O Soldado que Não Existiu / Operation Mincemeat

3.0 out of 5.0 stars

(Disponível na Neflix em 5/2022.)

Parece ficção, história maluca criada por escritor especialmente dotado de imaginação, tipo J. K. Rowling: na tentativa de enganar a Alemanha nazista, e fazer com que a máquina de guerra de Hitler acreditasse que as tropas aliadas invadiriam o Sul da Europa pela Grécia, e não pela Sicília, em 1943, os serviços de inteligência britânicos inventaram um oficial que jamais existiu e jogaram um corpo de homem no mar com uma pasta contendo o que seriam documentos secretos sobre o desembarque na Grécia.

Parece história à la Harry Potter – ou à la 007, que aliás é citado de forma indireta no filme. E no entanto essa maluquice contada em Operation Mincemeat, no Brasil O Soldado Que Não Existiu, aconteceu de fato.

A história fascinante, intrigante, saborosa é contada num belo filme, feito com o talento e experiência do diretor John Madden, de Shakespeare Apaixonado (1998), A Prova (2005) e O Exótico Hotel Marigold (2011), para citar só três dos seus bons filmes. O roteiro – de Michelle Ashford – se baseia no livro de um respeitado historiador, Ben Macintyre, lançado em 2010, Operation Mincemeat: The True Spy Story that Changed the Course of World War II, ou, literalmente, Operação Carne Moída: a verdadeira história de espionagem que mudou o curso da Segunda Guerra Mundial. Ben Macintyre também trabalhou como consultor da equipe que realizou o filme.

Além da reconstituição da história de espionagem, contra-espionagem e dissimulação, o roteiro escrito por Michelle Ashford ainda nos presenteia, em segundo plano, com uma bela, terna, suave, recatada história de amor entre dois integrantes do grupo da inteligência britânica que foi o responsável pela Operation Mincemeat e criou a figura do soldado que nunca existiu. Os dois são o oficial da Marinha Ewen Montagu e a funcionária Jean Leslie – os papéis, respectivamente, de nosso velho conhecido Colin Firth e de Kelly Macdonald, bela mulher e bela atriz de que não me lembrava.

Uma ampla sala de trabalho, um grupo de pessoas tensas

O filme abre com letras que vão surgindo na tela como se ela fosse um papel, uma lauda em uma máquina de escrever; ouvimos o som do teclado enquanto as letrinhas vão aparecendo uma a uma: “10 de julho de 1943”. Aí passamos a ouvir um belo texto que nos é dito por uma voz em off:

– “Em qualquer história, se ela for boa, existe uma parte que é vista e uma parte escondida. Isso é especialmente verdadeiro em histórias de guerra.”

Começamos a ouvir o barulho do mar e ver um submarino, à noite. Corta, e vemos um mapa, um grande mapa pendurado num quadro, enquanto a voz em off continua:

– “Existe a guerra que vemos, uma disputa de bombas e balas, coragem, sacrifício e força bruta, enquanto contamos os que venceram, os que perderam e os mortos.”

Corta de novo, volta o submarino à noite, ao nível da água; marinheiros carregam um grande, pesado volume, e o lançam na água. Tomada subaquática, e vemos o volume afundando.

– “Mas, paralelamente a essa, uma outra guerra é travada. Uma batalha em que não há certo e errado definidos, em que o que vale é dissimulação, sedução e malícia. Os participantes são estranhos. Raramente são o que parecem.”

Agora estamos vendo uma ampla sala de trabalho em que há aquele mapa pendurado, e um bom número de pessoas, homens, mulheres. Alguns homens usam uniformes. A sala está em silêncio, e fica evidente que há muita tensão ali, todos estão aguardando alguma informação que está para chegar. Vemos a figura bela de Colin Firth – um Colin Firth já com as marcas do passar dos anos. (Reparei nesse detalhe de cara: diacho, Colin Firth, de 1960, bem mais moço que eu, já mostra as marcas do tempo no rosto!)

– “A ficção e a realidade se misturam. Essa guerra é uma profusão de espelhos, na qual a verdade é protegida por uma rede de mentiras.”

Nesse momento, a câmara se aproxima em close-up de mãos que digitam na máquina de escrever. Quando a câmara se fixa no rosto do homem que escreve, ouvimos a frase que ele está dizendo, em off:

“Esta é a nossa guerra.”

Que beleza de abertura! Revi agora, para fazer essa descrição – e fiquei pasmo com a beleza desse início de narrativa.

Corta de novo, e vemos tomadas de mar à noite. De imediato, parece que é a continuação daquela rápida sequência que havíamos visto, mas não. Aqui a roteirista Michelle Ashford e o diretor John Madden nos pregam um peça, uma espécie de dissimulação. Sim, é noite, chove, e são tomadas de barco no mar, mas agora é tudo totalmente diferente daquela primeira rápida sequência.

