Zeit der Geheimnisse, exibido pela Netflix no Brasil como Segredos de Natal, nos países de língua inglesa como Holiday Secrets, é um tanto difícil de definir e tão fascinante quanto a família que apresenta – quatro gerações de mulheres, basicamente de mulheres, em que os homens são apenas e tão somente complementos supérfluos. Muitas vezes pesos desnecessários. Continue lendo “Segredos de Natal / Zeit der Geheimnisse”
Lady Bird: A Hora de Voar / Ladybird
Lady Bird (2017), que no Brasil ganhou um complemento e virou Lady Bird: A Hora de Voar – talvez porque quase no fim a personagem título entra em um avião –, tem um lado de novidade, de frescor, e de outro um jeitão tremendo de déjà-vu. É o primeiro filme dirigido pela jovem e simpaticíssima atriz e roteirista Greta Gerwig. Mas é também o décimo bilionésimo filme sobre as desventuras e atribulações de um/uma adolescente em flor. Continue lendo “Lady Bird: A Hora de Voar / Ladybird”
Adorável Pecadora / Let’s Make Love
Let’s Make Love, de 1960, que no Brasil ganhou o absurdo título de Adorável Pecadora, foi o penúltimo filme de Marilyn Monroe. Depois dele viria apenas Os Desajustados/The Misfits, de 1961. Quando morreu, em 5 de agosto de 1962, com apenas 36 anos, estava começando a filmar Something’s Gotta to Give, com George Cukor, o mesmo realizador deste Let’s Make Love. Continue lendo “Adorável Pecadora / Let’s Make Love”
A Lavanderia / The Laundromat
A Lavanderia, que o incansável workaholic Steven Soderbergh lançou em 2019, é uma paulada, um panfletaço contra as mazelas do capitalismo, em especial da área das finanças, contra a forma com que funciona boa parte do sistema financeiro mundial. É uma paulada, um panfletaço, e portanto não tem nada a ver com sutileza, elegância, refinamento. Continue lendo “A Lavanderia / The Laundromat”
Num Dia Claro de Verão / On a Clear Day You Can See Forever
Barbra Streisand aos 28 anos, em seu terceiro filme, depois dos sucessos Funny Girl (1968) e Alô, Dolly (1969). Yves Montand com seu absoluto charme chegando aos 50 anos. Na direção, Vincente Minnelli, o mestre do musical e da comédia elegantes. Continue lendo “Num Dia Claro de Verão / On a Clear Day You Can See Forever”
Oito Mulheres e um Segredo / Ocean’s 8
Oito Mulheres e um Segredo/Ocean’s 8, produção cara do cinemão americano, tinha bons elementos para fazer sucesso. O título original (assim como o brasileiro) já faz referência clara à trilogia da década passada, que juntava um elenco estelar liderado por George Clooney, Brad Pitt e Matt Damon – e que foi, é claro um sucesso espetacular. Continue lendo “Oito Mulheres e um Segredo / Ocean’s 8”
Ser ou Não Ser / To Be or Not To Be
Ser ou Não Ser, de Ernst Lubitsch, é um filme absolutamente brilhante. Tem inteligência faiscando, como no mais feérico show de fogos de artifício. Mas cometeu um crime: fez graça com a tragédia do nazismo no momento exato em que o Eixo – Alemanha, Itália e Japão – estava em guerra contra praticamente o resto do mundo. Continue lendo “Ser ou Não Ser / To Be or Not To Be”
Friends – A Primeira Temporada
Friends completou um quarto de século em setembro de 2019 como uma das séries de televisão mais queridas por multidões de espectadores mundo afora. É impressionante como é grande a legião de fãs, e é impressionante como o amor deles pela série é imenso. Continue lendo “Friends – A Primeira Temporada”
Um Casal do Barulho / Mr. & Mrs. Smith
Em 1941, Alfred Hitchcock lançou o seu terceiro filme americano, depois de Rebecca, a Mulher Inesquecível e Correspondente Estrangeiro: Mr. & Mrs. Smith, no Brasil Um Casal do Barulho. Continue lendo “Um Casal do Barulho / Mr. & Mrs. Smith”
Mensageiro Trapalhão / The Bellboy
O Mensageiro Trapalhão/The Bellboy, de 1960, é um filme muito interessante por uma boa quantidade de razões. Em primeiro lugar, porque é o filme de estréia de Jerry Lewis como autor, roteirista e diretor. Continue lendo “Mensageiro Trapalhão / The Bellboy”
Zelig
Há os que amam e há os que odeiam apaixonadamente Woody Allen. Peço desculpas a esses últimos, mas Zelig é um filme genial. Absurda, gritantemente genial. É inteligência de sobra, saindo pelo ladrão, initerruptamente, ao longo de 79 minutos. Continue lendo “Zelig”
Quando um Homem é Homem / McLintock!
McLintock!, de 1963, assim, com um ponto de exclamação após o nome do protagonista, foi o quarto dos cinco filmes em que John Wayne e Maureen O’Hara contracenaram. E é também um dos quatro em que os seus personagens mantêm um relacionamento amoroso que é bastante tumultuado, problemático, tempestuoso, explosivo. Continue lendo “Quando um Homem é Homem / McLintock!”
Bananas
O próprio Woody Allen define Bananas, o segundo filme escrito e dirigido por ele, lançado em 1971, como “uma comédia que não tem trama”. Eric Lax, o autor do livro Conversas com Woody Allen, diz que Bananas e o primeiro filme do realizador, Um Assaltante Bem Trapalhão, “são essencialmente monólogos cômicos filmados: uma gag verbal ou visual em cima da outra, sem muita atenção para os aspectos artísticos.” Continue lendo “Bananas”
Turma da Mônica: Laços
Marina, seis anos de idade, queria mais. Quando terminou a narrativa e começaram os créditos finais de Turma da Mônica: Laços (2019), ela exclamou, não para nós, mas para ela mesma: “Já???” Continue lendo “Turma da Mônica: Laços”
Butch Cassidy / Butch Cassidy and the Sundance Kid
A maior das muitas qualidades de Butch Cassidy and The Sundance Kid é que o filme não se leva a sério. É um filme brincalhão, gozador, e essa é uma das razões de seu charme imenso – além, é claro, da beleza incrível dos três atores principais, da trilha sonora de Burt Bacharach, do roteiro esperto, ágil de William Goldman, e da direção segura, firme e sempre bem humorada de George Roy Hill. Continue lendo “Butch Cassidy / Butch Cassidy and the Sundance Kid”