“Há apenas sete astros de cinema no mundo cujo nome, sozinho, fará com que banqueiros americanos emprestem dinheiro para a produção de filmes, e a única mulher na lista é Ingrid Bergman.”
(Cary Grant, nos anos 40, antes de Ingrid passar a ser vista como um fracasso de bilheteria.)
“Com sua atuação em A Morada da Sexta Felicidade, Ingrid Bergman se mostra como uma das maiores atrizes do cinema em atuação em qualquer lugar do mundo. Ela é também, eu penso, a mulher mais bela da tela. Aquele sorriso sereno e aqueles grandes olhos dão a ela um brilho ao qual qualquer pessoa cansada dos sex symbols produzidos pela indústria pode se sentir grato.”
(Anthony Carthew, Daily Herald.)
“É injusto chamá-la de uma segunda Garbo, só porque ela vem da Suécia. Ela tem uma combinação de rara beleza, frescor, vitalidade e habilidade que é tão incomum quanto uma planta centenária em flor.”
(Wanda Hale, em crítica de Intermezzo, 1939.)
“Que estrela antes dela fez sua primeira aparição na tela internacional com uma luz brilhando na ponta de seu nariz? O brilho é típico de uma interpretação que não dá o efeito de atuação, de forma alguma, e sim de estar vivendo – sem maquilagem.”
(Graham Greene, em crítica de Intermezzo, 1939.)
“Na Suécia, em seus costumes chauvinistas, eles nunca a perdoaram (e de fato, em seus últimos anos, hostilizaram uma aparição dela no palco) por ir embora para Hollywood; em Hollywood nunca a perdoaram por ir embora para Rossellini; mas na Itália nada disso tem qualquer importância.”
(Sheridan Morley, na introdução do livrol Legends – Ingrid Bergman, 1984.)
“Ah, mas ela é uma mulher das mulheres. Digo, ela é tudo que uma mulher deveria ser. Ela é o tipo de mulher de quem os homens não tem medo, porque ela é só calorosa. Ela tem uma qualidade de rainha. Que pena que ela não seja a rainha de algum país.”
(Goldie Hawn, que, bem no início da carreira, contracenou com ela em Flor de Cacto/Cactus Flower, 1969.)
“A senhorita Bergman não apenas tem uma surpreendente semelhança com um ser humano imaginável; ela de fato sabe como atuar, em uma mistura de graça poética com um suave realismo que quase nunca aparece nos filmes americanos.”
(James Agee, respeitadíssimo crítico, em 1943, logo após Casablanca e Por Quem os Sinos Dobram.)
“No primeiro Intermezzo, Bergman teve uma daquela interpretações raras, mágicas, em que você pode de fato observar uma grande estrela nascendo nos estreitos limites de menos de 90 minutos.”
(Sheridan Morley, na introdução do livro Legends – Ingrid Bergman, 1985.)
“Imagine a namorada de um viking, que acabou de se esfregar com sabonete de marfim, comendo pêssegos e creme de uma tigela de porcelana de Dresden no primeiro dia quente de primavera, no topo de um penhasco diante do mar, e você tem uma boa noção de Ingrid Bergman.”
(Bosley Crowther, no New York Times, em janeiro de 1940, quando Ingrid chegou de volta aos Estados Unidos depois de alguns meses na Suécia natal.)
“A figurista Edith Head criava acessórios elegantíssimos para algumas estrelas, mas achava que Ingrid Bergman ficava melhor em linhas simples: quanto menos ornamentos, melhor.”
(Do livro Leading Ladies – The 50 Most Unforgettable Actresses of the Studio Era.)
“No auge de seus anos em Hollywood, de 1939 a 1946, as encarnações de Bergman nas telas varaeram de uma mulher das ruas em O Médico e o Monstro (1941) e uma guerreira pela liberdade em Por Quem os Sinos Dobram (1943) a uma freira em Os Sinos de Santa Maria e uma garota festeira trabalhando para o FBI em Interlúdio.”
(Do livro Hollywood Picks the Classics, de Afton Fraser.)
“Ingrid Bergman foi certamente uma das mais belas mulheres que jamais apareceram no cinema, mas essa não é a fonte de seu misterioso apelo. Há alguma coisa ali, naquela voz e naqueles olhos e na forma com que sua boca pensa nas palavras antes de dizê-las que é, simplesmente, incomparável no cinema.”
(Roger Ebert, sobre Sonata de Outono.)
“A mulher mais linda a jamais aparecer numa tela de cinema, com aquele sorriso que ninguém, nem o mais belo anjo de pintor renascentista jamais teve.”
(Eu mesmo, neste site, sobre Casablanca.)
“Notícias do jornal italiano Corriere della Sera, confirmando os detalhes da liaison de Ingrid Bergman com Roberto Rossellini estão causando escândalo na comunidade do cinema e são um choque para o povo americano, que colocaram a estrela sueca em seus corações depois do lançamento de Intermezzo, 10 anos atrás. (…) Os boatos estão agora confirmados: Bergman e Rossellini estão vivendo juntos como marido e mulher e, pior ainda, a estrela, que já tem uma filhinha com o marido, está grávida. A situação é agora uma ‘cause célebre’ aqui, comos americanos sem vontade de perdoar uma estrela que foi tão amada e cuja reputação havia sido construída sobre uma imagem de pureza moral e valores da família.”
(“Notícia” de Los Angeles, 6 de agosto de 1949, no livro Cinema Year by Year 1894-2000.)
“Como Chaplin, ela sobreviveu a anos de lista-negra de Hollywood pelo simples expediente de provar que os filmes precisavam dela mais do que ela deles.”
