Harry Potter e a Pedra Filosofal / Harry Potter and the Philosopher’s Stone

4.0 out of 5.0 stars

Harry Potter e a Pedra Filosofal, o filme, é uma absoluta maravilha. Assim como o livro. Harry Potter, o Mundo Harry Potter, é tudo um deslumbre.

É. Só que todo mundo já escreveu isso, já está cansado de saber disso. Estou mais atrasado do que a lesma lerda que resolveu apostar corrida contra os bruxinhos que tinham as vassouras Nimbus 2000.

Admito a incontestável verdade dos fatos: estou atrasado demais da conta. E de Harry Potter se poderia dizer o que Gilberto Gil disse do luar: “Do luar não há mais nada a dizer a não ser que a gente precisa ver o luar”.

Mas, diacho, eu tenho um site sobre filmes, e acabei de ver o Harry Potter número 1 pela primeira vez na vida, logo depois de ler o Harry Potter número 1 – e então vou fazer um texto sobre Harry Potter e a Pedra Filosofal, mesmo que não vá dizer nele uma única coisa nova.

Foi maravilhosa a escolha dos três garotos

Gostaria de registrar alguns detalhes que me chamaram muito a atenção, me impressionaram de maneira especial. Têm bastante a ver com o livro, porque é impossível desassociar o filme do livro.

São imensas, folgadas demais, e velhas, as roupas que Harry (Daniel Radcliffe) usa, no início da narrativa, antes que sua vida mude completamente no dia em que completa 11 anos e recebe a surpreendente visita de Rúbeo/Rubeus Hagrid (Robbie Coltrane).

Adorei esse detalhe. Indica uma grande preocupação dos realizadores em ser fiéis ao espírito do livro.

Embora, com seus 152 minutos, seja bem mais longo do que o padrão dos filmes comerciais – algo entre os 90 e os 110 minutos de duração –, bem mais longo do que o normal dos filmes voltados para o público infanto-juvenil, Harry Potter and the Philosopher’s Stone não pode, não consegue, não tem condições de conter todas as informações que vão no livro em que se baseia. Os livros sempre, necessariamente, contêm um número de informações, de detalhes, que os filmes jamais poderiam ter. E então o filme 1 não tem tempo de contar o que o livro 1 conta: que os tios de Harry jamais compraram roupas para ele. Que as roupas que ele usa são as que ficaram pequenas para seu primo Duda/Dudley (Harry Melling), aquele pentelho absoluto, gordão, muitíssimo maior que Harry.

O filme toma o cuidado de mostrar que as roupas que os nojentos, tenebrosos tios davam para o garoto usar eram grandes, imensas, velhas.

Este é apenas um detalhinho – mas é um perfeito exemplo de como o roteiro de Steve Kloves é fiel ao livro de J.K. Rowling. Ao espírito, às idéias, mas também aos eventos que o livro cria e descreve.

É fantástica, fabulosa a adaptação que Steve Kloves fez do livro. É coisa para ser ensinada em escolas de cinema, em cursos para roteiristas.

É de tirar o chapéu.

A segunda grande característica do filme, na minha opinião, ao lado dessa fidelidade ao livro, à obra original, é a fidelidade ao livro na forma de mostrar a história, de encenar a história.

O Harry Potter and the Sorceror’s Stone que Chris Columbus filmou não fica nada, mas nadica a dever ao que a gente imagina, na mais louca das nossas imaginações, ao ler o livro de J.K. Rowling. A moça inglesa criou um mundo mágico cheio de coisas absolutamente não existentes neste nosso mundo de trouxas – fantasmas, duendes, bruxarias, escadas que se movem de lugar, corujas que entregam cartas, um jogo de xadrez que mistura blocos de pedra com seres vivos, um jogo que é assim uma mistura de hóquei com basquete com futebol americano, só que disputado no céu, por jogadores montados em vassouras mágicas.

