Acossado/À Bout de Souffle, de 1960, o primeiro longa-metragem de Jean-Luc Godard, com roteiro original de François Truffaut, é um marco da nouvelle vague e, portanto, do cinema mundial. É incensado por 11 de cada 10 críticos. Está nos livros 1001 Filmes Para Ver Antes de Morrer e 501 Must-See Movies. Está na lista dos 100 Filmes Essenciais da edição especial de 2009 da revista Bravo.
Curiosissimamente, não está na lista dos 100 Films Pour Une Vidéothèque da edição especial de 1993 dos Cahiers du Cinèma, a bíblia dos cinéfilos descolados, em que Godard e Truffaut trabalharam como críticos antes de virarem realizadores, e foi a grande divulgadora do movimento que os dois cineastas e mais um punhado de jovens, como Claude Chabrol e Éric Rohmer, lançaram no finalzinho dos anos 50 e início dos anos 60.
Os Cahiers erraram – se é que a uma bíblia é dado o direito de errar. Porque À Bout de Souffle é uma daquelas absolutas unanimidades.
Ao revê-lo agora, pela primeira vez desde que era adolescente, achei o filme uma das coisas mais chatas, mais bobocas do mundo – mas quem sou eu, né? À Bout de Souffle é uma daquelas absolutas unanimidades, então vamos em frente.
“Espirituoso, romântico, inovador”
Leonard Maltin, o cara que mais vendeu guias de filmes, na época em que se vendiam guias de filme, deu 3.5 estrelas a Breathless:
“Belmondo foi a escolha perfeita para fazer um hood parisiense que, acompanhado por uma garota americana (Seberg), é caçado pela polícia depois de roubar um carro e matar um policial. Uma obra inovadora, influente da Nova Onda com um clássico herói-gângster romantizado e grandes tomadas francas da vida parisiense. Dedicado à Monogram Pictures, com uma história de François Truffaut. Refilmado em 1983.”
Pauline Kael, a prima donna da crítica americana, se encantou:
“Primeiro longa-metragem de Jean-Luc Godard – um filme de perseguição espirituoso, romântico, inovador, com um Jean-Paul Belmondo aos 26 anos fazendo um vagabundo parisiense, e Jean Seberg como a jovem americana que vive com ele por viver, e da mesma maneira casual… (aqui Dame Kael apresenta um baita spoiler, que omito). Godard, que dedicou este filme (feito com US$ 90 mil) à Monogram Pictures, viu algo mais nos baratos filmes de gângsteres americanos de sua juventude que não existia nos filmes franceses; poetizou tudo isso e tornou-o tão moderno (por meio de cortes rápidos) que passou a ser a principal influência no cinema americano da década de 60. Neste filme, reuniu elementos desarmônicos – ironia, pastelão e derrotismo – e colocou efeitos psicológicos no fato de ir ao cinema dentro do próprio filme. (Seu herói foi provavelmente o primeiro a imitar Bogart.) O filme é leve, brincalhão e improvisado, e até mesmo tolo.”
Epa! Com esse último adjetivo concordo inteiramente!
“Contudo”, prossegue Dame Kael,, as personagens tontas, gauches, que se lixam para tudo – o vagabundo que rouba um carro, mata um patrulheiro rodoviário e vai cobrar um dinheiro que lhe devem de roubos passados para poder chegar à Itália –, não são apenas familiares de uma maneira emocionante e reveladora: são muitíssimo atraentes. O famoso diretor Jean-Pierre Melville aparece como uma celebridade sendo entrevistada; e Daniel Boulanger como o inspetor de polícia. Jean-Louis Richard e Philippe de Broca estão lá, e também há breves aparições de Godard, como um delator, Truffaut (que deu a notícia de jornal em que Godard baseou o roteiro) e Chabrol (que emprestou seu nome como produtor-supervisor).”
Ahnnn… Há muito o que comentar sobre o que diz Pauline Kael, mas vou deixar minhas opiniões para o final do texto. É preciso, no entanto, retificar a informação errada que ela dá. Truffaut não apenas forneceu notícia de jornal: Truffaut é o autor da história e do roteiro.
