(Disponível na Netflix em 12/2024.)
Uma mulher tímida, solitária, mas sensível, inteligente, jovial, cheia de energia e sonhos, que sequer chegou aos 40, recebe o diagnóstico de que tem três semanas de vida, no máximo quatro. A partir daí vem uma comédia gostosa, alegre, divertidíssima, pra cima.
Que, de quebra, faz ótimas observações sobre o comportamento humano, reduz a pó a empáfia de um símbolo de como concentrar riqueza, arrasa com os políticos corruptos e é uma ode aos bons valores da vida – a amizade, a solidariedade, a simplicidade.
Last Holiday, no Brasil As Férias da Minha Vida, que combina o talento e a sensibilidade do diretor Wayne Wang e da esplendorosa Queen Latifah, foi lançado em 2006 – e não aconteceu. Uma matéria do site SlashFilm de dezembro de 2024 informa que no lançamento, 18 anos antes, ele rendeu US$ 43 milhões – um danado de um prejuízo, já que custou US$ 45 milhões, e uma produção de Hollywood só se paga se faturar pelo menos duas vezes o que custou. Agora, no entanto, diz o texto assinado por Joe Roberts, Last Holliday está tendo uma segunda chance no streaming:
“Segundo o FlixPatrol, um site que acompanha os números de visualizações no streaming, o filme chegou aos 10 mais vistos na plataforma no dia 7 de dezembro de 2024, quando bateu o oitavo lugar nos Estados Unidos.” O título da matéria é “O filme de Natal de Queen Latifah tem uma segunda vida no Prime Video”. No Brasil, segundo o site JustWatch, o filme está no Prime Video, na Netflix, no Telecine e no Apple TV.
Sim, o texto do site SlashFilm tem razão: Last Holiday é um filme de Natal, assim como o mais clássico de todos, A Felicidade Não se Compra/It’s a Wonderful Life, com que Frank Capra presenteou o mundo em 1946. A ação se passa-se no mês de dezembro, mostra as festas de Natal e de Ano Novo – e tem todo o espírito das Boas Festas.
Não me lembro de ter ouvido falar dele na época do lançamento ou logo depois – embora admire muito tanto o diretor quanto a atriz. Nesta segunda chance que o streaming está dando a ele, finalmente resolvemos ver, alertados pela Mônica Sanches. E ficamos, Mary e eu, encantados.
De cara, o filme mostra muito sobre Georgia
Queen Latifah estava com 36 anos quando foi lançado o filme. Vinha de indicações ao Oscar, ao Globo de Ouro e ao Bafta de melhor atriz coadjuvante pelo musical Chicago, de 2002,
O roteiro – escrito por Jeffrey Price & Peter S. Seaman – faz uma beleza de trabalho ao nos apresentar, nos primeiros dos 112 minutos do filme, quem é a protagonista da história.
Georgia Byrd vive sozinha, em um bairro classe média média de Nova Orleans. Trabalha como vendedora na seção de utensílios domésticos de uma grande loja de departamentos – onde prepara acepipes para demonstrar aos clientes a utilidade dos produtos da seção. A culinária é sua grande paixão. Assiste aos programas da Food Network, o canal dedicado à gastronomia que – acabo de aprender – é hoje um dos dez maiores dos Estados Unidos. Segue fielmente as instruções do chef Emeril Lagasse (que interpreta a si mesmo no filme), e testa os pratos refinados que cozinha em casa servindo-os a Darius (Jascha Washington), um adolescente que mora na casa ao lado da sua e parece ser seu melhor amigo, ao lado de Rochelle (Jane Adams), sua colega de trabalho na Kragen, a loja de departamentos.
Um detalhinho interessante: ela própria não se serve dos pratos que prepara e oferece a Darius. Come só um pouquinho, durante a preparação, para se orientar, saber se precisa de mais alguma coisa. Enquanto Darius manda ver um pratão, Georgia come alguma coisa leve, nada gordurosa – e em pequena quantidade. Como não é propriamente magrinha como as modelos de hoje em dia, ela está sempre fazendo regime.
