(Disponível em DVD.)
Desfile de Páscoa/Easter Parade, de 1948, dirigido por Charles Walters, é o único filme em que se reuniram os sensacionais talentos de Fred Astaire e Judy Garland. É um perfeito produto da MGM, o estúdio que fez vários dos melhores de todos os grandes musicais de Hollywood – e tem uma dúzia de maravilhosos números de canto & dança, ao som de canções de um dos maiores compositores da Grande Música Americana e portanto de toda a música popular do planeta, Irving Berlin.
Tem uma característica especialmente interessante, fascinante: embora a ação se passe em Nova York, e trate do vaudeville, os teatros de shows de música e dança de Nova York no início do século XX, o filme não é uma adaptação para o cinema de uma peça musical da Broadway. Diferentemente de tantos, tantos, tantos outros grandes musicais de Hollywood, Desfile de Páscoa é uma história criada diretamente para o cinema.
Essas importantes informações objetivas postas, devo dizer que mais de uma, mais de duas, mais de três vezes já me referi aqui neste site a Desfile de Páscoa como prova de que um musical pode ser uma beleza de filme mesmo não tendo, a rigor, uma trama, uma história, um enredo.
Ao rever Desfile de Páscoa agora, mais de 70 anos depois de seu lançamento (e do meu nascimento, pois sou daquela época), fui obrigado a rever meus conceitos.
Em parte, a afirmação que fiz várias vezes é correta. Em parte, no entanto, ela é infeliz, equivocada.
Easter Parade de fato prova que um musical não precisa ter assim uma grande, elaborada, complexa história para ser uma maravilha.
Mas, diferentemente do que eu dizia, o filme tem, sim, uma trama, uma história, um enredo.
Pode ser considerado bobinho – mas é um enredo. Se não vejamos: moça 1 deixa moço 1, moço 1 encontra moça 2, moça 1 gasta do moço 2 mas ele se apaixona é pela moça 2, que está apaixonada pelo moço 1. Aí há uns rolos, mas no final tudo dá certo.
Dito assim, parece mesmo tolinho. Não chega nem perto de uma Quadrilha drummondiana. É só um quadrado amoroso. Mais comum que isso, só triângulo amoroso.
Depende de como é que se conta a história – e de quem são os atores que fazem os quatro papéis. Quando o moço 1 é Fred Astaire, a moça 1 é Ann Miller, a 2 é Judy Garland e o moço 2 é Peter Lawford, a coisa muda completamente de figura.
Bem no início dos 103 minutos do filme (que passam muito depressa, como sempre acontece com os filmes bons), o personagem de Fred Astaire, Don Hewes, dançarino, uma celebridade naquela Nova York de 1912, está fazendo compras para dar de presente de Páscoa para sua companheira de palco e de vida, Nadine Gale (o papel de Ann Miller, a atriz-dançarina das pernas mais-que-perfeitérrimas). Entra e sai de diversas lojas, e são tantos os presentes que compra que são necessários três serviçais para carregar todos os embrulhos.
Diante de uma loja de brinquedos e instrumentos musicais, Don vê um grande coelho de pelúcia – e entra correndo para comprá-lo. Só que o coelho, o único da loja, acaba de ser escolhido por um garotinho aí de uns seis ou sete anos (o papel de um garoto chamado Jimmie Bates).
Ora, diabos, isso aí pode parecer uma grande bobagem. Ou então um revoltante, nojento exemplo do consumismo, essa doença mortal do capitalismo injusto.
Verdade. Só que, com a entrada e saída das várias lojas mostradas de forma bem rápida, e com a sequência – esta sim, longa, felizmente longa – dentro da loja de brinquedos filmada daquele jeito, esse começo de filme é uma maravilha, uma beleza, um show de talento.
Dentro da loja de brinquedos, Don Hewes-Fred Astaire apresenta o primeiro número de dança dos vários com que Desfile de Páscoa nos brinda – e é de babar, de aplaudir de pé como na ópera, de apertar a tecla de voltar depressa e ver de novo.
Fred Astaire dança maravilhosamente, seja sozinho, seja com Ginger Rogers, seja com Rita Hayworth, seja com Judy Garland ou Ann Miller, seja com uma vassoura. Nessa sequência. ele dança com os brinquedos da loja. A bateria profissional, o tambor, as pequeninas miniaturas de baterias.
