O Destino de Haffmann / Adieu, Monsieur Haffmann

4.0 out of 5.0 stars

(Disponível na Netflix em 2/2023.)

O Destino de Haffman, no original Adieu, Monsieur Haffmann, é uma absoluta maravilha, um filmaço, uma obra-prima.

Tinha ouvido falar bem dele – mas o filme foi me surpreendendo mais e mais a cada momento. É daqueles imperdíveis – um dos melhores que vi nos últimos muitos meses.

Há várias qualidades, características impressionantes no filme. Talvez a mais impressionante de todas elas seja como o diretor Fred Cavayé, o roteiro (de autoria dele e de Sarah Kaminsky, com base na peça teatral de Jean-Philippe Daguerre) e o trio central de atores conseguiram construir tão esplendidamente os personagens daquele drama pesado, claustrofóbico, tenso, enervante, apavorante.

É como se a gente ficasse conhecendo na vida real aquelas pessoas, o ourives e joalheiro judeu Joseph, seu empregado François Mercier e a jovem mulher dele, Blanche – os papéis, respectivamente, de Daniel Auteuil, Gilles Lellouche e Sara Giraudeau. Como se a gente convivesse longamente com aquelas três pessoas engolfadas juntas numa tragédia sem fim, na Paris de 1941, invadida e tomada pelas tropas nazistas.

E como a gente sofre junto com eles! Meu Deus do céu e também da Terra – é fantástico como o espectador fica angustiado ao longo de praticamente todos os 115 minutos de duração do filme.

Personagens tão bem construídos, tão bem interpretados, que a gente se sente próximo deles, e sofre com eles.

A segunda característica impressionante demais deste belo filme, na minha opinião, tem a ver com o fato de que seu tema já foi bastante abordado pelo cinema. E no entanto…

Três pessoas com as vidas transtornadas

É necessário apresentar uma sinopse, mas o problema é que não domino essa ciência de saber resumir o essencial de uma trama… Transcrevo duas, acrescentando apenas uma ou outra palavrinha – a da Wikipedia e em seguida a do AlloCiné, o site que tem tudo sobre os filmes franceses. Acho que elas se complementam:

Em Paris, em 1941, durante a ocupação alemã, Joseph Haffmann (Daniel Auteil), um joalheiro judeu, entrega sua loja a seu empregado

François Mercier (Gilles Lellouche), antes de tentar chegar à zona livre, o território francês não ocupado. Como não consegue, Haffmann se esconde no porão do prédio de sua casa e da joalheria. Mercier aceita essa situação imprevista com a condição de que seu agora ex-patrão admita um acordo um tanto especial.

Paris, 1941. François Mercier é um homem simples, cuja aspiração é apenas formar uma família com a mulher que ele ama, Blanche. Ele é empregado de um joalheiro talentoso, Monsieur Haffmann. Mas, com a ocupação alemã, os dois homens não terão outra opção a não ser selar um acordo, cujas consequências, ao longo dos meses, vai transtornar o destino daquelas três pessoas.

Uau! Duas boas sinopses – corretas, sintéticas. Sem revelar mais do que o necessário. Por que diabos eu nunca consigo esse dom da síntese?

Eu acrescentaria que o filme tem o cuidado de nos informar os meses dos acontecimentos. Junto das primeiras sequências vemos o letreiro de que estamos em maio de 1941. Quando estamos chegando aos 35 dos 115 minutos do filme, é setembro. Perto de 65 minutos, janeiro de 1942, e, com 75 minutos, julho de 1942.

Para lembrar: os alemães ocuparam Paris em junho de 1940. Só em agosto de 1944 a cidade seria libertada pelas tropas aliadas.

(E, já que falei de datas, é bom lembrar também os dias 16 e 17 de julho de 1942. A época, portanto, em que se passa o fim deste Adieu, Monsieur Haffmann. Nesses dias, em um dos eventos mais vergonhosos da História do país da liberdade, igualdade, fraternidade, a polícia francesa prendeu mais de 13 mil judeus em Paris; amontoou essa multidão no Velódromo de Inverno, e dias depois a entregou aos nazistas. Quase todas aquelas pessoas seriam meses mais tarde assassinadas em campos de extermínio na Polônia. O episódio é mostrado no filme Amor e Ódio/La Rafle, de Rose Bosch, uma co-produção França-Alemanha-Hungria de 2010.)

