Meia-Noite em Paris / Midnight in Paris

Nota: ★★★★

Meia-Noite em Paris só poderia se passar em Paris. Não poderia ser Meia-Noite em Londres, ou em Nova York, ou em Moscou, ou em Berlim, ou em Roma, ou em Atenas, ou no Rio de Janeiro. Não apenas porque Paris é extraordinariamente bela. Londres, Roma, Berlim, Moscou, Rio também são belas cidades.

Mas a questão não é apenas a beleza. A questão é que nenhuma outra cidade do mundo teve, no passado, pelo menos duas Épocas de Ouro.

Essa observação – sagaz, brilhante – não é minha. Foi feita pela Mary, assim que acabamos de ver, deslumbrados, já com vontade de ver de novo, a mais recente pérola de Woody Allen.

Um autor que não perde o pique, a criatividade

Que me perdõem as milhares de pessoas que não suportam Woody Allen, mas o cara é muito genial demais da conta. E não perde o pique, a criatividade, a engenhosidade com que, a cada ano, constrói a trama de seu novo filme, e o talento e a competência com que o realiza. Em 2011, o ano de Meia-Noite em Paris, estava com 76 anos, e a criatividade para escrever suas histórias permanece absolutamente inalterada – ou talvez ainda mais aguçada do que décadas atrás.

Woody Allen já fez o personagem de um filme sair da tela e vir ao mundo real, conversar com a solitária espectadora Cecilia (Mia Farrow), em A Rosa Púrpura do Cairo (1985). Já fez dois de seus personagens voarem de tanta felicidade, em Todos Dizem Eu Te Amo (1996). Já hipnotizou personagens e os deixou fazendo coisas de que até Deus duvida, em O Escorpião de Jade (2001). Já botou atores de tragédia grega tentando alertar seu personagem sobre os perigos do destino, em Poderosa Afrodite (1995). Já botou morto para conversar com os vivos, em Scoop – O Grande Furo (2006).

Então, por que não umas viagenzinhas no tempo, para a Paris dos Anos Dourados, a década de 1920, onde nosso herói baterá papo com Ernest Hemingway, F. Scott e Zelda Fitzgerald, Gertrude Stein, Pablo Picasso, Salvador Dalí, Cole Porter, T.S. Eliot, Luis Buñuel, Henri Matisse? E depois para a Paris da Belle Époque de 1890, para encontros com Toulouse-Lautrec, Rimbaud, Paul Gauguin, Edgar Degas?

E é por isso que Mary estava absolutamente certa: que outra cidade do mundo teve pelo menos duas épocas douradas, em que se reuniram nela talentos como esses citados aí no parágrafo acima?

Um intróito de quase quatro minutos de estonteantes imagens de Paris

Em Manhattan, seu mais belo hino de amor à cidade em que nasceu, Woody Allen abriu o filme ao som de uma música fantástica – “Rhapsody in Blue”, de Gershwin – mostrando diversas tomadas de Nova York. Sobre a música, enquanto víamos as tomadas da maior metrópole americana, vinha a voz em off do próprio realizador, tentando iniciar um romance que teria como principal personagem a própria cidade.

Eram imagens belíssimas, num preto-e-branco glorioso fotografado por um gênio, Gordon Willis.

Meia-Noite em Paris abre com diversas tomadas de Paris – mas desta vez em cores, e desta vez sem voz alguma, apenas com uma beleza de música acompanhando a beleza das imagens. São quase quatro minutos desse intróito chocantemente belo, sem palavras – algo raro para Woody Allen, esse sujeito que fala pelos cotovelos e põe todos os seus personagens para despejar palavras como gotas d’água caindo pelas Cataratas do Iguaçu.

Há imagens dos pontos turísticos mais absolutamente tradicionais – a Torre Eiffel, as pontes sobre o Sena, Notre-Dame, o Arco do Triunfo, a Basílica de Sacré-Coeur, a Place Vendôme – e outras com ruazinhas estreitas e avenidas não identificadas, prédios centenários, as pessoas enchendo as ruas, os cafés, as lojas, os restaurantes.

E o colorido com que o diretor de fotografia Darius Khondji captou as imagens de Paris é uma absoluta maravilha. Cada uma das tomadas é uma obra de arte, com cores arrebatadoramente fortes.