Depois que Darius aprova o prato, Georgia imprime a foto que havia feito dele ao sair do fogão e cola em um scrapbook de capa dura com o título de “Livro das Possibilidades”. O garoto Darius, curioso – e um tanto sem medidas, como a imensa maioria dos adolescentes -, observa o cuidado com que a vizinha trata aquele cadernão e, num momento em que ela se ausenta da cozinha, dá uma espionada nele, e vê – assim como o espectador – fotos montadas que mostram Georgia vestida de noiva, ao lado de um noivo bonitão.
Claro que ela repreende o garoto pela indiscrição, por avançar em coisa pessoal, privada, dela, mas a coisa já foi feita. Tanto Darius quanto o espectador já ficaram sabendo que Georgia tem uma paixonite por um sujeito bonitão. Bem mais adiante na narrativa o sujeito vai aparecer na casa de Georgia à procura dela e vai ficar conhecendo Darius. O espectador, esse fica conhecendo o camarada bem rapidamente: chama-se Sean Williams, também trabalha como vendedor na loja de departamentos. A amiga Rochelle a incentiva a aproximar-se mais de Sean, puxar papo – enfim, tentar paquerar, ou demonstrar-se aberta à paquera dele, mas Georgia é tímida demais. Cada vez que passa por Sean ou ele passa por ela, cumprimentam-se alegremente – mas ficam sem jeito, os dois, e não rola mais nada.
Fica absolutamente óbvio para o espectador, desde sempre, que o sujeito também arrasta as asinhas por Georgia – só ela parece não perceber.
Sean é o papel de LL Cool J, de quem eu jamais tinha ouvido falar – ou, se tinha, já havia esquecido, o que dá na mesma. Parece que, nos Estados Unidos, não há uma única pessoa que não conheça LL Cool J, cantor de rap, hip-hop e pop romântico, ator de cinema e TV, presente nas séries NCIS, 13 álbuns lançados.
Têm muita coisa em comum LL Cool J e Queen Latifah – como o fato de que ambos começaram a carreira artística como cantores de rap. Tinha tudo para dar certo os dois trabalharem juntos.
Um acidente, uma ressonância, e vem o diagnóstico
Georgia Byrd é religiosa praticante, e pertence ao coro da igreja batista do reverendo interpretado por Werner Richmond.
O filme abre com uma sequência em que o coral da igreja está ensaiando uma canção religiosa que mais parece um pop dançante – como costumam ser todos os coros de igrejas frequentadas apenas por negros nos Estados Unidos mostrados no cinema. O reverendo lembra que é um ensaio importante: no domingo seguinte é esperada uma visita especialíssima à igreja, a do senador Dillings, um político de origem ali do Sul, que todos têm como um batalhador pela melhoria das condições de vida das comunidades negras.
No trabalho, Georgia tem sido atormentada pelo gerente da loja, um tal Adamian (Matt Ross), que parece endeusar o patrão, o dono da cadeia de lojas que leva seu nome, Matthew Kragen. Além de homem de negócios extremamente bem sucedido, Kragen – o espectador vê isso bem rapidamente – é uma espécie de influencer, uma versão atual e bem piorada de Dale Carnegie, o sujeito que fez um sucesso tremendo ao longo de várias décadas do século passado com seu livro Como Fazer Amigos e Influenciar Pessoas.
Muito bem. Acho que Georgia Byrd, figura muito simpática, interessante, fascinante mesmo, já foi devidamente apresentada.
Quando o filme está com 13 minutos, Georgia e Sean estão conseguindo finalmente ter uma conversa, na loja, na seção dela. Ela havia servido para ele um de seus salgadinhos – que ele, claro, havia adorado. Aí acontece um acidente: Georgia bate a nuca com toda a força em um porta de prateleira aberta, perde os sentidos.
Sean a carrega para a enfermaria. O dr. Gupta (Ranjit Chowdhry) recomenda uma ressonância magnética. Diante do resultado, pede que ela faça outro exame. Leva o caso para um colega, para ouvir uma segunda opinião. Diante dos resultados, comunicam que ela sofre de um caso gravíssima da rara doença de Lampington. Não há o que fazer – ela tem três semanas de vida, no máximo quatro.
