A Dama Fantasma / Phantom Lady


[Rating:2]

Anotação em 2000: Antes de mais nada, um detalhe interessante: Aurora Miranda, a irmã de Carmen, que trabalhou em vários filmes brasileiros, faz um papel pequeno mas importante como a cantora Estela Monteiro, estrela do espetáculo musical no Casino Theater, na Broadway, assistido, bem no início do filme, pelo engenheiro Scott Henderson (Alan Curtis), que será acusado de matar a mulher e cujo álibi é exatamente ter estado naquele espetáculo ao lado da dama fantasma do título. (Aurora inclusive fala algumas palavras em português.) Estela Monteiro, a cantora, usa um chapéu idêntico ao usado pela dama fantasma, um detalhe importante na trama. Continue lendo “A Dama Fantasma / Phantom Lady”

Crown, o Magnífico e Thomas Crown – A Arte do Crime / The Thomas Crown Affair


[Rating:3]

Resenha na coluna O Melhor do DVD, no site estadao.com.br, em 2000: Bem no comecinho, nas primeiras tomadas, Thomas Crown – A Arte do Crime se define. Primeiro, há uma pequena, curtíssima, e bela pirotecnia: mostra-se Nova York vista de um satélite; em rápidas tomadas, em ritmo frenético, nos aproximamos de Manhattan, do Central Park, do relógio carésimo do personagem central. Isso dura menos que meio minuto, mas já está lá: estamos diante de um filme de muitos exageros, coisas rebuscadas, superlativas. Em segundo lugar, mas ainda nessas primeiras tomadas, ainda no início da apresentação, vemos Faye Dunaway; ela faz uma psicóloga, e está em uma sessão de terapia, atendendo Pierce Brosnan. A ação ainda nem começou, mas já está lá: estamos diante de um remake, uma refilmagem, uma nova versão. Continue lendo “Crown, o Magnífico e Thomas Crown – A Arte do Crime / The Thomas Crown Affair”

Amores e Bossa Nova


[Rating:3]
Resenha na coluna O Melhor do DVD, no site estadao.com.br, em2000: Amores e Bossa Nova. Eis aí dois bons filmes que vale a pena ver e/ou rever. Têm um monte de traços em comum – e, claro, outro monte de dessemelhanças, de especificidades, gostosas de se comparar. São, antes de mais nada, dois filmes cariocas, feitos por diretores cariocas, os dois com um jeito leve, gostoso, carioca de ver a vida, o amor, o encontro e o desencontro. Continue lendo “Amores e Bossa Nova”

A Felicidade Não Se Compra / It’s a Wonderful Life


[Rating:4]

Resenha na coluna O Melhor do DVD, no site estadao.com.br, em 2000: Com pouco mais de dez minutos de filme, a imagem é congelada. O espectador passa a ver uma foto do jovem James Stewart, os braços abertos em um gesto largo, o rosto surpreendido numa fração de segundo em que faz uma careta. A voz em off de um personagem pergunta por que parou, e outra voz em off responde: “Quero que você preste atenção neste rosto”. E o espectador também, assim como o personagem da voz em off, é obrigado a prestar atenção ao rosto do personagem central do filme, que está sendo introduzido neste momento. Continue lendo “A Felicidade Não Se Compra / It’s a Wonderful Life”

Êxtase de Amor / Daisy Kenyon


[Rating:3]

Anotação em 2000: Eis aí um filme extremamente interessante. É um filme sobretudo adulto. Extremamente à frente do seu tempo, 1947 – e ainda hoje, tantos anos depois, pode ser visto sem qualquer desconto pelo fato de ter sido feito quando as censuras – da sociedade e da indústria – eram tão mais fortes. Continue lendo “Êxtase de Amor / Daisy Kenyon”

Cadete Winslow / The Winslow Boy

4.0 out of 5.0 stars

Resenha na coluna O Melhor do DVD, no site estadao.com.br, em 2000: No pequeno documentário que acompanha Cadete Winslow no DVD, o extraordinário ator inglês Nigel Hawthorne faz uma observação precisa: há muitos elementos no filme que podem parecer antiquados, ultrapassados, obsoletos – mas a força da história vai sobreviver, e estará inteira daqui a 200 anos. Continue lendo “Cadete Winslow / The Winslow Boy”

Politicamente Incorreto / Bullworth


4.0 out of 5.0 stars

Anotação em 1999: Um dos melhores filmes que vi nos últimos tempos – e olha que tenho visto muitos filmes, nos últimos tempos. Dá vontade de ver de novo assim que termina. É talvez o filme político americano mais ousado, mais corajoso, mais iconoclasta, mais irreverente – e mais liberal, no sentido americano da palavra – progressista, avançado. Continue lendo “Politicamente Incorreto / Bullworth”

A Oitava Esposa de Barba-Azul / Bluebeard’s Eighth Wife


2.0 out of 5.0 stars

Anotação em 1999, com complemento em 2008: Uma trama bem chegada no ridículo: multimilionário americano em viagem à França casa-se com francesa filha de marquês sem um tostão, e cria-se um embate à la A Megera Domada (que o personagem de Gary Cooper, aliás, lê para se inspirar), ela querendo demonstrar que o ama mas não quer ser tratada como uma mercadoria comprada. Continue lendo “A Oitava Esposa de Barba-Azul / Bluebeard’s Eighth Wife”

Pulp Fiction


2.0 out of 5.0 stars

Anotação em 1999, com complemento em 2008: Onze de cada dez espectadores adoraram Pulp Fiction. Virou um dos maiores cults da história. Nunca, nos últimos anos, um diretor foi tão badalado quanto Quentin Tarantino. Para mim, ele pareceu apenas mais um filme daquele subgênero tão desagradável e moralmente perigoso que chamo de Como São Charmosos e Sensacionais os Fora-da-Lei. Continue lendo “Pulp Fiction”

Quando é Preciso Crescer / On My Own

2.0 out of 5.0 stars

Anotação em 1999, com complemento em 2008: Mais um de tantos e tantos filmes sobre o eterno tema do rito de passagem da adolescência. É suave, sensível, daqueles filmes de história rala, onde o que mais importa são os pequenos detelhes. Não é mesmo marcante, e a rigor tudo no mundo seria igual se ele não tivesse sido feito. Continue lendo “Quando é Preciso Crescer / On My Own”

A Noiva Era Ele / I Was a Male War Bride


2.5 out of 5.0 stars

Anotação em 1999, com complemento em 2008: A trama dessa comédia é bem chegada ao ridículo – na Alemanha logo após o fim da Segunda Guerra, capitão francês (interpretado por Cary Grant, o que já é mais ridículo ainda) e tenente americana (Ann Sheridan) se apaixonam ao se beijarem durante missão, mas não conseguem um lugar para trepar, mesmo depois de três cerimônias de casamento, porque ela tem que voltar para os Estados Unidos e não há chance de os dois ficarem juntos sozinhos. Continue lendo “A Noiva Era Ele / I Was a Male War Bride”