O Grupo é assim uma espécie de precursor de filmes sobre uma geração, seu universo, seus valores, seus sonhos, seus temores – Sobre Ontem à Noite…/About Last Night…, O Primeiro Ano do Resto de Nossas Vidas/St. Elmo’s Fire, O Reencontro/The Big Chill, Para o Resto de Nossas Novas/Peter’s Friends, Nós Que nos Amávamos Tanto/C’eravamo Tanto Amati.
É um belo, profundo, sério, apaixonante, às vezes irônico, sarcástico retrato da geração das americanas (principalmente, mas também dos americanos, claro) que chegaram à idade adulta nos anos 1930, em meio à Grande Depressão, nos anos que antecederam a Guerra Civil Espanhola, a ascensão do nazismo e a eclosão da Segunda Guerra Mundial, e em que boa parte da intelectualidade flertava com o sonho do socialismo.
Fala, com tranquilidade, de temas que ainda não eram discutidos muito abertamente pelo cinema na época em que o filme foi feito, 1966, e muito menos na época em que ação se passa: a perda da virgindade, o pouco conhecimento sobre sexo e métodos contraceptivos, lesbianismo. Além de todas as menções ao envolvimento de diversos personagens com o Partido Comunista.
Baseia-se em um magnífico, extraordinário romance – que tem o mesmo título do filme, tanto no original quanto em português – de autoria de Mary McCarthy (1912-1989), grande escritora, uma das mais fascinantes figuras do universo literário do século XX. E o romance tem muito de realidade, de confissões autobiográficas, embora seja, é claro, um belo trabalho de ficção, com personagens marcantes, bem delineados – basicamente, oito moças que em 1933, aos 22 ou 23 anos, se formam em Vassar, uma universidade cara e prestigiada que na época era exclusivamente para mulheres.
Exatamente como suas oito personagens, Mary McCarthy formou-se em Vassar em 1933. Exatamente como Kay Strong (Joanna Pettet), uma das oito moças que formam o Grupo da Torre Sul, Mary McCarthy iria se casar, logo após a formatura, com um jovem ator com pretensões a dramaturgo.
O romance foi lançado em 1963, quando Mary McCarthy, aos 41 anos e oito livros já publicados, era uma escritora e crítica reconhecida e respeitada. O Grupo ficou por quase dois anos consecutivos na lista dos mais vendidos do New York Times.
O filme, produção de 1966, foi dirigido por um dos maiores realizadores americanos, Sidney Lumet, que iniciara carreira no cinema em 1957, depois de sucessos na TV e no teatro, com o belíssimo Doze Homens e uma Sentença/Twelve Angry Men.
Lumet e a produção escolheram, para interpretar várias das oito moças do grupo e os homens que giravam em torno delas, uma série de novatos: foi a estréia nas telas de Candice Bergen, Joan Hackett, Joanna Pettet, Kathleen Widdoes, Hal Holbrook.
Foi o segundo filme de Elizabeth Hartman. E o terceiro de Jessica Walter.
A belíssima e ótima Shirley Knight, então com 30 anos e oito filmes no currículo, inclusive Doce Pássaro da Juventude, era, parece, a mais veterana do elenco.
Como se vê, dos diversos nomes do elenco, nenhum deles é de alguém que viria a ser uma grande estrela – com a exceção de Candice Bergen. São boas, ótimas atrizes – mas não estrelas.
Um filme hoje pouco conhecido no Brasil, uma autora fora de catálogo
Posso perfeitamente estar enganado, mas O Grupo – tanto o livro quanto o filme – é hoje muito menos conhecido do que deveria. É talvez um dos filmes menos badalados de Sidney Lumet. Não está disponível em DVD no Brasil, segundo uma busca rápida na internet demonstra; e também não havia sido lançado em VHS, pelo que vejo no Videobook do ano de 2001, uma publicação absolutamente respeitável e confiável.
O filme reapareceu agora, no entanto, graças ao bom gosto de algum programador do Telecine Cult. Foi graças a esse canal que pude rever o filme que havia visto na época do lançamento, no falecido Cine Lido de Curitiba, em 1º/8/1967, segundo informa meu caderninho. (Se anotou, beleza; se não anotou, dançou.)
Porém, muito mais estranho ainda do que aconteceu com o filme, é o que houve com a obra da escritora: por algum fenômeno sociológico qualquer cuja explicação desconheço inteiramente, Mary McCarthy sumiu das livrarias – ao menos das brasileiras.