Que não se espere realismo – o filme é uma festa
Georgia discute com Deus – “Por que eu, Senhor?” – em diversas ocasiões, até mesmo no serviço religioso do domingo, ao qual o senador Dillings não pôde comparecer, atarefadíssimo com questões urgentes que surgiram, segundo ele manda dizer ao reverendo,. Ela começa a se destacar no coral ao cantar perguntando ao Senhor por que ela havia sido escolhida para morrer tão jovem – e de repente toda a congregação, excitadíssima, está cantando junto com ela.
É o primeiro de muitos, vários momentos em que o filme desse talento que é Wayne Wang foge do realismo como o diabo da cruz.
Não dá para pedir realismo, verossimilhança, lógica racional, enquanto se vê Last Holiday. O filme é uma festa, uma divertissement, uma alegoria, o que seja – menos uma história para agradar ao Idiota da Objetividade de que nos falava Nelson Rodrigues.
Georgia discute com Deus. Discute com o babaca do gerente Adamian, quebra o célular do qual ele não larga um momento sequer.
Pede demissão. Vai ao banco, retira tudo o que havia economizado na vida, mais todo o dinheiro do fundo de ações que a mãe deixara para ela – e embarca para Praga, de onde irá para Karlovy Vary, para o Grand Hotel Pupp, que tem, à frente de sua cozinha, o chef Didier, o artista da culinária que ela mais admira na vida.
O chef Didier é interpretado por um Gérard Depardieu que parece ter se divertido imensamente ao lado de Wayne Wang e Queen Latifah.
Como o mundo é pequeno demais, estão hospedados no luxuozérrimo Grand Hotel Pupp, exatamente naqueles últimos dias do ano, tanto o senador Dillings quanto um dos mais doadores de suas campanhas eleitorais, o empresário-celebridade Matthew Kragen.
O senador é o papel de Giancarlo Esposito. O empresário que havia sido, sem saber, é claro, o patrão de Georgia Byrd é interpretado por Timothy Hutton, esse bom ator que, confesso, não reconheci; dele eu me lembrava apenas como o filho caçula da família protagonista de Gente Como a Gente/Ordinary People, que Robert Redford lançou em 1980.
Na primeira vez em que vai ao finíssimo restaurante do Grand Hotel Pupp, Georgia – agora que não precisa mais de se sacrificar para não engordar – pede todos os carésimos pratos especiais preparados pelo chef Didier para aquela noite. Quer provar todos. Simples assim.
As pessoas que estão no hotel chiquetérrimo – tanto os hóspedes quanto os funcionários, inclusive, e principalmente, o chef Didier – ficarão impressionados com aquela milionária que parece ainda mais milionária que todos os demais…
Um acaso fez o agente de Queen Latifah ler o roteiro
É extraordinária a quantidade – e a qualidade – de situações deliciosamente engraçadas que os roteiristas Jeffrey Price & Peter S. Seaman criaram e que o filme de Wayne Wang passa a mostrar depois que Georgia Byrd-Queen Latifah chega chegando ao Grand Hotel Pupp. Mas é claro que nem vou tentar relatar essas situações em palavras. Literalmente, só vendo…
Costumo dizer que os grandes filmes, e também os filmes especialmente gostosos, divertidos, como este aqui, costumam também ter o que chamo de histórias de vida intessantes, atraentes. Como se a produção deles fosse também digna de virar filme – como, por exemplo, as filmagens do Nosferatu de F.W. Murnau, de 1922, que foram revividas no filne A Sombra do Vampiro/Shadow of the Vampire, de E. Elias Merhige, de 2000, ou O Que Terá Acontecido a Baby Jane?, de Robert Aldrich, de 1962, contadas com os maiores requintes possíveis na série Feud, de 2017.
Bem, esses dois aí são casos absolutamente excepcionais. Mas a “história de vida” deste Last Holiday mereceria, no mínimo, no mínimo, um média metragem…
Só fiquei sabendo depois que vi o filme, mas… Last Holiday é uma refilmagem!
