Desconstruindo Harry / Deconstructing Harry


Nota: ★★★★

Anotação em 1999: Este filme é o Morangos Silvestres de Allen. Ela já havia feito o seu Amarcord em A Era do Rádio, o Crime e Castigo em Crimes and Measdemeanors, o Guerra e Paz em Love and Death – e aqui faz o seu Morangos Silvestres. Como o personagem de Victor Sjöström no Bergman de 1957, o personagem de Allen, Harry, revê sua vida enquanto viaja para receber uma homenagem acadêmica. Continue lendo “Desconstruindo Harry / Deconstructing Harry”

Dança Comigo? / Shall We Dansu?


Nota: ★★★☆

Anotação em 1999, com complemento em 2008: Bonito, sensível, inteligente. Tem a doçura suave e a sabedoria oriental dos primeiros filmes do Ang Lee, misturadas à plasticidade do Baile do Ettore Scola. E, como o chinês Ang Lee, esse diretor japonês sabe contar uma história sobre personagens orientais que nós, ocidentais, somos capazes de entender; ele vai pelo universal, e não pelo específico daquela cultura que a gente não consegue captar – embora esteja o tempo todo, é claro, falando daquela cultura. Continue lendo “Dança Comigo? / Shall We Dansu?”

Absolutamente Certo!

Nota: ★☆☆☆

Anotação em 1999: Eis aí um filme absolutamente ruim e absolutamente intrigante: como é possível que o Anselmo Duarte tenha feito isso em 1957 e, apenas cinco anos depois, O Pagador de Promessas? Como é possível que ele tenha aprendido tudo em cinco anos? É ruim demais da conta; é tão caricaturalmente mal feito que até parece aqueles filmes propositalmente idiotas do tipo Apertem os Cintos que o Piloto Sumiu. Continue lendo “Absolutamente Certo!”

Viva Maria


Nota: ★★★☆

Anotação em 1998, com complemento em 2008: O pessoal papo-cabeça que não perde um filme iraniano na Mostra de Cinema de São Paulo não gosta muito desse tipo de coisa, mas a verdade é que uma das muitas artes do cinema é divertir. Continue lendo “Viva Maria”

O Mito das Digitais / The Myth of Fingerprints


Nota: ★★☆☆

Anotação em 1998, com complemento em 2008: Típica obra do cinema independente americano; primeiro filme do diretor, que é também o autor da história e do roteiro. O filme estreou no Sundance Film Festival de 1997. É sobre família, dificuldade de relacionamento, falta de comunicação, pequenos-grandes traumas que se criam quando os parentes não se falam, não se abrem, e viram estranhos uns para os outros. Continue lendo “O Mito das Digitais / The Myth of Fingerprints”

Metido em Encrencas / Biloxi Blues


Nota: ★★★☆

Anotação em 1998: Delícia de filme, que eu nunca tinha visto. É uma espécie assim de Nascido para Matar – o treinamento de recrutas, a iniciação na vida brutal do exército – sem a violência, a virulência e a seriedade do Kubrick, e, ao contrário, com grande dose de humor (típico dos judeus nova-iorquinos), simpatia pelos personagens, um pouco de sentimentalismo e muita sensibilidade. Continue lendo “Metido em Encrencas / Biloxi Blues”

Mera Coincidência / Wag the Dog


Nota: ★★★★

Anotação em 1998: Deliciosa, afiada, inteligente, arrasadora sátira. Tem muitos pontos em comum com Bob Roberts, que, junto com este filme, é a sátira mais avassaladora sobre a política feita nos Estados Unidos nos últimos anos – possivelmente desde Dr. Fantástico, de Kubrick. Continue lendo “Mera Coincidência / Wag the Dog”

Matador em Conflito / Grosse Pointe Blank


Nota: ★★☆☆

Anotação em 1998, com complemento em 2008: Um filme estranho. Me deixou um tanto perplexo. É bem feito, inteligente. Tem boas piadas. É um humor negro absolutamente corrosivo. Tem um lado de fortíssimo, violentíssimo anti-establishment – mas que eu suspeito só passe para os espectadores mais informados. (Bem, mas é sempre assim, não é?) Continue lendo “Matador em Conflito / Grosse Pointe Blank”

Guerra dos Sexos / That Old Feeling


Nota: ★★½☆

Anotação em 1998: Uma comédia absolutamente sem lógica, irracional, previsível – e, no entanto, gostosa, engraçada, com um tom libertário (em termos de comportamento) que rema deliciosamente contra a maré tão anos 90 do comedimento, da caretice, do yuppismo. Continue lendo “Guerra dos Sexos / That Old Feeling”