Pra Frente, Brasil

3.5 out of 5.0 stars

(Disponível no YouTube em 2/2023.)

Forte, violento, virulento, apavorante, aterrador – em doses gigantescas, descomunais. Em 1982, ainda durante a ditadura, Pra Frente, Brasil expôs de maneira crua a prática disseminada da tortura a que eram submetidos os opositores do regime dos generais e os inocentes apolíticos – como o personagem interpretado por Reginaldo Faria – que eram confundidos com opositores.

Pra Frente, Brasil, na minha opinião, é um dos filmes mais importantes que já foram feitos no país. Simples assim.

Com base no conto “Sala Escura”, de Reginaldo Faria e Paulo Mendonça, o diretor Roberto Farias fez um roteiro e um filme que usa e abusa da justaposição de coisas opostas, antípodas – a festa, a alegria imensa, coletiva, do povo nas ruas acompanhando os jogos da Seleção Brasileira na Copa do México em 1970, com a pavorosa história de um sujeito absolutamente apolítico que é preso como se fosse um terrorista e imediatamente submetido às mais bárbaras torturas.

A justaposição dos dois acontecimentos, a montagem alternando as imagens da festa com as da tortura, funciona da maneira mais impactante, chocante que se poderia conceber.

Roberto Farias, o sujeito que fez de clássicos pesados, sérios, densos (Assalto ao Trem Pagador, 1962, Selva Trágica, 1964) a comédias ou musicais leves, grandes sucessos de bilheteria (Toda Donzela Tem Um Pai Que é Uma Fera, 1966, Roberto Carlos em Ritmo de Aventura, 1968, Os Trapalhões no Auto da Compadecida, 1987), usa aqui com maestria as lições dos soviéticos Eisenstein e Pudovkin, e cria sequências de imenso poder de assombro.

Sequências impressionantes – como as de Francis Ford Coppola em momentos da trilogia The Godfather ao justapor cerimônias religiosas com assassinatos em série, e como as dos criadores da série The Crown ao mostrar o massacre da família imperial russa pelos comunistas em 1918 e ao mesmo tempo o rei da Inglaterra primo do czar alegremente caçando faisões.

O Brasil pára para ver a Seleção. Só a tortura não pára

Pra Frente, Brasil abre com esta introdução:

“Este filme se passa durante o mês de junho de 1970, num dos momentos mais difíceis da vida brasileira. Nessa época, os índices de crescimento apontavam um desempenho extraordinário no setor econômico. No político, no entanto, o governo empenhava-se na luta contra o extremismo armado. De um lado, a subversão da extrema esquerda, de outro, a repressão clandestina. Sequestros, mortes, excessos. Momentos de dor e aflição. Hoje, uma página virada na história de um país que não pode perder a perspectiva do futuro. Pra Frente Brasil é um libelo contra a violência.”

Ao ver o filme pela primeira vez agora, mais de 40 anos depois de ele ter sido exibido no Festival de Gramado em 1982, vetado pela Censura e lançado apenas em 1983, após decisão da Justiça, achei esse texto de introdução muito menor do que o filme – e do que a realidade. É bem provável que o texto tenha sido colocado exatamente como um esforço para não ser proibido pela ditadura.

Bem na abertura, vemos uma tomada do Centro de São Paulo, o Edifício Itália, o Copan – e ouvimos aquele bordão usado pela Rede Globo nos jogos da Seleção Brasileira, “Brasil!!!”. E surge o título, o mesmo da música de Miguel Gustavo que fez imenso sucesso, aquela do “Pra frente, Brasil, Brasil! Salve a Seleção!” A maior metrópole do país, belos prédios, o que chamavam de “milagre brasileiro”, ufanismo – quem viveu aqueles tempos negros é imediatamente levado de volta ao passado.

Antes que comecem os créditos com os nomes dos atores, vemos a data, 1970.