As palavras vêem em off – da mesma maneira que em Manhattan –, mas só depois de encerrado o intróito. O primeiro diálogo acontece ao longo dos créditos iniciais, que seguem a mesma marca registrada de todos os filmes de Woody Allen desde sempre, a mesma tipografia que o realizador jamais abandonou.

Ouvimos um diálogo entre Gil (Owen Wilson) e Inez (Rachel McAdams, os dois nas fotos acima). Ele – veremos em seguida – é um roteirista de cinema, bem sucedido mas de saco cheio com o trabalho que considera menor. Como o Isaac Davis, o protagonista de Manhattan, Gil está escrevendo um livro; quer fazer um grande romance, o romance definitivo. Ela é uma pessoinha chata. Muito bonitinha, gostosinha, e filha de pais milionários (e republicanos, caretas, conservadores a não mais poder) – mas chata.

Gil: – “É inacreditável! Veja isso! Não há outra cidade no mundo como esta. Nunca houve.”

Inez: – “Do jeito que você fala, parece que nunca esteve aqui antes.”

Gil: – “Não venho aqui tantas vezes quanto gostaria, este é o problema. Você pode imaginar como escandalosamente bela é esta cidade na chuva? Imagine esta cidade nos anos 20. Paris nos anos 20, na chuva. Os artistas e escritores!”

Inez: “Por que toda cidade tem que ser na chuva? O que é maravilhoso em ficar toda molhada?”

 

Atores consagrados fazendo papéis pequeninos, quase pontas

Gil e Inez estão noivos, prestes a se casar. Aproveitaram uma viagem dos pais dela – John (Kurt Fuller) e Helen (Mimi Kennedy) – a Paris para virem também. Estão jantando, os quatro, num lugar grã-fino, quando surge outro casal, amigos de Inez: Paul (Michael Sheen) e Carol (Nina Arianda, os dois à direita na foto acima). Paul – veremos em seguida – já foi namorado de Inez, e Inez, aquela mocinha chata, tem grande admiração por ele, acha-o bonito, inteligente, culto.

Paul de fato tem alguma cultura – mas é sobretudo um chato de galocha, do tipo que acha que sabe tudo, é especialista em tudo, e está, a cada momento, discursando, mostrando seus conhecimentos. É um chato daquele tipo que Woody Allen adora espicaçar – basta lembrar do sujeito que fica falando abobrinha na fila do cinema em Annie Hall, e leva uma descompostura do então na moda Marshall McLuhan. Arrota conhecimento sobre tudo – mas ignora, por exemplo, que Camille Claudel jamais foi casada com Auguste Rodin. Um pedante – como definirá, mais tarde, uma guia turística que acompanhará os dois jovens casais por um passeio nos jardins da casa-museu do artista, diante da estátua do Pensador.

Essa guia turística vai aparecer em três seqüências, apenas – e é interpretada por ninguém menos que Carla Bruni (na foto abaixo), essa deusa, ex-top model de sucesso, cantora e compositora de sucesso, hoje em dia primeira-dama da França.

Quem mais no mundo, além de Woody Allen, poderia convidar Carla Bruni para interpretar uma guia turística que aparece em apenas três seqüências?

De novo, as milhares de pessoas que detestam Woody Allen que me perdõem, mas o cara é demais.

Imagino que Juliet Taylor, uma das colaboradoras mais constantes do realizador, diretora de casting de provavelmente todos os filmes dele, jamais tenha ouvido um “não” de um ator, seja ele quem for.

Gad Elmaleh é um dos atores mais famosos do cinema francês atual. Personagens interpretados por ele já comeram belezas sensacionais e charmosas como Audrey Tautou (em Amar… Não Tem Preço), Alice Taglioni e Virginie Ledoyen (em Contratado para Amar). Pois aceitou o convite de Juliet Taylor para interpretar um detetive que o pai de Inez contrata para seguir Gil em suas andanças pela noite parisiense. O personagem interpretado por Gad Elmaleh aparece apenas em umas cinco ou seis rápidas tomadas do filme – não mais do que um minuto e meio de projeção.

Adrien Brody já ganhou um Oscar (por O Pianista, de Roman Polanski), mais seis prêmios e 12 outras indicações. Juliet Taylor o escalou para fazer o papel, pequeníssimo, do então jovem Salvador Dalí – e ele topou, é claro.