“Tom seco, ambiguidade apaixonada, emoção gozadora”
O livro Off-Hollywood Movies, de Richard Skorman, que diz trazer críticas de 445 títulos – “os maiores tesouros do cinema” – abre seu texto dizendo que “Breathless é um filme de primeiros”: “É o longa de estréia do famoso diretor francês Jean-Luc Godard, que se transformou no filme seminal do movimento da Nova Onda Francesa, e é a obra que transformou Jean-Paul Belmondo em um símbolo sexual internacional.”
Bem. Godard é suíço, e não francês, mas vamos em frente. Mais adiante, o livro afirma:
“Breathless tem uma narrativa construída de maneira solta, consistindo de vinhetas rápidas amarradas umas às outras sem transições. Alguns dos diálogos do filme continuam de uma sequência para outra, outros são repetidos dentro da mesma sequência. Em outras palavras, Godard quebra várias regras da forma tradicional de fazer filmes, muitas pela primeira vez, e ele se sai magistralmente. (…) Diversas sequências são paródias inteligentes de filmes B americanos ou prestam tributo a famosos diretores e atores. E as atuações de Belmondo e Seberg são extraordinárias.”
Vinhetas rápidas? Bem, há uma sequência – em que Patricia-Jean Seberg chega a seu apartamento e encontra Michel-Belmondo deitado em sua cama, e os dois ficam lá num papo furado interminável – que dura mais de meia hora, não quebra nenhuma regra do cinema e arrebenta é a paciência do pobre espectador, mas tudo bem, vamos em frente. É para as minhas opiniões ficarem para o final deste texto.
O Dicionário de Filmes do grande historiador e crítico Georges Sadoul diz:
“Um autor que se afirmou desde o primeiro longa-metragem, com seu tom seco, sua ambiguidade apaixonada, sua emoção gozadora, sua segurança desenvolta, seu sentido pessoal de narrativa e de uma linguagem muito contemporânea, embora um pouco floreada, seu estilo de montagem que zomba das regras, sua visão de Paris onde o destino esmaga um casal de amantes condenado à desunião e à morte (como em Quai des Brumes/Cais das Sombras). A construção, por Belmondo, do criminoso anarquista, descontraído, amargo e cínico valeu-lhe a celebridade em seu primeiro grande papel. Jean Seberg, felina e ambígua, nunca foi tão bem dirigida.”
Bem… Jean Seberg havia sido dirigida pouco antes, em Santa Joana (1957) e Bom Dia, Tristeza (1958), por Otto Preminger, um dos melhores diretores de atores de toda a História do cinema, mas tudo bem, vamos em frente.
“Acha-se um Bogart, mas é um pé-de-chinelo”
O livro 1001 Filmes Para Ver Antes de Morrer começa seu texto questionando o que resta de novidade em Acossado, agora que tanta coisa que o filme trouxe de novidade já ficou conhecido demais, batido.
O que resta de Acossado – pergunta o texto – “quando é mais provável que a mistura de um enredo solto envolvendo crimes e gângsteres, uma atitude ‘esperta’ e um apanhado moderno de citações da alta e da baixa cultura seja atribuída a Quentin Tarantino de que a seu verdadeiro predecessor, Jean-Luc Godard?”
Quentin Tarantino… Boa lembrança.
“Michel (Belmondo) se acha um jovem Humphrey Bogart, mas é na verdade apenas um bandido pé-de-chinelo”, começa o 501 Must-See Movies. (O original diz “he’s really just a small-time hood.”)
Ué, gostei dessa definição. É isso mesmo que o protagonista da história é: just a small-time hood. Um bandidinho pé-de-chinelo.