(Sheridan Morley, na introdução do livro Legends – Ingrid Bergman, 1985.)
1 – 1932 | Landskamp
De Gunnar Skoglund, Suécia. Com Georg Blomstedt, Signe Lundberg-Settergren, Fritiof Billquist, Gun Holmqvist. |
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Na noite de seu casamento, Erik Andersson bebe muito e acaba se envolvendo numa confusão em que um policial leva uma facada nas costas.
Aos 17 aninhos, Ingrid aparece como mera figurante – uma garota esperando em uma fila. |
2 – 1934 | O Conde de Munkbro/ Munkbrogreven/The Count from the Monk’s Bridge
De Edvin Adolphson, Suécia. Com Valdemar Dalquist, Julia Cæsar, Sigurd Wallén, Tollie Zellman, Edvin Adolphson, Ingrid Bergman. |
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O inspetor de polícia Göransson procura um ladrão de jóias, apelidado de Diamond-Lasse. Suas investigações o levam ao hotel City, no velho centro histórico de Estocolmo.
Primeiro filme em que Ingrid interpreta uma personagem que tem fala, e a primeira vez em que seu nome aparece nos créditos. |
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3 – 1935 | Branningar/Ocean’s Breaker
De Ivar Johansson, Suécia. Com Ingrid Bergman, Sten Lindgren, Tore Svennberg, Bror Olsson, Carl Ström. |
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Drama pesado: jovem forçado pelos pais a se tornar padre seduz moça no interior. Tomado de arrependimento, foge na noite de tempestade, é atingido por um raio e perde a memória. A moça fica grávida e tem o bebê.
Ingrid interpreta a personagem feminina principal, a moça Karin, seduzida pelo jovem padre. |
4 – 1935 | Swedenhielms
De Gustaf Molander , Suécia. Com Gösta Ekman, Björn Berglund, Håkan Westergren, Tutta Rolf, Ingrid Bergman, Sigurd Wallén. |
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Comédia dramática sobre uma família aristocrática, os Swedenhielms, pai, mãe e três filhos, que gastam demais e enfrentam o risco de enfrentar a falência.
O diretor Gustafa Molander faria a partir daí vários filmes com Ingrid. Diz Leonard Maltin: “Bergman, em seu terceiro longa-metragem, interpreta a noiva rica do filho mais novo de Swedenhielms – e seu porte de estrela é obvio”. (O crítico, naturalmente, não considerou o primeiro filme da carreira da atriz, em que ela é apenas figurante.) |
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5 – 1935 | O Grande Pecado /Valborgsmassoafton/Walpurgis Night De Gustf Edgren, Suécia. Com Victor Sjöström, Lars Hanson, Ingrid Bergman, Karin Kavli, Erik ‘Bullen’ Berglund, Sture Lagerwall | ||
Lena Bergström, bela e jovem secretária de Johan Borg, vice-presidente de uma grande empresa, é absolutamente apaixonada – em segredo – pelo seu chefe. Que é casado, e mal casado, com uma mulher vaidosa, que se recusa a ter filhos para não ficar com o corpo feio. O drama pesado fala muito sobre aborto, que seria legalizado na Suécia três anos após o lançamento do filme.
Ingrid faz Lena, a secretária apaixonada, que é filha de um editor de jornal, interpretado pelo grande Victor Sjöström. |
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6 – 1936 | Pa Solsidan/On the Sunny Side
De Gustaf Molander, Suécia. Com Lars Hanson, Ingrid Bergman, Karin Swanström, Edvin Adolphson, Marianne Löfgren. |
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Eva Bergh, jovem que trabalha em um banco mas ambiciona ser artista, é cortejada pelo rico Harald Ribe, e aceita se casar com ele – mas, apesar de todo o conforto que o marido proporciona, ela não é feliz.
Pela segunda vez consecutiva, Ingrid faz o par romântico central com o ator Lars Hanson. |
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7 – 1936 | Intermezzo: Uma História de Amor/Intermezzo
De Gustaf Molander, Suécia. Com Gösta Ekman, Inga Tidblad, Ingrid Bergman, Bullen Berglund, Hugo Björne, Britt Hagman, Hasse Ekman. |
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Uma jovem pianista se apaixona por um violinista famoso, mais velho – e casado.
Foi por causa deste filme que o produtor David O. Selznick resolveu importar Ingrid para Hollywood, como contratada da Selznick International. |
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8 – 1938 | A Mulher que Vendeu Sua Alma/En Kvinnas Ansikte/A Woman’s Face
De Gustaf Molander, Suécia. Com Ingrid Bergman, Tore Svennberg, Anders Henrikson, Georg Rydeberg, Gunnar Sjöberg, Hilda Borgström, Karin Kavli, Erik ‘Bullen’ Berglund. |
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Quando criança, Anna Holm teve sua face direita terrivelmente queimada. O rosto desfigurado fez com que ela virasse uma mulher amarga, dura, uma criminosa, chefe de uma gangue de chantagistas. Um cirurgião plástico refaz seu rosto – e Anna muda completamente de vida.
Ingrid demonstra talento de sobra interpretando essa mulher má, amargurada, com o rosto queimado, horroroso, e que depois passa por uma absoluta transformação. Três anos depois, a história seria refilmada em Hollywood com Joan Crawford no papel central, em Um Rosto de Mulher/A Woman’a Face. |
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9 – 1938 | Dollar
De Gustaf Molander, Suécia. Com Ingrid Bergman, Georg Rydeberg, Tutta Rolf, Kotti Chave, Birgit Tengroth, Håkan Westergren, Edvin Adolphson, Elsa Burnett. |
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Uma comédia, após tantos dramas pesados, duros: três casais riquíssimos vão passar um período nas montanhas. Uma rica americana se junta a eles.