Chris Columbus conseguiu a sensacional façanha de transformar em imagens o que a imaginação de J.K. Rowling criou. É impressionante, é fantástico, é de deixar as crianças e jovens boquiabertas, os pais e avós muito mais boquiabertos ainda.

Bem. Harry Potter and the Philosopher’s Stone é um filme de 2001. Pós CGI, as computer generated images. Não é daqueles tempos pré-históricos em que os efeitos especiais tinham que ser criados todos, todinhos, à unha, como no alemão Fausto de G.W.Murnau, de 1926, ou no sueco A Carruagem Fantasma de Victor Sjöstrom, de 1921. Nem mesmo daqueles tempos mais recentes, mas também pré CGI, como 2001 – Uma Odisséia no Espaço de Stanley Kubrick, de 1968, e Blade Runner de Ridley Scott, de 1982.

Com os efeitos especiais da Industrial Light & Magic de George Lucas, quase tudo é possível,

Mesmo assim, o trabalho de toda a equipe de fotografia e de efeitos especiais tem que ser reverenciado – e Chris Columbus, esse expert em narrativas voltadas para o público infanto-juvenil, merece ser aplaudido de pé como na ópera por orquestrar tudo.

Mas há ainda uma outra grande característica do filme que o torna muito especial. E aí é algo que não vale só para este filme, Harry Potter and the Philosopher’s Stone, mas para toda a série de oito filmes –  lançados entre 2001 e 2011 – baseados nos sete livros de J.K. Rowling.

É um trabalho genial, brilhante – mas que envolveu também, com toda certeza, muita sorte. Ou talvez tenha tido também uma pitadinha da magia e feitiçaria dos professores de Hogwarts, a escola de bruxaria e mágica.

Registro o nome do povo que cuidou desse ponto específico: Susie Figgis, Janet Hirshenson, Jane Jenkins, Karen Lindsay-Stewart.

Mereceriam um Oscar/Bafta/Globo de Ouro/Palma de Ouro/Urso de Ouro Especial.

São os profissionais que descobriram os meninos que interpretariam, no filme 1 e depois nos sete filmes que viriam a seguir, os personagens de Harry Potter, Hermione Granger e Rony Weasley.

Fidelidade na adaptação da história, na construção das imagens – e uma maravilhosa escolha dos garotos que fariam os principais papéis.

Ah, meu, é muito acerto demais da conta.

Uma penca de grandes atores nos papéis de adultos

Ah, sim, claro – há também o grande número de atores excepcionais escolhidos para fazer os papéis dos adultos.

Mas essa parte é fácil. Afinal, a história se passa na Inglaterra, são todos ingleses, os bruxos e os trouxas, e então é a coisa mais fácil do mundo encontrar grandes atores. Aquela ilhota tem a maior concentração de grandes atores do mundo.

E então são professores de Hogwarts, só neste Harry Potter número 1 aqui, Maggie Smith (a professors Minerva McGonagall), Richard Harris (o professor Albus Dumbledore), Alan Rickman (o professor Severo/Severus Snape), Ian Hart (o professor Quirrell).

John Hurt aparece em uma sequência – a da loja das varinhas, no Beco Diagonal – como o sr. Olivaras/Mr. Ollivander. John Cleese deve ter se divertido muito no papel do fantasma Nearly Headless Nick/Nick Quase Sem Cabeça.

Julie Walters também aparece em uma única sequência: ela faz Mrs. Weasley, a mãe dos vários garotos Weasley, Rony, Percy, Fred, George e Ginny/Gina. E à irlandesa Fiona Shaw coube o papel da chatérrima, pavorosa tia Petuia Dursley, a irmã de Lilly, a mãe de Harry Potter assassinada junto com o marido quando o filho ainda era um bebê.

