(Disponível no Dwan & Walsh Filmes do YouTube em 12/2023.)
A característica mais interessante de The Man I Love, no Brasil Meu Único Amor, produção da Warner Bros de 1946 dirigida pelo respeitado, cultuado Raoul Walsh, que o torna diferente da imensa maioria dos filmes de sua época, talvez de todas as épocas, são as ausências. Não há bandidos, tiros, perseguições de carro; não há milionários, grandes celebridades; não há gigantescas tragédias, eventos fenomenais. Os personagens são gente como a gente, suas vidas são como as nossas.
E, embora dirigido por um realizador que fez sólidos westerns, policiais e filmes de guerra, gêneros basicamente masculinos, é um filme escrito por mulheres, em uma época em que isso não era comum.
Mostra alguns meses na vida de uma mulher que beira os 30 anos, cantora da noite em Nova York, e, com saudades das duas irmãs e do irmão, atravessa e país e vai passar um tempo com eles em Long Beach, Califórnia. Vemos um pouco do dia-a-dia desses quatro irmãos – e acompanhamos Petey, a cantora, enquanto ela fica conhecendo pessoalmente um veterano pianista de jazz cujas gravações admirava e, naturalmente, se apaixona por ele.
Como Petey, a protagonista da história, é uma cantora, nós a vemos e ouvimos cantando, assim como vários músicos tocando alguns clássicos da Grande Música Americana, de autoria, entre outros, de Jerome Kern-Oscar Hammerstein II, Richard Rodgers e, claro, George & Ira Gershwin.
Um drama sobre pessoas comuns, “normais”, com muita música da melhor qualidade possível. Pode parecer uma estranha combinação. Não é, de forma alguma.
Hoje, passados 77 anos de seu lançamento, The Man I Love merece respeito por ser um filme sobre gente como a gente, pela visão feminina, por ter sido dirigido por Raoul Walsh, pela bela interpretação da maravilhosa Ida Lupino como Petey – e também por ter sido a inspiração de Martin Scorsese para fazer New York, New York, seu musical de 1977 com Liza Minnelli e Robert De Niro.
No elenco, Ida Lupino e vários atores hoje desconhecidos
Todo o elenco está muito bem – ou não seria um filme de Raoul Walsh -, mas os atores não são muito conhecidos hoje. Com a exceção, claro, de Ida Lupino. E Ida Lupino é em tudo por tudo essa mulher fantástica, admirável. Além de atriz, foi também roteirista, produtora e diretora em uma época em que quase nenhuma mulher dirigia e produzia em Hollywood. Era um vulcão, uma força da natureza, uma artista “extremamente talentosa, intensa”, como sintetizou a Baseline.
Ou, como diz o Dicionário de Cineastas de Rubens Ewald Filho: “Como atriz, Ida é injustamente esquecida mas era do calibre de uma Bette Davis, tão forte e sensível quanto uma Barbara Stanwyck. Mas, além de ter sido praticamente a única estrela da Era de Ouro que soube passar para a direção (…), Ida quebrou tabus e ainda por cima virou também produtora independente, procurou fazer filmes com temas anticonvencionais.”
Temas anticonvencionais. Entre eles, estupro, bigamia, filho ilegítimo.
Qualquer cinéfilo conhece Ida Lupino. Mas creio que só o Rubinho Ewald Filho se lembraria de nomes como – pela ordem dos créditos iniciais – Robert Alda, Andrea King, Martha Vickers, Bruce Bennett, Alan Hale Riley, Dolores Moran, John Ridgely, Don McGuire, Warren Douglas.
Aqui vão informações básicas sobre os atores – e sobre os personagens que eles interpretam:
* Andrea King, 1919-2003, 75 títulos na filmografia, faz Sally, a irmã mais próxima da primogênita Petey. Sally trabalha como garçonete em um restaurante pertencente a um bom sujeito, Tony Toresca (William Edmunds). Um dos problemas de sua vida é que o sobrinho do patrão, Nicky, um mulherengo compulsivo, dá em cima dela insistentemente, mesmo sabendo que ela é casada e tem um filho, um garoto aí de uns oito anos, Buddy (Patrick Griffin).
