O Duque / The Duke

Nota: ★★★½

(Disponível no HBO Max em janeiro de 2023.)

A história é absolutamente maluca, inacreditável, deliciosa. Parece coisa de escritor de imaginação fertilíssima, tipo Gabriel García Márquez ou J.K. Rowling, em momento de criatividade ensandecida, turbinada por um baita coquetel de alucinógenos.

Um quadro do espanhol Francisco de Goya é roubado da National Gallery de Londres – e era um quadro especialmente querido pelos ingleses. Retrato do Duque de Wellington – um dos maiores heróis da pátria, duas vezes primeiro-ministro do Reino Unido, o marechal que derrotou Napoleão Bonaparte em Waterloo -, ele havia sido adquirido por um milionário americano; para impedir que a relíquia saísse do país, o governo britânico comprara de volta do colecionador pela fortuna de 140 mil libras esterlinas.

E então a preciosidade é roubada da maior galeria de arte da Grã-Bretanha! Escândalo nacional, internacional!

Mas tem mais – e, meu Deus do céu e também da Terra, tem muito mais. Meses depois, o quadro é devolvido, intacto, à National Gallery, por um senhorzinho humilde, working class, de mais de 60 anos de idade. Ele assume a autoria do roubo e dos bilhetes enviados às autoridades pedindo como resgate do quadro que as autoridades prestassem mais atenção às pessoas idosas pobres e as ajudassem nas suas necessidades.

A história louca, incrível, aconteceu de fato – em 1961, o nono ano do reinado da Rainha Elizabeth II, um ano antes de os Beatles lançarem seu primeiro compacto simples com “Love me Do” e “P.S. I Love You”.

Seriam necessários doses elefânticas de incompetência para fazer um filme ruim a partir dessa história. O cinema inglês, um dos melhores do mundo (o melhor, na minha opinião), não dispõe dessa mercadoria – e O Duque/The Duke (2020), dirigido por Roger Michell, com Jim Broadbent e Helen Mirren, dois dos mais excepcionais atores das Ilhas Britânicas, e portanto do mundo, é uma absoluta maravilha.

Daquelas pérolas que a gente fica torcendo para que não acabe. E que, quando acaba, dá vontade de ver de novo.

O réu chama a escrivã do tribunal de “doçura”!

O Duque conquista o espectador de cara, já na primeira sequência. A escrivã do tribunal, o histórico, impressionante Old Bailey, uma moça bonita, devidamente trajada com toga e aquelas perucas que eram moda ali por volta de 1700 mas continuam obrigatórias nos tribunais ingleses, lê:

– “Que o acusado fique de pé, por favor. Kempton Bunton, você é acusado de, no dia 21 de março de 1961, ter roubado da National Gallery o retrato do Duque de Wellington do artista Francisco de Goya, no valor de 140 mil libras. Como você se declara, culpado ou inocente?”

Kempton Bunton-Jim Broadbent, de pé, com seu melhor terno: – “Not guilty”.

A escrivã Debbie (o papel de uma moça simpática, Heather Craney) prossegue, voz firme, formal, como a ocasião exige, como se deve proceder no Old Bailey, o principal, mais importante tribunal criminal do Reino Unido:

– “E que você criou um incômodo público ao privar as pessoas da oportunidade de ver o retrato. Você se declara culpado ou inocente?”

O velho trabalhador: – “O mesmo de novo, doçura. Inocente.”

“Same again, love. Not guilty.” O “love” aí pode ser traduzido por amor, doçura, docinho, fofa – qualquer coisa assim, absolutamente familiar, íntimo, Nunca jamais em tempo algo para ser dito por um réu diante de um tribunal que poderá condená-lo a mofar num presídio até o fim de sua vida.

A câmara de Roger Michell e seu diretor de fotografia Mike Eley dá um novo close-up do rosto da escrivã Debbie – e ela bem que tenta esconder um sorriso, mas é simplesmente impossível: como assim, meu, a escrivã do Old Bailey ser chamada pelo réu de “love”? Ah, mas o que que é isso!

Um letreiro informa que voltamos para 6 meses atrás do julgamento, e que estamos em Newcastle – cidade do Nordeste da Inglaterra, 450 ao Norte de Londres. O flashback vai durar a maior parte dos 95 deliciosos minutos do filme, e nos apresentar a fantástica figura desse Kempton Bunton e sua família.

