(Disponível no Cine Antiqua do YouTube em 12/2022.)
The Farmer’s Daughter, no Brasil Ambiciosa, a comedinha romântica de 1947 que deu o Oscar de melhor atriz para a bela, simpática, fascinante Loretta Young, tem coisas bem interessantes. Em especial porque fala do protagonismo da mulher, em uma época em que isso absolutamente não era usual, e de política, um tema sobre o qual o cinema de Hollywood de então não sabia muito bem como falar.
O filme dirigido pelo pouco marcante H.C. Potter fala de política de uma maneira um tanto leve demais, um tanto irresponsável – mas, ao mesmo tempo, de uma forma séria, positiva. E sobre o protagonismo da mulher, ah, disso ele fala com um tom gostoso, bem humorado – mas assertivo, firme, forte. O que, se a gente tiver em mente a época, o contexto, é uma absoluta maravilha.
A trama é mais ou menos assim:
Garota filha de fazendeiro tem a aprovação da família para deixar a fazenda e ir para a capital do Estado estudar enfermagem. Os pais, o sr. e a sra. Holstrom (os papéis de Harry Shannon e Anna Q. Nilsson), são imigrantes suecos, extremamente rígidos, extremamente trabalhadores, daquele tipo bom caráter a não mais poder – típicos hard working people que fez a grandeza dos United States of God Bless America. Não são Americans de nascimento, são imigrantes – mas são Wasps, white, Americans, anglo-saxons.
A garota, Katrin (o papel de Loretta Young), tem três irmãos – três grandalhões fortes pra cacete, bons de briga, bons de tudo. Chamam-se Olaf, Sven e Peter (os papéis, respectivamente, de Lex Barker, Keith Andes e James Arness).
Toda a família dá a maior força para Katrin perseguir seu sonho de se tornar enfermeira. Um médico amigo da família leva a garota até o ponto de parada de ônibus na estrada estadual.
Passa por ela em seu carro utilitário um sujeito que é conhecido da família, um tal Adolph, pintor de cartazes (Rhys Williams, na foto acima), e oferece carona até a Capital City. Assim ela pouparia os US$ 2,00 e não sei quantos cents da passagem de ônibus. Katrin aceita. É o maior erro da vida dela. Provavelmente o único. O carro dá problema na estrada, o sujeito não tem dinheiro para pagar o conserto, pede emprestado a ela. Enquanto o carro não fica pronto, são obrigados a passar a noite em um motel de beira de estrada – cuja conta é também ela que paga.
Porque quis poupar US$ 2,00 e pouco, Katrin chega à Capital City com uns US$ 50,00 a menos para custear sua estadia lá.
Precisando de dinheiro, vê um anúncio de precisa-se de empregada, e apresenta-se na mansão de uma família riquíssima – a família Morley, uma das mais importantes clãs políticas do Estado, se não a mais de todas. Glenn Morley era deputado em Washington; seu pai, já falecido, havia sido senador, uma figura respeitadíssima, reverenciada até pelos adversários. A mãe era de uma sabedoria política incomensurável, à la as mulheres dos grandes políticos mineiros, de Benedito Valadares e Tancredo Neves.
Mrs. Morley e Glenn Morley têm um mordomo abnegado, que está com a família desde sempre, chamado Clancy.
Clancy é o papel de Charles Bickford (1891-1967), ator em 114 títulos; se o eventual leitor já viu uns cinco filmes de Hollywood feitos entre 1929 e 1966, o tempo em que Charles Bickford trabalhou, provavelmente já viu um filme com ele.
Mrs. Morley é o papel de Ethel Barrymore (1879-1959), a irmã de Lionel e John, tia-avó de Drew. Se Hollywood fosse um império como a Rússia dos czares, os Barrymores seriam da nobreza dos Rostovs e dos Bolkonskys de Guerra e Paz.