Parece – pelo que o IMDb registra – que este filme começou a nascer por causa da paixão dos roteiristas Jeffrey Price e Peter S. Seaman pelos velhos filmes britânicos, especialmente os dos Ealing Studios, dos anos 40 e 50. Eles decidiram escrever o roteiro para uma refilmagem da fita inglesa Last Holiday, de 1950 (lançado no Brasil com o título que é a tradução literal, As Últimas Férias), estrelado pelo grande Alec Guinness e dirigido por Henry Cass. O roteiro original – ou seja, baseado em história escrita diretamente para o filme – era de J.B. Priestley, com o auxílio de J. Lee Thompson, não creditado.
Eis a sinopse do filme no IMDb, assinada por duke1029@aol.com:
“A existência solitária, anônima de George Bird (Alec Guinness) como um subestimado vendedor de máquinas agrícolas é revirada quando seu médico o informa que ele está sofrendo da rara doença de Lampington, e tem apenas poucas semanas de vida. Acreditando que não tem nada a perder, Bird abandona o emprego e retira suas modestas economias de toda a vida para passar o tempo que lhe resta em um ‘elegante’ resort à beira-mar. (No original o autor usa o termo ‘posh’, entre aspas.) Ele mantém em segredo sua condição e encontra pessoas que vivem em um mundo que ele nunca imaginava que poderia existir. De maneira incrível, ele encontra oportunidades pessoais e profissionais agora abertas a ele que jamais sonharia ter, mas infelizmente não está em posição de tirar vantagem delas – até que o destino dá uma ajuda.”
Jeffrey Price e Peter S. Seaman pretendiam que John Candy fizesse o papel principal que havia sido de Alec Guinness. O projeto foi engavetado com a morte do ator, em 1994.
Aí entrou em cena um parente bonzinho do Sobrenatueral de Almeida, que fez o agente artístico de Queen Latifah ler o roteiro que estava esquecido em algum lugar. O agente perguntou se os autores não poderiam pensar em reescrever, transformando o protagonista em mulher…
Deu no que deu. Uma deliciosa comédia que não aconteceu no lançamento – e, 18 anos depois, parece que começou a ser descoberta…
“Last Holiday funciona como um abraço”
Leonard Maltin deu 2.5 estrelas em 4 para o filme, que chamou de “afável” refilmagem da obra de 1950 com Alec Guinness escrita por J.B. Priestley, “com Latifah em boa forma”. Ele conclui dizendo que Last Holiday “desperdiça suas boas vibrações demorando bastante para chegar à conclusão óbvia, mas a atuação calorosa de Latifah carrega o filme em sua maior parte”.
Roger Ebert, que não tinha as limitações de tamanho de texto de Maltin – um escrevia para guias de papel, o outro para seu site na internet –, estendeu-se longa, gostosamente, sobre o filme, para o qual deu 3 estrelas em 4.
“Last Holiday (começa o grande crítico) é um filme que tira vantagem da grande boa natureza e calor de Queen Latifah e o usa para transformar uma velha, bolorenta fórmula em uma comédia que é simplesmente adorável. Descrever a trama é errar o alvo, porque a trama poderia ter resultado em diversos filmes não tão engraçados nem tão divertidos quanto este aqui.”
Em seguida ele fala de Georgia e conta bastante da trama.
Bem mais adiante ele diz:
“Sou o primeiro a admitir que a trama não é cegamente original, embora transportar a ação para Karlovy Vary pelo menos adicione uma locação intrigante. É uma refilmagem de uma obra de 1950 com Alec Guinness no papel que aqui é de Queen Latifah, e a história já não era precisamente original nem naquela época.
“Tudo depende da Queen, que é conhecida por exagerar de vez em quando, mas neste filme encontra todas as notas corretas e dança ao som delas deliciosamente. É bom ver cinema importante como Syriana e Munique, mas devemos estar abertos para filmes que têm ambições mais modestas: eles apenas querem nos divertir, nos aquecer e nos fazer sentir bem. Last Holiday funciona como um abraço.”
Que maravilha de texto!