Mais para o final da narrativa voltaremos ao Old Bailey, é claro, para acompanhar mais alguns momentos – extraordinários, fantásticos – do julgamento de Kempton, Com direito a novos close-ups da atriz Heather Craney, esforçando-se, como a escrivã Debbie, para ficar séria diante da quantidade incrível de coisas absolutamente hilariantes ditas pelo réu.

Um Dom Quixote da working class

Não dá para saber exatamente, é claro, qual foi a dose de liberdade que os roteiristas Richard Bean e Clive Coleman usaram para mostrar, no filme, as personalidades envolvidas no roubo do retrato do Duque de Wellington, e como se deram os fatos. Mas a verdade é que eles nos apresentam personagens e eventos fantásticos, interessantíssimos, fascinantes.

O tal do Kempton Bunton que Jim Broadbent compõe é uma figurinha daquelas difíceis de se encontrar, uma figura ímpar, sensacional. Daqueles que, na antiga revista Seleções do Reader’s Digest, seria personagem da seção “Meu Tipo Inesquecível”.

É, como já foi dito, da classe trabalhadora, do interiorzão inglês. Working class, seguramente filho, neto, bisneto, tetrataneto de gente da working class – a possibilidade de ascensão social na Inglaterra, para quem não é alguém tipo John Lennon ou Paul McCartney, é bastante pequena. No entanto, ele não é burro, nem inculto. Muitíssimo ao contrário. Demonstra ter lido muito, demais da conta; conhece História, política, literatura. É o típico sujeito pobre mas que aprendeu muito na vida. Um autodidata, é claro – mas mais sabido do que muito diplomado em Oxford ou Cambridge.

Autoditada, muito lido, sabido, Kempton tem duas características fortíssimas. Julga-se um escritor – escreve histórias, peças de teatro, sem parar, sem parar, e envia para editoras, para a BBC. Tem absoluta certeza de que um dia alguém reconhecerá seu talento e suas peças começarão a ser encenadas.

E é do tipo não conformista. Que não aceita passivamente o que os outros – em especial os representantes dos poderes constituídos – dizem que você tem que fazer. Que contesta, protesta. Que antes de mais nada diz não.

Pelo que vamos vendo, Kempton passou a vida toda não se conformando, não aceitando, contestando, protestando, dizendo não. Nos meses anteriores ao roubo do quadro de Goya, dedicava-se a protestar contra a TV Licence – o pagamento obrigatório que cada lar inglês tem que fazer para ter direito a ver a programação da BBC, a empresa pública responsável pela rádio e TV do país.

Estou plenamente convencido de que não há pessoa de boa índole que, quando O Duque está aí por uns 20 minutos, consiga resistir à simpatia dessa espécie de Dom Quixote do interior inglês. É impossível a gente não gostar dele.

Um casal de velhinhos que se ama, mas…

Certamente sua mulher, Dorothy, o ama – mas o estoque de paciência para aguentar o dia-a-dia com aquele poço de não conformismo já estava perigosamente chegando ao fim. É o que nos mostram os diálogos afiados escritos por Richard Bean e Clive Coleman e a interpretação majestosa dessa atriz superlativa que Helen Mirren é.

Ao ficar sabendo que “O Duque” – como a obra de Goya era conhecida – estava dentro da sua casa, por exemplo, Dorothy começa a tremer quase convulsivamente. Kempton diz que “é o choque”.

Dorothy: – “Choque, sim. Estou chocada. Tem uma obra-prima roubada no meu guarda-roupa.”

Kempton: – “Eu vou devolver.”

Dorothy: – “Mais alguma coisa que eu deveria saber?”

Kempton: – “Fui demitido da padaria.”

Dorothy (com um tom de ironia ferina, brava): – “Não! Isso aí é que é uma surpresa!”

Em outro momento, Kempton tenta explicar por que começou um entrevero: – “Eu protestei contra intolerâncias racial.”

Dorothy (sempre com o tom de ironia): – “Fez bem”.

Kempton: – “Alguém tinha que dizer alguma coisa.”

Dorothy: – “Sim, e ele se chama Martin Luther merda King, e não Kempton Bunton!”

Dorothy está sempre – sempre, literalmente sempre – de cara feia por alguma coisa que o marido fez, ou deixou de fazer. Sempre sem paciência para suas esquisitices, sua eterna luta contra qualquer moinho de vento, sua crença em que seu valor como dramaturgo será reconhecido. Mas não é que ela não o ame – não, de forma alguma. Por trás da cara feia, das frases irônicas, há amor, afeto, amizade.