A primeira sequência de ação é no Aeroporto de Congonhas, o balcão da Ponte-Aérea Rio-São Paulo lotado. Para o vôo seguinte, só resta uma vaga – e Jofre Godói (o papel de Reginaldo Farias) pede para o irmão, Miguel (Antônio Fagundes), e a mulher, Marta (Natália do Vale), que o deixem ir primeiro, porque tem coisas urgentes a resolver no Rio.

No vôo, conversa com o passageiro que está a seu lado, Sarmento (Claudio Marzo, na foto abaixo). E, na saída do Aeroporto Santos Dumont, Sarmento sugere que os dois dividam um táxi até o Centro.

Os acasos…

O táxi é perseguido por um carro com várias figuras mal-encaradas e armadas – e, em seguida, fechado pelos perseguidores, que metralham o homem que Jofre acabara de conhecer no avião. Jofre é levado preso, e imediatamente começa a ser torturado para que confesse tudo o que sabe sobre Sarmento, sobre a organização a que pertencem, sobre os nomes dos demais companheiros…

Era a véspera da estréia do Brasil na Copa do México. Na grande empresa em que trabalham Jofre e também seu irmão Miguel, todos param para ver o jogo – e vemos na tela trechos da partida. O Brasil pára para ver o jogo – só os torturadores não param de fazer com que o sujeito confesse coisas que ele simplesmente não sabe.

Miguel é alertado pela cunhada Marta de que Jofre não apareceu em casa. Os dois começam a dura via crucis por hospitais, pela polícia, pelos necrotérios em busca do desaparecido.

Os torturadores são pagos por empresários

Ao mesmo tempo em que busca o irmão desaparecido, Miguel é informado pela bela namorada, Mariana (o papel de Elizabeth Savalla), de que ela quer terminar a relação. Mariana não conta para ele o motivo da decisão – mas o espectador logo verá que ela está envolvida em um grupo que aderiu à luta armada contra a ditadura. Apesar de amar o namorado, prefere se afastar dele, para evitar que ele corra o risco de ser preso por causa de sua proximidade com ela.

O dono da empresa em que os irmãos trabalham, Geraldo (o papel de Paulo Porto), recebe de tempos em tempos a visita de um tal de Garcia (Ivan Cândido). Miguel fica curiosíssimo para saber quem é aquela pessoa que é tratada com todas as honras pelo patrão.

Quando a narrativa já está bem avançada, ficamos sabendo que esse Garcia é um sujeito que arrecada fundos, entre pessoas ricas, empresários, para financiar grupos armados que trabalham para o governo militar na repressão aos inimigos do regime. Os torturadores de Jofre, liderados por um sádico chamado Barreto (Carlos Zara), são de um desses grupos.

Fiquei com a impressão de que mostrar que os torturadores eram contratados e pagos por empresários – e não diretamente os militares, nos porões dos quartéis –, foi uma maneira de os realizadores não irritarem demais da conta a censura, que, em 1982, 1983, ainda existia e era rigorosa. Eram os anos finais do governo do general João Batista Figueiredo, a ditadura estava em seus estertores – mas o regime somente iria ser desmontado com a eleição da chapa Tancredo Neves-José Sarney no colégio eleitoral em janeiro de 1985, e, com a doença do primeiro, a posse do vice, em março.

Claro, houve, de fato, o financiamento, por empresários, do esquema de repressão – mas ela era exercida não por mercenários contratados, e sim por membros das Forças Armadas e das polícias estaduais, os DOPS.

Creio que o roteiro de Roberto Farias insistiu na coisa dos mercenários para não bater tão de frente nas Forças Armadas – embora, na verdade, seja difícil imaginar um libelo mais claro, mais forte, mais contundente contra a tortura praticada pelo regime militar do que este filme.