E Joseph Cotten… Bem, Joseph Cotten (1905-1994), 134 títulos na filmografia, foi ator de filmes de Orson Welles, Alfred Hitchcock, George Cukor, William Dieterle, Carol Reed, Robert Aldrich…
Katrin não tem nada de ambiciosa. É competente
Todos eles – o deputado Glenn, a matriarca, o mordomo – ficam absolutamente impressionados com o talento de Katrin para fazer cada tarefa. E ela é perfeita em simplesmente todas as tarefas.
Me ocorreu, enquanto via o filme, e também depois de vê-lo e ao escrever esta anotação, que Katrin Holstrom teria sucesso em qualquer área, tamanhos eram sua dedicação, seu esforço duro, seu compromisso com o que tinha que ser feito. Se tivesse ido parar numa família, digamos, de esportistas, teria brilhado no esporte. Se fosse uma casa dada ao gosto da gastronomia, teria sido uma chef brilhante.
Como a família para a qual foi trabalhar mexia com política, Katrin meteu-se na política.
Katrin, absolutamente ao contrário do título escolhido pelos exibidores brasileiros, não era uma mulher ambiciosa. Era competente em tudo o que fazia – e, quando se meteu em política, já que os Morley eram uma família de políticos, deu-se bem. Só isso.
Muitíssimo mais adequado do que esse Ambiciosa, escolhido pelos exibidores brasileiros teria sido o adjetivo “Competente”.
Mas há que ter paciência com o povo que escolhia os títulos brasileiros. Eles sempre foram muito ruins de serviço – e adoravam uma coisa que falasse mal da protagonista da história. Como os autores de tangos. A Malvada – para All About Eve, 1950. A Hipócrita – para Guest in the House, 1944. Mulher Perversa – para Martin Roumagnac, 1946. Adúltera – para Le Diable au Corps, 1947.
A ambição não é a característica básica dessa garota Katrin Holstrom. Nem sequer uma característica secundária. Ela acaba entrando na política simplesmente porque havia ido parar numa família de políticos.
A ficha demora para cair na cabeça dos mocinhos
Glenn Morley, rico, bem sucedido, no auge da carreira política, é claro que tem uma moça rondando, querendo chegar junto. Chama-se Virgínia (o papel de Rose Hobart, atriz bonita), e é jornalista que cobre política. (É fascinante como, no cinema de Hollywood, quando se fala de política há jornalismo, jornalistas.)
Mas como o sujeito poderia não se apaixonar por aquela garota do interior, filha de fazendeiro, que sabe fazer absolutamente tudo com a mais perfeita perfeição, e ainda por cima é linda?
Mas é claro que a coisa entre Glenn-Joseph Cotten e Katrin-Loretta Young não se desenrola logo. Como em “La Ligne Droite”, a bela canção de Georges Moustaki, como muitas vezes na vida real e quase sempre nas comedinhas românticas, não há linha reta para que os amantes se encontrem, e então só perto do fim os dois vão descobrir o que é óbvio para o espectador desde sempre – que eles foram feitos um para o outro.
Até lá tem uma longa e bastante boba sequência de brigalhada entre os mocinhos (os três irmãozões suecos de Katrin versus os bandidos da história), loas e mais loas ao bom caráter dos pais suecos dos quatro irmãos. e muita, mas muita política.
Havia uma tendência forte nos filmes de Hollywood nos anos dourados, entre 1930 e 1960, de mostrar a atividade político-partidária como uma coisa menor ou boba ou sem sentido ou que tornava boa parte das pessoas inocentes úteis apoiando engrenagens corrompidas e gente que trabalhava apenas para si mesma, e não pela maioria da população.
Em muitos filmes que falavam sobre política, Hollywood pintava a política como algo negativo, inerentemente negativo.
É uma visão de quem a rigor não conhece, não acompanha, não entende política. Isso na melhor das hipóteses – se considerarmos que esses detratores da política são pouco conhecedores das coisas, têm uma visão distorcida por falta de percepção, vivência, maturidade.
Porque, afinal, falar mal da política, desprezar a política e os políticos é a melhor maneira de manter os pouco informados para sempre mal informados – e, ao fim e ao cabo, fazer a defesa das decisões tomadas apenas por um punhado de pessoas, uma elite. Fazer a defesa dos autocratas, contra a democracia.