Um tema muito abordado, uma história surpreendente

Um judeu que se esconde. Um gói, um não judeu, que passa a ser o dono do negócio da pessoa que teve que fugir ou se esconder. Sim, esse tema já foi bastante abordado pelo cinema, já rendeu belos (e tristes) filmes.

* O primeiro de que me lembrei, quando começávamos a ver este Adieu, Monsieur Haffmann, foi A Pequena Loja da Rua Principal, de Ján Kadár e Elmar Klos, produção da então Checoslováquia comunista de 1965, aquela pérola, Oscar de melhor filme estrangeiro. Durante a ocupação nazista, um humilde carpinteiro é nomeado “controlador ariano” da loja de uma velhinha judia.

* O Diário de Anne Frank, é claro – a história real que emocionou, comoveu o mundo da garotinha judia cuja família vive escondida no sótão de uma casa na Holanda, e já foi filmada várias vezes, uma delas por George Stevens, em 1959, com Millie Perkins no papel-título, oito indicações ao Oscar, três prêmios.

* O Último Metrô, de François Truffaut, 1980, história original e roteiro do cineasta e sua colaboradora Suzanne Schiffman. Na Paris ocupada pelos nazistas, a atriz Marion Steiner (Catherine Deneuve), casada com o diretor de teatro judeu Lucas Steiner (Heinz Bennent), tem que mantê-lo escondido no porão enquanto tenta tocar a vida normalmente, encenar peças, receber o público.

* A Chave de Sarah, de Gilles Paquet-Brenner, produção francesa de 2010 baseada em romance de Tatiana De Rosnay. Quando a polícia chega a seu apartamento para levar presa toda a família, a garotinha Sarah esconde o irmão mais novo em um armário construído atrás de uma parede falsa.

Deve seguramente haver outros filmes sobre esse tema, além desses. Há filmes demais sobre o Holocausto, o Shoah – e ainda bem que há. Por uma dessas coincidências de que é feita a vida, depois que vimos esta beleza de filme aqui recebi um comentário sobre minha anotação a respeito de Lore, co-produção Alemanha-Austrália de 2012; fui reler meu texto, e dei com uma fantástica afirmação da personagem de Sophia Loren em O Condenado de Altona, de Vittorio De Sica, de 1962. Ela diz que a Alemanha comete o erro imperdoável de esquecer o que aconteceu entre 1933 e 1945, e acrescenta: – “Lembre-se das palavras de Goethe. Aqueles que não se lembram de seu passado estão condenados a repeti-lo.”

E aqui finalmente chego ao ponto exato que é a segunda característica impressionante demais deste Adieu, Monsieur Haffmann: apesar de falar de tema já tão abordado, o autor Jean-Philippe Daguerre conseguiu o grande feito, a proeza de criar uma história absolutamente original.

É de cair o queixo. É de emocionar profundamente o espectador.

É de aplaudir de pé como na ópera.

Um mundo de sentimentos, de emoções

A terceira característica que me impressionou no filme foi a amplitude das emoções, das posturas, dos sentimentos humanos que aqueles três personagens – o patrão judeu que vira prisioneiro, o empregado que vira patrão e sua tímida, humilde mulher – demonstram diante de nós.

Gosto demais da definição de que no conjunto da obra de Shakespeare existem todos, todos os sentimentos humanos. Gosto de dizer que, no cinema, o cineasta que mais se aproxima disso é o gênio Akira Kurosawa. E tenho certeza de que o mestre japonês aplaudiria este filme de Fred Cavayé, um diretor que, nos últimos 14 anos, de 2008 a 2022, dirigiu sete longa-metragens – Haffmann é o sétimo.

