Anotação em 2011: Os Homens Que Encaravam Cabras é um filme genial. Nada menos que isso. É brilhante, estupidamente engraçado, hilariante, de morrer de rir – e sério. Às vezes parece Ardil 22 e M.A.S.H., aquelas sátiras demolidoras, ácidas, cortantes, do início dos anos 70 sobre o militarismo e a guerra, que só poderiam mesmo ser feitas sob o impacto da guerra do Vietnã. O fantástico é que este filme aqui se baseia em fatos reais.
Conta uma história que o governo americano, o Pentágono, as forças armadas, o Establishment da maior potência do planeta seguramente gostariam de esconder, ou de esquecer: as experiências patrocinadas pelo exército dos Estados Unidos da América para criar – os nomes variam muito, mas a coisa é uma só – soldados com poderes extra-sensoriais, espiões psíquicos, observadores remotos, super-soldados, guerreiros Jedis.
Noventa e nove vírgula noventa e nove por cento das pessoas reagiriam com um – Péra lá! Cê tá brincando!
Bem, o filme está brincando, sim. Só que está falando sério.
“Há mais verdade nisso do que você poderia acreditar”
A abertura é de um brilho absoluto. Close-up do rosto de um homem aí de seus 45, 50 anos, cabelo grisalho nas têmporas, olhar feroz, atento. Ele olha direta e fixamente para a frente. Parece que é para a câmara, porque a câmara está na frente dele, mas ele não está olhando para a câmara, está olhando para muito além.
Corte, e temos o mesmo homem, na mesma posição, só que agora visto em tomada mais afastada, quase um plano de conjunto. Está sentado diante de sua mesa de trabalho, e um letreiro informa que ele é o brigadeiro-general Hopgood (Stephen Lang), da Inteligência do Exército dos Estados Unidos, e ali é o Fort Bragg, na Carolina do Norte, em 1983.
O brigadeiro-general Hopgood olha intensamente para a frente.
À frente dele, do outro lado da sala, há uma parede, é claro – todas as salas do mundo têm paredes.
O brigadeiro-general Hopgood avisa a seu subordinado que vai até a outra sala.
Levanta-se, continua encarando o que há à sua frente, toma impulso e corre com tudo em direção à parede.
Infelizmente para ele, o brigadeiro-general Hopgood não consegue atravessar a parede.
E surge na tela o letreiro: “Há mais verdade nisso do que você poderia acreditar”.
Cabeças muito cheias de ácido
É interessante como não se fez marketing do filme em cima do fato de que ele se baseia em histórias reais. As pessoas gostam de filmes inspirados em histórias reais – é um ótimo ponto de venda. O fato de se basear em histórias reais é usado com destaque no marketing de diversos filmes. Os realizadores de Os Homens Que Encaravam Cabras não fizeram isso.
Talvez porque as pessoas não fossem acreditar.
Às vezes digo aqui que tal ou tal trama é tão fantástica, tão absurda, tão fora da realidade, que parece que o roteirista tomou um ácido bravo antes de se sentar para escrever.
Os Homens Que Encaravam Cabras mostra fatos tão fantásticos, tão absurdos, tão fora da realidade, que parece ser este o caso. Mas não é. As cabeças de um monte de oficiais, suboficiais e soldados do exército dos Estados Unidos é que pareciam estar cheias de ácido bravo, quando viveram aquelas experiências.
O Monstro de Loch Ness é o fantasma de um dinossauro
Depois do letreiro “Há mais verdade nisso do que você poderia acreditar”, a voz em off de Ewan McGregor conta a história do personagem que ele interpreta, Bob Winton, um jornalista da pequena cidade de Ann Arbor, no Michigan. Em 2002, seu editor o mandou entrevistar um sujeito que ele havia ouvido num programa de rádio. Aí vemos Bob Winton-Ewan McGregor na casa de Gus Lacey (Stephen Root). “O camarada dizia que tinha algum tipo de poder psíquico”, diz a voz em off do jornalista. O próprio Gus se define como um observador remoto – remote viewer. Bob pergunta o que Gus tem observado remotamente nos últimos dias, e Gus responde, muito sério:
– “O Monstro de Loch Ness, na Escócia. Acontece que ele é o fantasma de um dinossauro.”