Na reunião partidária, um circo nonsense
Recentemente vimos, por exemplo, uma comédia de 1932 que trata basicamente de política partidária, com uma Bette Davis jovem demais e o então galã Warren William, Surpresas Convencionais/The Dark Horse. O “convencionais” do título brasileiro se refere a convenção partidária, e “dark horse” é uma expressão que significa candidato surpresa, candidato inesperado.
Escrevi que o filme é “uma sátira, uma danada de uma gozação da política americana, da política partidária e das eleições estaduais. A trama é uma bobagem sem fim – mas a rigor o filme é pior do que simplesmente uma bobagem. Ao ridicularizar completamente o processo eleitoral e chamar os eleitores de imbecis, este The Dark Horse é um ataque à política, aos partidos e, ao fim e ao cabo, à democracia.”
Há alguns momentos em The Farmer’s Daughter que roçam nessa perigosa armadilha.
Realiza-se uma grande reunião, num lugar amplo, um teatro, para que Glenn Morley e os demais líderes de seu partido indiquem seu candidato a um determinado cargo nas eleições estaduais. O escolhido é um tal de Anders J. Finley (Art Baker). Katrin vai à reunião – aquela coisa cheia de bandeiras, uma fanfarra tocando músicas marciais, um ambiente festivo, alegre, circense. Senta-se no meio do auditório – e demonstra estranhar muito o fato de que a toda hora toda a platéia aplaude freneticamente o que alguém acabou de dizer – seja o for que tenha sido dito.
É bastante patético. Um chefão do partido diz ao microfone: – “Um, dois, três, testando” – e a audiência ri e aplaude freneticamente, como se o sujeito tivesse recitado um trecho especialmente impactante do Discurso de Gettysburg.
Katrin olha ao redor, e confidencia com o veterano e experiente mordomo Clancy, sentado a seu lado: – “Por que eles estão gritando?” Ao que Clancy demonstra seu conhecimento daquela papagaiada: – “Nesse tipo de reunião, eles gritam por qualquer coisa.”
Katrin custa a acreditar: – “Por qualquer coisa?”
Clancy: – “Sim, com certeza. Se eu gritar ‘peixes à venda’, vão aplaudir.”
Katrin murmura um “Ah, não” – mas Clancy se levanta e berra: – “Peixes à venda!” E é ovacionadíssimo.
O filme demonstra uma admiração incrível pelos suecos
É difícil imaginar uma sequência de filme que possa ridicularizar a política partidária com mais firmeza, mais vigor do que esta de The Farmer’s Daughter, quando o filme está ali com 54 dos seus 97 minutos de duração.
No entanto, mais para a frente o filme trata de política de uma maneira mais digna. Expõe com clareza a falta de seriedade, moralidade, do partido que obviamente é o conservador, de direita. Chega mesmo a denunciar com força que uma ala do partido flerta abertamente com o fascismo, e faz a defesa da política que trabalhe pelo bem da maioria do povo.
Tem até algo de Frank Capra na forma com que faz a defesa dos valores corretos da política.
Como muitos outros filmes feitos entre os anos 1930 e os anos 1960, ele não cita especificamente o nome dos dois partidos que dominam a política dos Estados Unidos, o Democrata e o Republicano. Mas dá perfeitamente para os espectadores mais atentos – mesmo os não nascidos nos US of A – identificarem qual é qual.
E é interessante lembrar que a maior parte da comunidade de Hollywood sempre foi mais identificada com causas progressistas, muito mais próximas ao Partido Democrata que ao Republicano.
Isso é um fato sabido, conhecido – embora, é claro, a direita tenha tido muitos representantes na indústria cinematográfica. A direita: nacionalistas, conservadores, mutas vezes ligados às áreas religiosas mais tradicionalistas, anticomunistas de maneira figadal. Havia ali grandes talentos, grandes figuras, de John Ford a John Wayne.
