Marrocos foi o primeiro filme americano de Marlene Dietrich. É do mesmo ano em que Joseph Von Sternberg e ela realizaram, ainda na Alemanha natal dos dois, O Anjo Azul, 1930 – mas o filme alemão só foi lançado nos cinemas americanos depois que este Marrocos já havia estreado. Continue lendo “Marrocos / Morocco”
O Grande Pecado / Valborgsmässoafton
O quinto dos 50 filmes de Ingrid Bergman, Valborgsmässoafton, de 1935, quatro anos antes de ela ser importada por Hollywood, é um drama que fala de amor, da chegada da primavera – a estação do ano e toda a simbologia que ela carrega –, da questão de ter filhos, de querer ou não querer ter filhos, e da importância disso tanto para cada pessoa, cada casal, quanto para a economia de um país. Fala também, e bastante, de aborto. Mas a questão “pecado” só existe na cabeça dos exibidores brasileiros. Continue lendo “O Grande Pecado / Valborgsmässoafton”
O Diabo Disse Não / Heaven Can Wait
Belzebu, segundo Ernst Lubitsch, o homem do toque de elegância e inteligência, não tem rabo ou chifre, não é feio feito a fome, não carrega uma lança. É um homem alto, belo porte, elegante. Sua sala de trabalho, na entrada de Hades, é imensa, gigantesca, pé direito altíssimo. Em O Diabo Disse Não/Heaven Can Wait, de 1943, Belzebu tem toda a aparência de um CEO de uma poderosa corporação. Continue lendo “O Diabo Disse Não / Heaven Can Wait”
A Última Vez que Vi Paris / The Last Time I Saw Paris
Os irmãos Julius e Philip Epstein, autores do roteiro de Casablanca, entre muitos bons filmes, e o diretor Richard Brooks – três grandes roteiristas – foram os responsáveis por transformar um conto de apenas 25 páginas de F. Scott Fitzgerald, “Babylon Revisited”, neste filme de quase 2 horas de projeção. Continue lendo “A Última Vez que Vi Paris / The Last Time I Saw Paris”
Aconteceu em Havana / Week-End in Havana
Claro, óbvio: Week-end in Havana, no Brasil Aconteceu em Havana, comédia musical da 20th Century Fox de 1941, não é assim propriamente um grande filme. Mas, meu, que preciosa peça de museu! Continue lendo “Aconteceu em Havana / Week-End in Havana”
O Caminho da Tentação / Pitfall
John Forbes, o protagonista de O Caminho da Tentação/Pitfall, que André de Toth lançou em 1948, tem tudo que uma pessoa pode querer na vida – e milhões e milhões e milhões de seres humanos não têm. Uma mulher muito bela, boa pessoa, que o ama, um filho aí de uns 8, 10 anos legal, inteligente, esperto, que o adora. Uma casa ampla, gostosa, confortável, num bom bairro de Los Angeles, um emprego sólido. Continue lendo “O Caminho da Tentação / Pitfall”
Interlúdio / Notorious
Notorious, no Brasil Interlúdio, de 1946, é o longa-metragem número 32 dos 53 que Alfred Hitchcock realizou. O décimo-primeiro depois que trocou a Inglaterra natal pelos Estados Unidos. O segundo dos três em que dirigiu Ingrid Bergman, o rosto mais belo que já passou diante de uma câmara de cinema. O segundo dos quatro com Cary Grant. Uma obra-prima, uma maravilha. Continue lendo “Interlúdio / Notorious”
Corações Desertos / Desert Hearts
Corações Desertos/Desert Hearts, de 1985, é um daqueles filmes absolutamente independentes – feito com orçamento baixíssimo, longe, bem longe do cinemão de Hollywood – e absolutamente femininos. É dirigido por mulher, o roteiro é de uma mulher, o romance em que se baseia é de uma mulher, as personagens centrais são mulheres. Continue lendo “Corações Desertos / Desert Hearts”
Guerra Fria / Zimna Wojna
Guerra Fria, de 2018, é o segundo filme escrito e dirigido por Pawel Pawlikowski de volta à sua Polônia natal após ter se radicado na Inglaterra e feito todos os seus primeiros dez filmes como diretor ali. Continue lendo “Guerra Fria / Zimna Wojna”
Sonhos de um Sedutor / Play it Again, Sam
Play it Again, Sam, no Brasil Sonhos de um Sedutor (1972), é uma grande homenagem de Woody Allen ao cinema, aos filmes. Como vem de um humorista, é uma brincadeira, uma deliciosa coleção de piadas. Continue lendo “Sonhos de um Sedutor / Play it Again, Sam”
Brumas / Moontide
Como muito bem diz a sabedoria popular, nem tudo que reluz é ouro. Ou, como já escrevi ao menos uma vez aqui, nem tudo que tem grandes nomes e é da época de ouro de Hollywood presta. Este Moontide, no Brasil Brumas, de 1942, que tem duas figuras maravilhosas, fortes, icônicas – Jean Gabin e Ida Lupino – é uma perfeita prova disso. Continue lendo “Brumas / Moontide”
Adorável Pecadora / Let’s Make Love
Let’s Make Love, de 1960, que no Brasil ganhou o absurdo título de Adorável Pecadora, foi o penúltimo filme de Marilyn Monroe. Depois dele viria apenas Os Desajustados/The Misfits, de 1961. Quando morreu, em 5 de agosto de 1962, com apenas 36 anos, estava começando a filmar Something’s Gotta to Give, com George Cukor, o mesmo realizador deste Let’s Make Love. Continue lendo “Adorável Pecadora / Let’s Make Love”
Num Dia Claro de Verão / On a Clear Day You Can See Forever
Barbra Streisand aos 28 anos, em seu terceiro filme, depois dos sucessos Funny Girl (1968) e Alô, Dolly (1969). Yves Montand com seu absoluto charme chegando aos 50 anos. Na direção, Vincente Minnelli, o mestre do musical e da comédia elegantes. Continue lendo “Num Dia Claro de Verão / On a Clear Day You Can See Forever”
Amarga Esperança / They Live By Night
A abertura de They Live by Night, no Brasil Amarga Esperança, é sui generis, única, diferente de tudo o que já se viu. O filme começa como se fosse um trailer. Vemos um casal de jovens, em close-up, e, enquanto eles se olham, apaixonadamente, vão surgindo as seguintes palavras na tela: “Este rapaz… e esta moça…” Continue lendo “Amarga Esperança / They Live By Night”
O Caminho das Tormentas / Khozhdenie po mukam
O Caminho das Tormentas, minissérie russa de 2017, é a terceira adaptação da trilogia escrita por Aleksei Nikolaievich Tolstói e publicada entre 1921 e 1940. Concentra-se no primeiro período retratado na trilogia – uma das épocas mais turbulentas da História da humanidade, entre 1916 e aí por volta de 1920, os anos da Revolução Russa que derrubou o czarismo e instaurou o regime comunista. Continue lendo “O Caminho das Tormentas / Khozhdenie po mukam”