E é preciso lembrar que, com Fred Astaire, a montagem das tomadas de dança jamais é rápida, 5 segundos, corta, 6 segundos, corta, mais uns 5 segundos, corta de novo. Não, com Fred Astaire isso não é assim. Ele preferia as tomadas longas. São mais difíceis de serem executadas, é claro, porque, nas tomadas mais longas, pode haver erro, falha – e refazer tudo é mais complicado, mais difícil.
Mas o mestre da dança e do sapateado preferia assim. Tomadas longas. Mais difíceis de ser feitas, é verdade – mas muito mais belas para o espectador ver.
Diálogos absolutamente deliciosos
Assim, quando Don chega à casa de Nadine para entregar a elas os trocentos presentes que havia acabado de comprar, estamos com apenas 8 minutos de filme, mas já vimos uma sequência simplesmente espetacular.
E aí vem o fato, o evento central da história, da trama: Nadine informa ao apaixonadíssimo Don que está cascando fora. Não apenas do casal, do namoro – mas também da dupla de dançarinos que fazia um sucesso danado.
Quer carreira solo. Brilhar sozinha.
Daí a pouco um Don destroçado, destruído, acabado, estará no balcão de um bar de nightclub, diante de um dos barmen mais fascinantes que já consolaram bêbados da História do Cinema. Chama-se Mike, e é interpretado por Clinton Sundberg, uma maravilha de ator.
Don, segurando um copo pequeno com uísque puro até pouco mais da metade: – “Dá pra afogar uma morena aqui?”
Mike, o barman: – “Qual é a altura dela?”
Don, naquele jeito de falar medidas que só quem mede o mundo em polegadas entende: – “Five foot six.” (Em medida de gente normal dá 1 metro e 67.)
Mike, botando mais uísque no copo: – “Tente agora.”
Mais um pouco de papo e Mike está contando para Don o que andou aprendendo na vida;
– “Passe sua vida atrás de um balcão e você fica sabendo como são as pessoas. Isso aqui é como uma clínica. As pessoas vêm aqui porque têm problemas. Bem, se você ouve, você aprende. Estou aqui há 15 anos e consigo dividir os problemas em duas classes.”
Don: – “Ah é? E quais são?”
Mike: – “As mulheres e as mães.”
O que demonstra que a trama de Desfile de Páscoa pode não ter não ter tanto suspense quanto um filme de Alfred Hitchcock, ou tantos personagens quanto um de Robert Altman, ou tantos bandidos quanto um de Martin Scorsese, mas, além de maravilhosas canções de Irving Berlin, cenas de dança sensacionais, o talento e o magnetismo de Fred Astaire & Judy Garland, a beleza de Peter Lawford jovem e a maravilha que são Ann Miller e suas pernas, tem também diálogos inteligentes, espertos, afiados.
Peter Lawford, na pele do ricaço Jonathan Harrow III, chega ao bar para se encontrar com seu maior amigo. Ele havia passado na casa de Nadine, pouco antes, e presenciara o final da conversa do casal – quando finalmente tinha caído a ficha na cabeça de Don de que ela estava falando sério, ela queria mesmo se separar, terminar a parceria. Assim que Don saiu, entre furioso e na maior tristeza, para ir ao bar encher a cara, Nadine demonstrou para o espectador e para Jonathan que ela estava… a fim dele! O maior amigo do cara que ela acabava de chutar pra fora!
Don apresenta Jonathan ao barman Mike, e este pergunta: – “Loura ou morena?” Que delícia: não uísque ou cerveja, mas loura ou morena. E, quando Jonathan diz que vai tomar o mesmo que o outro, Mike suspira: – “Morenas. São as mais perigosas…”
Parece que vai ser um caso de Pigmalião – mas…
Jonathan tenta fazer Don acreditar que Nadine não estava falando sério, que os dois se gostam, os dois são perfeitos juntos.
– “Ela não se dará bem sem você, e você não se dará bem sem ela”, diz Jonathan, amigo, tentando consertar a parceria que Nadine havia decidido jogar fora.
Estamos com apenas 15 minutos de filme, e vai acontecer o segundo evento central da história, o segundo grande fato da trama. Naquele exato momento, entram no palco do nightclub, às costas de onde estão Don e Jonathan, umas seis ou oito dançarinas.
