O Jogo da Viúva / La Viuda Negra

3.0 out of 5.0 stars

(Disponível na Netflix em 6/2025.)

La Viuda Negra, bela, caprichadíssima produção espanhola de 2025, é um filme policial, o relato de um crime de morte e a investigação até a identificação do assassino. Mas não é, nem pretende ser, um filme de mistério, um whodunit, um quem-é-que-matou, à la Agatha Christie. Não. Desde o começo, os indícios já apontam para o criminoso.

Está no próprio título original, a viúva negra. Os exibidores dos EUA e do Reino Unido – talvez por causa do excesso de títulos de filme com a expressão “black widow” – optaram por A Widow’s Game, e os brasileiros foram nessa, O Jogo da Viúva.

Mistério, propriamente, isso não há neste La Viuda Negra. O que o diretor Carlos Sede realizou, com base em um roteiro muitíssimo bem elaborado por nada menos de seis profissionais, é um drama interessante, intrigante, envolvente – e a rigor apavorante – baseado em uma triste história real.

Não é um filme de mistério – mas tem, sim, algum suspense. Não de matar o Hitchcock, para citar o verso de “O Rei do Gatilho”, mas um tipo de suspense de que o mestre gostava. A vontade, a curiosidade, a ansiedade de saber não quem é o criminoso, pois isso já está posto, ou ao menos indicado – mas como, quando, onde e por que o criminoso será comprovadamente identificado e preso.

Um homem assassinado na garagem de seu prédio

O aviso vem de cara, no primeiro minuto do filme, antes dos créditos iniciais: “Basada em hechos reales”. Enquanto rolam os nomes dos atores, vemos um casal entrando em uma garagem, em uma moto. Os dois descem da moto, o rapaz comenta com a moça que um dos carros alio está em um estado lastimável. Aproxima-se do carro, grita um palavrão e manda a moça se afastar para não ver a cena cheia de sangue.

Surge o título, ocupando toda a tela.

Na sequência seguinte, uma mulher de meia-idade, dirigindo seu carro, está recebendo uma ligação no celular. Veremos logo que ela é Eva Torres, investigadora da polícia (o papel da ótima Carmen Machi, na foto acima). Quem liga é Bernardo, Berni (Pepe Ocio, à direita na foto acima), seu auxiliar mais chegado, grande amigo – e ele avisa que há um cadáver para eles examinarem.

Muito rapidamente, a investigadora Eva, Berni e outro policial da equipe dela, mais jovem, Turri (Pablo Molinero, à esquerda, ao fundo), com auxílio da bela legista (Ella Kweku), ficam sabendo algumas informações básicas. O homem que foi morto junto de seu carro, na garagem de seu prédio, se chamava Arturo Ferrer, tinha 36 anos, nascido na cidade de Novelda, trabalhava na manutenção de uma estrada próxima.

Os policiais e também o juiz de instrução designado para o caso (o papel de Pedro Casablanc) estão examinando o corpo e o lugar do crime quando são avisados de que na porta do prédio estava uma mulher que não havia tido notícias do marido o dia todo. Eva vai até lá para a tarefa difícil de dar a informação para a agora viúva.

A agora viúva é uma moça bem jovem, bonita – e chora copiosamente com a notícia de que Arturo está morto.

Chama-se – veremos bem depressa – María Jesús, um indício de que vem de uma família extremamente, mas extremamente religiosa. Todos a chamam pelo apelido de Maje. É enfermeira, tem apenas 26 anos, e havia se casado com Arturo fazia um ano.  A atriz que a interpreta, e a interpreta com grande brilho, é Ivana Baquero.

Uma mulher de um, dois, três amantes

Na sede da Polícia, Eva e seus auxiliares Berni e Turri conversam sobre os dados que já têm. Concordam em que não foi para roubar – ladrões não usam facas afiadas de chef de cozinha, a arma que, segundo a legista, foi a usada. E a carteira da vítima não havia sido tocada. Eva escreve no quadro em que já está colocada uma foto de Arturo os três motivos de sempre que podem levar a um assassinato: drogas, dinheiro, amor.