A milionária interpretada por Ingrid se chamava Julia Balzar. |
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10 – 1938 | Die Vier Gesellen /The Four Companions
De Carl Froelich, Alemanha. Com Ingrid Bergman, Sabine Peters, Carsta Löck, Ursula Herking, Hans Söhnker, Leo Slezak, Erich Ponto. |
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Quatro jovens mulheres, colegas em uma escola de desenho industrial, abrem uma empresa depois de formadas. Uma delas recusa a proposta de casamento de um homem sedutor para se dedicar ao trabalho. Com o tempo, suas colegas vão perdendo interesse pelos negócios.
A intenção era iniciar uma carreira para Ingrid no cinema da Alemanha. Consta que ela rapidamente percebeu que seria um erro total se dedicar à Alemanha nazista, e voltou rapidamente para a Suécia assim que as filmagens terminaram. Consta também que o próprio Hitler viu o filme, dias antes do lançamento – e não gostou. |
11 – 1939 | Esta Noite Contigo /En Enda Natt/One Single Night
De Gustav Molander, Suécia. Com Ingrid Bergman, Edvin Adolphson, Aino Taube, Olof Sandborg, Erik ‘Bullen’ Berglund, Marianne Löfgren, Magnus Kesster, |
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Um rico proprietário de terras emprega para cuidar de seus cavalos o homem que só ele sabe ser seu filho ilegítimo. Na propriedade, trabalha uma bela jovem, Eva, e parece inevitável que role algo entre os dois.
Consta que Ingrid aceitou fazer este filme com a condição de que a Svensk Filmindustri desse a ela o papel da mulher de rosto desfigurado em A Mulher Que Vendeu Sua Alma. |
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12 – 1939 | Intermezzo: Uma História de Amor/Intermezzo: A Love Story
De Gregory Ratoff, EUA. Leslie Howard, Ingrid Bergman, Edna Best, John Halliday, Cecil Kellaway, Enid Bennett, Ann Todd |
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Uma jovem pianista se apaixona por um violinista famoso, mais velho – e casado.
Ingrid reprisa, agora ao lado de Leslie Howard, seu papel da pianista Anita Hoffman, em seu primeiro filme nos Estados Unidos, para satisfazer a vontade do produtor David O. Selznick, que a importou da Suécia – a segunda star made in Sweden de Hollywood, depois de Greta Garbo. |
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13 – 1940 | Uma Noite em Junho/Juninatten/June Night
De Per Lindberg, Suécia. Ingrid Bergman, Marianne Löfgren, Lill-Tollie Zellman, Marianne Aminoff, Olof Widgren, Gunnar Sjöberg, Gabriel Alw, Olof Winnerstrand, Sigurd Wallén. |
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Moça de cidadezinha do interior é ferida com um tiro pelo amante, e depõe no tribunal a favor dele. Muda-se com outro nome para Estocolmo, para fugir das fofocas, mas sua vida será atormentada por pessoas mal intencionadas e por azares.
Ingrid já havia feito em Hollywood a refilmagem de 1939 do Intermezzo quando voltou à sua Suécia natal, a Europa engolfada pela Segunda Guerra Mundial, para fazer este Uma Noite em Junho. Foi uma das piores decisões que a maravilhosa atriz tomou na vida. O filme é uma absoluta porcaria, um abacaxi azedo. |
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14 – 1941 | Os Quatro Filhos de Adão/Adam Had Four Sons
De Gregory Ratoff, EUA. Com Ingrid Bergman, Warner Baxter, Susan Hayward, Fay Wray, Richard Denning, Johnny Downs, Robert Shaw, Charles Lind. |
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A francesa Emile Gallatin é contratada como governanta pelo rico casal Adam e Molly Stoddard para cuidar de seus quatro filhos, todos homens. Acontece uma tragédia, o casal morre e a governanta passa a ter que cuidar praticamente sozinha dos herdeiros.
Ingrid faz a governanta francesa. A jovem e linda Susan Hayward interpreta uma garota que se casa com um dos irmãos, embora ame um outro. |
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15 – 1941 | Fúria no Céu/Rage in Heaven
De W.S. Van Dyke, EUA. Com Robert Montgomery, Ingrid Bergman, George Sanders, Lucile Watson, Oskar Homolka, Philip Merivale, Matthew Boulton, Aubrey Mather. |
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Dois grandes amigos se apaixonam perdidamente pela mesma mulher, a jovem secretária da mãe de um deles. Ela se casa com um deles – mas ele fica cada vez mais tomado pelo ciúme obsessivo que sente do amigo.
Ainda sob contrato com David O. Selznick, Ingrid foi emprestada pelo produtor à MGM para fazer esse filme. |
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16 – 1941 | O Médico e o Monstro/Dr. Jekyll and Mr. Hyde
De Victor Fleming, EUA. Com Spencer Tracy, Ingrid Bergman, Lana Turner, Donald Crisp, Ian Hunter, Barton MacLane, C. Aubrey Smith, Peter Godfrey, Sara Allgood. |
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“O dr. Jekyll permite que seu lado sombrio corra solto quando bebe uma poção que o transforma no cruel Mr. Hyde.” (Gostei demais dessa sinopse do IMDb para o filme baseado no clássico gótico que Robert Louis Stevenson lançou em 1886.)