A frase do amigo, dita para tentar remendar a relação dele com a mulher amada & parceira de palco, corta o orgulho do bailarino Don Hewes feito peixeira de baiano.
– “Quem disse que eu não me dou bem sem ela?”, diz ele, ofendidíssimo. Dá uma rapidíssima olhada para trás, de uma fração de segundo, e tasca: – “Está vendo essas moças? Qualquer uma tem o mesmo talento que ela.”
– “Você ficou louco. Nadine é única. Ela dança como um anjo, ela sabe como se vestir…”
Don corta: – “Fui eu que ensinei.”
Bem: acelerando um pouquinho a narrativa: Don garante que é capaz de transformar uma daquelas moças de um grupo de dança de terceira categoria de um nightclub idem em uma dançarina capaz de atrair multidões nos teatros – e escolhe, ao azar, uma delas.
Ao azar, a moça que ele escolhe, Hannah Brown, vem na pele – e na voz – de Judy Garland.
A essa altura, o espectador poderia imaginar que está diante de mais uma história à la Pigmalião, do irlandês George Bernard Shaw, que o inglês Anthony Asquith transformou no belo filme de 1938 com Leslie Howard e Wendy Hiller, e depois o americano Alan Jay Lerner fez virar musical primeiro nos palcos, depois no cinema, como My Fair Lady.
A história do homem mais rico e mais sabido que pega uma moça bem simples e ensina tudo a ela, e a transforma numa lady, ou, no caso específico, numa grande e famosa dançarina.
Deliciosamente, a história criada por Frances Goodrich e Albert Hackett parece que vai repetir a de Pigmalião, a do professor Higgins e da vendedora de flores Eliza Doolittle – mas dá uma de Garrincha, finge que vai pra lá, mas vai pra cá.
Mas creio que não é necessário relatar mais sobre a trama: quem já viu o filme vai se lembrar do que acontece. E quem não viu, se quiser ficar sabendo vai ter que ver, porque eu não vou fazer spoiler.
Em relação à trama, só gostaria de acrescentar que surgirá ainda um outro personagem tão absolutamente delicioso quanto esse barman Mike. Será François, o garçom principal de um restaurante chiquíssimo que os personagens frequentam bastante. A sequência em que François (interpretado por Jules Munshin) mostra para Hannah e Jonathan como se prepara a salada especial que ele aprendeu com o pai que aprendeu com o pai que ele aprendeu com o pai é uma deliciosa maravilha.
Números de música e dança espetaculares
Vários dos números musicais são esplendorosos. Não sei, é claro, como foi durante as filmagens, mas pelo que a gente vê na tela, Fred Astaire e Judy Garland devem ter se dado muito bem. Estão afinadíssimos o tempo todo – tanto nos diálogos quanto nas sequências de dança. É uma delícia ver Hannah Brown ainda errando muito, e depois já solta, à vontade, dançando maravilhosamente.
Irving Berlin viveu mais de 100 anos (de 1888 a 1989), e escreveu mais de mil canções – sim, mil letras e mil melodias. Assim, constatar que ao longo dos 103 minutos de Desfile de Páscoa são apresentadas nada menos que 17 diferentes músicas de autoria dele não é nada espantoso. Espantosa é a qualidade delas. Há ali diversas canções pouco conhecidas –feitas especialmente para o filme, para se encaixar na história escrita por Frances Goodrich e Albert Hackett. Mas várias das músicas do magistral compositor colocadas no filme são jóias da coroa, clássicos, standards.
A sequência em que Fred Astaire canta e dança “Stepping out with my babe” é uma maravilha – e nela há um truque que deixa as imagens especialmente espetaculares. São dois filmes superpostos. Fred Astaire dança em primeiro plano, em câmara lenta. Atrás dele, os demais dançarinos se movimentam na velocidade normal, de 24 quadros por segundo. É sensacional.
São lindas as sequências em que Judy Garland canta
“I Want to Go Back to Michigan” e a outra em que ela e Peter Lawford andam na chuva cantando “A Fella with an Umbrella”.
Nessas duas canções, há exemplos de que como é fantástico o letrista Irving Berlin. As rimas que o cara faz, meu – a começar daquela do título, “fella”, jeito escrachado de pronunciar “fellow”, com “umbrella”.