Mas Sally tem um problema maior: seu marido, Roy (John Ridgely), militar que voltou traumatizado da Segunda Guerra (o filme, repito, é de 1946, o primeiro ano após o fim do conflito), está internado em um hospital das Forças Armadas, e não dá sinais de que esteja melhorando. Em visita recente que ela fez a ele, Roy se mostrou corroído por ciúmes e violento.
* Martha Vickers, 1925-1971, 33 títulos na filmografia, moça linda, apenas 20 aninhos quando o filme foi rodado, em 1945, interpreta Virginia, a terceira das irmãs. Virginia é uma garota tímida, que sai pouco de casa, e é muito dedicada aos vizinhos Johnny e Gloria, que tiveram gêmeos fazia pouco tempo. Está sempre disposta a cuidar dos meninos enquanto o pai está trabalhando e a mãe saracoteando por aí.
Dos três irmãos que Petey revê ao visitá-los num período de festas de fim de ano, Virginia é a mais tranquila, a que menos tem problemas.
* Warren Douglas, 1911-1997, 34 títulos na filmografia, faz Joey, o irmão caçula de Petey, Sally e Virginia. Joey é muito jovem, ingênuo, deslumbrado com o dinheiro, o charme e as conquistas de Nicky Toresca, o cara que é dono de um nightclub na cidade e dá em cima de sua irmã. E trabalha à noite no nightclub, como um auxiliar, um faz-tudo desse Nicky.
* Dolores Moran, 1926-1982, 21 títulos na filmografia, inclusive Uma Aventura na Martinica, uma louraça de quase 1 metro e 80, e Don McGuire, 1919-1999, ator em 30 títulos, diretor de 9 e roteirista em 24, inclusive Tootsie, interpretam o infeliz casal Gloria e Johnny O’Connor, os vizinhos de mesmo andar dos irmãos de Petey. (Os dois estão na foto acima.)
São daqueles casais que não deveriam jamais ter casado. Já que se casaram, paciência – ela iria dar pra fora mesmo, não tinha outro jeito. Mas não deveriam jamais ter tido filhos – e tiveram gêmeos.
Gloria irá atrás do tal Nicky Toresca, irá se desmanchar por ele – e a partir daí acontecerá a que é a pior tragédia deste filme em que, como já foi dito, não há acontecimentos monumentais, feéricos, fantásticos.
* E, quase at last but not at least, nesta relação dos personagens da história e seus intérpretes, Robert Alda, que faz esse Nicky Toresca mulherengo, com boa pinta e muito dinheiro no banco. Robert Alda , 1914-1986, tem 104 títulos em sua filmografia como ator. Por uma dessas grandes coincidências, havia interpretado, um ano antes deste filme aqui, o compositor George Gershwin, em Rhapsody in Blue (no Brasil, Rapsódia Azul). Gershwin, um dos mais importantes compositores do século XX, é o autor da melodia da canção que dá o título a este The Man I Love, e tem lertra de seu irmão Ira.
Confesso que nunca soube (ou soube e tinha esquecido, o que dá na mesma) dessa cinebiografia de George Gershwin, Rhapsody in Blue, de 1945, produção da Warner Bros. dirigida por Irving Rapper, que teve duas indicações ao Oscar (melhor música e melhor som).
Uma mulher firme, forte, auto-confiante
Confesso também que não entendi direito por que raios Petey, mulher inteligente, esperta, vivida, resolve aparecer no nightclub do galinhão Nicky Toresca usando o vestido bastante… digamos… exuberante que ele havia mandado de presente para Sally.
Acontece quando o filme está por ali com uns 20 dos seus 96 minutos de duração.
Joey, o caçula ingênuo, chega ao apartamento em que ele e Virginia moram com Sally levando um grande pacote que as irmãs logo adivinham que contém um vestido. Sally a princípio acha que é um presente de seu irmão para ela – mas logo vê que é um presente do patrão e ídolo do rapaz.
