivien Leigh, José Ferrer. Continue lendo “A Nau dos Insensatos / Ship of Fools”
Divórcio à Italiana / Divorzio all’italiana
Continua sendo uma delícia ver Divórcio à Italiana, meio século depois que Pietro Germi o realizou – o filme é de 1961. É uma comédia esperta, inteligente, com diálogos gostosíssimos, uma atuação saborosa de Marcello Mastroianni, e ainda tem a beleza estonteante da jovem Stefania Sandrelli, aquela deusa. Continue lendo “Divórcio à Italiana / Divorzio all’italiana”
Paris Vive à Noite / Paris Blues
Paris Vive à Noite, no original Paris Blues, é um filme riquíssimo em informações, qualidades, belezas. Não chega, ao menos na minha opinião, a ser grande filme. Mas como documento tem imenso, fantástico valor. Continue lendo “Paris Vive à Noite / Paris Blues”
Electra / Ilektra
Cerca de 2.370 anos depois que o grego Eurípedes escreveu Electra, seu conterrâneo Michael Cacoyannis transformou a tragédia em um filme de imagens tão belas, fortes, poderosas, que muito possivelmente elas ainda terão admiradores daqui a outros 2.370 anos – se a humanidade não se destruir antes disso, claro. Continue lendo “Electra / Ilektra”
No Calor da Noite / In the Heat of the Night
Um filmaço, este No Calor da Noite, drama policial e sobre racismo de Norman Jewison, com Sidney Poitier e Rod Steiger. Não me lembrava de que era tão bom. Na verdade, não me lembrava de quase nada do filme, que, pelas minhas anotações, só vi uma vez, quando estreou, em 1968, meu primeiro ano em São Paulo. Continue lendo “No Calor da Noite / In the Heat of the Night”
Charity, Meu Amor / Sweet Charity
Charity, Meu Amor/Sweet Charity é uma maravilha, um encanto, uma alegria. Filme de estréia na direção de Bob Fosse, feito em 1969, tem um ou outro defeitinho, um ou outro momento que denota um tom datado. Detalhinhos, coisinhas menores, de somenos importância. É uma beleza de filme, uma explosão de talento. Continue lendo “Charity, Meu Amor / Sweet Charity”
O Grupo / The Group
O Grupo é assim uma espécie de precursor de filmes sobre uma geração, seu universo, seus valores, seus sonhos, seus temores – Sobre Ontem à Noite…/About Last Night…, O Primeiro Ano do Resto de Nossas Vidas/St. Elmo’s Fire, O Reencontro/The Big Chill, Para o Resto de Nossas Novas/Peter’s Friends, Nós Que nos Amávamos Tanto/C’eravamo Tanto Amati. Continue lendo “O Grupo / The Group”
Quatro Confissões / The Outrage
Quatro Confissões/The Outrage, feito em 1964 por Martin Ritt, é um filme excelente. Passa-se no Velho Oeste, mas não é propriamente um western. Fala de um crime brutal – uma mulher é estuprada diante do marido, que depois é morto –, mas não é um policial. Há um julgamento, mas não é um filme de tribunal. Continue lendo “Quatro Confissões / The Outrage”
Um Caminho para Dois / Two for the Road
Um Caminho para Dois/Two for the Road é a forma mais absolutamente elegante, requintada, sofisticada – e divertida – de fazer aquelas afirmações em que muita gente acredita: que o casamento é o túmulo da paixão, o tempo acaba com a chama, o romantismo é soterrado com o passar dos anos, no começo tudo são flores mas depois tudo piora. Continue lendo “Um Caminho para Dois / Two for the Road”
Marnie – Confissões de uma Ladra / Marnie
Anotação em 2011: Marnie – Confissões de uma Ladra, de 1964, é muito possivelmente um dos filmes menos badalados de Alfred Hitchcock. Para Pauline Kael, é o fundo do poço na obra do cineasta. É um dos que mais admiro, desde sempre. Um belíssimo filme, um impressionante mergulho numa mente doentia. Continue lendo “Marnie – Confissões de uma Ladra / Marnie”
Como Roubar um Milhão de Dólares / How to Steal a Million
Anotação em 2011: Uma absoluta delícia, um divertimento de primeiríssima qualidade, um encanto, este Como Roubar um Milhão de Dólares, que William Wyler fez com Audrey Hepburn e Peter O’Toole em 1966. Continue lendo “Como Roubar um Milhão de Dólares / How to Steal a Million”
Um Só Pecado / La Peau Douce
Anotação em 2011: Não são felizes os amantes, nas histórias de amor filmadas por François Truffaut. La Peau Douce, a pele doce, no Brasil Um Só Pecado, de 1964, é uma triste história de amor. Da mesma forma que o anterior Jules et Jim e os posteriores As Duas Inglesas e o Amor, A História de Adèle H. e A Mulher do Lado. Continue lendo “Um Só Pecado / La Peau Douce”