Depois de exames mais cuidadosos em laboratório, a legista diz para Eva que a vítima não teve tempo de tentar se defender – não havia nenhuma ferida em suas mãos ou braços. A arma havia sido uma faca de cozinha grande e, pelo tipo dos cortes – seis facadas, duas no coração –, pela brutalidade do ataque, o assassino era um homem forte. E matou com ódio.

De volta à sede da Polícia, Eva é informada por Turri que Berni está pegando o depoimento da viúva. O diálogo, a sequência – tudo ali é interessante, bem realizado.

– “E a moça, como está?”, pergunta Eva, vendo já a viúva em uma sala fechada, envidraçada.

– “Como se pode imaginar. De luto aos 26 anos”, diz Turri. E acrescenta: – “É difícil. Mas ela parece bem calma. Eu diria que deve ter tomado uns calmantes.”

Uma tomada da sala envidraçada em que estão Berni e a viúva Maje – ela está atenta ao seu celular. Tomada de Eva chegando perto da parede de vidro, observando a moça – um zoom, vemos agora o rosto da investigadora em close-up.

Nova tomada da sala envidraçada, agora em ângulo mais fechado – Maje fixa no celular.

Berni sai da sala, entrega a transcrição do depoimento de Maje para a chefe.

– “Não é estranho ela ficar no celular?”, ela pergunta para o subordinado e amigo, ele também, como Eva, um veterano, um homem de meia-idade. – “Não sei”, diz ele. “Não entendo essa geração moderna.”

Eva vai então conversar com a jovem e bela viúva.

A moça conta que uma grande amiga dela, Sonia (Tania Fortea), havia ficado sabendo que Arturo parecia estar tendo um caso com uma colega de trabalho. E fala de uma obra no apartamento do casal, diz que Arturo havia discutido com o encarregado. Indicações de possíveis caminhos para a polícia investigar…

Por Sonia, a amiga da viúva, Eva fica sabendo que, nas ocasiões em que Arturo ia visitar sua cidade, Novelda, as duas moças saíam juntas para beber alguma coisa, dançar. Alguns meses antes, conta Sonia, Maje havia conhecido um rapaz, Daniel.

A inspetora pede ao juiz de instrução que acompanha o caso autorização para grampear os telefonemas de Maje, desse tal Daniel; e para investigar o celular de Arturo.

Os grampos, a escuta telefônica pela polícia será um elemento fundamental da investigação – e o realizador Carlos Sedes vai usar e abusar daquela forma gráfica que os computadores exibem quando se está gravando alguma coisa. É uma marca registrada do visual do filme.

Bem rapidamente, Eva e sua equipe descobrem que não havia caso algum de Arturo com a colega de trabalho, ao contrário do que Maje vendera. Que ela, sim, estava mesmo tendo um caso com o tal Daniel (Joel Sánchez). E que, antes do casamento, havia tido um caso com um homem da cidade deles, Novelda, chamado Andrés (Jesús Castro). Todo mundo na cidade tinha ficado sabendo – mas Arturo a perdoara, e levado adiante o projeto de os dois se casarem.

Mais adiante os policiais – e os espectadores – ficam sabendo de um terceiro amante, Salva (o papel de Tristán Ulloa), um enfermeiro casado, de meia-idade, colega dela no hospital em que trabalhava.

Uma narrativa em três capítulos, três personagens centrais

Na sequência em que Eva chega ao prédio em que havia sido encontrado um corpo ensanguentado – bem no início, quando o filme está com apenas 4 de seus 122 minutos –, surgem na tela o nome “Eva”, e logo em seguida a data, “16 de agosto de 2017”.

Os roteiristas – Ramón Campos, Gema R. Neira, Jon de la Cuesta, Ricardo Jornet, David Orea, Javier Chacártegui – construíram a narrativa assim, apresentando em primeiro lugar os fatos tendo a investigadora da polícia como a protagonista, a figura central.