É de uma elegância incrível a sequência em Ann Miller apresenta “The Girl on the Magazine Cover”, com modelos surgindo dentro de um retângulo que reproduz as capas das revistas femininas existentes em 1912, muitas delas ainda vivas em 1948, o ano do filme, e até hoje.
E é fascinante quando Astaire e Judy aparecem como mendigos cantando “A Couple of Swells”, uma gostosa ironia sobre o abismo social entre pobres e milionários. Conta-se que Astaire custou a se acostumar à idéia de se fantasiar de um mendigo mais roto que Carlitos – ele, tão acostumado a dançar de terno ou de black-tie. Judy, ao contrário, estava absolutamente à vontade, sua verve de comediante a toda.
Aí, quando o filme está chegando aos 60 de seus 103 minutos, Nadine Gale-Ann Miller se apresenta no palco do Ziegfield, que é mostrado como o lugar mais sagrado para os espetáculos naquela Nova York de 1912. Ela canta e dança “Shakin’ the Blues Away”, uma canção mais animada, mais ritmada que a maioria. Usa longas luvas de fino tecido amarelo, idêntico ao da saia comprida, até junto do chão, sobre um corpete negro.
60 minutos de filme, e ainda não vimos as pernas de Ann Miller.
Mas aí ela shake the blues away – e, com um gesto, transforma a saia comprida em uma cauda, permitindo que a gente as veja.
Meu Deus do céu e também da Terra…
Por aqui tivemos a disputa dos fã-clubes de Marlene e Emilinha Borba. Terá havido uma disputa de fã-clubes para saber se as mais maravilhosas pernas dos grandes musicais eram de Ann Miller ou de Cyd Charisse?
Fred Astaire tinha se aposentado
Desfile de Páscoa existiu graças ao produtor Arthur Freed, que tinha imenso prestígio dentro da MGM, e vinha de uma série de filmes que haviam tido bom sucesso nas bilheterias. Foi dele a idéia inicial de fazer um musical que falasse daquilo que havia sido moda na Nova York dos últimos anos do século XIX e nas primeiras décadas do XX: no dia de Páscoa, milhares e milhares e milhares de nova-iorquinos enfeitavam-se todos em suas melhores roupas, as mulheres com chapéus recém-comprados, e iam passear pela Quinta Avenida. Andar de lá pra cá, para ser visto, notado, admirado – enquanto fotógrafos trabalhavam agitadamente entre a multidão.
Uma espécie assim de footing-ostentação.
Foi Arthur Freed que encomendou a Frances Goodrich e Albert Hackett que bolassem uma história que tivesse como elemento chave o desfile de Páscoa, e escrevessem um roteiro. E foi ele que negociou com Irving Berlin a compra dos direitos de uso de algumas de suas canções, e a criação de algumas novas músicas específicas para se encaixar na história.
O produtor, no entanto, não ficou contente com o roteiro que a dupla criou. Achou que faltavam graça, leveza, humor – e encomendou ao então jovem Sidney Sheldon que reescreve o roteiro. Ele mesmo, Sidney Sheldon (1917-2007), o sujeito que escreveria 18 romances, todos eles best-sellers.
Inicialmente, o plano era que o filme fosse dirigido por Vincente Minnelli, o realizador de filmes elegantes, sofisticados. O casal central seria vivido por Gene Kelly e Judy Garland, que repetiria assim a dupla de sucesso de O Pirata (daquele mesmo ano de 1948). A bela Nadine seria interpretada pela atriz e dançarina de pernas fenomenais Cyd Charisse.
Entre o que o estúdio e o produtor planejam inicialmente e o que chega às telas há imensas distâncias. Minnelli e Judy Garland haviam se casado pouco antes, em 1945, e por algum motivo a MGM achou melhor evitar que marido e mulher trabalhassem juntos. Arthur Freed chamou então Charles Walters (1911-1982), que vinha de um sucesso, Tudo Azul/Good News, de 1947, com June Allyson e Peter Lawford.
Pouco antes do início das filmagens – no segundo semestre de 1947 –, noticiou-se que tanto Gene Kelly quanto Cyd Charisse haviam sofrido quedas e fraturas, e não poderiam atuar. Foi a chance de ouro da vida de Ann Miller, até então contratada pela Columbia Pictures e conhecida como rainha dos filmes B. A partir de Desfile de Páscoa, contratada pela Metro, sua carreira subiu muito de patamar.