Admiro Roger Ebert assim como admiro Queen Latifah e Wayne Wang. Concordo: a base da trama em si – uma pessoa fica sabendo que vai morrer, e então se dedica a viver intensamente cada minuto que lhe resta – não tem nada de original. Basta lembrar de Antes de Partir/The Bucket List, de Rob Reiner, lançado, aliás, apenas um ano depois deste Last Holiday, em que dois doentes terminais – feitos por Jack Nicholson e Morgan Freeman – fogem do hospital para realizar uma lista de coisas que sempre tiveram vontade de fazer e nunca haviam feito.
Mas acho que, mais que a base da trama em si, o que importa neste Last Holiday são as situações criadas pelos roteiristas Jeffrey Price e Peter S. Seaman – assim como a interpretação deliciosa de Queen Latifah e a sensibilidade da direção de Wayne Wang. O conjunto de situações específicas. Não apenas as mais tonitroantes, até exageradas, como a primeira lição de sky ou o pulo maluco, o bungee jumping – mas o conjunto, a variedade, e sobretudo as pequenas, quase sutis. Como o ar de alegria da massagista depois que Georgia se levanta de sua cama no spa e vai dar uma dura na garota jovem que no entanto só é chamada de sra. Burns (o papel de Alicia Witt), a secretária e amante do horroroso Kragen.
O choro e o abraço arrependido que a camareira alemã durona e dedo-durona Gunther (Susan Kellermann) dá em Georgia depois de ler a carta dela para a irmã com suas determinações sobre o funeral.
Ou ainda o detalhinho de que Mrs. Stewart, a mulher do deputado (Ellen Savaria), só pronuncia uma única palavra durante todo o filme – “Asshole!”, sua definição sobre Kragen. Asshole, é bom lembrar, equivale a idiota, imbecil, mas é mais pesado que isso, pesado como era babaca umas décadas atrás.
Ou ainda o detalhinho que mais me deixou encantado: o da funcionária da recepção, para quem, ao chegar ao hall do hotel, Georgia, absolutamente assombrada, boquiaberta, chapada, pergunta:
– “Aquele teto não faz você querer chorar?”
E a moça responde: – “Nunca notei, Madam”.
Quase no final do filme, a câmara passa pela moça, e ela está parada, olhando para o teto, para o lugar que Georgia havia apontado – e ela está assombrada, boquiaberta, chapada.
Ah, meu, que maravilha…
Anotação em dezembro de 2024
As Férias da Minha Vida/Last Holiday
De Wayne Wang, EUA, 2006
Com Queen Latifah (Georgia Byrd)
e Gérard Depardieu (Chef Didier), LL Cool J (Sean Williams), Timothy Hutton (Matthew Kragen), Giancarlo Esposito (senador Dillings), Alicia Witt (Ms. Burns, a amante de Kragen), Jane Adams (Rochelle, a colega e amiga de Georgia), Michel Estime (Marlon), Susan Kellermann (Gunther, a camareira do hotel), Jascha Washington (Darius, o garoto vizinho de Georgia), Matt Ross (Adamian, o gerente da loja), Ranjit Chowdhry (Dr. Gupta), Michael Nouri (deputado Stewart), Ellen Savaria (Mrs. Stewart), Jaqueline Fleming (Tanya, a irmã de Georgia), Kendall Mosby (Anton), Chloe Bailey (Angie), Halle Bailey (Tina), Dan Ziskie (Dr. Thompson), Julia Lashae (a moça do plano de saúde), Werner Richmond (o reverendo), Emeril Lagasse (ele próprio)
Roteiro Jeffrey Price & Peter S. Seaman
Baseado em roteiro de J.B. Priestley e J. Lee Thompson do filme “As Últimas Férias/Last Holiday”, 1950
Fotografia Geoffrey Simpson
Música George Fenton
Montagem Deirdre Slevin
Casting Mark Fincannon, Sheila Jaffe
Desenho de produção William Arnold
Figurinos Daniel Orlandi
Produção Laurence Mark, Jack Rapke, Paramount Pictures, ImageMovers, Laurence Mark Productions, Stillking Films.
Cor, 112 min(1h52)
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Título em Portugal: “Tudo o que Sonhei”. Na França: “Vacances sur Ordonnance”.