Informação do AllMovie: “Originalmente, a MGM planejou dar a moça boa para Ingrid Bergman e a ruim para Lana Turner. Mas Bergman implorou ao estúdio que lhe desse a chance de interpretar a mais malvada das duas mulheres; e resultou que a performance dela é de longe a melhor do filme.” Minha opinião: “Depois que Ingrid Bergman aparece, os olhos brilhantes, o sorriso maravilhoso, toda safada, se oferecendo ao médico que a salva de um sujeito que a atacou na rua à noite, e depois, em seu pequeno apartamento, tira a blusa para que ele examine se ela não ficou ferida, e depois tira a meia preta para que ele veja seu tornozelo dolorido, e entrega a ele a liga que prendia a meia à coxa, o pobre espectador não quer mais saber de coisa nenhum, nem de médico, nem de monstro, e muito menos da moça boa – tudo fica pouco importante diante da beleza de Ingrid.” |
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17 – 1942 | Casablanca
De Michael Curtiz, EUA. De Michael Curtiz, EUA. Humphrey Bogart, Ingrid Bergman, Paul Henreid, Claude Rains, Conrad Veidt, Sydney Greenstreet, Peter Lorre, S.Z. Sakall. |
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“Com tantos bares no mundo, ela tinha que aparecer justamente no meu?”, pergunta Humphrey Bogart, bêbado de doer. Claro que Ingrid Bergman tinha que aparecer exatamente ali, no Rick’s Café Americain, em meio a nazistas e franceses colaboracionistas, ao lado do marido, um herói da resistência – ou o cinema seria bem menor, sem Casablanca. (Escrevi isso em 1995, para o capítulo sobre filmes do CD-ROM da Agência Estado sobre a Segunda Guerra Mundial.)
“Play it again, Sam” é uma das frases mais citadas que há – e, no entanto, Ilsa Lund, a personagem de Ingrid, jamais a pronunciou. O diálogo entre ela e o pianista Sam, letra por letra, é assim: Ilsa: – “Play it, Sam. For old times’ sake.” (Toque, Sam. Pelos velhos tempos.) Sam, mentindo mal pra burro: – “I don’t know what you mean, Miss Ilsa.” (Não sei do que está falando, Miss Ilsa.) Ilsa: – “Play it, Sam. Play As Time Goes By.” |
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18 – 1943 | Por Quem os Sinos Dobram/For whom the Bell Tolls
De Sam Wood, EUA. Com Gary Cooper, Ingrid Bergman, Akim Tamiroff, Arturo de Córdova, Vladimir Sokoloff, Mikhail Rasumny, Fortunio Bonanova, Eric Feldary. |
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Filmagem de um dos livros mais incensados de Ernest Hemingway, sobre um americano, interpretado por Gary Cooper, que se engaja nas Brigadas Internacionais que lutavam ao lado dos republicanos na Guerra Civil Espanhola.
Consta que Hemingway criou Maria, a personagem que tem um caso de amor com o protagonista Robert Jordan, pensando em Ingrid Bergman. Ele insistiu com os produtores para que Gary Cooper e Ingrid Bergman fizessem os dois papéis principais. A atriz foi indicada ao Oscar – a primeira das suas sete indicações. |
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19 – 1944 | À Meia Luz/Gaslight
De George Cukor, EUA. Charles Boyer, Ingrid Bergman, Joseph Cotten, Dame May Whitty, Angela Lansbury, Barbara Everest, Eustace Wyatt, Emil Rameau, Edmund Breon. |
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Anos depois que sua tia foi assassinada em sua casa, a jovem Pàula retorna àquele mesmo lugar, recém-casada com um homem bem mais velho. Sua vida dentro daquela casa vai virar um absoluto inferno.
Ingrid está lindíssima e magistral como a jovem mulher que começa a acreditar que está mesmo ficando louca, como insinua o marido. Pela bela atuação, ganhou o primeiro de seus três Oscars – foram dois na categoria melhor atriz e um na de melhor atriz coadjuvante. |
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1944 | Swedes in America (curta-metragem)
De Irving Lerner, EUA. |
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Um documentário sobre a presença de suecos e descendentes de suecos nos Estados Unidos.
Mais famosa sueca dos EUA, Ingrid era a escolha perfeita para trabalhar como a apresentadora do documentário. |
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20 – 1945 | Os Sinos de Santa Maria/The Bells of St. Mary’s
De Leo McCarey, EUA, 1945. Com Bing Crosby, Ingrid Bergman, Henry Travers, William Gargan, Ruth Donnelly, Joan Carroll, Martha Sleeper. |
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”Em uma escola católica de uma grande cidade, o Padre O’Malley e a Irmã Benedict entregam-se a uma rivalidade amigável e conseguem expandir a escola com a doação de um edifício.” (Do IMDb.)
“Nunca houve no mundo freira mais bela. Ingrid estava com 30 anos e no auge da carreira. Qualquer mortal se apaixonaria perdidamente pela irmã Benedict – mas este aqui não é um filme realista, é um conto de fadas, uma cantiga de Natal.” (Sérgio Vaz) Ingrid teve mais uma de suas sete indicações ao Oscar. |
21 – 1945 | Mulher Exótica/Saratoga Trunk De Sam Wood, EUA, 1945. Com Gary Cooper, Ingrid Bergman, Flora Robson, Jerry Austin, John Warburton, Florence Bates, Curt Bois, John Abbott, Ethel Griffies, |
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Um jogador oportunista e a filha de uma família aristocrática que havia sido exilada se unem para obrewe justiça da sociedade que os deixou no ostracismo.” (Do IMDb.)