Mais tarde o espectador vai compreender que aquela primeira sequência noturna se deu na costa da Espanha, perto de Cádiz – era o momento em que um submarino britânico deixou cair no mar o que o serviço de inteligência queria fazer os nazistas crerem que era o corpo do major Roger Dearborn, carregando consigo uma pasta com documentos ultra-secretos detalhando os planos de desembarque aliado na Grécia. E que esta segunda sequência noturna mostra forças aliadas se preparando para desembarcar na Sicília.

Corta de novo, estamos naquela sala onde o grupo de pessoas em silêncio aguarda uma notícia. É a sala – veremos – do grupo que criou e executou a Operation Mincemeat, que teve a idéia de inventar o oficial que jamais existiu, que foi atrás de um cadáver de homem que pudesse ser transformado no major Roger Dearborn – um homem que não tivesse familiar algum reclamando por seu corpo.

O personagem interpretado por Colin Firth – que, logo veremos, é o oficial Ewen Montagu – quebra o silêncio da sala com uma palavra: – “Rezem”.

Vemos Penelope Wilton – a ótima atriz que fez Isobel Crawley na série Downton Abbey (2010-2015) e Jean Ainslie em O Exótico Hotel Marigold (2011), na foto abaixo – rezando. Ela faz o papel de Hester Leggett, secretária executiva ali no Almirantado e amiga íntima de Ewen Montagu e da mulher dele, Iris (Hattie Morahan).

Vemos também Matthew Macfadyen, em destaque entre as pessoas na sala. Ele interpreta o oficial Charles Cholmondeley, que, juntamente com Ewen Montagu, bolou toda a história do major que jamais existiu.

Charles, Ewen, Hester e a jovem Jean Leslie, já citada mais acima, que também integra a equipe da Operation Mincemeat, serão os principais personagens do filme. (Os quatro atores que fazem esses papéis principais estão na foto acima.)

Naqueles momentos iniciais, consegue-se criar um bom suspense. Quando estamos com 3 minutos e uns segundos do filme que dura 128, há um barulhinho da máquina de telex sendo acionada. Entra pelo telex a informação que todos aguardavam ansiosamente. Mas o espectador não ficará sabendo ainda qual é a informação – essa só virá bem no fim da narrativa.

A tela fica negra e vemos, como se as letras estivessem sendo datilografadas ali: “Seis meses antes”.

Aos quatro minutos de filme, voltamos atrás no tempo, para ver, como se diz no clichê, “como tudo começou”.

(Nas redações em que trabalhei, sempre cortei fora dos textos que passavam pelo meu crivo a expressão “tudo começou quando,,,”, um dos mais batidos clichês do jornalismo…)

O criador de James Bond trabalhou na operação

Lá pelas tantas, o espectador fica sabendo que aquele funcionário que trabalha na sala de comando da Operation Mincemeat e que, na abertura da narrativa, estava redigindo na máquina de escrever, se chama Ian Fleming. Não é um homônimo do cara que criou Bond, James Bond. É o próprio. Neste Operation Mincemeat, Ian Fleming é interpretado por Johnny Flynn; não é um personagem assim fundamental na trama – mas é importante. E interessante, fascinante mesmo.

Ian Lancaster Fleming (1908-1964) de fato trabalhou para o serviço de inteligência da Marinha britânica durante a Segunda Guerra. Mais tarde, trabalhou também como jornalista – e essas experiências foram fundamentais para o seu trabalho como escritor, como o criador do 007.

Há até mesmo uma versão segundo a qual foi o próprio Ian Fleming que criou, bolou, inventou toda essa história de dissimulação que foi a Operation Mincemeat. Segundo o IMDb, uma minissérie da TV inglesa de 2014 sobre a vida do escritor, intitulada Fleming, assume como verdade dos fatos essa versão.

Há muitas histórias, muitas versões a respeito dessa Operation Mincemeat. Elas não têm, é claro, nada a ver diretamente com este filme interessantíssimo, mas me deixaram fascinado.

Confesso que jamais tinha ouvido falar em Operação Carne Moída na vida. Confesso ainda, e aí com um pouco de vergonha, que não sabia da importância desse desembarque das forças aliadas na Sicília, Itália, no dia 10 de julho de 1943 – pouco menos de um ano anos do Dia D, o do desembarque na Normandia, França, 6 de junho de 1944.

O desembarque na Normandia é muitíssimo mais falado, destrinchado, mostrado em filmes, do que o dia do desembarque na Itália. A Itália de Benito Mussolini se rendeu em 3 de setembro de 1943, pouquíssimas semanas após o desembarque que é o tema deste filme aqui. Il Duce só viria a morrer bem mais tarde, em abril de 1945, apenas um mês antes da rendição da Alemanha, mas a Itália já estava então liberada.