Ciúme. Vergonha. Orgulho. Inveja, despeito. Amor. Raiva. Revolta. Ódio. Medo, pavor. Gratidão. Cobiça, ganância.

É um mundo de sentimentos, emoções.

Três personagens muitíssimo bem construídos, um mundo de sentimentos, emoções, uma história absoluta, surpreendentemente original. É muito impressionante.

A personagem feminina, e também a atriz que a interpreta, me impressionaram demais.

As primeiras características de François e Blanche Mercier que vemos é que eles são pobres, humildes, de pouca educação formal – e se amam, se amam muito. François tem um problema em uma das pernas, é coxo, e essa condição pesa sobre ele. É trabalhador, esforçado – gostaria de ser um bom ourives. Blanche é bem mais jovem que ele, e, perto dele, é um tanto mignonzinha, frágil. Seu grande sonho na vida – a gente ficará sabendo disso lá pelo meio da narrativa – era ter estudado para ser datilógrafa. Trabalha em uma lavanderia, e vemos que não é uma pessoa muito jeitosa; ao contrário, tadinha, é meio desajeitada.

O casal quer muito ter filhos. Vão a um médico, que, após exames, diz que Blanche não tem problema algum, é perfeitamente saudável, pode ter filhos, sim.

Quando François conta para ela o plano que havia sido apresentado a ele pelo patrão, de passar a ser o dono do imóvel – da casa e da joalheria –, a ser devolvido quando a guerra terminasse, Blanche, em vez de ficar feliz, demonstra-se insegura. Será que isso é bom?, ela demonstra que está pensando.

François mostra para ela a casa que era do patrão tomado por uma imensa alegria. Uma casa imensa – só o quarto de dormir era maior que toda a casa deles. Mostra a cama, comenta que o patrão havia feito três filhos ali.

Blanche não demonstra alegria, e sim temor diante daquelas novidades, daquele mundo desconhecido.

Sara Giraudeau está absolutamente espetacular

A essa altura, Haffmann já havia conseguido enviar a mulher e os três filhos, com a ajuda de um “passeur”, passador, que as legendas tratam como contrabandista, para o território francês livre, não ocupado pelas tropas nazistas. Mas, quando ele vai partir também, a vigilância sobre os judeus havia aumentado demais; ele não pode sair, e então se esconde no porão do prédio, à espera de uma oportunidade de fugir.

A situação não é boa para ninguém, é claro – mas quem parece mais incomodada com tudo aquilo é ela, Blanche.

Isso mesmo antes de o marido surgir com a proposta indecente.

Bem mais tarde, Blanche dirá para Haffmann uma frase que fica na cabeça do espectador, para não sair mais:

– “Você não deveria ter dado a loja para ele. Antes ele não tinha nada, agora ele quer tudo.”

Não conhecia essa moça Sara Giraudeau. Quer dizer, ela está em um dos episódios de Criminal: França (2019), e também em A Bela e a Fera versão 2014, dirigida por Christophe Gans, mas não havia reparado bem nela. Nasceu na região de Hauts-de-Seine, em 1985, dez anos depois da minha filha; tem 34 títulos no currículo, já teve duas indicações ao César, uma em 2016, como atriz promissora, por Les Bêtises, outra em 2018, como coadjuvante, por Petits Paysan – e este César ela levou.

Daniel Auteil não me surpreendeu – é sempre bom demais. Gilles Lellouch sempre é bom também, mas esta sua interpretação é sem dúvida extraordinária, uma das melhores de sua bela carreira. Mas a verdade é que, para mim, a grande surpresa, a grande novidade foi essa moça Sara Giraudeau, Ela está absolutamente brilhante.