Marion Cotillard (nas duas fotos abaixo) também tem um Oscar numa estante de casa (por Piaf – Um Hino ao Amor), e coleciona outros 29 prêmios e 21 indicações. É uma das mais requisitadas atrizes do cinema francês, com vários trabalhos também no cinema americano. Está linda, ótima, diáfana, no papel de Adriana, a mulher que come Ernest Hemingway, Pablo Picasso e quem mais passar pela sua frente – e que deixa Gil e os espectadores extasiados.

Kathy Bates – um Oscar, outros 27 prêmios, 45 indicações – está ótima como sempre, sem precisar fazer esforço algum, como Gertrude Stein, na casa de quem desfilam alguns dos maiores gênios do século.

Um ator um tanto antipático faz um cara legal, e uma atriz legal faz uma moça chata

Tenho uma certa antipatia por Owen Wilson. Talvez por já tê-lo visto – algumas vezes em zapeadas pela TV, umas poucas em filmes a que assisti mesmo – em tantas comédias bocós, tipo Penetras Bons de Bico, Dois é Bom, Três é Demais, Bater ou Correr em Londres. E, inversamente, gosto bastante de Rachel McAdams, essa moça bonita, atriz correta, capaz de mil caras diferentes, que tem participado de diversos bons filmes – comédias e dramas.

É interessante ver Owen Wilson, que considerava meio sacal, fazendo um personagem simpático, agradável, boa gente, e Rachel McAdams fazendo uma chata.

É interessante também notar que não houve preocupação de Woody Allen, Juliet Taylor e equipe de encontrarem atores com alguma semelhança física com as pessoas reais que interpretam, os grandes escritores e pintores que faziam da Paris dos anos 20 uma festa sem parar. O casal escolhido para fazer F. Scott e Zelda Fitzgerald (Tom Hiddleston e Alison Pill) não se assemelha em nada às pessoas da vida real. O mesmo se dá com Yves Heck, que interpreta o compositor Cole Porter, e com vários outros.

Já Corey Stoll, que faz Ernest Hemingway, tem alguma semelhança com o jovem escritor que vemos nas fotos. E o jeito dele de falar, todo macho, todo sempre preocupado em parecer macho, corresponde bem à idéia que se tem do autor de A Moveable Feast – no Brasil Paris é uma Festa.

E Vincent Menjou Cortes, que interpreta Henri de Toulouse-Lautrec na outra Época Dourada de Paris, a anterior, a da Belle Époque, final do século XIX e alvorecer do XX, vem bem parecido com as imagens que conhecemos do pintor.

Nosso herói chega para Buñuel e dá a idéia de O Anjo Exterminador

Há piadas para todos os gostos, ao longo de Meia-Noite em Paris, mas a minha preferida foi o diálogo de Gil com o jovem Luis Buñuel (Adrien de Van). Com o conhecimento de quem viaja de 2010 para o passado, Gil sugere ao garotão espanhol que faça um filme em que as pessoas se reúnem para jantar – e simplesmente não conseguem sair da sala. Como até os cinéfilos mais jovens estão cansados de saber, Buñuel filmaria essa situação surreal em O Anjo Exterminador/El Ángel Exterminador, em 1962, em sua fase mexicana.

A piada em si é deliciosa, impagável. Mas o final dela (vou contar, porque é apenas uma piada em meio a cento e tantas) é arrasador: Buñuel, inquieto, perplexo, pergunta várias vezes:

– “Mas por quê? Por que as pessoas não conseguem sair da sala? Por quê?”

Uma beleza de trilha sonora, cheia de pérolas americanas e francesas

Tão boas quanto as piadas, quanto as situações criadas entre os personagens do presente e do passado, quanto a fotografia, é a trilha sonora.

Há uma música composta especialmente para o filme, assinada por Stephane Wrembel. Esse é um nome novo entre os colaboradores de Woody Allen, um realizador que é apegado aos membros de sua equipe, como por exemplo a diretora de casting Juliet Taylor, mas que vai sempre incorporando novos talentos à galeria dos que trabalham em suas obras. Stephane Wrenbel surgiu para Woody Allen em Vicky Cristina Barcelona (2008), um filme que tem uma trilha sonora esplendorosa, à base de violonistas espanhóis, com sons flamengos e ciganos.