No mesmo tom de profunda seriedade, Gus explica ao jovem e atônito repórter que, nos anos 1980, ele fez parte de uma unidade top secret treinada pelo exército em um programa sancionado pelos mais altos níveis de governo.
E qual era o propósito da unidade?, pergunta o repórter, já que um repórter tem que fazer perguntas. E Gus, seriíssimo:
– “Éramos espiões psíquicos, principalmente. Era nossa tarefa inicial. Depois fomos treinados para matar animais.”
A essa altura, Bob já anotou no seu caderninho que o cara é doido. Mas ele tem que fazer perguntas, e então pergunta se o matar é… com o poder da mente. Gus responde que sim:
– “Um homem de nossa unidade parou o coração de uma cabra.”
Uma figura muito mansa e muito louca
O homem que matou uma cabra só de encará-la, o sargento Lyn Cassady, é interpretado por George Clooney, também um dos produtores executivos do filme. O repórter Bob vai encontrar Lyn Cassady casualmente na capital do Kwait, em 2003, após, portanto, a invasão do Iraque pelos Estados Unidos.
Lyn Cassady, um dos grandes guerreiros Jedis formado no Primeiro Batalhão da Terra, em Fort Bragg, Carolina do Norte, vai então levar o repórter Bob para dentro do Iraque ocupado pelas tropas americanas e onde há sempre um atentado a bomba à espreita.
É uma figura muito louca e muito mansa (será que Walter Franco já adivinhava a figura do homem que encarava cabras, quando compôs o verso que falava em muito mansa e muito louca, naqueles doidos anos 70?), esse personagem – e ele parece ter sido criado para ser vivido por George Clooney, com aquelas expressões dele que misturam cara de pau, nonchalance, um jeitão de não tá nem aí, que não dá nunca para a gente saber se ele está sério ou tirando um sarro danado de quem está à sua frente.
Dirigindo no meio do deserto do Iraque, o sargento Lyn Cassady encara as nuvens lá no alto. Bob, a cada momento mais estupefato com as loucuras que vai ouvindo daquele soldado Jedi, aquele guerreiro da Nova Era, pergunta o que ele está fazendo, e ele diz que está dissipando aquela nuvem ali em cima.
Estamos aí com uns 15, 20 minutos de filme, que passam como se fosse meio segundo e dão vontade de voltar e rever tudo – e o que virá a seguir é ainda mais doidão. O sargento Lyn Cassady poderá parecer até um sujeito quase normal, quando finalmente o espectador for apresentado ao coronel Bill Django, o homem que chefiou o Primeiro Batalhão da Terra, e é interpretado por Jeff Bridges.
É tudo absolutamente doidão – e baseado em fatos reais.
O jornalista Jon Ronson entrevistou os homens que encaravam cabras
Uma das grandes piadas do filme (e o filme é repleto de grandes piadas) vem em letras mínimas, ao final dos créditos finais, aquela coisa que pouca gente vê, porque a imensa maioria já se levantou da poltrona do cinema, ou desligou o DVD. Diz o aviso, ao mesmo tempo sério e gozador:
“Embora este filme seja inspirado no livro de Jon Ronson, e os personagens de Lyn Cassady e Bill Django sejam baseados em personagens reais, o sargento Glenn Wheaton e o coronel Jim Channon, todos os outros personagens são inventados ou são compostos (reunião de vários personagens), e não retratos de pessoas reais. Os realizadores do filme pedem que ninguém tente atravessar paredes, dissipar nuvens enquanto dirigem ou encarar cabras durante horas com intenção de fazer mal a elas. Invisibilidade, tudo bem.”
Sim: eu não havia dito isso antes, mas os guerreiros Jedis também tentavam atingir a invisibilidade.
As duas últimas frases do aviso dos realizadores são uma ótima piada. A anterior é a mais pura expressão da verdade dos fatos.
O personagem Lyn Cassady, interpretado por um hilário George Clooney, existe na vida real, com o nome de Glenn Wheaton. O personagem Bill Django, interpretado por um mais hilário ainda Jeff Bridges, existe na vida real, com o nome de Jim Channon.
Outra pessoa real, o major-general Albert Stubblebine III, exatamente como o personagem que abre o filme, acreditava de fato que podia atravessar paredes – e bem que tentou.
