Há dois adjetivos, em especial, que 9 entre cada 10 críticos de cinema adoram usar quando querem desancar com um filme, quando querem reduzi-lo a pó de cocô do cavalo do bandido: “acadêmico” e “palavroso”.
Terra das Sombras/Shadowlands, que Richard Attenborough lançou em 1993, é acadêmico e palavroso. Uma beleza de filme.
Quando empinam os narizes e fuzilam um filme com a pecha de “acadêmico”, os críticos querem dizer que é formalmente vetusto, caquético, antiquado, sem ousadias, revoluções. É o que eu chamo de sem invencionices, sem criativóis, sem fogos de artifício. Filmes que contam uma história de forma escorreita, tranquila, clássica.
Sim, este é o estilo de Sir Richard Attenborough, esse inglês que viveu 90 anos, entre 1923 e 2014, 71 deles dedicados ao cinema, primeiro como ator, depois e simultaneamente como produtor e diretor. Exatamente o estilo de David Lean, o homem que o dirigiu na sua estréia como ator, em 1942, em Nosso Barco, Nossa Alma/In Which in Serve, um filme que fazia parte do esforço de guerra.
Dele diz Jean Tulard: “Esse filho de um reitor de universidade, no início ator de teatro, atraído para o cinema por Noël Coward, posteriormente ator e produtor, não tem nada de revolucionário.” (Ou seja: é acadêmico!) “Devemos a ele, contudo, uma das obras mais anticonformistas do cinema britânico: nela, os soldados morrem num cenário de opereta. Cavam-se as trincheiras cantando, generais e políticos dançam quadrilhas endiabradas. Oh! Que Bela Guerra causou um belo escândalo.”
Muita gente talvez não ligue o nome à pessoa, mas já o viu como ator: ele fez o papel de John Hammond, o milionário que resolve criar um parque de diversões com dinossauros em O Mundo Perdido: Jurassic Park, que Steven Spielberg dirigiu em 1997, quatro após este Shadowlands.
Dirigiu apenas 12 filmes, e é fundamental notar que sete deles mostram histórias reais, são biografias de pessoas reais: As Garras do Leão (1972), sobre a juventude de Winston Churchill, Gandhi (1982), Um Grito de Liberdade/Cry Freedom (1987), sobre o ativista sul-africano anti-apartheid Steve Biko, Chaplin (1992), No Amor e na Guerra (1996), sobre a participação de Ernest Hemingway na Primeira Guerra Mundial, O Guerreiro da Paz, sobre Archie Grey Owl, um canadense branco que se fez passar por índio, e este Terra das Sombras.
Uma belíssima história de amor, com dois dos maiores atores que há
Terra das Sombras é uma adaptação da peça teatral de William Nicholson, com roteiro do próprio autor, sobre um período da vida de Clive Staples Lewis (1898-1963), romancista, poeta, acadêmico (pois é…), medievalista, crítico literário, ensaísta, teólogo laico, homem de rádio, conferencista e apologista do cristianismo, como o define a Wikipedia.
Ou C. S. Lewis, que é como ele assinou seus livros, vários deles voltados para o público infanto-juvenil, como As Crônicas de Nárnia e A Trilogia Espacial. Ou, para os amigos, simplesmente Jack.
Mais especificamente, Shadowlands é a narrativa da história de amor entre C. S. Lewis e a poeta americana Joy Davidman. Uma história de amor maluca, esquisita, tristíssima, com momentos de grande felicidade – uma belíssima história de amor.
Uma história de amor entre dois escritores não poderia ser outra coisa que não palavrosa, certo?
Jack e Joy são interpretados por Anthony Hopkins e Debra Winger, esses dois atores excepcionais, extraordinários, dos melhores que já houve na história do cinema.
Uma belíssima história de amor, dois atores esplêndidos, a direção firme, competente, rigorosa, clássica, acadêmica – com muito orgulho – de Richard Attenborough. Claro que é uma beleza de filme.