Nos Harry Potter seguintes, os filmes de número 2 a 8, ainda iriam aparecer Kenneth Branagh, Emma Thompson, Jim Broadbent, Ralph Fiennes, Helena Bonham Carter, Timothy Spall, Bill Nighy, Imelda Staunton, Gary Oldman, David Thewlis, Brendan Gleeson, Julie Christie, Miranda Richardson, Gemma Jones…

Meu Deus do céu e também da Terra! São vários dos melhores atores do cinema mundial!

Mas, repito, reunir atores e atrizes ingleses bons é a coisa mais fácil do mundo.

Façanha mesmo foi descobrir Daniel Radcliffe, Emma Watson e Rupert Grint para interpretar Harry Potter, Hermione Granger e Ron Weasley.

Depois de dez anos, novos papéis

Ator mirim não é algo propriamente fácil, simples.

Uma criança que vira ator/atriz não tem, não pode ter, de forma alguma, uma vida normal. Fica sujeito, desde o primeiro momento, a uma vida instável, problemática, absurda, louca.

Sempre me assusto quando penso nos pais e mães que fazem tudo para que seus filhos virem atores, ou qualquer outro tipo de celebridade. Não consigo deixar de ver nisso uma dose imensa de insensibilidade, de falta de amor e respeito pelos filhos.

Tantos casos dramáticos, tristíssimos. Penso em Judy Garland… Brrr, que horror. Drew Barrymore despirocou – mas depois se reencontrou, é verdade.

Mas também há os casos de pessoas que conseguem se dar bem na vida. Natalie Wood. Ron Howard. Jodie Foster – quer prova melhor de que é possível ser atriz mirim e ter uma vida exemplar e uma carreira maravilhosa?

Não significa necessariamente drama eterno, problema, trauma, horror – mas é um risco danado.

Aparentemente, Daniel Radcliffe, Rupert Grint e Emma Watson passam bem, muito obrigado, depois de encarnarem durante dez anos esses personagens amados por crianças e jovens dos 8 aos 90 anos no mundo todo.

Algumas informações sobre eles:

 

Daniel Radcliffe Emma Watson Rupert Grint
Harry Potter Hermione Grangber Ron Weasley
Nascimento Londres, 1989 Paris, 1990 Harlow, Essex, 1988
Idade em 2001 12 anos 11 anos 13 anos
Filmes e séries até 2020 40 24 38
Salário no Harry Potter 1 US$ 1 milhão US$ 125 mil US$ 125 mil
Salário no Harry Potter 8 US$ 33 milhões US$ 15 milhões US$ 15 milhões
Atores favoritos Gary Oldman, Christina Ricci, Cameron Diaz, Scarlett Johansson, Ben Stiller. Johnny Johnny Depp, Russell Crowe, Julia Roberts, Renée Zellweger, Sandra Bullock, Goldie Hawn, Nicole Kidman Jim Carrey
Outros filmes A Mulher de Preto (2012), Versos de um Crime (2013), Fuga de Pretória (2020) Sete Dias com Marilyn (2011), Bling Ring: A Gangue de Hollywood (2013), A Bela e a Fera (2017) Lições de Vida (2006), Matador em Perigo (2010), The ABC Murders (2018)

 

Na tradução para o Português, belos achados

Co-produção EUA-Inglaterra, atores ingleses, basicamente. Compositor americano – o grande John Williams, o Nino Rota de Steven Spielberg. Roteirista americano – Steve Kloves, autor também dos roteiros de Susie e os Baker Boys (1989) e Garotos Incríveis (2000), é de Austin, Texas. Diretor americano – Chris Columbus nasceu na Pensilvânia,  foi criado em Ohio.

Mezzo americano, mezzo inglês, o filme teve um título nos Estados Unidos e outro na Inglaterra. Na Inglaterra, usou-se exatamente o mesmo título do livro de J.K. Rowling, Harry Potter and the Philosopher’s Stone. Já na maior e mais rica das ex-colônias inglesas chamou-se Harry Potter and the Sorcerer’s Stone. Não a pedra do filósofo, e sim a pedra do feiticeiro. Sei lá por que raios de motivo.