Um libelo contra o governo bancado pela Embrafilme

Roberto Farias havia sido presidente da Embrafilme (Empresa Brasileira de Filmes S.A.) entre 1974 e 1978, portanto durante o governo do general Ernesto Geisel – e a Embrafilme era uma companhia de economia mista, tendo o governo como sócio majoritário. É estranho que uma empresa ligada ao governo federal tenha bancado a produção de um filme tão virulentamente contra a ditadura. Mas o fato é que Pra Frente, Brasil é uma realização Embrafilme e Produções Cinematográficas R.F. Farias Ltda.

O que não impediu que a Divisão de Censura de Diversões Públicas do Ministério da Justiça, então nas mãos de Solange Maria Chaves Teixeira Hernandes, a Dona Solange, a censora-mor da ditadura, proibisse a exibição do filme. Eventualmente, o então presidente da Embrafilme, que havia autorizado o financiamento da fita, foi afastado do cargo. Ele era Celso Amorim, que viria a ser ministro de Relações Exteriores de Lula e da Defesa de Dilma Rousseff – e é pai dos cineastas Vicente, Pedro e João Amorim.

A proibição de exibição foi derrubada na Justiça, e o filme estreou nos cinemas em fevereiro de 1983.

Consta – a informação está na Wikipédia como “reza a lenda” – que a idéia da história escrita por Reginaldo Faria e Paulo Mendonça teria vindo a partir de um acontecimento real da vida do próprio ator. Em uma fila diante de um guichê no Aeroporto do Galeão, de pura brincadeira, o ator dos belos olhos azuis cochichou com uma mulher que estava perto dele que estava com uma arma. Alguém ouviu, chegou a segurança e Reginaldo foi levado para uma sala de interrogatório.

Pra Frente, Brasil levou os Kikitos do Festival de Gramado de 1982 de melhor filme e melhor montagem para Mauro Farias, Maurício Farias, Roberto Farias. Em 1983, foi admitido para participar da Mostra Competitiva do Festival de Berlim, o que por si só já uma belíssima conquista; levou os prêmios de Ofício Católico do Cinema e da Associação dos Cinemas de Arte da Europa. E recebeu ainda a Margarida de Prata da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

“Hoje, é fácil criticar. Aqueles eram tempos mais ásperos”

Diz o livro História Ilustrada dos Filmes Brasileiros 1929-1988, de Salvyano Cavalcanti de Paiva:

“Pequeno inventário do terror policial e das ações de vanguarda de grupos extremistas nos anos 70, no auge da ditadura militar, Pra Frente Brasil causou polêmicas, alguns achando-o corajoso, outros tímido e escamoteador. Inegável: colocava-se entre os filmes mais vibrantes do diretor, argumentista e roteirista Roberto Farias, que amadureceu sem perder o élan. Um elenco de ases dava o recado: Reginaldo Faria, Antônio Fagundes, Natália do Vale, Elizabeth Savalla, Carlos Zara, Cláudio Marzo, Luís Armando Queiroz, Milton Morais, Ivan Cândido, Neusa Amaral, Irma Alvarez, Luis Mário Farias, Mauricio Farias, Renato Coutinho e Paulo Porto. Baseado em “Sala Escura”, de Reginaldo Faria e Paulo Mendonça, fotografia de Dib Lutfi, edição de Roberto e Mauro Farias, cenografia de Maria Tereza Amarante, figurinos da mesma e Mara Achê, música de Egberto Gismonti. (R.F. Farias Prod. Cinemat.-Embrafilme. RJ).”

Tímido? Escamoteador? Bem, tem louco pra tudo.

Sobre isso, diz a Wikipedia, no verbete sobre o filme:

“Há quem defenda que o filme ‘inocenta os militares’ que praticaram violações aos direitos humanos no regime, por mostrar os torturadores como integrantes de grupos à margem do Estado, financiados por empresários. Outros, por outro lado, defendem que ‘contornar o enfrentamento’ foi a ‘saída inteligente para dizer o que precisava ser dito’.”

