Um Clarão nas Trevas / Wait Until Dark


Nota: ★★★½

Anotação em 2007, com complemento em 2008: Mais um desses muitos filmes que forçam a gente a admitir: como era melhor o cinema antes dos anos 1970-1980.

Para fazer um ótimo filme de suspense, que emociona, cria um clima de pavor, uma coisa pesada, densa, claustrofóbica, não é preciso muita violência, nem muito barulho, nem efeito especial. Basta ter uma boa história, um bom diretor, um bom elenco.

Aliás, essa talvez seja uma das melhores interpretações de Audrey Hepburn, num papel dramático, sem nada do charme e da elegância que caracterizaram tantos de seus filmes. Ela faz uma cega que, com o marido no trabalho, fica sozinha em seu apartamento em Nova York, invadido consecutivamente por três bandidos que procuram uma boneca recheada de heroína que tinha ido parar lá por engano. Alan Arkin, extraordinário, Richard Crenna e Jack Weston fazem os bandidos.

Audrey foi indicada para o Oscar e o Globo de Ouro por sua interpretação brilhante. 

O diretor inglês nascido em Xangai Terence Young (1915-1994) dominava bem seu ofício e sabia fazer filmes de ação e suspense; já tinha, em 1967, o ano deste filme, dirigido os primeiros e competentes filmes de James Bond: O Satânico Dr. No/Dr. No, de 1962, Moscou Contra 007/From Russia With Love, de 1963, e 007 Contra a Chantagem Atômica/Thunderball, de 1965. Fez aqui um grande trabalho.

Um Clarão nas Trevas/Wait Until Dark

De Terence Young, EUA, 1967.

Com Audrey Hepburn, Alan Arkin, Richard Crenna, Efrem Zimbalist Jr., Jack Weston

Roteiro Robert Carrington e Jane-Howard Carrington

Baseado na peça de Frederick Knott

Música Henry Mancini

Produção Mel Ferrer, Warner Bros.

Cor, 108 min.

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