O momento em que a oportunidade de pegar o papel que estava reservado para Cyd Charisse, no entanto, foi péssimo. Segundo uma Ann Miller quase irreconhecível conta no documentário feito em 2005 sobre o filme, Easter Parade: On the Avenue, que acompanha o DVD lançado no Brasil pela Warner Bros., quando foi chamada pela MGM ela estava se recuperando de ferimentos graves, resultantes de uma surra que havia levado do marido – de quem se separou em seguida. É absolutamente inacreditável para quem a vê dançando na tela, mas a atriz estava tendo que usar colete ortopédico na época das filmagens. – “Life is stranger than pictures”, diz ela. E ela tem toda razão. A vida é mais estranha que os filmes.
Houve alguma dificuldade para convencer Fred Astaire a assumir o papel que estava reservado a Gene Kelly. Como conta sua filha Ava Astaire McKenzie no documentário Easter Parade: On the Avenue, Fred Astaire havia se proclamado um aposentado. Nascido em 1899, havia começado a se apresentar em duo com a irmã mais velha, Adele, aos 6 anos de idade. Achava que já poderia viver a vida sem ter que trabalhar; tinha comprado um cavalo de raça, e o fazia participar de corridas país afora.
Bem, conseguiram convencê-lo – e ele trabalharia diante das câmaras até 1981. Viveu aposentado apenas sete anos – morreu em 1987, aos 88 anos.
“Bom demais de ver, gostoso como a época da Páscoa”
Leonard Maltin deu ao filme 3.5 estrelas no total de 4: “Delicioso musical de Irving Berlin sobre Astaire tentando esquecer ex-parceira de dança Miller enquanto leva Garland ao estrelato. Bom demais de ver, gostoso como a época da Páscoa. Os destaques musicais incluem o solo de Astaire em “Stepping Out With My Baby,” Miller em “Shaking the Blues Away,” Fred e Judy com “A Couple of Swells,” e o final na Quinta Avenida com a canção título de Berlin. Ganhou o Oscar de trilha sonora (Johnny Green e Roger Edens). História de Frances Goodrich e Albert Hackett; eles também escreveram o roteiro com Sidney Sheldon.”
Pauline Kael escreveu sobre o filme com visível má vontade: “Não há muita comédia nem muita invenção neste musical grande demais, mas Fred Astaire e Judy Garland finalmente conseguiram seu grande número, ‘A Couple of Swells’. Com Ann Miller e Peter Lawford; Lola Albright pode ser vista rapidamente como modelo de chapéu. Charles Walters dirigiu; a trilha, por Irving Berlin, inclui ‘It Only Happens When I Dance with You’.”
Bem ao contrário do que diz a prima donna da crítica americana, Desfile de Páscoa não é longo demais. E há muita comédia e muita invenção. Eta muiezinha chata, meu Deus.
Anotação em agosto de 2021
Desfile de Páscoa/Easter Parade
De Charles Walters, EUA, 1948
Com Fred Astaire (Don Hewes),
Judy Garland (Hannah Brown)
e Peter Lawford (Jonathan Harrow III), Ann Miller (Nadine Gale), Jules Munshin (François, o garçom principal), Clinton Sundberg (Mike, o barman), Jeni Le Gon (Essie, a criada de Nadine), Richard Beavers (cantora), Richard Simmons (o gerente de palco do Ziegfeld), Dee Turnell, Bobbie Priest, Patricia Jackson (Specialty Girls), Lola Albright, Joi Lansing (modelos de chapéus), Helene Heigh (modista), Wilson Wood (Marty, o pianista do ensaio), Peter Chong (Sam, o empregado de Don),
Nolan Leary (o funcionário da drogaria), Doris Kemper (Mary), Frank Mayo (garçom)
Roteiro Frances Goodrich & Albert Hackett e Sidney Sheldon
Baseado em história de Frances Goodrich & Albert Hackett
Fotografia Harry Stradling
Direção musical Johnny Green e Roger Green
Canções Irving Berlin
Montagem Albert Akst
Coreografia Robert Alton
Figurinos Irene, Valles
Cor, 103 min (1h43)
Produção Arthur Freed, MGM, DVD Warner Bros.
R, ***1/2
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