Um sujeito que sabe de tudo na teoria – mas não entende coisa alguma da vida prática
Na vida real, Lewis deu aulas (de literatura inglesa) tanto na Universidade de Oxford quanto na Universidade de Cambridge – o que equivaleria mais ou menos a alguém jogar no Fla e também no Flu. No filme, Cambridge não aparece, não é citada: a narrativa se concentra em Oxford, onde ele deu aulas entre 1925 e 1954 no Magdalen College. Um letreiro nos informa, bem no início da narrativa: “Esta história real se passa na Cidade Universitária de Oxford – 1952”.
Lewis estava então com 54 anos. Joy, que vai aparecer pela primeira vez quando o filme já está aí com uns 15 minutos, estava então com 37.
As primeiras sequências mostram para o espectador um pouco do Magdalen College – aquela coisa séria, sisuda, formalíssima, aristocrática das centenárias universidades britânicas – e de C. S. Lewis.
O Lewis mostrado por Richard Attenborough e Anthony Hopkins é aquele tipo de intelectual que é intelectual 24 horas por dia, sabe bastante de tudo o que é possível saber na teoria mas, da vida prática, não entende bulhufas, coisa alguma, nadica de nada. Jamais se casou; muito provavelmente jamais namorou uma mulher; se por acaso já esteve na cama com alguma, com toda certeza foi uma profissional.
Mora numa confortável casa de dois andares com seu irmão mais velho, Warnie (Edward Hardwicke), também professor no Magdalen College, militar da reserva, conhecido por alguns como major Lewis.
Assim como o irmão, Warnie parece não ter a menor idéia do que sejam as mulheres. A única mulher que eles parecem conhecer é a governanta que faz tudo na casa – uma senhora idosa e obesa.
Os dois irmãos dividem um grande escritório no térreo da casa. Um belo dia, Lewis diz para Warnie que recebeu mais uma carta daquela senhora americana, Joy Gresham, uma judia comunista que escreve poemas.
– “Americanos não compreendem nada sobre inibição”, comenta Warnie.
A senhora americana judia comunista informa em uma nova carta que estará em breve visitando a Inglaterra.
O espectador percebe que Jack está se apaixonando – mas ele, não
É, de fato, uma esplendorosamente bela a história de amor entre o inglês sisudo, que seguramente estava certo de que morreria celibatário, e a americana jovial, passional, que era a segunda mulher de William Lindsay Gresham, um escritor de renome em seu tempo, alcoólatra, em um casamento fadado a acabar logo.
É absolutamente fascinante como o espectador vai vendo que Lewis está se apaixonando por Joy – mas ele mesmo não se dá conta de nada, já que, afinal, nunca tinha tido qualquer experiência parecida como afeto, ternura, amor, paixão.
A forma com que os dois se relacionam, os eventos que vão ocorrendo, é tudo cativante, simpático, interessante – até que vem o baque do câncer dela, e, aí, a partir da metade da narrativa, há a tragédia pairando sobre o casal, mas ainda assim é uma história de amor especial, e especialmente bela.
Com as interpretações de Anthony Hopkins e Debra Winger, então, é uma maravilha absoluta.
Não me lembrava de quase nada da história, ao rever o filme agora, muitos anos depois de ter visto pela primeira vez. Mas me lembrava muitíssimo bem de um diálogo, um dos diálogos mais fantásticos que há.
Lewis está dando uma de suas palestras em Londres – ele dava muitas palestras em associações cristãs, falando de temas motivacionais, de ajuda à vida das pessoas, de auxiliar as pessoas a enfrentarem os problemas graves da vida.
Joy e seu filho Douglas (Joseph Mazzello) haviam retornado aos Estados Unidos fazia alguns meses. Não haviam se declarado ainda, não havia namoro algum até então – apenas uma relação cordial.
No meio da palestra, diante de um auditório lotado, no entanto, ele percebe que Joy está lá na platéia.
Ao final da palestra, ele vai caminhando em direção a ela. Diversas senhoras o cercam, tentam cumprimentá-lo. Ele as cumprimenta sem prestar a menor atenção a elas, o olhar fixo em frente, em direção a ela.
Todos vão indo embora, os dois ficam sozinhos do meio do amplo salão. Ele diz várias vezes que esteve pensando nela.
Uma mulher da organização da palestra o chama, há um compromisso em seguida em outra sala. Ele diz que está conversando com uma amiga.