“Nem a beleza absurda da Ingrid Bergman conseguiu fazer com que víssemos mais de 15 minutos de filme”, escrevi em 2009. “Ela faz uma filha de um homem que tinha sido rico em Nova Orleans no começo do século XX, e volta da França para a cidade. É daquelas coisas tão ruins que até dão vergonha no espectador.” |
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22 – 1945 | Quando Fala o Coração/Spellbound De Alfred Hitchcock, EUA, 1945. Com Ingrid Bergman, Gregory Peck, Michael Chekhov, Leo G. Carroll , Rhonda Fleming, John Emery, Norman Lloyd, Bill Goodwin, Steven Geray, Donald Curtis , Wallace Ford . |
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“Para o lugar do antigo diretor do hospital psiquiátrico em que trabalha a belíssima dra. Constance Petersen chega oi dr. Anthony Edwards. Surge uma atração forte entre os dois – mas o dr. Edwards começa a demonstrar comportamentos estranhos.” (Do IMDb.)
O primeiro dos três filmes em que Alfred Hitchcock dirigiu Ingrid tem a presença forte das teorias de Sigmund Freud e das artes de Salvador Dali, para, como escrevi em 2019, contar “a história de como a mais bela psiquiatra que já houve ou haverá no mundo se apaixonou perdidamente por um homem que se dizia um assassino”. |
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23 – 1946 | Interlúdio/Notorious De Alfred Hithcock, EUA, 1946. Com Cary Grant, Ingrid Bergman, Claude Rains, Louis Calhern, Leopoldine Konstantin, Reinhold Schünzel, Moroni Olsen, Ivan Triesault, Alexis Minotis, Wally Brown, Charles Mendl |
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“Depois que seu pai simpatizante do nazismo é condenado por traição, Alicia Huberman é convencida por um agente do governo americano (o papel de Cary Grant) a espionar um grupo de amigos do pai, que opera no Rio de Janeiro.” (Do IMDb)
É antológica a sequência do longo beijo de Ingrid e Cary Grant no apartamento na Avenida Atlântica, no Rio – mas, na verdade, não era um longo beijo, e sim uma sequência de vários beijos. Dessa maneira, o filme conseguiu contornar o Código Hays – o conjunto de normas de autocensura dos grandes estúdios –, segundo o qual não poderia ser mostrado beijo mais longo que três segundos. |
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24 – 1948 | Arco do Triunfo/Arch of Triumph
De Lewis Milestone, EUA, 1948. Com Ingmar Bergman, Charles Boyer, Charles Laughton, Louis Calhern, Ruth Warrick, Roman Bohnen, J. Edward Bromberg, Ruth Nelson, Stephen Bekassy, Curt Bois. |
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As sinopses dos guias dizem que é a história de amor entre um médico estrangeiro refugiado na França e (aqui há duas formas para definir a personagem de Ingrid) “uma mulher com um passado” ou “uma cantora de cabaré”. A base é um romance de Erich Maria Remarque, mas o roteiro, a direção, é tudo muito ruim.
Ingrid estava no auge do auge da carreira nos Estados Unidos, e pôde escolher que filme fazer, com que atores. A escolha foi péssima, o filme foi um tremendo fracasso nas bilheterias. |
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25 – 1948 | Joana D’Arc/Joan of Arc
De Victor Fleming, EUA, 1948. Com Ingrid Bergman, José Ferrer, John Ireland, Ward Bond, Gene Lockhart, Leif Erickson, Francis L. Sullivan, J. Carrol Naish, Shepperd Strudwick, |
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A vida da jovem francesa que liderou um exército após a Guerra dos Cem Anos e instalou no trono como Charles VII o delfim.
Consta que interpretar a fantástica personagem histórica era um grande desejo de Ingrid, que levou anos tentando que a obra fosse feita. Ela ganhou pelo papel uma das suas sete indicações ao Oscar. |
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26 – 1949 | Sob o Signo de Capricórnio/Under Capricorn
De Alfred Hitchcock, EUA, 1949. Com Ingrid Bergman, Joseph Cotten, Michael Wilding, Margaret Leighton, Cecil Parker, Denis O’Dea, Jack Watling, Harcourt Williams, John Ruddock, Bill Shine, Victor Lucas. |
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Um cavalheiro vai para a Austrália para começar nova vida, ali por 1830, com a ajuda de um primo, que acabava de ser nomeado governador da possessão britânica, e lá reencontra uma mulher que havia sido sua namoradinha de infância. Ela agora está casada com um ex-condenado, agora poderoso dono de terras, bebe demais, parece esconder segredos terríveis e estar à beira da loucura.
Em seu terceiro e último filme com Ingrid, Hitchcock fez o possível e o impossível para tentar mostrá-la feia. Não conseguiu. Agora, em fazer uma porcaria de filme, lá nisso teve sucesso total. |
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27 – 1950 | Stromboli
De Roberto Rossellini, Itália-EUA, 1950. Com Ingrid Bergman, Mario Vitale, Renzo Cesana, Mario Sponzo. |
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Para escapar de um campo de prisioneiros, jovem mulher lituana se casa com o pescador italiano Antonio. Mas tem dificuldades para se habituar à vida dura da aldeia do marido, na ilha de Stromboli, ameaçada por um vulcão.