Gostaria de fazer dois ou três registros, antes de falar um pouco de Loretta Young e, finalmente, reproduzir opiniões de quem entende.
O primeiro registro na verdade é uma questão: por que será, raios, que muitos americanos achavam os suecos tão legais, tão bacanas, tão merecedores de elogios – conforme este filme aqui perfeitamente espelha?
Todo o filme baba pelos suecos. É impressionante. Era 1947, e Hollywood já havia importado Greta Garbo e Ingrid Bergman, e as transformado em duas das maiores estrelas do cinema mundial – mas isso, obviamente, não basta para explicar tamanha elegia aos suecos. Jamais vou saber os motivos, mas o fato é que este filme demonstra que havia uma admiração imensa de parte dos americanos pelos suecos.
O IMDb não se aventura na questão dos motivos dessa babação pelos suecos, mas afirma que, “embora o Estado não seja jamais mencionado, parece que a ação acontece em Minnesota, onde há uma grande população escandinava”. O site vai a detalhes inimagináveis: “Capital City”, diz ele, “pareceria ser St. Paul, e a mansão dos Morley parece ficar na Summit Avenue.”
Minnesota, aquele Estado gelado do Meio-Oeste em que nasceu Bob Dylan. St. Paul, a capital, a cidade em que nasceu F. Scott Fitzgerald. Dois dos artistas que mais admirei na vida. Ô louco.
Um detalhinho engraçado: dois dos irmãozões grandões fortões de Katrin se chamam Olaf e Sven. Será que é coincidência que dois dos personagens centrais de Frozen, o extraordinário sucesso dos Estúdios Disney que durante anos e anos foi adorado pela minha neta Marina, tenham os mesmos nomes dos irmãos de Katrin? Ou será que Olaf e Sven são assim as correspondências geladas, nórdicas, escandinavas, do que em Portugal seriam Manuel e Joaquim?
Hum… Acho que estou exagerando na bobagem. Passo a um tema sério – Loretta Young.
Grande estrela, bela mulher, ótima atriz
Gretchen Michaela Young, que trocou os dois prenomes por Loretta (1913-2000), estava com 34 anos quando este The Farmer’s Daughter foi lançado, em 1947. É um grande furo do filme, a rigor um caso sério de miscasting, de escolha não acertada da atriz para o papel, já que, a rigor, Katrin Holstrom é uma jovenzinha filha de fazendeiro que vai para a Capital City de seu Estado estudar para ser enfermeira.
Esses erros de escolha dos atores quanto à idade dos personagens, esse tipo de miscasting, isso era algo bastante comum em Hollywood naquela época. Bastante comum.
E o fato é que Loretta Young se deu perfeitamente bem como a jovem filha do fazendeiro que sabe de tudo quando se aventura pela primeira vez numa cidade grande.
Gigantescos olhos azuis faiscantes, longos cabelos, lábios muito carnudos décadas e décadas antes de Angelina Jolie, Loretta Young era em 1947 uma atriz veterana, e uma grande estrela. Havia começado como atriz infantil: seu primeiro papel, embora seu nome aparecesse nos créditos, foi em 1917, quando tinha 3 anos de idade. Ali por volta de 1947, 1948, seu currículo já se aproximava da marca dos 90 filmes. Em 1947 havia sido a estrela do delicioso Um Anjo Caiu do Céu/The Bishop’s Wife, de Henry Koster, em que, casada, conforme diz o título original, com o bispo – interpretado por David Niven –, atrai todas as atenções do charmosíssimo anjo interpretado por Cary Grant que vem à Terra dar uma mãozinha na administração da paróquia.
Naquele mesmo ano, fez este Ambiciosa/The Farmer’s Daughter, e levou o Oscar por sua interpretação.
“Do crepúsculo dos filmes mudos até o alvorecer da era de ouro da televisão, ela encheu de graça a tela com seu charme de dama, seus olhos líquidos, luminosos, brilhantes, em mais de cem filmes” – esta é a apresentação de Loretta Young no livro Leading Ladies, sobre as “50 mais inesquecíveis atrizes da era dos estúdios”.