Vem acompanhado de um cartão, grosseiro como tudo o que o cara faz: “Onde e quando? Nicky Toresca”.
Sally decide na hora, sem um segundo de vacilação, devolver o vestido ao cara.
Revi a sequência agora, enquanto escrevo a anotação, e fica perfeitamente claro o que eu não havia entendido.
Diante da caixa em que Sally enfiou novamente o vestido, Petey diz: “Califórnia. Vou ficar aqui por um tempo”.
Coloca o troço exuberante, chamativo, e aparece no nightclub do garanhão. Conversam um tanto, ela conta que é cantora, tinha vindo de Nova York para ver os irmãos – e será que ela poderia cantar uma música ali com a orquestra?
Claro que Nicky não nega à bela mulher a possibilidade de cantar – e então ele, os fregueses de seu nightclub e os espectadores do filme vêm Petey Brown-Ida Lupino cantar “Why Was I Born?”, música de Jerome Kern, letra de Oscar Hammerstein II.
A voz que ouvimos é de PegLaCentra, na certidão de nascimento Margherita Maria Francesca LaCentra (1910-1996), contralto com muitas apresentações no rádio nos anos 40 e 50, que cantou com a orquestra de Artie Shaw. Mas a maravilhosa figura que vemos ali, encantando os frequentadores do lugar, é Ida Lupino pura.
É mais do que claro. Foi estupidez minha não ter percebido. É absolutamente óbvio que Petey não foi lá tentar seduzir o bobão do dono do nightclub, como chegou a passar pela minha cabeça – o que não faria sentido algum. Foi lá para conseguir o emprego de cantora no nightclub, já que havia decidido ficar mais um tempo com os irmãos.
É mais do que claro. Antes de Petey ir ao nightclub há a frase “Califórnia. Vou ficar aqui por um tempo”. E, ao final da sequência, depois que ela se apresenta, é bastante aplaudida, e volta a se sentar à mesa com Nicky, O galinhão bota a mão esquerda sobre a direita dela. Ela então vem com a mão esquerda, dá três batidinhas na mão dele, e retira as duas.
Uma forma elegante de dizer sai pra lá, bonitão de merda, nem vem que não tem.
Em sua belíssima carreira, Ida Lupino interpretou vários personagens assim. Mulheres firmes, fortes, auto-confiantes.
Ninguém é firme, forte, auto-confiante quando se apaixona perdida, loucamente – e logo essa Petey Brown estará desmanchada de amor pelo músico que ela admirava de longe havia anos através dos discos e agora acontece de aparecer na frente dela em carne e osso.
O ator que faz o pianista Sam Thomas (o IMDb grafa San; o Cinemania usa a forma tradicional, com M de Maria) se chama Bruce Bennett. Como os outros que citei aqui, não o conhecia, ou não me lembrava dele. Bruce Bennet, 1906-2007, tem 151 títulos como ator, inclusive nos clássicos Alma em Suplício/Mildred Pierce (1945) e O Tesouro da Sierra Madre (1948).
Mas não é preciso falar da história de amor entre a cantora e o veterano pianista. Já relatei demais.
Passo às informações.
O filme, ao que tudo indica, alterou a trama do livro
Quem assina o roteiro do filme é Catherine Turney, com base em romance de Maritta Wolff. Há, nos créditos iniciais, algo que é extremamente comum no cinema francês, mas não no americano: a menção à autoria da adaptação da trama do romance – algo feito antes da redação do roteiro em si. A adaptação é creditada à própria Catherine Turney e a Jo Pagano. Eu disse, lá em cima, que o filme foi escrito por mulheres. Há aí a participação de um homem na adaptação – mas, diacho, tanto o livro quanto o roteiro são de mulheres.
Além de roteirista – tem seu nome em 24 títulos –, Catherine Turney (1906-1998) foi dramaturga e autora de biografias e novelas históricas. Teve peças encenadas tanto no West End de Londres quanto na Broadway de Nova York. Entre seus roteiros estão filmes com Bette Davis e Joan Crawford, duas atrizes de personalidade forte, exatamente como Ida Lupino.