Após três fracassos consecutivos nas bilheterias, Ingrid escreveu para o prestigiadíssimo realizador Roberto Rossellini dizendo-se fã de seu trabalho e disposta a trabalhar com ele. Formaram uma empresa e realizaram este filme; no mesmo ano do lançamento, se casaram. |
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28 – 1952 | Europa ’51
De Roberto Rossellini, Itália, 1952. Com Ingrid Bergman, Alexander Knox, Ettore Giannini, Giulietta Masina, Teresa Pellati, Marcella Rovena, Tina Perna, Sandro Franchina. |
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A vida de Irene Girard, a mulher de um diplomata, muda completamente após a trágica morte de seu filho. Sente-se culpada por não ter estado próxima dela, e passa a se sentir obrigada a ajudar as pessoas que passam por necessidade.
As gêmeas Isabella e Isotta Rossellini nasceram em junho de 1952; este filme estreou no Festival de Veneza poucos meses depois, em setembro. |
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29 – 1953 | Nós, as Mulheres/Siamo Donne
De Roberto Rossellini e outros diretores, Itália. Com Ingrid Bergman, Anna Magnani, Isa Miranda, Alida Valli, Anna Amendola, Emma Danieli, Cristina Doria. |
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São cinco episódios, cada um dirigido por um diretor – Luchino Visconti entre eles, além de Rossellini. Em cada episódio, uma atriz interpreta a si própria, em momento em que não está estrelas, e sim pessoa comum em seu dia-a-dia
É preciso convir – como escrevi ao ver “Siamo Donne” muitos anos atrás – que juntar Ingrid Bergman, Anna Magnani e Alida Valli é ter uma constelação gloriosa em um filme só. |
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30 – 1954 | Romance na Itália/Viaggio in Italia
De Roberto Rossellini, Itália. Com Ingrid Bergman, George Sanders, Maria Mauban, Anna Proclemer, Paul Muller, Anthony La Penna, Natalia Ray, Jackie Frost. |
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Um casal de ingleses vai à região de Nápoles para tentar vender uma villa que herdou de uma parente. O casamento não vai nada bem, e a viagem demonstra isso de forma inescapável.
Em sua autobiografia, lançada em 1960, George Sanders fala longamente sobre a época das filmagens de Viagem à Itália – e mete o pau em Rossellini. O IMDb, que dá essa informação, não conta o que o ator que interpretou tantos vilões achou da convivência com Ingrid, entãoem senhora Rossellini. |
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31 – 1954 | Joana na Fogueira/Giovanna d’Arco al Rogo
De Roberto Rossellini, Itália-França. Com Ingrid Bergman, Tullio Carminati, Giacinto Prandelli, Augusto Romani, Plinio Clabassi, Saturno Meletti. |
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Os momentos finais de Joana D’Arc, em um musical com libreto de Paul Claudel. Sim, é isso mesmo: um musical sobre a morte da jovem na fogueira da Inquisição.
Rossellini fez sua mulher interpretar de novo a heroína e santa francesa, seis anos após o Joana D’Arc de Victor Fleming. |
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32 – 1954 | O Medo/Non Credo Più all’Amore
De Roberto Rossellini, Itália-Alemanha Ocidental. Com Ingrid Bergman, Mathias Wieman, Renate Mannhardt, Kurt Kreuger, Elise Aulinger, Edith Schultze-Westrum, Steffi Stroux. |
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Baseado no romance “Angst”, de 1920, de Stefan Zweig, é a história da mulher de um famoso cientista alemão que é chantageada por causa de seu explosivo caso de amor adúltero.
Falado em alemão, este foi o último filme de Ingrid com Roberto Rossellini; em 1957 sairia o divórcio. |
33 – 1956 | Estranhas Coisas de Paris/Elena et les Hommes
De Jean Renoir, França-Itália. Com Ingrid Bergman, Jean Marais, Mel Ferrer, Jean Richard, Juliette Gréco, Pierre Bertin, Dora Doll, Frédéric Duvallès. |
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Na Paris pré-Primeira Guerra Mundial, a condessa polonesa Elena se apaixona por um general filiado a um partido radical, mas surge um outro oficial na sua vida.
Após seis filmes na Itália com Roberto Rossellini, Ingrid filma na França com outro grande nome do cinema europeu, Jean Renoir, ao lado dos galãs Jean Marais e Mel Ferrer. |
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34 – 1956 | Anastácia, a Princesa Esquecida/Anastasia
De Anatole Litvak, EUA. Com Ingrid Bergman, Yul Brynner, Helen Hayes, Akim Tamiroff, Martita Hunt, Felix Aylmer, Sacha Pitoëff, Ivan Desny, Natalie Schafer. |
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Um general czarista tenta fazer com que uma mulher solitária e com tendências suicidas se passe por Anastácia, a herdeira dos Romanov destituídos do trono da Rússia pela revolução comunista. Até que ele mesmo começa a acreditar que a mulher é de fato a filha do czar.
Esse filme marca o início da reconciliação de Hollywood e o público americano com Ingrid, após ela haver sido duramente criticada por trocar o país pela Itália de Rossellini. Embora filmado na Europa, era uma produção americana. E ela ganhou o segundo de seus três Oscars. |
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35 – 1958 | Indiscreta/Indiscreet De Stanley Donen, EUA. Com Cary Grant, Ingrid Bergman, Cecil Parker, Phyllis Calvert. |
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Belas, gostosas considerações sobre o casamento, a necessidade dele – ou não -, com situações bem avançadas para a época, 1958, em comedinha romântica sobre o encontro entre uma famosa atriz e um bilionário banqueiro e diplomata em Londres.