Tradutore, traditore, costuma-se dizer. Tradutor, traidor. Pois uma característica que me chamou a atenção ao ler o livro Harry Potter e a Pedra Filosofal, da Editora Rocco, foi o exato contrário do dito. Como foi feliz a tradução para o Português brasileiro! Lia Wyler – esse é o nome da profissional – merece aplauso, respeito.

Ela fez um maravilhoso trabalho de adaptação para o Português brasileiro de alguns nomes e expressões criadas por J.K. Rawlings. Sem fugir da idéia original, da intenção da autora, mas sem também tentar ser literal, a tradução brasileira tem achados deliciosos, como, por exemplo, Lufa-Lufa para o original Hufflepuff, uma das quatro casas dos estudantes em Hogwarts. Aí a tradução manteve a sonoridade, a repetição dos efes. Em Corvinal para Ravenclaw, ateve-se ao sentido, à referência ao corvo. E o achado de traduzir Ollivander, o nome do vendedor das varinhas mágicas no Beco Diagonal, para Olivaras?

Reuni aqui alguns dos bons achados na tradução:

Os personagens:
Rubeus Hagrid Rúbeo Hagrid
Albus Dumbledore Alvo Dumbledore
Vernon Dursley Válter Dursley
Dudley Dursley Duda Dursley
Ollivander Olivaras
Fat Friar Frei Gorducho
Nearly Headless Nick Nick Quase Sem Cabeça
Ginny Weasley Gina Weasley
As casas:
Gryffindor Grifinória
Hufflepuff Lula-Lufa
Ravenclaw Corvinal
Slytherin Sensorina
Outras…
Quidditch Quadribol
Platform 9 3/4 Plataforma 9 1/2
Muggles Trouxas

 

J.K. Rowling escolheu Maggie Smith e Alan Rickman

Poderia e deveria transcrever aqui algumas das curiosidades envolvendo a produção deste filme número 1 da série Harry Potter – mas confesso que a quantidade de itens na página de Trivia do filme no IMDb me dá uma canseira inimaginável. São nada menos de 210 itens!

Para não dizer que não falei de curiosidades, aqui vão umas pouquinhas, com pitacos meus, é claro.

* J.K. Rowling deu muitos palpites na produção dos filmes. Foi por indicação direta da autora que foram escolhidos os atores Robbie Coltrane, Maggie Smith e Alan Rickman para os papéis, respectivamente, do gigantesco Rubeus/Rúbeo Hagrid, o simpaticíssimo guarda-chaves de Howarts, a sisuda professora Minerva McGonagall e o tenebroso professor Severo/Severus Snape.

Não conhecia Robbie Coltrane, que está ótimo como o gigantão Hagrid, aquela figura de coração imenso. Maggie Smith, essa é uma instituição, um monumento. Acho delicioso pensar que no mesmo ano ela fez o papel da severa professora Minerva McGonagall e de Constance Trentham em Assassinato em Gosford Park, de Robert Altman, com roteiro de Julian Fellowes – o cara que criou Downton Abbey, em que Dame Maggie Smith fez a Dowager, a condessa-mãe de Grantham.

Alan Rickman é um maravilhoso ator tanto de comédia quanto de drama – ou de aventura para o público infanto-juvenil. Fui dar uma olhadinha e fiquei espantado com a quantidade de filmes com ele que estão aqui neste 50 Anos de Filmes, de Simplesmente Amor/Love Actually (2003), uma das melhores comédias românticas que já foram feitas, na minha opinião, a Um Certo Olhar/Snow Cake (2006), um drama pesado sobre perda, culpa, arrependimento.

* Segundo o IMDb, J.K. Rowling fez questão de conversar pessoalmente com Alan Rickman e passar para ele informações sobre seu personagem, o professor Snape – aquela figura soturna, sinistra, sempre vestida de preto, dos pés à cabeça, com jeitão de maus bofes. “Rowling até deu para ele detalhes fundamentais da história pregressa de Sanpe, que só seriam reveladas na novela final”, diz o site enciclopédico.