O diálogo perde muitíssimo da força e da beleza na tradução, porque é um jogo de palavras, feito por quem vive de jogar com as palavras, uma poeta e um escritor-professor-ensaista.
Ele: – “I was thinking about you… and suddenly… there you were.”
Eu estava pensando em você… e de repente… aí você estava.
Ela: – “No. Here I am. Present tense. Present and tense.”
Não. Eu estou aqui. Tempo presente (presente do indicativo). Presente e tensa.
Ah…
Quem, entre as pessoas que vivem de mexer com palavras, não gostaria de ter escrito isso?
Voltei o filme umas 15 vezes para ver a maravilha que é Debra Winger falar a frase maravilhosa.
Uma atriz superlativa, que brilhou demais e depois saiu fora do jogo
Alguém escreveu uma vez que um dos motivos que havia, nos anos 80, para alguém sair de casa e entrar numa sala de cinema era Debra Winger.
Eu sempre digo que uma das coisas mais tristes do cinema é Debra Winger não ter feito um número muito maior de filmes, não ter tido a oportunidade de fazer filmes melhores. Ela, assim como Kathleen Turner, Bridget Fonda, Winona Ryder. Mas sobretudo ela.
Debra Winger estourou como uma estrela supernova no início dos anos 80. Em 1980, fez Cowboy do Asfalto/Urban Cowboy, ao lado de John Travolta, imenso sucesso de bilheteria. Em 1982, fez A Força do Destino/An Officer and a Gentleman, ao lado de Richard Gere, outro grande estouro, o quarto filme de maior bilheteria nos Estados Unidos em um ano que teve E.T. – O Extra-Terrestre, Tootsie e Rocky III. E, em 1983, veio Laços de Ternura/Terms of Endearment, outro imenso sucesso, 11 indicações ao Oscar, cinco vitórias.
A atriz teve duas indicações consecutivas ao Oscar, por A Força do Destino e Laços de Ternura. Teria sua terceira indicação exatamente pelo papel de Joy em Terra das Sombras.
Jamais ganhou o prêmio. Sempre teve fama de difícil, anti-estrela, anti-Hollywood, brigona, chata, cheia de opiniões, aquele tipo que quer discutir tudo.
Depois de Esqueça Paris/Forget Paris, de 1995, essa atriz superlativa, das melhores de sua época, resolveu cascar fora. Ficou seis anos longe dos sets de filmagem; um amigo dela, o escritor Tom Robbins, deu a seguinte explicação à revista New York: “Você poderia dizer que ela ficou desencantada com o negócio. Ela gostava do trabalho, mas não das outras coisas. E Hollywood é, na maior parte, as outras coisas”. A própria Debra explicou, na mesma matéria: “Eu queria sair fazia anos. Cansei de me ouvir dizendo que queria desistir.”
Voltou em 2001 com um filme dirigido pelo marido, Arliss Howard, Big Bad Love, que aparentemente passou em brancas nuvens. Em O Casamento de Rachel/Rachel Getting Married, de 2008, teve um papel secundário, da mãe da personagem de Anne Hathaway, a irmã da Rachel do título. Participou da série de TV Em Terapia/In Treatment, em sete episódios – mas, fora disso, não teve mais boas oportunidades.
A história de amor dos dois escritores foi série de TV, peça de teatro e filme
Shadowlands teve duas indicações ao Oscar; além de Debra Winger na categoria atriz, houve indicação para o prêmio de roteiro adaptado.
Foram três indicações ao Bafta: para Debra Winger, para Anthony Hopkins e para melhor filme. Ao todo, o filme teve 7 prêmios e outras 13 indicações.
Aqui vão algumas informações interessantes e/ou saborosas, tiradas da página de Trivia sobre o filme no IMDb:
* Na realidade, Joy teve dois filhos com seu primeiro marido, o escritor William Lindsay Gresham, David, nascido em 1944, e Douglas, nascido em 1945. O filme simplificou um pouco a história, e mostrou Douglas como se fosse o único filho. Os dois garotos de fato continuaram a viver com Lewis na Inglaterra – não voltaram para os Estados Unidos para ficar com o pai.