O par de Interlúdio/Notorious se reúne 12 anos após o filme de Hitchcock, dirigidos pela mão suave, delicada e ágil do criador de Cantando na Chuva. Foi a primeira absoluta comédia da carreira de Ingrid, e sua primeira personagem de imensa elegância – ela usava modelos criados especialmente polr Christian Dior. |
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36 – 1958 | A Morada da Sexta Felicidade/The Inn of the Sixth Happiness
De Mark Robson, EUA. Com Ingrid Bergman, Curd Jürgens, Robert Donat, Michael David, Athene Seyler, Ronald Squire, Moultrie Kelsall. |
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Uma missionária inglesa de fibra inquebrantável dirige uma hospedaria na China invadida pelo Japão pouco antes da Segunda Guerra Mundial.
O filme se baseia na história real da londrina Gladys Aylward (1902-1970), que foi missionária na China e se naturalizou chinesa em 1936. A frase de marketing escolhida para o filme foi “De volta – Ingrid Bergman em seu maior papel”. |
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37 – 1961 | Twenty-four Hours in a Woman’s Life
De Silvio Narizzano, EUA. Com Ingrid Bergman, Rip Torn, Helena de Crespo, Jerry Orbach. |
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A paixão de uma jovem por um homem que teve problemas com a Justiça por causa de dívidas faz a avó dela se lembrar de uma história de seu próprio passado, quando conheceu um rapaz atolado em dívidas de jogo em Monte Carlo.
Aos 46 anos, Ingrid faz papel de avó neste drama em preto-e-branco feito para a TV, baseado em uma novela do grande austríaco Stefan Zweig. |
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38 – 1961 | Mais Uma Vez, Adeus/Goodbye Again/Aimez-vous Brahms?
De Anatole Litvak, França-EUA. Com Ingrid Bergman, Yves Montand, Anthony Perkins, Jessie Royce Landis, Pierre Dux, Jocelyn Lane, Jean Clarke, Michèle Mercier. |
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Em Paris, uma empresária bem sucedida, infeliz em seu relacionamento com um homem infiel, começa um caso com um rapaz bem mais jovem.
O filme se baseia em romance de Françoise Sagan, que estava então no auge da fama. A trilha sonora tornou conhecidíssimo o maravilhoso terceiro movimento da Sinfonia nº 3 de Johannes Brahms. Consta que Ingrid fez questão de, antes de filmar uma cena de amor com o então garotão Anthony Perkins, ensaiar com ele, seguidamente, o beijo. |
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39 – 1962 | Hedda Gabler
De Alex Segal, Inglaterra-EUA. Com Ingrid Bergman, Michael Redgrave, Ralph Richardson, Trevor Howard, Dilys Hamlett, Ursula Jeans, Beatrice Varley. |
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Uma mulher maquinadora, manipuladora prepara uma vingança contra um ex-amante que ousou encontrar a felicidade com outra pessoa.
Mais um filme feito para a TV, e também inspirado na obra de um grande autor – desta vez o dramaturgo norueguês Henrik Ibsen. Ingrid contracena com três gigantescos atores do teatro e do cinema ingleses, Michael Redgrave, Ralph Richardson e Trevor Howard. |
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40 – 1964 | A Visita/The Visit
De Bernhard Wicki, EUA-Itália-França-Alemanha Ocidental. Com ngrid Bergman, Anthony Quinn, Valentina Cortese, Irina Demick, Ernst Schröder. |
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Agora bilionária, uma velha senhora volta à sua pequena cidade, que a havia maltratado quando jovem, e é recebida como a Rainha do Universo, na esperança de que deixe ali ao menos uma pequena parte de sua fortuna.
Karla Zachanassian é um personagem detestável, em tudo por tudo. É soberba, se julga dona do mundo – e de fato consegue comprar tudo e todos, o que bem entender, com seu dinheiro que não tem fim. É difícil ver Ingrid no papel dessa megera cruel. Mas ela está soberba. |
41 – 1964 | O Rolls-Royce Amarelo/The Yellow Rolls-Royce
De Anthony Asquith, Inglaterra. Com Com Ingrid Bergman, Rex Harrison, Shirley MacLaine, Jeanne Moreau, George C. Scott, Omar Sharif, Alain Delon. |
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Três diferentes histórias, sobre três donos de um mesmo Rolls-Royce ao longo de vários anos. Um diplomata britânico compra o carro para sua esposa francesa. A namorada de um gângster tem um caso na Itália. E uma americana leva um partisan iugoslavo até Ljubljana às vésperas da invasão nazista.
A escolha do elenco tem coisas engraçadas, como bem repara o IMDb: a francesa Jeanne Moreau faz uma aristocrata inglesa, o egípcio Omar Sharif, um iugoslavo, o francês Alain Delon, um fotógrafo italiano, e a sueca Ingrid, uma dama americana… |
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42 – 1966 | The Human Voice
De Ted KIotcheff, Inglaterra-EUA (média metragem feito para a TV). Com Ingrid Bergman. |
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Em um monólogo de 50 minutos, uma mulher fala ao telefone com o amante, que está para se casar com outra.
Ingrid também gravou as falas da mulher para um lançamento em disco – um LP, na época. O filme é uma adaptação de peça de teatro escrita por Jean Cocteau. |
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43 – 1967 | Stimulantia
De Ingmar Bergman, Gustaf Molander e outros, Suécia. Com Hans Abramson, Hans Alfredson, Harriet Andersson, Daniel Bergman, Ingrid Bergman, Gunnar Björnstrand, Gunnel Broström, Lars Ekborg. |
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Um filme reunindo oito episódios, cada um dirigido por um realizador, escrito por um roteirista ou grupo de roteiristas.