Além da trilha original, o filme – como em geral acontece nas obras do cineasta – é pontilhado por maravilhosas canções, standards da Grande Música Americana. Aqui, Allen ainda tem a maravilhosa desculpa de que um dos personagens do filme é Cole Porter – e então dá-lhe “You’ve got that thing”, “Let’s do it” (mais de uma vez, em versões diferentes), “You do something to me”, entre pérolas da canção francesa.

O espectador de ouvidos mais atentos poderá notar também “Recado”, de Luiz Antônio e Djalma Ferreira. Woody Allen e sua equipe de música, que não são bobos nem nada, gostam da música brasileira, como podemos ver claramente em A Era do Rádio/Radio Days (1987).

Um registro necessário: o filme deu a Allen seu quarto Oscar

É preciso registrar que o filme deu a Woody Allen mais uma daquelas estatuetinhas douradas de um senhor careca, a de melhor roteiro original. Antes de Meia-Noite em Paris, a Academia cuja sede fica muito longe de Nova York, e mais longe ainda da Europa, havia prestado atenção a Match Point (2005), que merecera uma indicação para a especialidade mais óbvia do realizador, o roteiro original.

No total, total, esse senhor, um dos maiores realizadores de toda a história do cinema mundial, que faz filmes em inglês, apresentados portanto sem legenda nos Estados Unidos, mas que quase jamais comparece àquelas cerimônias compriiiiidas de entrega das estatuetinhas, foi presenteado com apenas quatro delas. Quatro estatuetinhas carecas douradas, em cinco décadas de filmes extraordinários: a de roteiro original para este filme aqui, a de roteiro original para Hannah e Suas Irmãs (1986) e as de roteiro original e direção para Annie Hall (1977).

Grande Academia! Talvez ela resolva premiar Woody Allen com um Oscarvalho pelo conjunto da obra em 2.039.

Um registro gostoso: é o sexto filme europeu do diretor

Agora, gostar mesmo eu gostaria é de registrar que Meia-Noite em Paris é o sexto filme feito por Woody Allen na Europa, nos últimos seis anos. Lembrando: Melinda e Melinda (2004) ainda foi feito em Nova York e sobre Nova York. Em seguida vieram Ponto Final – Match Point (2005), Scoop – O Grande Furo (2006) e O Sonho de Cassandra (2007), todos feitos e passados em Londres; e Vicky Cristina Barcelona (2008), feito e passado na cidade que lhe dá o nome.

Aí, em 2009, Allan Stewart Konigsberg, natural do Brooklyn, New York, NY, fez um pequeno intervalo na sua fase européia, e filmou Tudo Pode Dar Certo em sua cidade natal.

Em 2010, com Você Vai Conhecer o Homem dos Seus Sonhos, voltou para Londres. E no ano seguinte atravessou o Canal da Mancha.

O filme de 2012 já estava, em fevereiro, em fase de pós-produção, e é mais uma vez europeu. Passa-se, desta vez, na Itália.

Não dá para garantir, é claro, mas acho que se o aragonês Luis Buñuel fizesse uma viagem do céu até 2012, e batesse um papinho com o brooklyniano Konigsberg, certamente diria a ele: “Carajo, pero tu eres un génio, cabrón!”

Anotação em março de 2012

Meia-Noite em Paris/Midnight in Paris

De Woody Allen, EUA-Espanha, 2011.

Com Owen Wilson (Gil), Rachel McAdams (Inez), Kurt Fuller (John), Mimi Kennedy (Helen), Michael Sheen (Paul), Nina Arianda (Carol), Carla Bruni (guia do museu), Léa Seydoux (Gabrielle), Serge Bagdassarian (detetive Duluc), Gad Elmaleh (detetive Tisserant),

Nos anos 20: Marion Cotillard (Adriana), Corey Stoll (Ernest Hemingway), Yves Heck (Cole Porter), Alison Pill (Zelda Fitzgerald), Tom Hiddleston (F. Scott Fitzgerald), Sonia Rolland (Joséphine Baker), Daniel Lundh (Juan Belmonte), Kathy Bates (Gertrude Stein), Marcial Di Fonzo Bo (Pablo Picasso), Emmanuelle Uzan (Djuna Barnes), Adrien Brody (Salvador Dalí), Tom Cordier (Man Ray), Adrien de Van (Luis Buñuel), David Lowe (T.S. Eliot), Yves-Antoine Spoto (Henri Matisse),

Em 1890: Vincent Menjou Cortes (Henri de Toulouse-Lautrec), Olivier Rabourdin (Paul Gauguin), François Rostain (Edgar Degas)

Argumento e roteiro Woody Allen

Fotografia Darius Khondji

Música Stephane Wrembel

Produção Gravier Productions, Mediapro, Pontchartrain Productions, Televisió de Catalunya (TV3), Versátil Cinema. DVD Paris Filmes.