Aliás, essa coisa de casais – em especial os mais idosos, e em geral os da working class – que estão sempre discutindo, brigando, mas se amam é algo que volta e meia está presente nos belos filmes com que o cinema feito nas Ilhas Britânicas nos brinda. Poderia tentar lembrar de alguns, mas o que me vem de imediato à cabeça é o casal de velhinhos irlandeses que Kenneth Branagh mostrou em seu Belfast (2021), interpretados por outra  dupla excelsa, Judi Dench e Ciarán Hinds, que fazem os avós do garotinho Buddy, o alter-ego do próprio realizador.

Um bom retrato dos dois filhos do casal

O belo roteiro escrito por Richard Bean e Clive Coleman nos dá também um bom retrato dos dois filhos do casal Kempton e Dorothy Bunton – e até das namoradas deles. É fascinante, fico pensando aqui, alguns dias depois de ter visto o filme (demorei um tanto a terminar esta anotação), como o filme nos apresenta muito bem os dois rapazes meio assim como não quer nada. Sem parecer que está querendo nos passar um monte de informações sobre eles – mas passando.

Jackie, o mais jovem (o papel de Fionn Whitehead, na foto acima, 23 anos em 2020, ano de lançamento do filme), é uma ótima pessoa, um rapaz que se esforça para fazer as coisas direito. Tem imensa admiração e respeito pelo pai. Mais: tem orgulho dele, de sua fibra, de sua força de lutar incansavelmente pelas coisas em que acredita. Exatamente como o pai, tem medo de Dorothy, da braveza dela.

Gente boa chama gente boa, e Irene (Aimée Kelly), a namoradinha de Jackie, é coisa fina, simpática, alto astral.

Sobre Kenny, o filho mais velho do casal (Jack Bandeira, 25 anos em 2020), não ficamos sabendo muita coisa – mas percebemos, sim, que o bicho não é coisa boa, e seguramente está metido em atividades do outro lado da lei. Se é coisa séria ou não, se é apenas um bandidinho ou se se encaminha para ser um bandidaço, não dá para saber.

Da mesma maneira, vaso ruim atrai vaso ruim, e a namorada de Kenny, uma tal Pamela, se não estou enganado, que todos chamam de Pammy (o papel de Charlotte Spencer), é um absoluto horror. Esnobe, metida, presunçosa, uma chata de galocha. Credo em cruz.

Uma figura simpática que aparece na história é Jeremy Hutchinson, o solicitor, o barrist, o advogado que trabalhará no Old Bailey na defesa do indefensável senhorzinho working class que confessou ter roubado da National Gallery um tesouro da pátria. É o papel de Matthew Goode, esse rapaz que trabalha demais. Depois de 2015, o ano em que foi ao ar a sexta e última temporada de Downton Abbey, e até 2022, trabalhou em 21 títulos, entre filmes e séries – inclusive The Crown e A Sociedade Literária e a Torta de Casca de Batata.

Hoje, o quadro valeria uns US$ 4 milhões!

Um pouco de realidade dos fatos.

Um dos maiores pintores da História, tido por muitos críticos como o último dos Grandes Mestres e o primeiro dos modernos, Francisco José de Goya y Lucientes (1746-1828) fez três retratos do general Arthur Wellesley, o primeiro duque de Wellington. Esse, especificamente, que seria roubado em 1961, foi pintado a partir de agosto de 1812, quando o militar que venceu Napoleão Bonaparte visitou a Madri liberada da ocupação francesa. Mais tarde, em 1984, Goya modificou o retrato, passando a mostrar o duque com outro uniforme e com novas medalhas recebidas.

O próprio retratado comprou o quadro – que depois passou por vários proprietários. Em 1961, foi a leilão na Sotheby, e o colecionador americano Charles Wrightsman ofereceu um lance de 140 mil libras esterlinas. E aqui paro para fazer algo que não domino de forma alguma – contas.

Diz a Wikipedia que 140 mil libras de 1961 equivaleriam, em 2021, a 3,315,375 libras. Simplificando, 3,3 MILHÕES de libras. Se eu entendi bem o que o conversor de moedas mostrou, £1,00 valendo hoje US$ 1,22, o milionário americano pagou em 1961 o que em 2021 seriam US$ 4,079 milhões. 4.079.000 notinhas verdes com o rosto do senhor George Washington.