Um detalhinho que faço questão de registrar: a canção que Blanche gosta de ouvir, do disco que, em um momento de fúria, François estraçalha, é “Parlez-moi d’Amour”, de Jean Lenoir, cantada por Lucienne Boyer (1901-1983). É uma gravação de 1930, que fez um sucesso extraordinário e recebeu o primeiro Grand Prix de discos da indústria fonográfica francesa. Com uma voz “incrivelmente grave, calorosa e matizada, com algumas notas um pouco quebradas para deixar a confidência mais tocante”, segundo o livro 100 Ans de Chanson Française, Lucienne Boyer “fez escola” e influenciou Jacqueline François, Lucienne Delye, Juliette Gréco, Barbara. A canção “Parlez-moi d’Amour” foi regravada por meio mundo musical francês: Dalida, Juliette Gréco, Marie Laforêt, Mireille Mathieu, Nana Mouskouri, Patrick Bruel, Sacha Distel, Serge Reggiani…

Um diretor eu sabe emocionar o espectador

Dos seis filmes anteriores do realizador Fred Cavayé eu havia visto dois. Nada a Esconder/Le Jeu (2018) é um filme bastante bom – a versão francesa do italiano Perfeitos Desconhecidos/Perfetti Sconosciuti, de Paolo Genovese, que teve diversas refilmagens mundo afora. “Uma daquelas boas surpresas: parece ser apenas uma comedinha, um divertissement, e se revela bem mais do que você esperava”, conforme anotei.

Tudo por Amor/Pour Elle (2008), o primeiro de seus até agora oito longas, é uma beleza. Minha anotação começava assim: “Uma maravilha de filme, um drama humano pesado, denso, que é também um thriller eletrizante, envolvente, e um belo estudo de personagens. O diretor Fred Cavayé consegue criar um clima forte, que deixa o espectador em suspense o tempo todo, torcendo desesperadamente pelos protagonistas.”

Achei interessante reler isso. Essa coisa de deixar o espectador torcendo desesperadamente pelos protagonistas está presente o tempo todo neste Adieu, Monsieur Haffmann – e é uma característica que já estava nítida no longa de estréia do realizador.

Não achei muitas informações sobre Jean-Philippe Daguerre e sua peça teatral que deu origem ao filme. Daguerre, nascido em 1968 e formado no Conservatório de Bordeaux, figura na Wikipedia em francês mais como ator e diretor de teatro do que como dramaturgo. Dirige uma companhia teatral, Le Grenier de Babouchka, e produziu e dirigiu a encenação de diversos clássicos, como O Doente Imaginário e Cyrano de Bergerac.

A peça Adieu, Monsieur Haffmann venceu quatro prêmios Molière, o mais importante do teatro francês, em 2018 – três prêmios de interpretação e o de melhor espetáculo do teatro privado. (Pois é, parece que na França tem disso. A presença do Estado é sempre forte.)

Segundo o site AlloCiné, Daguerre e Fred Cavayé são amigos há mais de 20 anos. O diretor viu a peça e quis fazer um filme a partir dela, mas fazendo alterações. Teve o sinal verde do amigo, e trabalhou então com Sarah Kaminsky na adaptação e depois no roteiro. O site que tem tudo sobre os filmes franceses não tem propriamente tudo, porque não fala sobre que alterações, afinal, foram feitas. Apenas transcreve essa declaração do diretor: “Jean-Philippe me autorizou a tomar todas as liberdades possíveis. Então mantive o ponto de partida de Adieu, Monsieur Haffmann e fiz os personagens evoluírem de forma diferente, em especial o de François.”

Dois grandes atores reunidos. E um Kinski

Este aqui foi o terceiro filme em que Cavayé dirigiu Gilles Lellouche. Três entre sete! O ator esteve também em À Queima Roupa/À Bout Portant (2010) e Minha Culpa/Mea Culpa (2014). “Sou ultra fã dele”, disse o diretor. “Sei há muito tempo que é um ator imenso, e eu achava interessante que ele pudesse interpretar um canalha, para mostrar algo diferente daquilo que se conhece dele.”

Diz ainda o diretor, segundo o AlloCiné: “Uma maravilha que me fascina é o encontro de ‘monstros’ do cinema. E, francamente, Daniel (Auteil, é claro) faz parte dos maiores. O encontro desses dois, no auge de sua geração, era algo que me deixava apaixonado.” E Gilles Lellouche se derrama igualmente diante de Daniel Auteuil: “Quando eu cheguei a Paris para começar a carreira, Daniel Auteuil estava no firmamento de sua glória e do cinema francês. Havia Gérard Depardieu e ele. Daniel alimentou meu desejo de ser ator com uma exigência incrível.”