Foi a primeira vez que Ingrid participou de uma produção de seu próprio país desde Uma Noite em Junho, de 1940. Ela contracenou com Gunnar Björnstrand, um dos atores preferidos de Ingmar Bergman. |
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44 – 1969 | Flor de Cacto/Cactus Flower
De Gene Saks, EUA. Com Walter Matthau, Ingrid Bergman, Goldie Hawn, Jack Weston, Rick Lenz, Vito Scotti, Irene Hervey, Eve Bruce |
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Dentista conquistador pede ajuda da sua secretária para que ela se passe por sua esposa.
Foi o primeiro filme de Ingrid em Hollywood depois de um hiato de 20 anos – e a verdade é que tanto Hollywood quanto em especial Ingrid poderiam ter passado muito bem sem essa comedinha sem graça que só serviu como a apresentação ao mundo de Goldie Hawn. |
45 – 1970 | Caminhando Sob a Chuva de Primavera/Walk in the Spring Rain
De Guy Green, EUA. Com Anthony Quinn, Ingrid Bergman, Fritz Weaver, Katherine Crawford, Tom Holland, Virginia Gregg, Mitchell Silberman |
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O casal Libby e Roger Meredith (Ingrid e Fritz Weaver) se muda para uma fazenda no interior do Tennessee, onde o marido, um professor, planeja escrever um livro. Um vizinho do casal (o papel de Anthony Quinn) apaixona-se à primeira vista por Libby.
Foi a segunda vez em que Ingrid contracenou com Anthony Quinn, depois de A Visita, de 1964. |
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46 – 1973 | O Mistério dos Anjos/From the Mixed-up Files of Mrs. Basil e. Frankweiler
De Fielder Cook, EUA. Com Sally Prager, Johnny Doran, Bruce Conover, Ingrid Bergman, George Rose, Richard Mulligan, Madeline Kahn. |
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Uma garotinha precoce e sonhadora (interpretada por Sally Prager) e seu irmão fogem de casa em Nova Jersey com o plano de viver escondidos no Metropolitan Museum em Manhattan.
Embora seu nome apareça em primeiro lugar nos créditos iniciais e com o maior destaque nos cartazes, Ingrid só aparece na tela quando o filme já está com 1h15, e falta só meia hora para o fim. |
47 – 1974 | Assassinato no Expresso Oriente/Murder on the Orient Express
De Sidney Lumet, EUA. Com Albert Finney, Lauren Bacall, Martin Balsam, Ingrid Bergman, Jacqueline Bisset, Jean-Pierre Cassel, Sean Connery, John Gielgud, Wendy Hiller, Anthony Perkins, Vanessa Redgrave, Richard Widmark, Michael York. |
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Um homem é assassinado com diversas facadas dentro do Expresso Oriente – justamente numa viagem em que um dos passageiros é o detetive Hercule Poirot.
Na ótima adaptação do clássico de Agatha Christie, com elenco all-stars, Ingrid faz o papel de Greta Ohlsson, a enfermeira que havia cuidado de Daisy Armstrong, a criança que fora sequestrada e morta. Ganhou o Oscar de coadjuvante, sua terceira estatueta em sete indicações. |
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48 – 1976 | Questão de Tempo/A Matter of Time
De Vincente Minelli, EUA. Com Liza Minnelli, Ingrid Bergman, Charles Boyer, Spyros Fokas, Tina Aumont, Gabriele Ferzetti, Geoffrey Copleston, Antonio Jacono, Fernando Rey, Orso Maria Guerrini, Jean Mas, Isabella Rossellini. |
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O encontro entre uma jovem simples, camareira de um hotel de Roma, com uma condessa já idosa. Cada uma aprende muito com a outra.
O único filme, que eu saiba, em que o grande Vincente Minnelli dirigiu a filha Liza; o último que ele dirigiu, e o primeiro da carreira de Isabella Rossellini – e também o único em que ela trabalhou ao lado da mãe. Depois de pronto, foi cortado quase pela metade, sem qualquer consulta ao realizador. |
49 – 1978 | Sonata de Outono/Höstsonaten
De Ingmar Bergman, Suécia. Com Ingrid Bergman, Liv Ullmann, Halvar Björk, Lena Nyman, Marianne Aminoff, Gunnar Björnstrand, Erland Josephson |
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Ingmar Bergman, o cineasta das grandes questões, coloca uma mãe e uma filha em um embate cruel, um levantamento, um esquadrinhamento, uma investigação dos problemas de vida inteira nunca antes enfrentados.
Quando os dois Bergmans se encontraram, Ingmar estava com 60, Ingrid, com 63, e Liv Ullmann, mulher do realizador durante anos, com 40. O encontro deles resultou numa obra-prima majestosa, extraordinária. Foi sua sétima e última indicação ao Oscar. |
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50 – 1982 | Uma Mulher Chamada Golda/A Woman Called Golda
De Alan Gibson, EUA. Com Ingrid Bergman, Ned Beatty, Franklin Cover, Judy Davis, Anne Jackson, Robert Loggia, Leonard Nimoy, Jack Thompson, Anthony Bate. |
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Biografia da primeira-ministra de Israel entre 1969 e 1974, feita para a TV norte-americana.
Ingrid morreu três semanas antes da entrega dos prêmios Emmy; sua filha Pia Lindström recebeu na cerimônia o Emmy de melhor atriz em minissérie ou filme. |
De 7/2022 a 1/2023
Uma das grandes damas do cinema de todos os tempos, sem medo de errar.