Quanta lindeza. E quanta tristeza.
Essas expressões ficaram pipocando na minha cabeça assim que terminei de ver pela primeira vez A Piscina, exatos 47 anos após o lançamento do filme, em 1969. Continue lendo “A Piscina / La Piscine”
Por Sérgio Vaz
Quanta lindeza. E quanta tristeza.
Essas expressões ficaram pipocando na minha cabeça assim que terminei de ver pela primeira vez A Piscina, exatos 47 anos após o lançamento do filme, em 1969. Continue lendo “A Piscina / La Piscine”
Elio Petri (1929-1982) ficou conhecido em todo o mundo principalmente por dois filmes excelentes, impactantes, polêmicos a não poder, que despertaram grandes paixões: Investigação Sobre um Cidadão Acima de Qualquer Suspeita (1970) e A Classe Operária vai ao Paraíso (1971). Este O Assassino, seu primeiro longa-metragem, de 1961, já mostrava uma dose imensa de talento. Continue lendo “O Assassino / L’Assassino”
Sergeant Rutledge, no Brasil Audazes e Malditos, é um grande western, um filmaço, uma obra de arte importante. Lançado em 1960, o filme do mestre John Ford discute com um vigor e uma clareza impensáveis à época a grande chaga do racismo. Continue lendo “Audazes e Malditos / Sergeant Rutlegde”
São estranhos, esquisitos, desconcertantes os primeiros minutos de Atirem no Pianista/Tirez sur le Pianiste (1960), o segundo longa-metragem de François Truffaut, que em sua obra fica ensanduichado entre dois filmes memoráveis, importantes, em todos os sentidos – Os Incompreendidos/Les Quatre-Cents Coups (1959) e Jules et Jim (1962). Continue lendo “Atirem no Pianista/Tirez sur le Pianiste”
O próprio John Huston dizia não ter um estilo, um jeito específico seu de fazer filmes, já que fazia filmes de todos os estilos, todos os jeitos, todos os gêneros. É bem verdade – talvez. Ou em parte. Continue lendo “A Lista de Adrian Messenger / The List of Adrian Messenger”
As relações afetivas são frágeis, precárias, quebradiças. Podem se desfazer a cada momento, sem aviso prévio, sem causa aparente. As pessoas são volúveis, instáveis, imprevisíveis. E, muitas vezes, abertamente, absurdamente contraditórias. Continue lendo “A Aventura / L’Avventura”
Entre 1957 e 1961, dos 23 aos 27 aninhos de idade, Sophia Loren fez 11 filmes americanos e 2 ingleses, contracenando com muitos dos maiores astros da época e sob a batuta de diretores importantes. Voltaria depois a trabalhar em produções americanas, é claro, mas nesse período dedicou-se apenas a Hollywood, com contrato de quatro anos com a Paramount – e foi então que, de fenômeno italiano, se tornou uma estrela internacional, aclamada no mundo inteiro. Continue lendo “Começou em Nápoles / It Started on Naples”
Era 1961, e aqui, neste país periférico, atrasado, sequer existia divórcio, esse pecado implantado na Grã-Bretanha por Henrique XVIII lá por 1500 e tanto, que só chegaria ao Brasil em 1977. Mas, no filme – uma produção dos estúdios Disney, voltada para toda a família, em especial o público juvenil –, as duas garotinhas de 13 anos de idade conversam sobre o tema. Continue lendo “O Grande Amor de Nossas Vidas / The Parent Trap”
Se fosse para enumerar os dez melhores musicais da História, eu pediria um tempo para pensar. E minha lista seria, é claro, motivo de todo tipo de crítica: não há lista que agrade a todos, toda lista é necessariamente falha, ou questionável, ou as duas coisas. Continue lendo “Duas Garotas Românticas / Les Demoiselles de Rochefort”
Zorba, o Grego foi um dos filmes mais icônicos, mais emblemáticos da primeira metade dos anos 1960. Poucos filmes marcaram tanto a minha geração quanto ele. Continue lendo “Zorba, o Grego / Zorba the Greek”
Em 1960, o então jovem Sidney Lumet lançou The Fugitive Kind, no Brasil Vidas em Fuga, um drama baseado na peça Orpheus Descending, do à época veneradíssimo Tennessee Williams. O elenco tinha nada menos que Marlon Brando e três grandes atrizes: Anna Magnani, Joanne Woodward e Maureen Stapleton. Continue lendo “Vidas em Fuga / The Fugitive Kind”
Le Roi de Coeur, no Brasil Esse Mundo é dos Loucos, de 1966, é um dos filmes mais encantadores e mais belos dos agitados, vulcânicos, loucos anos 60. Em termos pessoais, é um dos filmes mais marcantes, mais memoráveis que vi naqueles anos da adolescência, os anos em que estava descobrindo a vida. Continue lendo “Esse Mundo é dos Loucos / Le Roi de Coeur”
Os Comancheros é um daqueles bons westerns produção A que ainda se faziam no início dos anos 60 – e foram ficando cada vez mais raros a partir daí. É dirigido por um mestre, Michael Curtiz, tem bom elenco encabeçado por John Wayne, uma trama sólida, interessante, diálogos saborosos, inteligentes, alguns dos elementos mais clássicos do gênero – e até outros bastante não convencionais. Continue lendo “Os Comancheros / The Comancheros”
Em 1967, o ano em que os Beatles lançaram Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band e Magical Mystery Tour e os Stones, Between the Buttons e Their Satanic Majesties Request, um estranho filme previa que, no futuro próximo, a Grã-Bretanha viveria num extraordinariamente tenebroso mundo em que governo, religião e indústria cultural se uniriam para usar a música pop como elemento de dominação da juventude. Continue lendo “Privilégio / Privilege”
No final de Antoine et Colette, de 1962, o segundo volume de suas aventuras, Antoine Doinel está com 18 anos, vive sozinho e trabalha na fábrica de discos da Philips. Quando começa este Baisers Volés, de 1968, haviam-se passado, portanto, seis anos, Antoine está com 24, e há nada menos de três anos serve como soldado raso no exército francês. Continue lendo “Beijos Proibidos / Baisers Volés”