* A Plataforma 9 3/4 – onde se embarca no Expresso de Hogwarts – foi filmada na estação de King’s Cross – mas entre não entre as plataformas 9 e 10, e sim entre as 4 e 5.

Essa Trivia é tão absolutamente deliciosa que vou traduzir diretamente do que diz o IMDb:

“J.K. Rowling admitiu que ela se enganou quanto ao desenho da estação de trem King’s Cross, em Londres, quando atribuiu o Expresso de Hogwarts à plataforma 9 3/4, alcançada com o uso de mágica entre as plataformas 9 e 10. Ela pretendia que a localização fosse na parte urbana, inter-bairros da estação, mas a 9 e a 10 na verdade estão entre as não tão grandes plataformas de subúrbio, O filme está de acordo com o livro: as plataformas vistas como 9 e 10 são, na vida real, as plataformas inter-bairros 4 e 5. No entanto, agora existe, de verdade, uma ‘Plataforma 9 ¾’ na King’s Cross. Está localizada na passarela entre as plataformas 9 e 10, como uma diversão para os fãs de Harry Potter.”

Aaaaahhh! Isso é que é Londres! Se no número 221 da Baker Street tem o Sherlock Holmes Museum, na King’s Cross não haveria a Plataforma 9 3/ 4?

London Town… De repente me lembro de O Encontro Marcado do Fernando Sabino, onde ele lá pelas tantas diz que precisa comprar um mapa melhor de Londres para descrever as andanças do personagem de suas histórias infanto-juvenis… E de que fiquei uma noite em um hotel na Baker Street, quando passei maravilhosas semanas em Londres mandado pela Agência Estado para fazer um curso na Reuters… Mas essas, definitivamente, são outras histórias.

Agora, por que a maravilhosa tradução de Harry Potter para o Português transformou a Plataforma Nove e Três Quartos em Plataforma Nove e Meia, isso eu não vou saber jamais.

“Um grande acontecimento fílmico sem precedentes”

O livro Movies of the 2000s, do incansável Jürgen Müler, que fez também os livros dos melhores filmes de todas as décadas que vieram antes, todos editados maravilhosamente pela Taschen, cometeu algo bem estranho, pouco usual, pouco convencional. Ele colocou todos os sete filmes da série Harry Potter lançados nos anos 2000, ou seja, os filmes de 1 a 7, como uma coisa só.

Então temos que, na relação dos melhores filmes do ano 2001, entre The Royal Tenenbaums e The Lord of the Rings, está lá o seguinte: “Harry Potter 1-7”.

O texto sobre o conjunto de filmes é uma maravilha. Como é bom ler textos brilhantes sobre filmes… Aí vai o início:

“A mágica e os filmes não são bons companheiros. No mundo fantástico de J.K Rowling há feitiços e poções, vassouras voadoras, capas da invisibilidade e até um lugar razoavelmente crível chamado Londres, mas não há cinema. Mágicos de verdade provavelmente desdenham de truques mecânicos de imagens em movimento, da mesma maneira com que os mágicos puro-sangue dos romances de Harry Potter têm desprezo pelo mundo dos trouxas – pobres pessoinhas como eu ou você. Ao transferir esse mundo fantástico para as telas, os realizadores puderam contar com uma audiência que não teria problema algum em se entusiasmar com as aventuras de um aprendiz de bruxo de óculos, filmado com o uso da mágica simples de imagens criadas por computador – uma audiência de inocentes crianças.

“Um exemplo clássico, e sem precedentes, de moderno grande acontecimento fílmico, a história dos filmes de Harry Potter é uma reunião de superlativos. Começa com o consumo mundial de mais de 400 milhões de exemplares de romances e a renda de mais de US$ 4,4 bilhões só das primeiras cinco partes.”

Harry Potter está aqui graças a Marina

Não dá para terminar sem uma Trívia que jamais vai aparecer no IMDb.

