3.0 out of 5.0 stars
Anotação em 2008: O mais impressionante é a interpretação dessa atriz estupenda, Marion Cottillard. Todo o resto — inclusive as muitas e desnecessárias idas e vindas no tempo que o diretor Dahan criou – fica menor, diante da interpretação que ela faz de Edith Piaf.
É um daqueles trabalhos de entrar para a história: a bela atriz, nascida em 1975 – estava, portanto, com 32 anos quando fez o filme – parece ter encarnado a cantora de vida repleta de tragédias, e a cara dela, os gestos, a expressão vão mudando de acordo com as diversas fases da vida da estrela maior da música francesa.
Merecidissimamente, ela levou o Oscar, o Bafta, o César, o Globo de Ouro, o prêmio do Circulo dos Críticos de Londres. O iMDB contabiliza que o filme ganhou dois Oscars (além do da atriz, levou o de maquiagem) e 29 outros prêmios pelo mundo, fora outras 32 indicações.
Claro, o filme tem outras qualidades além de Marion Cotillard. Todo o elenco, com grandes e/ou importantes nomes – Gérard Depardieu, Sylvie Testud, Emmanuelle Seigner – está muito bem. Fotografia, direção de arte, reconstituição de época, é tudo de primeiríssima linha, perfeito. E a própria vida da Piaf é um gigantesco romance, um Oliver Twist, um Os Miseráveis. Mas o fato é que a moça rouba a cena.
Ela foi um dos cinco únicos atores a ganhar o Oscar num papel falado basicamente em outra língua que não o inglês – e isso, a gente sabendo como os americanos são etnocêntricos, umbigocêntricos, não é pouca porcaria. Os outros quatro foram Sophia Loren, por Duas Mulheres, Robert De Niro, por O Poderoso Chefão 2, Benicio Del Toro, por Traffic, e o chato do Roberto Benigni, por A Vida é Bela.
O filme foi a terceira produção falada em francês de maior bilheteria nos Estados Unidos nas duas últimas décadas, segundo contabiliza o iMDB. Acima dele, só a delícia de Amélie Poulain e O Pacto dos Lobos/Le Pacte des Loups, aquela superprodução bem feitíssima e bem bobona.
Piaf – Um Hino ao Amor/La Môme
De Olivier Dahan, França-Inglaterra-República Checa, 2007.
Com Marion Cotillard, Gérard Depardieu, Sylvie Testud, Emmanuelle Seigner
Roteiro Oliver Dahan e Isabelle Sobelman
Produção Légende. Estreou em SP 12/10/2007.
Cor, 140 min.
***
Título em Portugal: La Vie en Rose
Concordo com tudo que está escrito acima. Assisti ao filme três vezes. realmente muito bom !
Assisti a este filme com minha filha de 17 anos no ano passado e ela ficou maravilhada pelo filme e impressionada pela vida trágica de Edith Piaff. Depois baixou algumas músicas da cantora e pesquisou sobre os fatos reais da vida dela. É isso o que acontece quando um filme é bem feito: tem essa força capaz de cativar públicos de várias idades.
Eu também amei o filme e Marion Cottillard encarna o personagem, diria eu, de uma forma obssessiva. Os maneirismos, a máscara dramática e a pouca beleza física (compensada pela força interior, que tornava Piaff poderosa e bela!)transparecem num crescendo que acompanha tanto a glória quanto o declínio da artista.
É um filme forte, denso e, sobretudo, trágico e real. A duração total do filme é de uma 24 horas – 2 horas e pouco da projeção e as outras quase 22 de reflexão.Bem do tipo que eu gosto: me faz pensar!
Eu amo esse filme, essa arriz magnifica que é a Marion e essa cantora incrivel e maravilhosa que foi Edith Piaf…é um filme belíssimo, muito bem escrito e as caracterizações e maquiagens são de outro mundo. Realmente, um filme de 24 hs de glória pra quem assiste!