São estranhos, esquisitos, desconcertantes os primeiros minutos de Atirem no Pianista/Tirez sur le Pianiste (1960), o segundo longa-metragem de François Truffaut, que em sua obra fica ensanduichado entre dois filmes memoráveis, importantes, em todos os sentidos – Os Incompreendidos/Les Quatre-Cents Coups (1959) e Jules et Jim (1962). Continue lendo “Atirem no Pianista/Tirez sur le Pianiste”
A Noiva Estava de Preto / La Mariée Était en Noir
A Noiva Estava de Preto (1968) é muito provavelmente um dos mais hitchcockianos de todos os filmes que não foram feitos por Alfred Hitchcock. É Hitchcock puro, até a medula – François Truffaut estava no auge de sua paixão pelo mestre inglês quando fez o filme. Continue lendo “A Noiva Estava de Preto / La Mariée Était en Noir”
Os títulos dos filmes estrangeiros no Brasil e em Portugal: uma louca (e até divertida) confusão
Por que, raios, alguém inventa um título imbecil, babaca, cretino como Noivo Neurótico, Noiva Nervosa para o maravilhoso Annie Hall? Ou Os Brutos Também Amam para Shane? Ou algo tão absolutamente pomposo como Assim Caminha a Humanidade para Giant, gigante? Ou tão distante do original The Night of the Hunter, a noite do caçador, quanto Mensageiro do Diabo? Ou O Pecado de Todos Nós para Reflections on a Golden Eye, reflexos num olho dourado? Continue lendo “Os títulos dos filmes estrangeiros no Brasil e em Portugal: uma louca (e até divertida) confusão”
François Truffaut: a filmografia
François Truffaut dirigiu 24 filmes, nos parcos 52 anos que teve para viver. E, destes, três foram curta-metragens. Realizou 21 longa-metragens – bem menos que muitos outros, mas o bastante para assegurar seu nome entre os mais importantes realizadores da História do cinema. Continue lendo “François Truffaut: a filmografia”
Os melhores filmes da década de 50
Aqui vai uma lista dos melhores filmes da década de 1950. Como toda, absolutamente toda lista de melhores, ou de premiados – pelo Oscar, pelo Globo de Ouro, por qualquer grupo ou associação de profissionais -, está sujeita a críticas de todos os tipos, a chuvas e trovoadas. Continue lendo “Os melhores filmes da década de 50”
O Quarto Verde / La Chambre Verte
O Quarto Verde, de 1978, décimo-sétimo dos 21 longa-metragens de François Truffaut, é sem dúvida alguma o mais estranho de toda a sua obra magistral. É um filme que fala o tempo todo de morte, em que o protagonista – interpretado pelo próprio Truffaut – é um homem que prefere viver entre os mortos. Continue lendo “O Quarto Verde / La Chambre Verte”
A Maleta Fatídica / Nightfall
Um estudioso da obra de Jacques Tourneur (1904-1977) diz que, em seus filmes, há sempre o incrível e o inconcebível. Nightfall, no Brasil A Maleta Fatídica, que o diretor francês realizou em 1956, durante o longo período que passou em Hollywood, comprova bem isso. Continue lendo “A Maleta Fatídica / Nightfall”
Fahrenheit 451
Fahrenheit 451, o quinto longa-metragem de François Truffaut, o primeiro em cores e o único feito em país estrangeiro, a Inglaterra, tem uma das frases mais belas, mais fortes, mais marcantes, mais dramáticas destes cento e dez anos de cinema: – “Do you ever read the books you burn?” Continue lendo “Fahrenheit 451”
De Repente, num Domingo / Vivement Dimanche!
Rever Vivement Dimanche! – o 21º e último longa-metragem de François Truffaut – me deu uma imensidão de prazer, alegria, contentamento. Que absoluta maravilha de filme! Continue lendo “De Repente, num Domingo / Vivement Dimanche!”
Antoine et Colette
É preciso dizer de imediato: o conjunto de cinco filmes de François Truffaut com o personagem Antoine Doinel não é apenas uma das melhores obras do cinema, mas de toda a arte. Continue lendo “Antoine et Colette”
A Sereia do Mississipi / La Sirène du Mississipi
A Sereia do Mississipi, de 1969, mescla dois temas que François Truffaut adora: o thriller, o filme policial, o polar, como dizem os franceses, e o amor que de tão apaixonado leva à tragédia, nunca à felicidade. Continue lendo “A Sereia do Mississipi / La Sirène du Mississipi”
Os Incompreendidos / Les Quatre-Cents Coups
Les Quatre-Cents Coups, no Brasil Os Incomprendidos, é muita coisa ao mesmo tempo. É um dos filmes que lançaram a nouvelle-vague, um dos movimentos mais importantes do cinema mundial, possivelmente o segundo mais importante de todos, depois do neo-realismo italiano, de que copiou várias características. Continue lendo “Os Incompreendidos / Les Quatre-Cents Coups”
A História de Adèle H. / L’Histoire d’Adèle H.
Homem passional, apaixonado pelas mulheres e pelas paixões, François Truffaut tinha uma admiração sem fim por histórias de amor trágicas, tristíssimas, sem saída. Isso explica, acho, por que ele quis filmar a trágica, tristíssima, sem saída história de Adèle Hugo e seu amor louco, absolutamente insano, por um tenente inglês que não a amava. Continue lendo “A História de Adèle H. / L’Histoire d’Adèle H.”