O site da Livraria Cultura, por exemplo, mostra que não há disponível em português sequer um livro da autora. Nem mesmo O Grupo, tido como sua obra-prima, foi relançado nos últimos muitos anos.
Volto a falar de Mary McCarthy mais tarde.
No começo da narrativa, muita informação ao mesmo tempo sobre as oito personagens
Pelo que dá para perceber, o roteirista (que também foi o produtor) Sidney Buchman procurou ser bastante fiel ao livro, ao espírito do livro. Para contar sobre as vidas de oito jovens mulheres, ao longo de seis anos, entre 1933, o ano da formatura delas em Vassar, e 1939, o ano do início da Segunda Guerra Mundial, o roteirista e produtor Buchman e o diretor Sidney Lumet fizeram um filme longo, de 150 minutos, duas horas e meia, de duração. Embora com a duração bem maior que muitas das produções da época, e dos dias de hoje, no entanto, O Grupo não parece longo. Ao contrário: como tudo que é bom, parece durar pouco.
Mas não é muito fácil para o espectador captar muito bem, no início da narrativa, quem é quem naquele grande grupo de moças. Com o tempo, o desenrolar da narrativa, as personalidades de cada uma vão ficando mais claras, mas no começo a gente sofre.
A abertura é extraordinária. Antes mesmo dos créditos especiais, o filme nos dá uma geral do grupo de moças na universidade rica, bem instalada, em que tudo tem a aparência sólida de coisa que não se desmancha no ar. Cada uma delas tem vocação para uma área – e vemos cada uma delas envolvida em alguma atividade que tem a ver com a sua área de interesse.
Lakey (Candice Bergen, com uma beleza que solta faíscas na tela, à esquerda na foto), por exemplo, é voltada para as artes plásticas. É uma das duas mais milionárias do grupo. Pouco depois da formatura, embarcará numa viagem à Europa, para prosseguir os estudos de História da Arte – e ficará lá por vários anos.
A outra mais absolutamente milionária naqueles anos em que o país mergulhava na miséria da Grande Depressão é Pokey (Mary Robin Redd). Gosta de animais, de cavalos, de cavalgar; quer ser veterinária, e ganha dos pais um aviãozinho para se locomover até o local da escola.
Libby (Jessica Walter) tem ambições literárias. É esnobe, fofoqueira, se acha especial e quer trabalhar como editora de livros.
Quem mais escreve, na prática, no entanto, é Helena (Kathleen Widdoes); pretende ser instrutora em jardim de infância, mas é a pessoa do grupo que anota sem parar sobre o que está acontecendo com cada uma das oito. É dela, também, o discurso como oradora da firma – um discurso cheio de esperanças, que fala no papel da mulher nas diversas áreas da sociedade americana, um país, diz ela, que, embora atolado na crise econômica, tem um futuro glorioso à frente.
Polly (Shirley Knight) vem de uma família que empobreceu com a Depressão. Tímida, discreta, optou pela área de ciências médicas, vai trabalhar como técnica de laboratório em um grande hospital de Nova York.
Kay Strong (Joanna Pettet) é outra cuja família empobreceu. É volúvel, passa de um interesse a outro; flertou com o teatro – onde conheceu Harald Peterson (Larry Hagman), com quem se casará bem no início da narrativa, logo após a formatura em Vassar, em julho de 1933 –, mas vai trabalhar na Macy’s, a grande loja de departamentos, e desenvolver uma carreira na área do comércio.
Sempre aberta a novas experiências, Kay é a primeira do grupo a transar. Transa com Harald antes do casamento – algo absolutamente pouco usual para os costumes das famílias das moças do grupo.
Dottie (Joan Hackett, linda, ótima atriz, na foto), da tradicionalista Boston, de família rigorosamente religiosa, que planejava trabalhar como assistente social, vai decidir ser a segunda a perder a virgindade. E escolherá para isso um sujeito absolutamente imbecil, um pintor amigo de Harald, chamado Dick (Richard Mulligan).
Priss (Elizabeth Hartman) é uma idealista; apóia com vigor o governo de Franklin D. Roosevelt – tido pelos pais da maioria do grupo como intervencionista demais, quase socialista.