Mas o patriotismo é um sentimento forte, e, my God, como assim, perder o retrato do duque para um ianque endinheirado? Oh, no, Sir, no way – e então a Fundação Wolfson ofereceu £100,000, e o governo de Sua Majestade – naquela época dirigido pelo conservador Harold Macmillan – entrou com uma subvenção do Tesouro no valor de £40,000, igualando a oferta do ianque e garantindo que O Duque pudesse ser apreciado por todos os súditos de Sua Majestade na National Gallery.

O Duque foi pendurado lá no dia 2 de agosto de 1961 – e sumiu no dia 21, quando foi parar na casa de Kempton Bunton. Diz a Wikipedia: “Quatro anos após o roubo, Bunton entrou em contato com um jornal e, através de um depósito de bagagens na estação de trens da Birmingham New Street, devolveu voluntariamente o quadro. Em julho de 1965 Bunton confessou ter roubado a pintura e sua moldura. Após um julgamento que atraiu todas as atenções, em que foi defendido por Jeremy Hutchinson, QC, Bunton foi…”

Claro que não vou apresentar o veredito dado no Old Bailey, que só aparece bem no final do filme. Mas é uma delícia o que vem a seguir no texto da Wikipedia:

“O roubo entrou para a cultura popular, e houve referência a ele no filme de James Bond de 1962 Dr. No.” (No Brasil, O Satânico Dr. No e, bem mais tarde, 007 Contra o Satânico Dr. No.) “No filme, a pintura está à vista de todos no esconderijo do dr. Julius No, sugerindo que o primeiro vilão de Bond havia roubado a obra (na foto abaixo). A imitação, pintada por Ken Adam, foi usada na promoção do filme, e mais tarde foi, ela mesma, roubada. A história do roubo e do subsequente julgamento de Bunton foi dramatizada no filme The Duke, dirigido por Roger Michell e estrelado por Jim Broadbent e Helen Mirren, que foi lançado nos cinemas no Reino Unido em 25 de fevereiro de 2022.”

Esses ingleses! Roubaram o quadro imitando o quadro do Duque que foi feito para aparecer no filme Dr. No!

Ah…

A pandemia provocou o adiamento da estréia

Dr. No, é bom lembrar, foi o primeiro dos filmes de James Bond – aquele em que Ursula Andress sai do mar de biquíni, gostosérrima, maravilhosa, diante de um Sean Connery um tanto boquiaberto. (Diacho: deu vontade de rever Dr. No!)

É claro que os realizadores deste The Duke não iriam perder a oportunidade – e então, bem no finalzinho dos deliciosos e curtos 95 minutos do filme, o espectador vê a sequência em que Connery, Sean Connery, caminha pelo esconderijo do vilão Dr. No e bate o olho no retrato do Duque, que, quando o filme foi lançado, em 1962, estava sumido do mapa, e volta e meia os jornais falavam dele. Dá pra imaginar como os espectadores ingleses devem ter se divertido ao ver a rápida tomada…

Não foi muito fácil usar o pequenino trecho do primeiro James Bond no filme. Os detentores dos direitos dos filmes da franquia 007 são famosos por serem muito cuidadosos com as autorizações para uso de clipes das obras. Segundo o IMDb, o diretor Roger Michell e Dame Helen Mirren (sim, ela já recebeu o título dado pela rainha Elizabeth II) pediram pessoalmente autorização para usar o trechinho de menos de um minuto – e ainda por cima foi dada a garantia aos produtores Barbara Broccoli e Michael Wilson de que, caso eles não gostassem da forma com que o clipezinho foi usado, ele seria retirado de The Duke. Felizmente, como diz o IMDb não houve problema, e a gente pode ver a piadinha lá, pouco antes dos créditos finais do filme de Roger Michell.

Roger Michell foi o cara que fez Um Lugar Chamado Notting Hill (1999), aquela comedinha romântica que reuniu Julia Roberts e Hugh Grant e teve imenso sucesso, Ele realizou também, entre outros, Lutando pela Paz/Titanic Town (1998), Recomeçar/The Mother (2003), Uma Manhã Gloriosa/Morning Glory (2010), Um Fim de Semana em Paris/Le Week-End (2013).

Este O Duque aqui foi seu penúltimo filme. Em 2022, foi lançado Elizabeth: A Portrait in Part(s), um documentário sobre a rainha Elizabeth II. Quando o documentário chegou aos cinemas na Grã-Bretanha, em 3 de junho de 2002, a rainha ainda estava viva, mas Roger Michell, não: havia morrido em 22 de setembro de 2021, aos 65 anos de idade.