Bem mais adiante, quando estamos com 34 dos 122 minutos de duração do filme, surgirá o nome “Maje” – a partir daí, a viúva passa a ser a protagonista, a figura central da narrativa. Nesse, digamos assim, “capítulo Maje”, haverá flashbacks, veremos eventos ocorridos antes de 16 de agosto de 2017, inclusive cenas tórridas de Maje com o amante Andrés, depois o casamento com Arturo, algumas discussões entre marido e mulher…

E, mais adiante ainda, haverá um novo “capítulo”, focalizando principalmente um terceiro personagem – que não nomeio aqui porque seria spoiler.

O letreiro com “16 de agosto de 2017”, que surge ali bem no início, é o primeiro de muitos, vários, vários. As datas todas são mostradas claramente, em letreiros ao longo de todo o filme.

Há algo interessante aí: se o “quando” nos é informado sempre, com precisão e até uma certa insistência, não há a mesma preocupação com o “onde”.

Fala-se de Novelda, a cidade de Arturo e de Maje, de suas famílias. O espectador não espanhol vai percebendo que Novelda é uma cidade pequena, enquanto os fatos principais se passam em uma cidade maior. É numa cidade maior que Arturo e Maje estavam vivendo, é ali que ele é assassinado, os policiais são daquela cidade – mas o nome “Valencia” só é pronunciado quando o filme já está com, sei lá, bem mais que meia hora.

Fiquei imaginando que esse aparente descuido dos realizadores com o “onde” pode ser explicado pelo fato de que, para os espanhóis, é bem conhecido que aquele crime, de grande repercussão nacional, aconteceu em Valencia.

E aconteceu exatamente na manhã do dia citado no início da narrativa, 16 de agosto de 2017 – apenas oito anos antes do lançamento do filme.

(A foto da esquerda é o casal da vida real. A da direita é do filme. Credo em cruz…)

Entre tomadas do filme, cenas reais, filmadas na época

A Wikipedia em espanhol tem um verbete sobre o crime, com o título de “Crimen de Patraix”. Começa assim:

“O crime de Patraix faz referência ao assassinato de Antonio Navarro Cerdán, um homem de 35 anos natural de Novelda, Alicante. O crime ocorreu na garagem do número 14 da Rua de Calamocha no bairro de Patraix, em Valencia, a 16 de agosto de 2017.”

O texto da Wikipedia sobre a história real é quase um relato sobre o que mostra o filme do diretor Carlos Sedes. Quase uma detalhada sinopse do filme.

Bem no final de La Viuda Negra, dá para notar que o realizador Carlos Sedes incrustou, em meio a tomadas feitas por ele, algumas rápidas cenas reais, tiradas de noticiários de TV da época da prisão de quem cometeu o crime. Bem, eu notei isso de cara, me pareceu bem evidente – e depois verifiquei, em textos publicados sobre o filme, que de fato, como diz a Wikipedia em inglês, “footage of the real court case the story is based on is played at the end” – imagens do caso real do tribunal em que a história se baseia são reproduzidas no final.

Como costuma ocorrer sempre em filmes baseados em fatos reais, ao término da narrativa e antes dos créditos finais letreiros nos informam sobre o que aconteceu com aquelas pessoas após o que é mostrado na tela. Fala-se, naturalmente, do julgamento, da sentença. E há aquela explicação – também sempre presente em filmes assim – de que alguns fatos foram alterados por motivos dramáticos e nomes foram mudados para preservar a intimidade de pessoas.

E aqui vai um detalhe interessante. Preservou-se a intimidade da vítima, o marido traído e assassinado – Antonio Navarro Cerdán virou no filme Arturo Ferrer. Mas não a de sua jovem mulher, que na vida real também se chama María Jesús e tinha o apelido de Maje.

Todo o elenco está muito bem. As duas atrizes brilham

Uma das maiores qualidades deste belo filme são as interpretações. Todo o elenco está homogeneamente – e fantasticamente – muito bem. É extraordinário como esse Carlos Sedes é um bom diretor de atores, e como o cinema espanhol tem excelentes profissionais.

É fascinante essa dupla de atrizes escolhida para os papéis principais, a investigadora do polícia Eva Torres e a personagem título, Maria Jesús Moreno, a Maje.