Com a chegada da televisão, passou a ser uma ativa escritora de roteiros para peças no novo meio. Por volta de 1963, aposentou-se.
Quando Maritta Martin Wolff Stegman (1918–2002) tinha apenas 22 anos de idade, em 1940, recebeu o Avery Hopwood Award, um prêmio universitário para excelência literária, pela sua história – logo depois publicada – Whistle Stop. Um romance falando de incesto e violência e um linguajar duro, rude, vulgar, algo de forma alguma usual à época, em especial de autoria de uma mulher.
Diz a Wikipedia que o fato de uma moça tão jovem ter escrito uma novela tão hard-boiled deu a ela fama instantânea e elogios da crítica. Sinclair Lewis, o primeiro escritor das Américas a receber o Nobel de Literatura, em 1930, chamou a obra de “o romance mais importante do ano”.
Em 1946, o mesmo ano em que foi lançado este The Man I Love aqui, o romance Whistle Stop foi adaptado para o cinema, dirigido por Léonide Moguy, com George Raft, Ava Gardner e Victor McLaglen.
Night Shift, o segundo livro da autora, que deu origem a The Man I Love, foi publicado em 1942. Tenho gostado muito das sinopses de livros feitas pela Amazon, que me parecem corretos, fiéis – e permitem que a gente compare os principais pontos da história original com o que aparece nos filmes. Vamos lá:
“Sally Otis trabalha loucamente como garçonete, para sustentar seus três filhos (no filme é um só) e uma irmã mais jovem sem emprego. Com as contas se empilhando e nenhuma saída à vista, a determinação de Sally está começando a desmoronar quando sua arrogante irmã mais velha, Petey, aparece em cena. Petey, com seus casacos de pele e jóias e viagens exóticas, é uma mulher americana de carreira – uma que faz a carreira com homens. Mas quando Petey consegue um trabalho, lugar no glamouroso, turbulento, nightclub local, o mundo da batalhadora família Otis se altera para sempre.”
Hum… É. As indicações são de que Catherine Turney e Jo Pagano fizeram profundas alterações na história original. No filme, Petey não é de forma alguma arrogante, cheia de casacos de pele e jóias; não é, de forma alguma, uma mulher que fez carreira em cima de relações com homens. É uma batalhadora, uma cantora que trabalha a sério e conseguiu juntar um dinheiro capaz de pagar, bem, suas contas.
Apesar das qualidades, o filme não agradou muito
O filme foi rodado em 1945, segundo conta o IMDb – e as filmagens levaram 19 dias a mais do que o programado e custaram US$ 100 mil, uma pequena fortuna na época, acima do orçamento. Só foi estrear, no entanto, em Nova York, nos últimos dias de dezembro de 1946, e no resto do país já em janeiro de 1947. Isso certamente explica por que várias fontes – inclusive a Wikipedia – dão como data de produção o ano de 1947.
Diz dele o livro The Warner Bros. Story – que, aliás, traz o verbete no capítulo referente a filmes de 1947:
“Dirigido por Raoul Walsh, com um punho firme em material capaz de chocar, The Man I Love apresentava Ida Lupino como uma cantora de nightclub ‘já-vi-de-tudo-e-estou-aí’ que, em visita à sua irmã (Andrea King) na Califórnia, se envolve com um bandido dono de boate chamado Nicky Toresca. Miss Lupino sobreviveu a muitas reviravoltas na trama do roteiro de Catherine Turney-Jo Pagano baseado em um romance de Maritta Wolff, e enfrentou suas numerosas atribulações com invejável estoicismo.”
Hum… Há aí um erro: os créditos do filme dizem clarissimamente que o roteiro é obra de Catherine Turney; Jo Pagano é co-autor da adaptação da trama do romance para a do filme. Mas vamos em frente.