Fez par com os maiores astros de seu tempo – Clark Gable, Tyrone Power, Cary Grant, Joseph Cotten. Passou para a televisão nos anos 50, e seu The Loretta Young Show teve 18 temporadas de sucesso.
Uma grande estrela, uma bela mulher, uma ótima atriz.
“Deliciosa comédia com excelente elenco”
Pauline Kael escreveu: “Essa comédia política foi enormemente popular – talvez por causa da sua alegria suave, branda, apolítica, que algumas pessoas consideram fresca. É amável, mas implacavelmente limpa e agradável. Com tranças loiras enroladas em cachos sobre as orelhas, e trocando os “j” por “y”, Loretta Young interpreta uma empregada sueca que encontra trabalho no lar de um família politicamente influente (dominada por Ethel Barrymore), e consegue virar uma congressista. Com
Joseph Cotten, Charles Bickford, Rose Hobart, Rhys Williams, Harry Davenport, Lex Barker, Don Beddoe e Jason Robards (pai). Dirigida por H.C. Potter, de um roteiro de Allen Rivkin e sua esposa e parceira Laura Kerr. RKO.”
Lex Barker. Faltou fazer esse registro. Lex Barker (1919-1973), que interpreta Olaf, um dos irmãos grandalhões de Katrin, havia estreado no cinema dois anos antes, em 1945. A partir de 1949, estrelou cinco filmes como Tarzan – Tarzan e a Montanha Secreta, Tarzan e a Fúria Selvagem, Tarzan e a Escrava…
Leonard Maltin gostou muito de The Farmer’s Daughter. Deu ao filme 3.5 estrelas em 4. “Young ganhou o Oscar por sua interpretação da garota sueca obstinada que luta por um lugar no Parlamento contra o homem que ama. Deliciosa comédia com excelente elenco. Allen Rivkin e Laura Kerr adaptaram a peça de Juhni Tervataa Daughter of Parliament. Mais tarde uma série de TV.”
Sim: entre 1963 e 1966 a televisão americana apresentou a série The Farmer’s Daughter, que teve um total de 101 episódios de 30 minutos, em três temporadas; a lourinha Inger Stevens, sueca de nascimento, fez a personagem título, ali chamada Katy Holstrum, e William Windom fez o político Glenn Morley.
Anotação em dezembro de 2022
Ambiciosa/The Farmer’s Daughter
De H.C. Potter, EUA, 1947
Com Loretta Young (Katrin Holstrom)
e Joseph Cotten (Glenn Morley), Ethel Barrymore (Mrs. Morley, a mãe de Glenn), Charles Bickford (Clancy, o mordomo dos Morley), Rose Hobart (Virginia, a jornalista que paquera Glenn), Rhys Williams (Adolph, o pintor de cartazes safado), Harry Davenport (Dr. Mathew Sutven), Tom Powers (Nordick), William Harrigan (Ward Hughes), Harry Shannon (Mr. Holstrom, o pai de Katrin), Anna Q. Nilsson (Mrs. Holstrom, a mãe de Katrin), Lex Barker (Olaf Holstrom, irmão de Katrin), Keith Andes (Sven Holstrom, irmão de Katrin), James Arness (Peter Holstrom, irmão de Katrin), Thurston Hall (Wilbur Johnson), Art Baker (Anders J. Finley), Don Beddoe (Einar), Sven Hugo Borg (Dr. Mattsen), John Gallaudet (Van), William B. Davidson (Eckers), Charles McGraw (Fisher), Jason Robards Sr. (editor), Cy Kendall (Sweeney), Frank Ferguson (Mattemack), Charles Lane (Jackson), Douglas Evans (Silbey)
Roteiro Allen Rivkin, Laura Kerr
Baseado na peça “Hulda, Daughter of Parliament”, de Juhani Tervapää
Fotografia Milton Krasner
Música Leigh Harline
Montagem Harry Marker
Produção Dore Schary, Vanguard Films. Distribuição RKO Radio Pictures.
P&B, 97 min (1h37)
**1/2
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