Carmen Machi, que faz Eva, é veterana, madrilenha da classe 1963, com 62 anos, portanto, no ano do lançamento do filme, 77 títulos no currículo – inclusive Fale com Ela (2002), Thi Mai/Thi Mai, Rumbo a Vietnam (2017), Criminal: Espanha (2019), Vida Perfeita (2019-2021). Sua estampa não tem nada, absolutamente nada a ver com uma estrela de cinema: parece aquela senhorinha que é nossa vizinha do prédio ou do bairro, uma pessoa absolutamente comum.

Ivana Baquero, a Maje, é catalã de Barcelona da classe 1994, com 31 aninhos quando o filme foi lançado, 21 títulos no currículo. É muito, muito, muito bonita – e, meu Deus do céu e também da Terra, que corpo! Que coisa mais absolutamente perfeita – e Maje o exibe gloriosamente, alegremente. Salvador, o Salva, observa – assim como os espectadores – a bunda da moça com o mais absoluto encanto, a mais absoluta fascinação, aquela dedicada às maiores obras de arte.

Carmen Machi e Ivana Baquero, tão díspares, de gerações tão diferentes, têm, as duas, interpretações de aplaudir de pé como na ópera.

E a mesmA afirmação vale para Tristán Ulloa, que faz esse pobre Salvador, esse personagem da vida real que é tão parente dos fictícios Walter Neff de Pacto de Sangue (1944), Frank Chambers de O Destino Bate à Porta (1946), Ned Racine de Corpos Ardentes (1981).

Às vezes a vida real imita o filme noir…

Tristán Ulloa (na foto abaixo) é da classe 1970, um neto de espanhóis republicanos que tiveram que se exilar durante a ditadura franquista, nascido em Orleans, França, e criado em Madri. Tem a honra de ser um dos três únicos caras a ter sido indicado ao Goya, o Oscar espanhol, tanto na categoria ator (por Lucía e o Sexo, 2001) quanto na de diretor (por Pudor, 2007).

Em 2023, na minissérie A Garota da Fita – uma história tristíssima sobre o desaparecimento de uma garotinha de 5 anos de idade e da luta dos pais para encontrá-la –, Tristán Ulloa fez o papel de um estuprador e pornógrafo. Não é um papel muito grande, mas é bem importante, e dá à obra um toque terrível, de desesperança total. Em 2024, ele fez um dos dois papéis centrais de O Caso Asunta, uma minissérie também baseada em fatos reais, como este La Viuda Negra – sobre o desaparecimento de uma garota de 12 anos na Galiza, noroeste da Espanha, em 2013.

A minissérie O Caso Asunta e este La Viuda Negra têm vários pontos em comum. A primeira é baseada em caso real de 2013, o segundo, em caso real de 2017, ambos ocorridos na Espanha. Os dois têm Tristán Ulloa em papel de grande importância. E tem ainda mais. Os dois têm entre seus criadores os mesmos Ramón Campos, Jon de la Cuesta, Gema R. Neira, David Orea! E quatro dos seis episódios de O Caso Asunta foram dirigidos por Carlos Sedes!

O mesmo grupo de artistas que realizou O Caso Asunta voltou a se reunir para fazer este La Viuda Negra.

Uma série e um filme sobre mulheres manipuladoras

Faço aqui, para finalizar, duas considerações.

Carmen Machi, Ivana Baquero, Tristán Ulloa – e mais todo o resto do elenco. Grandes, excelentes atores, em interpretações maravilhosas. Diacho: este filme confirma o que venho achando há muitos anos: o cinema espanhol é um dos melhores que se fazem nas últimas décadas – somente comparável ao daquelas ilhas situadas a Oeste do Canal da Mancha, aquelas que são o maior celeiro de grandes atores que há no planeta.

Ok, essa aí é simples, tranquila.

A segunda consideração é um tanto complexa. A rigor, sequer é uma consideração. Pode ser só uma coincidência.

Em 2023, dois anos antes deste La Viuda Negra, os competentes espanhóis lançaram uma série chamada Corpo em Chamas/El Cuerpo en Llamas, em que um policial é assassinado e queimado dentro de um carro. Os principais suspeitos são a namorada dele e o amante dela, ambos também policiais.