Em março de 2021, quando o filme fez 40 anos, o Canal Brasil o exibiu, e, no Caderno 2 do Estado de S. Paulo, o crítico Luiz Zanin Oricchio escreveu sobre ele. Eis aqui um trecho:

“Cenas de busca e ação alternam-se às sequências de tortura a que Jofre é submetido. Entre as duas, imagens do ufanismo popular ao acompanhar o desempenho da seleção brasileira no México. As transmissões de TV, lembre-se, eram embaladas pela marchinha triunfal de Miguel Gustavo, a música-tema do “escrete canarinho”. Daí o título.

“O filme tem partes fortes, como as impiedosas cenas de tortura. Põe o dedo num tema-tabu (até hoje), a colaboração de empresários com a repressão política. Para se ter ideia, um único documentário tratou do assunto, a obra de exceção Cidadão Boilesen (2009), de Chaim Litewski, sobre o empresário Henning Boilesen, da Ultragás, benemérito da Operação Bandeirantes e morto por grupos da esquerda armada.

“Os pontos menores ficam por conta de uma estrutura dramática frágil, que afrouxa a tensão em certos momentos. A decisão de restringir a prática da tortura a grupos autônomos, sem conexão aparente com o aparelho do Estado, torna notória a consciência de que o filme passaria pela censura à custa de algumas concessões. Estas se explicitam no painel de abertura, no qual se lê que o governo empenhava-se na luta contra o extremismo armado, ‘de um lado, a subversão da extrema esquerda, de outro, a repressão clandestina’.

“No confronto diluído com a experiência devastadora da ditadura, o desenho estético molda Pra Frente Brasil como produção ao grande público. Tendência que o crítico Ismail Xavier chama de ‘naturalismo da abertura’. Hoje, é fácil criticar. Aqueles eram tempos mais ásperos e não se pode tirar de Pra Frente Brasil o mérito de, no calor da hora, haver denunciado, ainda que de forma incompleta, o arbítrio, a violência e o sufoco da ditadura.”

(Abaixo, a notícia no Jornal da Tarde.)

O Brasil tem talento demais!

Gostaria ainda de fazer uns poucos registros.

* O primeiro é um detalhinho de nada, mas que me parece importante: a existência ou não da vírgula no título. A rigor, em bom Português, a vírgula existe, é necessária, já que “Brasil” aí é vocativo, e vocativo deve sempre estar entre vírgulas. Mas o fato é que a coisa varia de acordo com a fonte; o próprio texto de introdução do filme não tem a vírgula. Assim, procurei, aqui, ao transcrever textos dos outros, manter a grafia usada pelos autores, Quando sou eu falando, uso a vírgula.

* Como diz o livro de Salvyano Cavalcanti de Paiva, o elenco é cheio de ases, grandes nomes do cinema, teatro e TV brasileiros. O que me impressionou especialmente foi ver três atores de grande fama fazendo participações especiais, em papéis minúsculos, quase como se fossem meros figurantes. Para mim, isso é uma comprovação nítida de como o projeto do filme tinha o respeito da classe artística.

Claudio Marzo até que aparece em durante uns dois ou três minutos na tela, como Sarmento, o opositor da ditadura que é morto pela repressão quando dividia um táxi com Jofre, logo no início da narrativa;

Flávio Migliaccio faz um motorista de táxi que aparece rapidamente numa sequência em que há um congestionamento de trânsito;

e Irma Álvarez faz uma executiva de uma grande companhia, a quem Miguel vai fazer perguntas sobre Garcia, o estranho que costuma ser muito bem recebido pelo dono da empresa em que trabalha.