Os ideais socialistas, o comunismo, a luta contra o fascismo serão temas frequentes nas conversas das moças do grupo, ao longo de toda a narrativa.
A escolha das atrizes não levou em conta a descrição física das personagens no livro
Sidney Lumet e seu diretor de fotografia Boris Kaufman usam e abusam dos travellings; a câmara segue esse grande número de personagens pelas grandes salas que frequentam, em trilhos colocados no chão, em gruas. Maravilhosa câmara.
Todo o elenco está bem, mas, na minha opinião, Shirley Knight e Joan Hackett brilham ainda mais, uma oitava acima dos outros.
Achei interessante o pequeno detalhe de que Lumet e sua equipe de escolha de elenco não se preocuparam com as descrições físicas que Mary McCarthy faz no livro. Assim, por exemplo, no livro Libby é loura, e no filme, na pele de Jessica Walter, tem cabelos longos e negros. Lakey, ao contrário, no livro tem cabelos negros, e é interpretada pela louríssima Candice Bergen.
Aqui, a opinião de três críticos
“Sidney Lumet transforma o romance de Mary McCarthy sobre garotas da turma de 1933 de Vassar em um filme descuidadamente movimentado, agradável e cheio de energia”, definiu Pauline Kael, a primeira-dama da crítica americana, para em seguida citar os nomes das atrizes do grande elenco.
Leonard Maltin deu 3 estrelas em 4: “Irregular, mas no geral boa adaptação da novela de primeira qualidade de Mary McCarthy sobre oito graduadas de uma universidade tipo Vassar. (Shirley) Knight e (Joan) Hackett elevam-se no excelente elenco.”
O Guide des Films de Jean Tulard faz, após uma sinopse que a esta altura já é dispensável, uma análise longa, ponderada, brilhante, como quase sempre no guia do mestre francês. Vou relatar o que ele diz o texto do colaborador Guy Bellinger, sem a preocupação de ser literal, e portanto sem aspas:
O filme de Lumet não é sem defeitos. É muito falastrão, com suas oito heroínas que conversam sem parar. Nisso, ele é não mais que um condensado do romance denso, longo, de Mary McCarthy, que destinava centenas de páginas para descrever o destino de oito jovens mulheres ao longo de sete anos. O filme vai depressa demais, as cenas se entrechocam e mal se tem tempo de respirar e já começa um novo diálogo em campo e contracampo. O que faz com que o espectador se perca um pouco entre todos os personagens. Mas Le Groupe, mesmo não sendo um filme perfeito, é uma obra não menos que sedutora, antes de mais nada pela escolha de suas oito atrizes: Lumet teve mão particularmente feliz ao reunir um belo buquê de iniciantes talentosas. A mais bela é sem dúvida Candice Bergen, cheia de charme inteligente em seu primeiro papel na tela. A mais impressionante é Shirley Knight (na foto abaixo), que passa, ao longo de duas horas, e de maneira convincente, de jovem virgem arredia a mulher madura e completa. A mais emocionante é Joanna Pettet, que tenta pateticamente compensar o fracasso de sua vida. Uma outra qualidade do Groupe é de não haver retirado o tom desencantado do romance de Mary McCarthy.
Grande Guide des Films. Que bela análise, em um único parágrafo.
Vou em frente.
Na primeira edição brasileira, a orelha era de ninguém menos que Otto Maria Carpeaux
O Grupo, o livro, foi lançado no Brasil em 1965, dois anos depois de sair nos Estados Unidos, um ano depois do golpe militar. Saiu pela Civilização Brasileira, na época a editora que lançava tudo que os milicos não gostariam de ver nas livrarias. Ganhei de presente o livro, um exemplar da primeira edição brasileira, em fevereiro de 1966.