Os três – o sargento Wheaton, o coronel Channon, o major-general Stubblebine – foram entrevistados por Jon Ronson, um jovem jornalista inglês, nascido em 1967, em plena guerra do Vietnã, em pleno alvorecer do flower power. Ronson entrevistou várias vezes os três, assim como mais de uma dezena de oficiais e suboficiais do exército americano que participaram das experiências reais de usar os poderes da mente como arma.
Jon Ronson juntou tudo o que apurou em dezenas e dezenas de entrevistas no livro The Men Who Stare at Goats, publicado originalmente em 2004, e editado no Brasil em 2010, um ano depois do lançamento internacional do filme (a edição brasileira é da Editora Record). O livro, assim como o filme, tem em português o título Os Homens Que Encaravam Cabras.
O livro que deu origem ao filme é não-ficção – só o retrato da verdade
O livro pretende ser, e tudo indica que é mesmo, um relato de não-ficção. Tem a narrativa semelhante à de um romance, mas cada palavra dita ali é o retrato fiel da realidade. Uma experiência como as reportagens de Gay Talese, ou A Sangue Frio, de Truman Capote, Os Eleitos, de Tom Wolfe, ou O Inocente, de John Grisham.
É, repito, um livro de não-ficção.
Escrever ficção é mais fácil que retratar a exata verdade dos fatos apurados, sem criar nada, sem inventar cereja para botar em cima do bolo.
Talvez a frase esteja errada, talvez não seja exatamente isso. Vamos ver se consigo expressar direito o que quero dizer.
Escrever não-ficção, retratando apenas e tão somente a exata verdade dos fatos apurados, sem criar nada, sem usar a imaginação em momento algum, e ao mesmo tempo fazer um texto sempre atraente, fácil e gostoso de se ler é uma tarefa extremamente complexa, complicada, difícil.
Quando se parte de fatos reais para fazer uma ficção, o escritor tem uma liberdade muito mais ampla. Pode omitir algum detalhe mais chato, uma minúcia mais desinteressante, e criar algo mais impactante, mais fascinante, mais agradável de se ler.
Porém isso é ficção. Pode ser ficção a partir da realidade, mas deixa de ser não-ficção.
O Inocente, de John Grisham, é um exemplo perfeito disso. Os livros de não-ficção de Grisham são muito mais interessantes, mais gostosos de se ler do que O Inocente. O Inocente é um livro sério, pesado, denso; esmiúça a trágica realidade que o autor retrata a partir de exaustivas pesquisas e entrevistas. É um documento importantíssimo – mas é muito mais difícil de se ler do que as obras de ficção do autor.
Os Homens Que Encaravam Cabras, o livro, é delicioso de se ler até lá por um terço, a metade, pois o tema é fascinante, em sua loucura, em sua hilariedade, em sua seriedade. Depois fica um tanto arenoso, repetitivo – exatamente porque Jon Ronson não se permitiu inventar nada, criar nada, enfeitar aqui e ali. É só o resultado de suas pesquisas e entrevistas. Tem o valor de um documento importante, mas falta um enredo, uma trama.
“A divertida e trágica história de como o sonho hippie entrou para o exército”
O roteirista Peter Straughan fez um trabalho absolutamente brilhante. Ele usou os fatos, os acontecimentos, as experiências descritas no livro – e, com a liberdade permitida pela ficção, criou em cima disso uma trama envolvente, fascinante, que vai do Vietnã ao Iraque, dos malucos anos 60 aos sombrios anos 2000. É tudo engraçadíssimo – e trágico. Trágico, mas engraçadíssimo. Hilariante, mas triste. Como a vida. A vida é adversativa.
Um sujeito do jornal Daily Telegraph cunhou uma frase absolutamente maravilhosa para descrever o livro: “Uma divertida e trágica história de como o sonho hippie entrou para o exército”.
O filme é exatamente isso: a divertida e trágica, engraçadíssima, hilariante e triste história de como o sonho hippie entrou para o exército.
O tempo em que se procurou ir além das portas da percepção
Fez muito sucesso, nos anos 60, um livro chamado O Despertar dos Mágicos. Era bem típico dos anos 60 – uma interpretação de diversos acontecimentos da História com base em coisas que a História Oficial despreza por serem não científicos – um tanto de ocultismo, um tanto de espiritualismo, um tanto de para-normalidade. A busca do que está além das Portas da Percepção.