O desembarque na Sicília sem dúvida alguma é muitíssimo menos conhecido do que o Dia D (assim como, em paralelo, o Julgamento de Tóquio, dos criminosos de guerra japoneses, é muitíssimo menos falado do que o de Nuremberg). A Operation Mincemeat, no entanto, já havia sido mostrada em um filme realizado 65 anos antes deste O Soldado Que Não Existiu.

Em 1956, apenas 13 anos, portanto, após os fatos reais, foi lançado O Homem que Nunca Existiu, no original The Man Who Never Was. Era – exatamente como este O Soldado Que Não Existiu de 2021 – uma co-produção Grã-Bretanha-Estados Unidos. O diretor era Ronald Neame, profissional de respeito. Clifton Webb interpretava Ewen Montagu, e a maravilhosa Gloria Grahame fazia uma tal Lucy Sherwood, que não existe no filme de agora.

O fantástico é que o filme se baseava no livro escrito pelo próprio Ewen Montagu! O oficial que foi um dos comandantes de toda a operação!

Em segundo plano, uma bela história de amor

Em um momento lá deste segundo filme sobre o soldado que não existiu, Charles Cholmondeley se queixa de que está “cercado de escritores”.

O IMDb fez um delicioso item a respeito disso na página de Trivia sobre o filme:

“A queixa de Cholmondeley de estar ‘cercado de escritores’ tem muito a ver com a verdade histórica. Ewen Montagu, John Masterman, Charles Fraser-Smith (outros personagens da trama), todos eles publicaram livros de espionagem, enquanto Ian Fleming se inspirou em outro chefe de espionagem que se tornou romancista, Basil Thomsom, que chefiou o esforço de contra-inteligência da Scotland Yard contra os espiões alemães na Primeira Guerra Mundial e mais tarde foi nomeado diretor da inteligência britânica para combater o terrorismo do IRA (Exército Republicano Irlandês) e os agitadores comunistas. Seu conto ‘The Milner’s Hat’ forneceria a base para a Operation Mincemeat.”

Temos então três – pelo menos – versões diferentes para explicar de onde surgiu a idéia para essa operação. Há quem diga que foi um conto desse Basil Thomsom. Há quem diga que foi Ian Fleming que bolou tudo. Este filme aqui mostra que a idéia foi sendo elaborada e construída em conjunto por Ewen Montagu e Charles Cholmondeley.

Não sei, evidentemente, o que pensaria o eventual leitor sobre isso, mas eu acho muito interessante saber um pouco sobre os fatos reais que deram origem a uma obra de ficção – um livro, uma peça de teatro, um filme. É muito interessante, e é muito importante.

Mas não tenho qualquer problema, qualquer tipo de grilo quando as obras de ficção não reproduzem exatamente, ipsis littertis, a verdade dos fatos. Quando as obras de ficção usam um tanto de liberdade poética, e acrescentam um ou outro toquezinho de imaginação às histórias reais. Afinal, elas são exatamente isso, obras de ficção – embora baseadas em histórias reais.

Fiquei imaginando que Jean Leslie, essa personagem fantástica, fascinante, o papel de Kelly Macdonald, atriz que eu não conhecia, deve muito provavelmente ter muito mais de ficção do que de realidade.

Isso, a rigor, a rigor, não interessa. Se houve na Operation- Mincemeat-verdade-dos-fatos uma moça que ajudou a criar o passado do soldado que não existiu, que introduziu na carteira do inventado major Roger Dearborn uma foto dela mesma quando jovem, e que conquistou os corações dos dois comandantes da coisa toda, Ewen Montagu e Charles Cholmondeley, isso, na verdade, não tem importância.

O fato é que, verdadeira ou fictícia, Jean Leslie é um elemento fundamental. é boa parte do fascínio de toda a trama.

Era necessário inventar uma história de vida para o homem que nunca existiu – e, segundo o filme, a funcionária do Almirantado Jean Leslie começou a dar idéias de quem ele seria, e como seria a sua namorada. Aí ela e o comandante Ewen Montagu começaram a construir juntos uma história fictícia do casal que jamais existiu. Como eram as cartas que trocavam. E, ao criar juntos uma história de amor, os dois, evidentemente, obviamente, se apaixonaram.

A história de amor que este O Soldado Que Não Existiu/Operation Mincemeat conta, em segundo plano, por trás da história de guerra, de espionagem, é uma beleza, um deslumbre, uma maravilha de história de amor.

Ewen Montagu-Colin Firth era casado, pai de um casal de filhos entrando na adolescência. Pouco antes de o oficial ser destacado para tocar a Operação Carne Moída, Iris e os dois filhos se mudam para os Estados Unidos – como uma medida de proteção, de segurança, para ficar longe das bombas que a Luftwaffe despejava sobre Londres e outras cidades britânicas. Mas, além da questão de segurança, havia outros motivos para que marido e mulher ficassem um tempo, ao menos, longe um do outro: o casamento não ia bem.