“O filme de Godard foi o ponto de partida da Nova Onda Francesa – uma reação contra a estrutura e a narrativa existente até então no cinema francês”, prossegue o 501 Must-See Movies. O jovem casal aqui está tendo uma relação bem anos 60, que reflete toda a angústia existencial do ‘eu estou sozinho’ que estava sendo apagada pelas drogas que transformavam tudo em ‘estou muito bem, Jack’. No entanto, Godard passa 25 minutos do filme na sequência no quarto. Naquele momento, Michel e Patricia ficam tão afetuosos, tão próximos e tão ‘arrendondados’ quanto é possível para eles, dado o seu fundamental vazio. Michel diz para Patricia: ‘Quando conversamos, eu falei sobre mim, você falou sobre você, quando nós deveríamos ter falado um sobre o outro’.”
Ué… Tirando aí o equívoco factual de dizer que o filme de Godard foi o ponto de partida da French New Wave, como se diz em inglês, há no texto do 501 Must-See Movies algumas coisas que me parecem muito boas. Vou a elas daqui a pouquinho – mas antes creio que é necessário registrar algumas informações, fatos, verdades. Já foram dadas aqui muitas opiniões (e ainda haverá as minhas). Faz bem botar algumas informações factuais.
Não, o filme não foi o início da nouvelle vague
* A nouvelle vague não começou com À Bout de Souffle. O filme estreou na França em 16 de março de 1960. Les Quatre-Cents Coups, no Brasil Os Incompreendidos, o primeiro longa-metragem de François Truffaut, havia estreado em 3 de junho de 1959. Em 1958 havia sido lançado Nas Garras do Vício/Le Beau Serge, de Claude Chabrol. Isso para não falar de La Pointe-Courte, o primeiro de Agnès Varda, de 1955, que é reconhecido como precursor da nouvelle vague.
* A Monogram Pictures foi uma das várias pequenas produtoras de Hollywood, espécies de davizinhos contra os golias MGM, Paramount, Universal. Existiu entre 1931 e 1955, e produziu basicamente filmes B, os filmes de pequeno orçamento, às vezes muito talento. A Monogram também distribuiu filmes de outras produtoras pequenas. Havia de tudo entre os filmes que ela produzia e/ou distribuía – de horror a westerns, passando, claro, pelos policiais que fascinaram os jovens Godard e Truffaut. Entre eles estavam vários westerns com o jovem John Wayne pré-No Tempo das Diligências, os policiais com o detetive chinês Charlie Chan e alguns de terror com Boris Karloff.
* Detalhinho: o filme com Humphrey Bogart que está passando num cinema da região da Champs-Elysées, cujos cartazes o personagem de Belmondo e a câmara de Godard e seu diretor de fotografia Raoul Coutard ficam admirando, Plus Dure Será la Chute, é The Harder They Fall, o filme de Mark Robson sobre o submundo do boxe, no Brasil A Trágica Farsa. Lançado em 1956, foi o último filme da carreira de Bogey.
* Sim, À Bout de Souffle seria refilmado, como registra o verbete de Leonard Maltin. Em 1983, 23 anos, portanto, depois do lançamento do original, Jim McBride ousou refilmar a história, com Richard Gere no papel de Jesse Lujack, um sujeito que rouba um carro em Las Vegas e dirige até Los Angeles, e Valérie Kaprisky no papel que havia sido de Jean Seberg. Foi, parece, um grande sucesso de público nos Estados Unidos. Acho que não perdi tempo vendo essa refilmagem – ou seria melhor dizer rebobagem?
Me sentei para rever o filme com a maior boa vontade
Há muito tempo queria rever, finalmente, À Bout de Souffle. Tinha grande curiosidade de saber o que acharia hoje, velhinho, experiente, tendo visto tudo quanto é filme que pode haver, do filme que encantou o adolescente Sérgio Vaz, na época em que ele se encantava pelos filmes que os cursos de cinema dados pelos bons críticos de Belo Horizonte indicavam como os grandes.