O Despertar dos Mágicos é, me parece, a comprovação de duas obviedades. A primeira, de que, evidentemente, essa busca por algo além da ciência vem de sempre, desde que existimos. A segunda, de que os anos 60 foram o período da História em que essa busca se tornou mais urgente, mais evidente, mais clara, mais nítida.
Uma grande dose de admiração (sem compreender direito) pelo espiritualismo do Oriente, em especial da Índia. Algumas, ou muitas, doses de drogas alucinógenas, para ajudar a enxergar além desta realidade que sentimos com apenas cinco sentidos. A percepção de que, como diziam Raul Seixas e Paulo Coelho, você só usa dez por cento da sua cabeça, animal. A era de Aquário que chegava.
Diferentemente do que muita gente acreditou, o sonho da contracultura não morreu em 1969, em Woodstock, nem em 1970, quando John Lennon autocraticamente decretou que tinha acabado.
Ao contrário. A onda da contracultura, que chegou a ser uma tsunami quase global nos anos 60, virou milhares de pequenas ondas a partir dos 70 – centenas, milhares de pequenos grupos, de pequenos movimentos, que continuariam a reverberar.
Quatro grandes atores em ótimas atuações
Os Homens que Encaravam Cabras, o livro, mostra como o coronel Jim Channon, ao retornar do Vietnã, foi visitando no início dos anos 70 muitos daqueles grupúsculos de doidões, que carregavam, cada um à sua maneira, a chama da explosão da contracultura. O filme soube recriar essa viajandona de maneira brilhante – Jeff Bridges, o ator que é ele mesmo um símbolo dos velhinhos malucões da era do hipismo, visita trocentas comunidades de adeptos da Nova Era, reunindo conhecimentos que depois tentaria usar no Primeiro Batalhão da Terra.
Com Jeff Bridges como o guruzão (coisa que, de alguma maneira, ele é mesmo), com Ewan McGregor como o jovem jornalista que descobre os guerreiros Jedis (tendo sido ele mesmo um guerreiro Jedi na segunda trilogia de Guerra nas Estrelas de George Lucas), com George Clooney (ele mesmo o mais bem acabado rebelde anti-Establishment republicano), como o mais ativo, nestes pobres anos 2000, dos velhos espiões psíquicos, e mais ainda Kevin Spacey (o exemplo perfeito do ator comprometido com as boas causas políticas) no papel do lado escuro da Força, todos eles em grandes atuações, o filme é uma absoluta alegria para quem gosta de cinema, e para quem algum dia sonhou, tendo dormido ou não no sleeping bag.
Para quem não gosta nem de cinema nem do sonho – bem, talvez seja uma maneira de começar.
Os Homens que Encaravam Cabras/The Men Who Stare at Goats
De Grant Heslov, EUA-Inglaterra, 2009
Com George Clooney (Lyn Cassady), Ewan McGregor (Bob Wilton/narrador), Jeff Bridges (Bill Django), Kevin Spacey (Larry Hooper), Stephen Lang (Brigadier General Dean Hopgood), Robert Patrick (Todd Nixon), Waleed Zuaiter (Mahmud Daash), Stephen Root (Gus Lacey)
Roteiro Peter Straughan
Inspirado no livro homônimo de Jon Ronson
Fotografia Robert Elswit
Músicz Rolfe Kent
Produção BBC Films, Smoke House, Westgate Film Services, Winchester Capital Partners
Cor, 94 min
****
Título em Portugal: Homens Que Matam Cabras só com o Olhar
Este teu comentário, saboroso de se ler como todos os demais, despertou-me uma enorme e urgente vontade de ver o filme. Vou já correr atrás dele…
Eu também eh eh eh
A sério, vou esta semana ao meu locador(?) de filmes.