Exatamente como este La Viuda Negra, El Cuerpo en Llamas não é um whodunit: a série revela logo ao fim do primeiro episódio quem é que matou. Exatamente como este La Viuda Negra, conta a história de um crime real, que foi notícia nacional – em 2017, o mesmo ano em que foi assassinado em Valencia Antonio Navarro Cerdán, neste La Viuda Negra chamado de Arturo Ferrer.

Mais, mais: as duas obras, a série de 2023 e este filme aqui de 2024, mostram duas mulheres muito belas, extremamente gostosas e sensuais, que fazem gato e sapato de um bando de homens.

Seria um exemplo de terrível, abominável, filho da puta machismo secular de um povo de sangre latino?

Seriam apenas e tão somente dois exemplos de que, às vezes, a vida copia os filmes noir?

Seria apenas e tão somente uma coincidência?

Sei lá. Sei é que é um prazer ver filmes e/ou séries do país de Sarita Montiel, e depois Carlos Saura, e depois Pedro Almodóvar e tantos e tantos e tantos competentes, grandes realizadores.

Anotação em junho de 2025

O Jogo da Viúva/La Viuda Negra

De Carlos Sedes, Espanha, 2025

Com Carmen Machi (investigadora Eva Torres),

Ivana Baquero (María Jesús Moreno, Maje),

Tristán Ulloa (Salvador Rodrigo, Salva)

Álex Gadea (Arturo Ferrer, o marido assassinado), Pablo Molinero (Turrientes, Turri, policial), Pepe Ocio (Bernardo, Berni, policial), Álex Gadea (Arturo Ferrer, o marido assassinado), Jesús Castro (Andrés, o amante antigo),Joel Sánchez (Daniel, o novo amante), Tania Fortea (Sonia, a grande amiga), Miquel Mars (Víctor, o irmão), Vicente Genovês (o pai de Maje), Imma Sancho (a mãe de Maje), Amparo Fernández (a mãe de Arturo), José Antonio Bayagués (o pai de Arturo), Pedro Casablanc (o juiz), Ella Kweku (a médica legista)

Roteiro Ramón Campos, Gema R. Neira, Jon de la Cuesta, Ricardo Jornet, David Orea, Javier Chacártegui

Fotografia Daniel Sosa Segura

Música Adrian Foulkes, Federico Jusid

Montagem Diego Fajardo, Andrés Federico González

Casting Conchi Iglesias

Direção de arte Ángel Amaro

Figurinos Antonio M. Sánchez de Dios

Na Netflix. Produção Ramón Campos, Víctor Fandiño, Bambú Producciones.

Cor, 122 min (2h02)

***

Título na Frrança: “Veuve Noir”. Nos EUA e no Reino Unido: “A Widow’s Game”. Em Portugal: “O Jogo da Viúva”.   

 

4 Comentários para “O Jogo da Viúva / La Viuda Negra”

  1. Oi Sérgio, p variar concordo com tudo qvc escreveu. Eu interpreto que vc fala do cinema espanhol atual como um cinema que conseguiu acompanhar e, às vezes, superar Hollywood, porque vc mesmo citou Carlos Saura e eu cito Buñuel também. O cinema espanhol, VOCÊ SABE BEM, sempre foi maravilhoso, mas vivia na periferia do cinema americano. Eu amo o cinema espanhol desde o primeiro Buñuel. Outro assunto é que corpo escultural e que seios! Raramente a gente vê tamanha perfeição, além, claro, das atuações brilhantes. O que é bonito é p se ver. Beijo

  2. Rachel, quando você vem a São Paulo pra gente tomas uns chope e comer uns pastel?
    (Isso de não usar o plural é uma brincadeira de mineiro…)
    Pois é, menina… Pensei em explicar – e talvez eu deva fazer isso – que não citei o Buñuel porque ele não era cinema espanhol. Ele fez cinema na França e no México – mas não na Espanha de Franco, onde ele não poderia trabalhar…
    Citei a Sarita como exemplo do cinema espanhol na ditadura, no franquismo, e o Saura porque ele marcou o início da redemocratização…
    Um abração, Rachel caríssima!
    Sérgio.

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