O texto da orelha vem assinado por ninguém menos que o grande Otto Maria Carpeaux. É um texto tão fascinante que é difícil não transcrever inteiro:
“Mary McCarthy é hoje um dos primeiros nomes, senão o primeiro nome da literatura norte-americana, e O Grupo é, por enquanto, sua obra-prima. Quem abrir este volume encontrará logo algumas das páginas mais ousadas de toda a literatura universal, páginas que fariam corar não somente um frade de pedra, mas o próprio D. H. Lawrence: a cena de defloração de uma moça, descrita com os pormenores de um realismo impiedoso. Mas que ninguém se iluda: esta obra, que teve sucesso estrondoso nos Estados Unidos e no mundo inteiro, não é um romance pornográfico, longe disso. É um estudo profundamente sério da sociedade norte-americana de hoje e de tudo o que há nela de podre e de vivo, de inteligência e de burrice, de desespero e de esperança. (…)
“É um romance sério. Até é um romance trágico. Mas os atores dessa tragédia não estão plenamente conscientes dos papéis que desempenham. Debatem-se em suas dificuldades financeiras, em suas dúvidas intelectuais, em suas aventuras amorosas ou simplesmente sexuais como peixes que Mary McCarthy pegou na rede de sua imaginação criadora e não encontram a saída. Suas vidas são trágicas, mas seus gestos são involuntariamente cômicos. Não há página, quase, que não arranca ao leitor compreensivo uma forte e saudável gargalhada. (…) É este o apanágio dessa inteligentíssima Mary McCarthy que, às vezes, parece a irmã americana de Simone de Beauvoir e, outras vezes, uma companheira de Moravia ou Pratolini, dos grandes neo-realistas italianos.”
Não dá para compreender como não há livros de Mary McCarthy nas livrarias brasileiras
Como explicar que Mary McCarthy não tenha uma obra sua em português disponível nas livrarias?
Eu de fato gostaria de ter uma resposta para essa questão.
Mary McCarthy não pertenceu ao Partido, mas teve simpatias pelo comunismo; já na segunda metade da década de 30, no entanto, passou a repudiar o stalinismo, após os julgamentos de Moscou que levaram ao expurgo de velhos bolcheviques. Foi insistente na defesa de Leon Trotsky, e nas polêmicas com os intelectuais e escritores americanos que ela considerava simpáticos ao stalinismo.
(Os julgamentos de Moscou, a perseguição a Trotsky são temas do livro, e também no filme se fazem referências a isso.)
Entraram para a história seus embates com outra grande dama das letras americanas, Lillian Hellmann, a eterna sra. Dashiell Hammett (embora, assim como outro casal brilhante das artes dos Estados Unidos, Spencer Tracy-Katharine Hepburn, jamais tenham sido casados).
Lillian Hellmann e Dashiell Hammett permaneceram fiéis ao comunismo até suas mortes – ele em 1961, ela em 1984. Mary McCarthy sempre que podia cutucava a leoa brava com vara curta. Uma vez, na televisão, afirmou: “Cada palavra que ela (Lillian) escreve é mentirosa, inclusive ‘e’ e ‘o’”.
Lillian Hellmann foi à Justiça contra Mary McCarthy exigindo uma indenização por danos morais de US$ 2,5 milhões. A causa se arrastou anos nos tribunais, até a morte de Lillian. Mary morreria apenas cinco anos depois, em 1989.
O discurso sonhador da juventude, repetido ao fim da narrativa, mostra imenso desencanto
A revolta de Mary McCarthy contra os expurgos stalinistas, contra os Gulags que começavam a desfazer o sonho de uma sociedade mais justa, está presente com todas as letras no filme. A doce Polly se apaixona por Gus Leroy (Hol Holbrook), um editor de livros comunista. O vizinho dela, Schneider, é um refugiado alemão, ele também comunista, mas anti-stalinista, simpatizante do internacionalismo de Trotsky. Quando a relação com Gus já está prestes a se desfazer, e Gus fala na possibilidade de conversar com Schneider, Polly adverte que seguramente haveria muita discussão entre eles sobre os processos de Moscou.
Oito anos depois que Sidney Lumet levou O Grupo para o cinema, o eterno socialista Ettore Scola, em sua obra-prima Nós Que Nos Amávamos Tanto, botou na boca de um de seus personagens a frase que resume com perfeição o desencanto de quem foi vendo seu idealismo de jovem ruir com o tempo: “A gente achava que iria mudar o mundo, mas foi o mundo que nos mudou”.
Lumet e o roteirista Buchman sintetizaram o desencanto expresso no romance de Mary McCarthy ao bisar, após um percurso de cinco anos mostrados em 150 minutos de bom cinema, o discurso cheio de esperança de Helena, a oradora da turma:
“Nós, da classe de 1933, estamos indo em frente. Em uma época de crise econômica, em um tempo que exige que cada mulher da América desempenhe um papel em cada esfera da vida da nação. Para isso nos preparamos. Nas artes, nas ciências, na indústria, na criação de nossas leis. E, na política, acreditamos que todos os tipos de opiniões devem ser ouvidos. Acreditamos, conforme seguimos nossos caminhos separados, que é só através da nossa completa realização pessoal que atingiremos a meta de nossa educação, e cada uma de nós dará sua contribuição para nossa emergente América”.