Eu vi. Ri tanto que fui procurar saber mais sobre o filme. É um daqueles filmes que não tem marketing, não tem citação a não ser a ironia do título que dá a entender o absurdo da paranóia Norte Americana.O mais divertido é o quanto os atores – ótimos – tentam fazer a coisa tão certa ridicularizando a situação, sem fazer uma comédia. O ridículo de si mesmo num patrão acima da média; Não foi por acaso que o filme foi um fracasso, não poderia fazer sucesso cutucando tanto a Insegurança Nacional.O filme é sem dúvida, ridículamente adorável. E seu resumo foi simplesmente genial, acho que diretores e atores deviam receber uma cópia … rrá!:)
Serei o primeiro a discordar, mas achei o filme fraco. Algumas cenas engraçadas, no estilo non-sense, sem, entretanto, cativar.
Seja bem-vinda a sua discordância, Giovanni! Discordância é sempre bom. Obrigado, e um abraço.
Sérgio
Eu, desta vez, também discordo, Sergio. Seja pela história, seja pelo título, é um filme incomum. Com um elenco de primeiro time, tem um humor refinado, crítico. Tem uma história muito bem sacada, baseada no livro de Jon Ronson, mas peca pela lerdeza em alguns momentos. O filme começa com tudo, o que me empolgou, e de início promete ser ótima diversão, mas não “engata”. Perde a força e definha. Fiquei um tanto decepcionado após perceber que o filme vai fiando lerdo.
Já vi, Sérgio, e achei-o bastante original, muito louco e desconcertante. Mas a melhor definição é mesmo tua: “Um filme estupidamente engraçado”. Nem mais!
P.S.: “O Despertar dos Mágicos” foi realmente um livro muito popular nos nossos anos de adolescência. Já não me lembrava dele, mas fui conferir e ele ainda mora por aqui, numa prateleira.
Umas excelentes férias!
Já vi há alguns dias e lamento dizer que detestei, aliás nem consegui chegar ao fim.
É louco e desconcertante não há dúvida mas graça não encontrei nenhuma.
Nem qualquer outra qualidade.
Adorei, achei o filme uma lição de vida. Não li o livro de Jon Ronson, muitas vezes durante o filme custei a acreditar que era uma não-ficção! Como era o único jeito, acreditei… e achei a história demais.
O sonho hippie é um sonho de liberdade, sonho de compaixão, não importa a qual religião ou movimento estamos afiliados ou não, importa que façamos o bem, que sejamos o bem, que cuidemos do lugar onde vivemos, que façamos coisas das quais as consequências não serão devastadoramente negativas.
O uso do ácido de uma maneira ‘correta’ – já que Larry Hooper usou de outra maneira – foi como um “abrir de mentes”, foi um “pegar mais leve”.
Achei demais a ideia (real) do Batalhão da Terra. Achei demais a ideia de usar os poderes da mente como arma. Apesar de não acreditar em poderes da mente, penso que só foi desenvolvido em mim as capacidades das quais tenho consciência hoje – o uso do ácido talvez fosse para expandir a capacidade de todos.
Achei o filme demais, posso ter tido um ponto de vista errado, distorcido… posso ter viajado mais do que o próprio filme, mas adorei.
Eu achei o filme engraçado, inovador e muito bem feito, pois dá a forte impressão de um filme modesto, sem grandes pretensões e, até mesmo, um pouco “artesanal”. Não imaginava que fosse baseado em fatos ridiculamente reais, mas isso não me surpreende, pois os americanos, no afã de conquistar o mundo e sobrepujar a URSS, já fizeram muita besteira!
Eu considero o Jeff Bridges um dos melhores atores da sua geração e, mais uma vez, ele dá um show de interpretação.
Quanto ao George Clooney, apesar de ser bonito de doer, não o considero um grande ator, mas também está ótimo! É engraçado, tb gosto muito da atuação dele em “Queime depois de ler”, onde faz o papel de um idiota de marca maior, mas nunca o incluo em minha lista dos melhores (se ele soube disso vai dormir com os pés na pia, coitadinho!)
Voltando ao assunto: é um filme desconcertante para quem espera uma comédia rasa: tem de pensar e analisar para achar aonde está a graça. Não é um filme de fácil digestão, mas depois de bem mastigadinho, desce redondo que é uma beleza! É uma delícia para poucos!
Simplesmente divino, a combinação do elenco com o filme, tornou esse um tesão, quem curtiu parabens, vc e um Jedai, corra ate a cozinha e entorte uma colher, caso contrario, coração gelado, vc ainda n esta preparado, esqueca a colher e va assistir zorra total.