* Como C.S. Lewis não tinha herdeiros de sangue, Douglas e David Gresham se tornaram seus herdeiros, após sua morte, em 1963, uma semana antes que ele completasse 65 anos. Douglas foi um dos produtores da série de filmes baseada nas Crônicas de Nárnia.
* Originalmente, a história do encontro de C. S. Lewis e Joy Davidman, na época Joy Gresham, foi escrita por William Nicholson para uma série da TV britânica, com o mesmo nome, Shadowlands, de 1985, com Joass Ackland e Claire Bloom nos papéis principais. Foi mais tarde que Nicholson adaptou a história para o teatro – e depois ainda escreveu o roteiro do filme.
* Os produtores ofereceram a direção e o papel feminino central a Barbra Streisand, mas ela estava com outros projetos em vista. Depois, a direção foi oferecida a Sydney Pollack. Também não rolou – e, quando foi chamado, Richard Attenborough já aderiu ao projeto pensando em Anthony Hopkins e Debra Winger.
* Consta que Anthony Hopkins gosta de decorar suas falas sozinhos, enquanto Debra Winger, ao contrário, prefere ensaiar com um parceiro. Então o ator ensaiou sozinho, e Richard Attenborough leu as falas de Lewis enquanto Debra ensaiava.
* Em uma das cenas em que o garoto Douglas está lendo na cama, dá para ver, se o espectador for bem atento, que o livro é The Hobbit, de J.R.R. Tolkien. Tolkien e Lewis foram colegas em Oxford, e bastante próximos.
* O ator Jopseph Mazzello, que faz o garoto Douglas, interpretou o neto do personagem de Richard Attenborough no primeiro Jurassic Park de Spielberg.
Este Shadowlands tem muito a ver com Sempre Te Vi, Nunca Te Amei
São de fato interessantes esses fatos que a página de Trivia do IMDb sobre o filme reúne.
O maravilhoso site enciclopédico, no entanto, não fez a ligação que me parece mais óbvia – a deste Shadowlands com 84 Charing Cross Road, no Brasil Nunca Te Vi, Sempre Te Amei (1987).
1987, 1993 – apenas seis anos separam esses dois filmes que falam do relacionamento de um britânico com uma americana. Um britânico envolvido com letras, literatura, livros, com uma americana idem – sendo que nos dois filmes o britânico é interpretado pelo mesmo Anthony Hopkins.
Debra Winger neste aqui, Anne Bancroft em 84 Charing Cross Road. Duas ótimas atrizes interpretando americanas intelectuais, escritoras, liberais, avançadas, que estabelecem relacionamento – a princípio através de cartas – com britânicos sérios, sisudos, formais.
Duas histórias reais.
E passadas na mesma época, exatamente a mesma época: 84 Charing Cross Road se passa ao longo de 20 anos, mas começando em 1949, enquanto, como já foi dito, a ação de Shadowlands começa em 1952.
A mesma época, o mesmo mundo, a mesma conjuntura: pouquíssimos anos após o final da Segunda Guerra, os Estados Unidos assomando como o grande potência do mundo ocidental no lugar da Grã-Bretanha. Os Estados Unidos ricos, em processo de enriquecimento ainda maior, a Grã-Bretanha começando a sair da dureza imensa da guerra, da escassez de produtos.
São filmes primos, estes dois, sem dúvida alguma. Dois filmes sobre pessoas apaixonadas pelas palavras, imersas nas palavras.
“Dois atores perfeitos para interpretar esse casal improvável”
Uma outra curiosidade sobre a qual o IMDb não fala: num papel pequeno, de um dos diversos professores do Magdalen College, um tal Desmond Arding, aparece Julian Fellowes. O eventual leitor pode não ligar o nome à pessoa, mas Julian Fellowes é o criador e um dos roteiristas e produtores executivos de Downton Abbey. Foi também o roteirista de Assassinato em Gosford Park, e só por esses dois trabalhos já mereceria todo o respeito dos cinéfilos do mundo inteiro.
Leonard Maltin deu 3 estrelas em 4 ao filme. “Absorvente história do escritor britânico C.S. Lewis (The Lion, The Witch and the Wardrobe), cuja vida confortável e um tanto rígida como um professor de Oxford nos anos 1950 é chacoalhada pelo seu encontro com uma avançada poeta americana, Joy Gresham. Inteligente e tocante, com Hopkins no auge da forma, e Winger à sua altura; os atores coadjuvantes estão igualmente bem. Filmado em Oxford. Adaptado por William Nicholson de seu roteiro de televisão de 1985 e subsequente peça.”