Há no elenco um Kinski. Vi o sobrenome nos créditos e, claro, fiquei curioso em saber qual seria o parentesco. Pois Nikolai Kinski – que interpreta o comandante Jünger, o oficial nazista filho de ourives que se encanta com as peças expostas na joalheria Haffmann et Fils, já então rebatizada de Mercier – é filho de Klaus e meio irmão de Nastassja. Diz dele o diretor Cavayé: “Seu espectro de interpretação é incrível. Adoro seu olhar frio que pode também parecer feminino. Eu achei interessante que esse personagem ligeiramente precioso, apaixonado pelas jóias, tivesse ligação com mulheres um pouco vulgares. Essa ambivalência é bastante inquietante. Ele é um ator brilhante, que além de tudo tinha a vantagem de ter um verdadeiro sotaque alemão.”

Vejo que, na média de 22 críticas observadas pelo site AlloCiné, o filme obtém a nota 3,3 em um total de 5. A média de 3.022 notas dadas pelos leitores ficou em 3,9 em 5. E vejo na Wikipedia que publicações não tradicionais como Ouest-France, Télé-Loisirs e La Voix du Nord fazem grandes elogios ao filme: “uma lição de história sutil e terrivelmente eficaz”; um filme “intenso e muito emocionante”; “um drama entre quatro paredes contido, e três belas interpretações dos atores Daniel Auteuil, Gilles Lellouche e Sara Giraudeau”. Enquanto os respeitabilíssimos Le Monde e Cahiers du Cinéma foram bastante mais reticentes.

Acho que eu definitivamente não entendo coisa alguma. Porque para mim este Adieu, Monsieur Haffmann é um absoluto show de sensibilidade, cinema de gente grande da maior qualidade. Uma obra-prima.

Anotação em janeiro de 2023

O Destino de Haffmann/Adieu, Monsieur Haffmann

De Fred Cavayé, França-Bélgica, 2021

Com Daniel Auteuil (Joseph Haffmann),

Gilles Lellouche (François Mercier),

Sara Giraudeau (Blanche Mercier)

e Nikolai Kinski (comandante Jünger), Mathilde Bisson (Suzanne, amiga de Jünger), Anne Coesens (Hannah Haffmann), Jérôme Cachon (policial civil), Guillaume Marquet (policial), Yoann Blanc (o açougueiro que ajuda pessoas a fugirem), Pierre Forest (o médico), Claudette Walker (a sra. Rosenberg), Pierre Reggiani (o sr. Rosenberg), Philipp Weissert (soldado alemão da bola), Jean-Cyril Durieux (soldado alemão da bola), Pascal Lifschutz (o alfaiate), Caroline Nolot (a mulher do alfaiate), Pierre Benoist (o pintor), Laurent Bozzi (policial civil francês), Néma Mercier (Dora Haffmann, filha), Alessandro Lanciano (André Haffmann, filho), Tiago Coelho (Maurice Haffmann), Corinne Gautier-Bourguelle (a dona da lavanderia)

Roteiro, adaptação e diálogos Fred Cavayé & Sarah Kaminsky

Baseado na peça teatral homônima de Jean-Philippe Daguerre

Fotografia Denis Rouden

Música Christophe Julien        

Montagem Mickael Dumontier, Stéphane Garnier

Casting Michael Laguens        

Desenho de produção Philippe Chiffre

Produção Philippe Rousselet, Daï Daï Films, Pathé, Orange Studio, France 2 Cinéma.

Cor, 115 min (1h55)

****

 

3 Comentários para “O Destino de Haffmann / Adieu, Monsieur Haffmann”

  1. Bravo! Achei tb que a “proposta indecente”, como no filme mediano, fez a moça se apaixonar. Beijo.

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