O diretor não chegou a ver também o lançamento de O Duke, seu último filme de ficção. O filme foi completado em 2020, mas, por causa do fechamento dos cinemas devido à pandemia de covid 19, só estreou em fevereiro de 2022.

O filme foi muitíssimo bem recebido

Mas é cada história… Vejo que Jeremy Hutchinson, o advogado que defendeu Kempton Bunton no tribunal, era um aristocrata, e pertenceu à Câmara dos Lordes. Não era, ao contrário do que se poderia pensar, um conservador. Muito ao contrário, ficou conhecido por defender causas progressistas. Atuou na defesa da Penguin Books no que ficou conhecido como o Julgamento de Lady Chatterley, quando o povo da “defesa da família e dos bons costumes” – esses reacionários idiotas, tão iguais em todos os lugares do mundo –tentou enquadar o livro de D.W. Lawrence no Obscene Publications Act, ou lei de publicações obscenas, de 1959. Defendeu também o diretor de teatro Michel Bogdanov em 1982 quando ele foi acusado de indecência na encenação da peça The Romans in Britain, de Howard Brenton.

Nobre, com atuação na Câmara dos Lordes – e um defensor das causas justas. Ah, e ainda por cima foi casado com a lendária atriz Peggy Ashcroft entre 1940 e 1965, que lhe deu dois filhos. Peggy Ashcroft (1907-1991), tornada Dame pela rainha Elizabeth II em 1956, uma das maiores atrizes do teatro e do cinema ingleses, fez 38 filmes, entre eles Os 39 Degraus de Alfred Hitchcock (1935) e Uma Passagem para a Índia de David Lean (1984).

Talvez pela longa demora entre ficar pronto e ser lançado, ou talvez – quem sabe? – por ser um filme bem humorado, gostoso, nada papo-cabeça, O Duque não saiu mundo afora participando de festivais e amealhando indicações e prêmios. Mas tanto críticos quanto espectadores gostam. No Rotten Tomatoes, o grande site agregador de opiniões, o filme teve 97% de aprovação entre 144 críticos e 85% dos leitores. (Isso, claro, em janeiro de 2023, quando faço esta anotação.)

O consenso da crítica, segundo o Rotten Tomatoes, é assim: “Um doce canto do cisne para o diretor Roger Michell, The Duke oferece uma dramatização cativante, com boas atuações, de uma história real divertidamente improvável”.

Hum… Na minha opinião, é mais que isso. É uma absoluta e imperdível delícia.

Anotação em janeiro de 2023

O Duque/The Duke

De Roger Michell, Reino Unido, 2020

Com Jim Broadbent (Kempton Bunton),

Helen Mirren (Dorothy Bunton)

e Fionn Whitehead (Jackie Bunton, o filho mais novo), Matthew Goode (Jeremy Hutchinson, o advogado de defesa), Anna Maxwell Martin (Mrs Gowling, a patroa de Dorothy), Jack Bandeira (Kenny Bunton, o filho mais velho), Aimée Kelly (Irene, a namorada de Jackie), Joshua McGuire (Eric Crowther), Charlotte Spencer (Pammy, a namorada de Kenny), John Heffernan (Neddie Cussen, o promotor), Andrew Havill (Sir Philip Hendy, diretor da National Gallery), James Wilby (Carl Aarvold, o juiz), Heather Craney (Debbie, a escrivã do tribunal), Richard McCabe (Rab Butler, o ministro do Interior), Charles Edwards (Sir Joseph Simpson, comissário da Polícia Metropolitana), Sian Clifford (dra. Unsworth, a especialista em caligrafia)

Roteiro Richard Bean e Clive Coleman

Fotografia Mike Eley

Música George Fenton

Montagem Kristina Hetherington

Casting Fiona Weir       

Desenho de produção Kristian Milsted       

Figurinos Dinah Collin

Produção Nicky Bentham, Pathé UK, Ingenious Media, Screen Yorkshire, Yorkshire Content Fund, Neon Films.

Cor, 95 min (1h35)

***1/2

Um comentário para “O Duque / The Duke”

  1. Olá Sergio! Já li alguns dos seus textos e gostei muito. Sobre o filme O Duque, também achei fantástico! E concordo com voce , o cinema ingles é o melhor . Este filme fez eu lembrar de um outro com o Jim Broadbent, Longford, que voce fez uma resenha . São temas maravilhosos , pena que poucas pessoas assistam . Ana Luiza .

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