Cor, 94 min

****

13 Comentários para “Meia-Noite em Paris / Midnight in Paris”

  1. Eu sou suspeitíssima, até o Allen imperfeito é, na minha opinião, muito acima da média em relação a outros diretores contemporâneos. Ele não tem frescuras, não usa de firulas e seus filmes sempre me dão a agradável impressão que sim, ainda resta vida inteligente por aí. Meia-Noite em paris tá longe dos Allen imperfeitos. Além da confiável presença de diálogos excelentes, tem uma poesia, uma doçura, uma melancolia que me cativaram. Até o Owen (que normalmeente me causa péssima impressão) pareceu-me adequado e tocante. Gostei muito do filme, gostei muito de lembrá-lo em suas letras.

  2. Não pertenço ao grupo de pessoas que não gostam de Woody Allen. Pelo contrário, tenho apreciado muitos filmes dele, de variados assuntos. Meia Noite em Paris é uma beleza… Vi no cinema, logo que chegou aqui… Sendo um filme para rever sempre e encantar~se com o mesmo, comprei em DVD e acabo de deliciar-me novamente

  3. Mais um para a minha lista a ver. E eu me junto aos admiradores de Allen por (pelo menos) dois filmes: Hannah e suas irmãs e Crimes e Pecados. E vários outros de que gosto muito – Um misterioso assassinato em Manhattan, O escorpião de jade, Neblina e sombras, Zelig…
    Enfim, mais um a ver! Devagar eu vou conseguindo. Ontem afinal vi O homem que matou o facínora, um filmaço (e vendo entendi o motivo de ser tão festejado). Devagar eu chego lá…

  4. Adorei!!!! Talvez porque Paris é mostrada em seu esplendor, talvez porque esperava pouco da obra, talvez porque Owen Wilson e Marion Cotillard mandam muito bem. Nao sei. Só sei que ri, viajei, nem percebi o tempo passar.

    É um filme para nao pensar em como isso ou aquilo acontece. É para usufruir da história, guarda-la na cabeça.

    O filme acabou à 1h30 da madrugada quando o assisti. E ouvi um “ahhhh” na sala de cinema. E nao eram aficcionados do diretor. Nunca fui fã de Woody Allen, mas seus últimos, incluindo este, são demais.

  5. Woody Allen é o único cineasta que poderia fazer um filme alegre e inteligente sobre Paris. Todos que a amamos fomos contemplados. Ele soube homenagear a bela cidade que não é apenas francesa, é nossa também.

  6. Confesso até com um pouco de vergonha, que
    este é o primeiro filme que assisto de Allen,
    diretor tão premiado.Gostei, filme muito bom.
    O começo é muito bonito e a música ainda
    mais. É, nós tivemos nossos anos dourados e,
    como a Mary observou, Paris teve duas épocas
    de ouro.
    Aquela coisa de que algumas vezes não gosta
    mos do que temos e ou de onde estamos; veja
    só: Gil,achava que Paris dos anos 1920 era a ideal para ele que vivia em 2010,já a Adriana
    que vivia nesses anos 1920, achava que Paris
    de 1890 da “Belle Époque” era o luxo.
    Aquele Paul, de fato, uma mala de galocha de
    botina, de tudo …
    A Rachel McAdams e a Marion Cotillard são verdadeiros colírios para nossos olhos além
    de serem grandes atrizes. Muito legal, no filme, essa coisa como disseste de ver o Gil
    conversando com todas aquelas celebridades ,
    aqueles personagens ilustres.
    Filme muito bonito, até a chuva em Paris é
    bonita , ha ha ha. Fotografia , trilha sonora
    tudo muito bonito.
    E, mais uma vez, a abertura é lindíssima.

Comentário

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