Grande Mary McCarthy. Grande Sidney Lumet.
Anotação em dezembro de 2011
O Grupo/The Group
De Sidney Lumet, EUA, 1966.
Com Candice Bergen (Lakey Eastlake), Joan Hackett (Dottie Renfrew), Elizabeth Hartman (Priss Hartshorn), Shirley Knight (Polly Andrews), Joanna Pettet (Kay Strong), Mary Robin Redd (Pokey Prothero), Jessica Walter (Libby MacAusland), Kathleen Widdoes (Helena Davison), James Broderick (Dr. Ridgeley), James Congdon (Sloan Crockett), Larry Hagman (Harald Peterson), Hal Holbrook (Gus Leroy), Richard Mulligan (Dick Brown), Carrie Nye (Norine)
Roteiro Sidney Buchman
Baseado no romance O Grupo, de Mary McCarthy
Fotografia Boris Kaufman
Música Charles Gross
Produção Sidney Buchman, Famartists Productions
Cor, 150 min
***1/2
Gostei do livro e gostei do filme (vi no Telecine Cult também, mas no ano passado). Concordo com quase tudo que o crítico francês escreveu sobre o filme, quanto a defeitos e qualidades.
Sobre Mary McCarthy: ela tem também um livro de contos – Dize-me com quem andas – que é bom e teve um dos contos, traduzido como “Amor no trem” transformado em um dos episódios do filme (todo baseado em contos) “Homens e Mulheres: Histórias de Sedução”; um de memórias, “Memórias de uma menina católica”, onde sua revolta religiosa fica bem clara, e outro romance, “Uma Vida Encantada”, parece que meio autobiográfico sobre a relação dela com o ex-marido de então, Edmund Wilson. Só não gosto do final deste, que considero artificial.
Ela realmente é boa escritora, e merecia ter sua obra relançada, e que incluíssem aqueles livros dela que até onde sei continuam inéditos em português, como The Groves of Academe”, sobre a perseguição macarthista.
Otto Maria Carpeaux – sou fã de carteirinha.
Ah! Atualmente não alugo DVDs. Nem tenho inscrição atualizada em locadoras. Por isso não vi Anatomia de um crime.
Assisti na tv na emissora do Plim Plim,qdo ainda passava filmes legendados o tal Cineclub,mas na época eu gravava em VHS,aí,não foi até o fim,depois aguardei,repetir o gravei todo.O filme me tocou,profundamente,porque parece uma vida real sem muitas fantasias,depois qdo fizeram uma homenagem ao oscar do diretor Sidney Lumet,eu realmente,voltei a idealizar esse filme,assistindo,mais depois no Telecine Cult.Achei que o filme além das atrizes,algumas que eu já conhecia,como a linda Candice Bergen,nem sabia que era o seu papel,e num personagem muito intrigante na trama,a Elizabeth Hartman,que já havia assistido com Sidney Poitier,em Qdo o Coração vê,onde viveu uma cega apaixonada pelo maravilhoso Poitier,e depois saber que além de tido uma vida curta no cinema e ter recebido uma indicação ao oscar pelo tal filme,ela suicidou-se se jogando de uma janela,gostei muito da Shirley Knight,onde fazia uma personagem mais cativante,além da Joana Petet,que no filme não justifica muito como o suposto suicídio ou acidente.O livro é melhor e passeia bem dentro do âmago dos personagem.O que foi muito chato,foi assistir o querido amo de Jeannie é um gênio,vivido pelo ator Larry Hagman,fazendo um papel de um amargo ator de teatro,alcóolatra e batendo na mulher.Não existe em DVD,mas eu li o livro da Mary McCarthy,mas não possuo mais,eu considero o livro melhor e mais aplausível dentro do sentido literário dq no visionário,não desmerecendo o trabalho do Sidney Lumet.
Adorei o filme, me surpreendi com a produção,as atrizes daquela época eram lindas…
Li o livro e gostei muito porque retrata bem a sociedade americana daqueles tempos. Foca muito a questão do preconceito, de uma classe privilegiada e que não sabe o que fazer de suas vidas.