Às vezes discordo frontalmente das opiniões de Maltin. Aqui, concordo com cada palavra.
Roger Ebert, talvez o melhor crítico de cinema que já existiu, um sujeito que de fato amava os filmes e amava falar sobre eles, deu a cotação máxima de 4 estrelas.
“Por muitos anos sua vida seguiu os mesmos padrões confortáveis. Ele é um professor e um escritor, um solteiro amante de cachimbo que vive em sua casa abarrotada de livros em Oxford com seu irmão. Por causa de seus livros para crianças, sua ficção científica e sua teologia pop, ganhou muitos admiradores, e dá reconfortantes palestras sobre o lugar do homem nos planos de Deus. Então a coisa mais extraordinária acontece. Ele se apaixona.
“Shadowlands é a história, baseada em fatos reais, do romance outonal envolvendo o escritor britânico C.S. Lewis e uma americana divorciada chamada Joy Gresham. (Ela ainda não era divorciada quando eles se conhecem, mas isso é um detalhinho.) Eles se encontram depois que ela escreve para ele uma carta cheia de admiração; a correspondência leva à sua primeira visita à Inglaterra, com seu jovem filho. Lewis a recebe como uma cortesia, e estava tão assentado em sua rotina de vida inteira que não sabe o que fazer quando fica claro, até mesmo para ele, que estava apaixonado.
“Shadowlands encontrou dois atores perfeitos para interpreter esse casal improvável, Anthony Hopkins e Debra Winger.”
E, bem mais adiante, quando se aproxima da conclusão do texto, Roger Ebert define o filme como inteligente, tocante e belamente interpretado. “O filme compreende que nem todas as pessoas se apaixonam através do caminho do desejo físico; que, para alguns, o desejo pode ser pela mente do outro, pela beleza interior. Anthony Hopkins, que ainda neste ano, em Remains of the Day, teve uma interpretação brilhante como um mordomo inglês fechado, crispado, que tinha medo do amor, aqui nos dá uma performance maravilhosa de um inglês intelectual extremamente introvertido que surpreende a si mesmo ao descobrir a coragem de amar.”
E aí Ebert fala de Debra Winger, essa deusa.
“Debra Winger não está menos extraordinária. Ela projeta uma tranquila empatia ao criar Joy Gresham, uma mulher que se apaixonou por Lewis através do que ele havia escrito. Seu personagem passa por uma série de delicados ajustamentos à medida em que ela o encontra e compreende que ele não é tão satisfeito consigo mesmo quanto ele crê. Ela acredita que fazer o outro mais feliz é um de seus propósitos na Terra. A habilidade dele de compartilhar essa visão é um pequeno triunfo, mas poucas pessoas conseguem a proeza.”
Ah…
Quando eu crescer, gostaria de escrever sobre filmes como Jean Tulard, como Roger Ebert… Mas acho que isso é querer demais.
Anotação em julho de 2016
Terra das Sombras/Shadowlands
De Richard Attenborough, Inglaterra, 1993
Com Anthony Hopkins (Jack, C.S. Lewis), Debra Winger (Joy Gresham)
e Edward Hardwicke (Warnie Lewis), Joseph Mazzello (Douglas Gresham), Michael Denison (Harry Harrington), John Wood (Christopher Riley), Peter Firth (Dr. Craig), Roddy Maude-Roxby (Arnold Dopliss), Tim McMullan (Nick Farrell), Julian Fellowes (Desmond Arding), Andrew Seear (Bob Chafer), Andrew Hawkins (Rupert Parrish), Peter Howell (o presidente da escola), Robert Flemyng (Claude Bird), James Frain (Peter Whistler)
Roteiro William Nicholson
Baseado em sua peça teatral
Fotografia Roger Pratt
Música George Fenton
Montagem Lesley Walker
Casting Lucy Boulting
Produção Price Entertainment, Spelling Films International, Shadowlands Productions.
Cor, 131 min
R, ***1/2
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