* O diretor de fotografia é um dos maiores que o cinema brasileiro já teve, Dib Lutfi (1936-2016), que trabalhou com praticamente todos os grandes realizadores brasileiros dos anos 60 aos 90. Dib é irmão de João Lutfi, compositor, cantor, poeta e diretor de oito filmes, entre eles Esse Mundo é Meu (1964), Juliana do Amor Perdido (1970) e A Noite do Espantalho (1974). João Lutfi é mais conhecido como Sérgio Ricardo

* Paulo Mendonça, que assina o conto “Sala Escura”, origem do roteiro de Roberto Farias, é uma figura fantástica, incrível, que deveria ser muito mais conhecida e reconhecida. O sujeito é o absoluto multi-talento. Administrador de Empresas com especialização em Informática,

foi chefe do Departamento de Sistemas da Bolsa de Valores do Rio de Janeiro, diretor de Informática da Bolsa Brasileira de Futuros, Consultor da Bolsa de Mercadorias de S. Paulo, da BM&F, Bolsa de Mercadorias e Futuros de SP, e da Bolsa de Valores de SP, diretor de Operações do banco BRJ, superintendente geral da Andima, Associação Nacional das Instituições de Mercado Aberto.

Além de toda essa atuação na área financeira e empresarial, o cara é fotógrafo, poeta, compositor, teatrólogo, roteirista, produtor e diretor de cinema. Foi um dos fundadores do Canal Brasil, que dirigiu de fevereiro de 2004 a dezembro de 2018; em 2023, continua membro de seu Conselho de Administração. Foi membro do Conselho Superior de Cinema e do Comitê Gestor do FSA, Fundo Setorial do Audiovisual da Ancine. E também do Conselho Curador da Fundação Padre Anchieta. Desde 2017 é vice-presidente da Academia Brasileira de Cinema.

Chega? Não, não chega. O cara é, ao lado de João Ricardo, o compositor de “Sangue Latino”, um dos maiores sucessos dos Secos & Molhados.

* A trilha sonora – meu, que luxo! – é de autoria de Egberto Gismonti. Anos depois do lançamento do filme, Egberto entregaria o principal tema da trilha sonora para que seu amigo Geraldinho Carneiro, hoje um imortal da Academia Brasileira de Letras, fizesse uma letra, o que resultou na maravilhosa canção “Caravela”. Olivia Byington a gravou, com sua voz de diamante, no álbum Melodia Sentimental, de 1987, com o próprio Egberto ao piano, e depois no disco Olívia Byington e João Carlos Assis Brasil, de 1989.

O Brasil tem talento demais, meu Deus do céu e também da Terra!

Anotação em fevereiro de 2023

Pra Frente, Brasil

De Roberto Farias, Brasil, 1982

Com Antônio Fagundes (Miguel Godói),

Natália do Vale (Marta Godói, a mulher de Jofre),

Reginaldo Faria (Jofre Godói),

Carlos Zara (Barreto, o torturador-chefe).

Elizabeth Savalla (Mariana, a namorada de Miguel),

e Paulo Porto (Geraldo, o dono da empresa), Luiz Armando Queiroz (Rubens, colega de Miguel e Jofre), Neuza Amaral (Vera, mulher de Rubens), Ivan Cândido (Garcia, o arrecadador de fundos para a repressão), Lui Farias, (Zé Roberto), Expedito Barreira, Rogério Blum, Dennis Bourke, Renato Coutinho, Newton Couto, João Batista do Reino, Maurício Farias, Odenir Fraga, Alvaro Freire, Ana Giata, Pedro Giata, Ivens Godinho, Alvaro Lima, Hélio Mascarenhas, Milton Moraes, Paulo Neves,  

Gisela Padilha, José Carlos Peixoto, Dalmo Peres, Ivone Pimentel, Alviemar Pio

(e, em participação especial), Claudio Marzo (Sarmento, que é morto pela repressão), Flávio Migliaccio (motorista de táxi), Irma Álvarez (executiva)

Roteiro Roberto Farias  

Baseado em história de Reginaldo Faria e Paulo Mendonça    

Fotografia Dib Lutfi

Música Egberto Gismonti

Montagem Mauro Farias, Maurício Farias, Roberto Farias

Desenho de produção Tetê Amarante

Figurinos Mara Aché, Tetê Amarante

Produção Roberto Farias, Embrafilme, Produções Cinematográficas R.F. Farias Ltda.

Cor, 105 min (1h45)

***1/2

 

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