Eu, Minha Mulher e Minhas Cópias / Multiplicity


Nota: ★★½☆

Anotação em 1997:  Gostosinho. Esse interessante diretor mexe, de novo, como no bom Presente de Grego/Baby Boom, de 1987, em que trabalha como ator, ao lado de Diane Keaton, com esses pilares básicos da sociedade capitalista – a competição entre as pessoas, a falta de tempo livre. Continue lendo “Eu, Minha Mulher e Minhas Cópias / Multiplicity”

Um Caso Meio Incomum / Slaves of New York


Nota: ½☆☆☆

Anotação em 1997:É absolutamente impressionante que James Ivory, sempre chamado de o mais inglês dos diretores americanos, autor de belíssimas reconstituições de época, rígido defensor (embora em estilo suave) dos pequenos avanços dos costumes, rígido crítico (embora em estilo suave) das hipocrisias todas da sociedade dos ricos Wasp, autor de bons ou ótimos filmes – Uma Janela Para o Amor, The Bostonians, Maurice, Mr. & Mrs. Bridge, Retorno a Howards End e o excepcional Vestígios do Dia – tenha sido capaz de fazer tamanha merda. Continue lendo “Um Caso Meio Incomum / Slaves of New York”

Todos Dizem Eu Te Amo / Everybody Says I Love You


Nota: ★★★★

Anotação em 1997: Primeira observação: é um filme, como tantos de Woody Allen, que a gente não quer que termine. É beleza pura, gozo puro; o espectador fica triste ao perceber que está se caminhando para o fim. Eu queria mais, eu queria três vezes mais. Continue lendo “Todos Dizem Eu Te Amo / Everybody Says I Love You”

August – Outono de Paixões / August


Nota: ★★☆☆

Anotação em 1997: O filme de estréia do grande ator Anthony Hopkins na direção é todo meticulosamente bem feito. Interpretações corretíssimas de todo o elenco. Música, do próprio Hopkins, com dedo de George Fenton, muito boa (há interessantes trechos humorísticos, feitos para sublinhar a falta de sentido das discussões da família de posses e de pouco caráter). Continue lendo “August – Outono de Paixões / August”

Amateur


Nota: ½☆☆☆

Anotação em 1997: Um horror. Este filme é uma coisa extremamente especial. Ele foi elogiadíssimo pela crítica; ainda hoje, leio na Vejinha da semana, que noticia o lançamento em vídeo de Flerte, o filme seguinte desse Hal Hartley: “O diretor Hal Hartley é um nome badalado pela crítica e sempre comparado a Jean-Luc Godard e Michelangelo Antonioni”. E a questão é que o filme é ruim demais; é infinitamente ruim; é seriíssimo candidato a pior filme do mundo; é mais ridículo do que qualquer produção classe Z. Continue lendo “Amateur”

Tieta do Agreste


Nota: ★★★☆

Anotação em 1997: Terminando de ver agorinha mesmo, é o seguinte: Quem não viu deve ver. Houve má vontade de boa parte da imprensa para com o filme – enquanto houve, ao contrário, apenas loas ou desculpas àquele besteirol ginasiano à la Casseta e Planeta que é Carlota Joaquina. Continue lendo “Tieta do Agreste”

The Wonders – O Sonho Não Acabou / That Thing You Do


Nota: ★★★☆

Anotação em 1997, com complemento em 2008: Uma total delícia. Alegre, divertido, bem humorado. Tem o frescor inocente da primeira metade dos anos 60, do rock’n’roll de Buddy Holly, das primeiras letras dos Beatles. É impressionante, na verdade, como Tom Hanks, que é novo, de 1956, conseguiu captar tão perfeitamente o espírito daquelas letras e daquelas canções juvenis. Continue lendo “The Wonders – O Sonho Não Acabou / That Thing You Do”

Striptease


Nota: ★☆☆☆

Anotação em 1997: Comedinha que deve ter custado caro, típico produto de Hollywood nos anos 90, rasinha que nem um pires, que resulta em algumas risadas (há piadas boas, de texto); mistura drama familiar, um toque de trama de thriller (o cinemão padrão de Hollywood atual parece não conseguir fazer nada sem um toque de trama de thriller), imensas pitadas do exagero mais over e do over mais exagerado, e uma indisfarsável tendência para pornô leve mas safadinho. Continue lendo “Striptease”

Quem Está Cantando Nossas Mulheres / Greetings


Nota: ★★½☆

Anotação em 1997: A caixinha do vídeo do lançamento brasileiro já define que o filme é visto como uma raridade. Tem um título enorme, sobre foto de Robert De Niro, do tipo: “Você imaginaria este homem fazendo uma comédia? E dirigida pelo célebre Brian De Palma?” Ou seja: é um filme que foi lançado agora, nos últimos anos, aproveitando a estatura dos dois nomes. Na época, passou despercebido. Continue lendo “Quem Está Cantando Nossas Mulheres / Greetings”

Para Roseanna / For Roseanna


Nota: ★☆☆☆

Anotação em 1997: O filme é ruim, mas é ruim demais. O personagem principal, Marcello, um italiano interpretado pelo francês Jean Reno falando em italiano, é absolutamente caricatural, grotesco. O pobre Reno, normalmente bom ator, está absolutamente perdido, fazendo gestos absurdos, sem sentido; mais caricato seria impossível. Continue lendo “Para Roseanna / For Roseanna”

Meus Tios Heróis / Unstrung Heroes


Nota: ★★½☆

Anotação em 1997: É um filme estranho, weird como a própria palavra weird. Tem um certo humor amargo que deve ser bem característica dos judeus americanos – e é interessante que, em seu primeiro-longa metragem como diretora, Diane Keaton, depois de anos de convivência com Woody Allen, tenha feito um filme tão profundamente, arraigadamente judeu. Continue lendo “Meus Tios Heróis / Unstrung Heroes”