Este texto aqui – esta prova de que de Harry Potter não há mais nada a dizer a não ser que é uma delícia ler e ver Harry Potter – não existiria se não existisse Marina.

Minha filha começou a ler o Harry Potter número 1 com Marina em janeiro deste ano de 2021. No início de fevereiro, Marina nos contou que estavam então no número 2, Harry Potter e a Câmara Secreta.

Claro que minha filha fez tudo certinho, certíssimo: só depois que terminaram o livro 1 viram o filme 1. E só depois que leram o livro 2 viram o filme 2. Agora, início de abril, estão na metade do livro 3.

Desde que começou o livro 1, Marina mergulhou de cabeça no Mundo Harry Potter. E aí não tinha jeito: ou a gente dava uma olhada nele, ou dançava feio.

Entramos, pois.

Quando terminei de ler o livro 1, vimos o filme. Àquela altura, Mary, muito mais rápida do que eu, já havia terminado o livro 2. Estou começando o 2; Mary vai começar o 3 quando minha filha e Marina tiverem terminado.

E aí penso que não estou tão atrasado assim.

Não me importa que J.K. Rowling tenha lançado A Pedra Filosofal em 1997, que Chris Columbus tenha lançado o filme em 2001. Para mim o que importa é que Marina começou A Câmara Secreta em fevereiro; levei apenas dois meses para ler o livro 1, ver o filme 1 e escrever sobre ele.

Uau! Não me sinto uma lesma lerda. Tô mais pra usuário de vassoura Nimbus 2000.

Anotação em abril de 2021

Harry Potter e a Pedra Filosofal/Harry Potter and the Philosopher’s Stone

De Chris Columbus, EUA-Inglaterra, 2001

Com Daniel Radcliffe (Harry Potter),

Rupert Grint (Ron Weasley),

Emma Watson (Hermione Granger),

(em Hogwarts e no Beco Diagonal) Maggie Smith (Professors Minerva McGonagall), Richard Harris (Professor Albus Dumbledore), Robbie Coltrane (Rubeus Hagrid), Alan Rickman (Professor Severus Snape), Ian Hart (Professor Quirrell), Zoe Wanamaker (Madame Hooch), John Hurt (Mr. Ollivander), Chris Rankin (Percy Weasley), James Phelps (Fred Weasley), Oliver Phelps (George Weasley), Matthew Lewis (Neville Longbottom), Tom Felton (Draco Malfoy), Jamie Waylett (Crabbe), Josh Herdman (Goyle), Devon Murray (Seamus Finnigan), Alfred Enoch (Dean Thomas), Leslie Phillips (a voz do Chapéu Seletor), Eleanor Columbus (Susan Bones), John Cleese (Nearly Headless Nick), Terence Bayler (The Bloody Barron), Simon Fisher-Becker (Fat Friar), Nina Young (The Grey Lady), David Bradley (Mr. Filch), Luke Youngblood (Lee Jordan), Sean Biggerstaff (Oliver Wood), Elizabeth Sprigg (Fat Lady), Julie Walters (Mrs. Weasley), Bonnie Wright (Ginny Weasley), Geraldine Somerville (Lily Potter), Adrian Rawlins (James Potter),

(no mundo dos trouxas) Richard Griffiths (Uncle Vernon Dursley), Fiona Shaw (Aunt Petunia Dursley), Harry Melling (Dudley Dursley)

Roteiro Steve Kloves

Baseado no livro de J.K. Rowling

Fotografia John Seale

Música John Williams

Montagem Richard Francis-Bruce

Direção de arte Richard Francis-Bruce

Casting Susie Figgis, Janet Hirshenson, Jane Jenkins, Karen Lindsay-Stewart

Figurinos Judianna Makovsky

Cor, 152 min (2h32)

Produção David Heyman, Warner Bros., Heyday Films, 1492 Pictures.

Disponível no Now em 4/2021

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