“Ela (Miss Lupino, é bom lembrar) até mesmo canta alguns clássicos, cortesia de Peg LaCentra, que forneceu a voz. As platéias foram menos estoicas e puseram os dedos para baixo. Ainda assim, graças ao artesão Walsh, que recebeu excelente apoio de um elenco que incluiu Martha Vickers, Bruce Bennet, Alan Hale, Dolores Moran e John Ridgely, não ficou tão ruim quanto poderia ter sido. O produtor foi Arnold Albert. E as canções incluíam…”
Bem, aqui não preciso transcrever os nomes das canções que o livro sobre os filmes da Warner Bros. cita. (Aliás, com que má vontade o livro trata o filme, meu Deus…) Mas dá para aproveitar para registrar alguns dos clássicos que são apresentados no filme:
“The Man I Love” (George & Ira Gershwin),
“Liza” (George Gershwin),
“Why Was I Born?” (Jerome Kern-Oscar Hammerstein II),
“Bill” (Jerome Kern-Oscar Hammerstein II),
“Dancing on the Ceiling” (Richard Rodgers),
“Body and Soul” (Johnny Green),
“If I Could Be with You” (James P. Johnson-Henry Creamer).
Leonard Maltin deu ao filme 3 estrelas em 4: “Melodrama habilidoso, com boas atuações, coloca Ida como cantora de nightclub perseguida por bandido Alda. Esqueça a lógica e simplesmente aproveite. Este filme inspirou New York, New York, de Martin Scorsese.”
Diacho… Para mim a trama faz todo sentido, tem toda lógica. Mas cada um, cada um…
Dame Pauline Kael, a prima donna da crítica americana, sentencia, em seu 5001 Nights at the Movies (que Sérgio Augusto não incluiu na versão brasileira, reduzida para 1001 Noites no Cinema, deixando para mim a tarefa de tentar traduzir o texto chique da mulher):
“Do seu tipo, nada mal. Warner Brothers, combinando dois gêneros na esperança de atrair duas audiências, realizou diversos desses melodramas musicais, e este aqui, dirigido por Raoul Walsh, é um dos macios.”
Hum… Dame Kael usa “smooth”, que na Flor do Lácio Inculta e Bela pode ser suave, liso, macio, tranquilo, calmo…
“Ida Lupino estrelou, como uma cantora, com Bruce Bennett como um músico de jazz (um dos poucos bons papéis), Robert Alda, Andrea King, Martha Vickers, Alan Hale, Dolores Moran, e alguns talentosos dubladores.”
Como assim, o personagem do músico de jazz é um dos únicos bons? Se ela elogia o filme, diz que não é nada mal, é um dos smoothests, então como é possível que os personagens sejam ruins?
Bah… Dame Kael que se dane.
Este é um filme interessante. Valeria só por Ida Lupino, mas tem várias outras qualidades.
Anotação em dezembro de 2023
Meu Único Amor/The Man I Love
De Raoul Walsh, EUA, 1946
Com Ida Lupino (Petey Brown)
e Robert Alda (Nicky Toresca, o mulherengo dono do nightclub), Andrea King (Sally Otis, irmã de Petey), Martha Vickers (Virginia Brown, a irmã mais nova de Petey), Bruce Bennett (Sam Thomas, o pianista de jazz), Alan Hale (Riley), Dolores Moran (Gloria O’Connor, a vizinha paqueradora), John Ridgely (Roy Otis, o militar marido de Sally), Don McGuire (Johnny O’Connor, o vizinho, marido de Gloria), Warren Douglas (Joey Brown, o irmão caçula de Petey), Craig Stevens (Johnson), William Edmunds (Tony Toresca, o patrão de Sally), James Dobbs (Jimmy), Patrick Griffin (Buddy Otis, o filhinho de Sally), Florence Bates (Mrs. Thorpe), Peg LaCentra (a cantora que dubla Ida Lupino)
Roteiro Catherine Turney, Jo Pagano
Baseado no romance “Night Shift”, de Maritta Wolff
Fotografia Sid Hickox
Música Max Steiner
Direção musical Leo F. Forbstein
Montagem Owen Marks
Direção de arte Stanley Fleischer
Figurinos Milo Anderson
Produção Arnold Albert, Warner Broas.
P&B, 96 min (1h36)
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