Ao longo deste porrilhão de décadas que vieram depois dos anos 60, diminui demais minha admiração pelos artistas “revolucionários”, “inovadores”, os que vêem para quebrar os padrões estabelecidos, os que vêm para mudar tudo aquilo que estava aí. Diminuiu mais do que diminuíram as geleiras eternas das montanhas, a cobertura de neve dos pólos, da Groenlândia, a cobertura verde da Amazônia, da Mata Atlântica, a qualidade da música popular brasileira.
Passei a admirar mais e mais não os moderninhos, mas os que sabem fazer direito. Os que têm algo a dizer e dizem – e dizem bem, e dizem belamente.
Os modernismos, os modismos moderninhos, eles passam – e ficam velhos, datados.
Gosto das coisas que não ficam velhas, não ficam datadas.
Como os filmes que Truffaut fez – e ele foi fazendo filmes cada vez menos “revolucionários”, “inovadores”, enquanto se distanciava, estética e pessoalmente, de Godard.
Não gosto de modismos – gosto de coisas belas.
Mas não estava pensando em nada disso quando me sentei para rever À Bout de Souffle. Estava com a maior das boas vontades. Meu, o primeiro Godard! Antes de ele ficar cada vez mais chato! Com roteiro do Truffaut! Com aquela gracinha da Jean Seberg caminhando pela Champs Elysées falando “New York Herald Tribune! New York Herald T|ribune!”
Registro aqui da maneira mais clara possível: a chatice que é Acossado foi me surpreendo a cada nova sequência.
Estava querendo ver as coisas boas, positivas do filme. Juro. Não tinha intenção alguma em ver o filme pra meter o pau. Imagine! De forma alguma!
Queria ter um Godard no + de 50 Anos de Filmes! Um texto sobre o primeiro Godard, uma coisa obrigatória em um site de filmes.
A chatice do filme, a imensa, jupiteriana chatice do filme me tomou de surpresa.
É muito chato, gente. Mas é chato demais! É tudo muito bobo, muito bocó! É tudo maneirismo, é tudo forma! Não tem conteúdo algum! Não diz nada! Não diz coisa alguma!
É só maneirismo!
Belmondo faz aquele gesto do indicador passando pelos lábios mais de cinco, mais de meia dúzia de vezes!
Maneirismo, meu! Não significa nada, não quer dizer nada, coisa alguma! É frescura maneirística, apenas e tão somente – não é nada!
Transformar bandido em herói é moralmente criminoso
Há uma coisa importante aí. A coisa que me parece nojenta, asquerosa, de transformar bandido em herói.
Transformar bandido em herói. Romantizar o bandido. Mostrar o bandido como simpático, charmoso – ah, que gracinha de bandidinho! Isso me parece criminoso, moralmente criminoso –
Claro que nisso aí Godard não inovou. Transformar bandido em herói é tradição antiga. A folk music, a música surgida nas Ilhas Britânicas séculos atrás, e levada a suas colônias, é talvez o exemplo mais perfeito de culto ao banditismo. Nos Estados Unidos, a maior das colônias britânicas, a folk music deu frutos que nem chuchu na cerca, e ajudou a criar no inconsciente coletivo uma admiração pelos ladrões de bancos, por exemplo, de Billy the Kid a Bonnie & Clyde.
Inovar ao fazer de um bandido seu herói, Godard não inovou, de forma alguma.
Mas não é apenas porque À Bout de Souffle faz a elegia do bandido – ladrão e assassino – que acho o filme uma absoluta porcaria.
É por isso também, sim, admito – e não tenho vergonha alguma em admitir isso. A juventude, já se disse, com imensa sabedoria, é uma doença que o tempo cura. Curado da doença da juventude, e de outras que vêm com ela, como a mania de achar que certo é ser contra a Lei, contra o correto, eu admito perfeitamente que de fato não gosto de filme que faz a elegia do crime, do errado.
Mas isso é só uma parte, isso é só um pedacinho de por que acho À Bout de Souffle uma absoluta porcaria.
O principal motivo é que é um filme chato. Dolorosamente, inquietantemente, horrorosamente chato.
Esse bandidinho Michel, que na verdade é Laszlo Kovacs, é um chato de galocha. Figura desinteressante, boba, bocó. Não tem um pingo de caráter – não parece sentir absolutamente nada por ter matado o policial. A americaninha Patricia é lindinha, é claro – Jean Seberg era sem dúvida uma maravilha -, mas é um personagem sem qualquer brilho, personalidade.
A historinha, meu ídolo François Truffaut que me perdõe a franqueza, é bobinha, quase inexistente.
É tudo de uma chatice atroz – e com os diálogos mais tolos, mais bestas que pode haver.
– “Quando conversamos, eu falei sobre mim, você falou sobre você, quando nós deveríamos ter falado um sobre o outro.”
– “Não sei se sou infeliz porque não livre, ou se não sou livre porque sou infeliz.”
– “É triste adormecer. Separa as pessoas. Mesmo quando você está dormindo junto com alguém você está sozinho.”
Aaaaaah…
É o perfeito papo pra boi dormir.
Anotação em maio de 2021
Acossado/À Bout de Souffle
De Jean-Luc Godard, França, 1960.
Com Jean-Paul Belmondo (Michel Poiccard, ou Laszlo Kovacs),
Jean Seberg (Patricia Franchini)
e Daniel Boulanger (inspetor Vital), Henri-Jacques Huet (Antonio Berrutti). Roger Hanin (Carl Zubart), Claude Mansard (Claudius Mansard), Liliane Dreyfus (Liliane / Minouche), Michel Fabre (policial), Jean-Pierre Melville (Parvulesco, o escritor), Jean-Luc Godard (o informante), Richard Balducci (Tolmatchoff), André S. Labarthe (jornalista em Orly), François Moreuil (jornalista em Orly)
Roteiro François Truffaut e, não creditados, Jean-Luc Godard e Claude Chabrol
Fotografia Raoul Coutard
Música Martial Solal
Montagem Cécile Decugis, Les Films Impéria, Les Productions Georges de Beauregard, Société Nouvelle de Cinématographie (SNC)
No DVD. Produção Georges de Beauregard
P&B, 90 min (1h30)
Dia 27/5/2021, com Marynha.
Disponível em DVD
R, *
Eu vi apenas um filme de Jean-Luc Godard que foi “Pierrot le Fou” que me impressionou tanto que jurei não voltar a ver outro.
Não fui adepto da Nouvelle vague com excepção de François Truffaut de quem vi muitos filmes com grande prazer.
Discordo de (quase) tudo o que foi escrito nesse texto, mas vou deixar de lado questões de gosto pessoal para tirar uma dúvida. O senhor escreveu nessa “resenha” o seguinte: “eu admito perfeitamente que de fato não gosto de filme que faz a elegia do crime, do errado”. Nesse caso, o senhor não gosta de filmes de gangsters, como a trilogia “O Poderoso Chefão”? Eu li em algum lugar que o diretor Costa-Gavras recusou a oferta da Paramount para dirigir a saga da família Corleone por achar que o roteiro (e o livro) do Mario Puzo glorificava a máfia (o que de fato é verdade). Qual é a sua opinião sobre esse e os demais filmes de gangsters?
Olá, João Paulo.
Peço desculpas pela demora em responder. A gente se enrola com as coisas que tem pra fazer e às vezes esquece de umas e outras.
Para responder à sua pergunta, João Carlos, eu diria que cada caso é um caso. Não dá para botar todos os filmes de gângster, por exemplo, no mesmo saco.
Não acho que a trilogia do Coppola, especificamente, defenda a Máfia, glorifique a Máfia. Acho que a trilogia humaniza os chefes mafiosos, sim – os mostra como seres humanos, não como bandidos horrorosos o tempo tempo.
É extremamente diferente que, na minha opinião, faz Godard com esse ladrãozinho pé de chinelo, que ele tenta transformar num grnade herói.
Mas isso é apenas minha opinião, que vale quanto a opinião de qualquer outra pessoa. Não sou dono da verdade, de forma alguma. Não acredito que haja um dono da verdade…
Um abraço.
Sérgio