O filme mostra isso de forma interessante – sem nada explícito, nada dito claramente. Mostra apenas através de pequenos detalhes, trechos de diálogos não muito claros; mostra, sobretudo, por coisas que não são ditas. Só para dar um exemplo: dos Estados Unidos, Iris Montagu escreve sempre para sua grande amiga Hester Leggett, a amiga do casal que tem cargo importante no Almirantado – mas não escreve para o próprio marido.

E eis que, longe da mulher, com um oceano entre os dois, Ewen Montagu se vê convivendo no trabalho com uma mulher bela, simpática, inteligente – e disponível, uma jovem viúva. Os dois vão criando juntos uma história de amor entre o homem que nunca existiu e sua namorada.

Era impossível que não houvesse o envolvimento.

Mas são ingleses, sobretudo. Formais. Respeitadores das convenções – até demais da conta.

Uma bela história de amor – que o filme nos conta com sensibilidade e delicadeza, em segundo plano. Uma maravilha.

“Uma bizarra e sedutora mistura”

O diretor John Madden falou o seguinte sobre o seu filme: “No contexto das narrativas sobre Segunda Guerra Mundial, a história da Operation Mincemeat é única – uma bizarra e sedutora mistura cinemática de espionagem de alto nível e ficção engenhosa. O roteiro de Michelle Ashford funde múltiplos fios e atmosferas: é tenso, romântico, emocionante, inesperadamente engraçado, e incrivelmente surpreendente. Conta uma histórica ricamente humana de soldados que raramente vemos, que combatem num tipo diferente de guerra, nas sombras e na trapaça, assombrados pela consciência de que não podiam contar com segurança e garantia de sucesso.”

O site RogerEbert.com, que procura manter a memória do grande crítico, deu 3 estrelas em 4 ao filme. O longo texto assinado por Christy Lemire começa assim:

Operation Mincemeat parece um drama de espionagem inglês tradicional, e, bem, em sua maior parte é mesmo. Baseia-se em uma história verdadeira de heroísmo e coragem em tempo de guerra, tem um elenco classudo que inclui Colin Firth e Matthew Macfadyen e é dirigido por John Madden (Shakespeare in Love, os filmes Best Exotic Marigold Hotel), que fez seu nome exatamente com esse tipo de coisa firme, antiquada. Mas a história em si é tão absurda, e é contada com tantas surpresas e humor seco que é atraente o tempo todo.”

Ai, ai… Os críticos de cinema que acham que os filmes feitos de forma tradicional, firme, que contam direito uma boa história, são “antiquados”, “acadêmicos”… Roger Ebert deve ficar puto quando lê esse tipo de coisa no site que leva seu nome…

O site Rotten Tomatoes, que contabiliza e reúne as opiniões de seus leitores e de quem escreveu resenhas sobre os filmes, mostra que os críticos aprovaram mais este Operation Mincemeat do que o público. Entre os críticos, a aprovação é de 85% – a média das notas de 97 resenhas. Entre o público, é de 65%.

Acho estranho essa aprovação tão baixa. Este é um ótimo filme.

Anotação em maio de 2022

O Soldado Que Não Existiu/Operation Mincemeat

De John Madden, Inglaterra-EUA, 2021

Com Colin Firth (Ewen Montagu),

Matthew Macfadyen (Charles Cholmondeley),

Kelly Macdonald (Jean Leslie),

Penelope Wilton (Hester Leggett),

e Jason Isaacs (almirante John Godfrey), Rufus Wright (tenente Bill Jewell), Ruby Bentall (Connie Bukes), Charlotte Hamblin (Patricia Trehearne), Johnny Flynn (Ian Fleming), Lorne MacFadyen (major Roger Dearborn / Glyndwr Michael), Mark Gatiss (Ivor Montagu, o irmão de Ewen), Caspar Jennings (Jeremy Montagu, o filho de Ewen), Hattie Morahan (Iris Montagu, a mulher de Ewan), Dolly Gadsdon (Jennifer Montagu, a filha de Ewen), Simon Russell Beale (Winston Churchill), Michael Bott (Frank Sawyer, o mordomo de Churchill), Alex Jennings (John Masterman), Ellie Haddington (Hilda Georgina Cholmondeley, a mãe de Charles), Paul Lancaster (legista Pinfield), Simon Rouse (legista Birtwistle), Paul Ritter (funcionário de Bentley), Amy Marston (enfermeira Tate), Jonjo O’Neill (Teddy), Gabrielle Creevy (Doris Michael, a irmã de Glyndwr Michael),Nicholas Rowe (capitão David Ainsworth), Will Keen (Salvador Gomez-Beare), Alexander Beyer (Karl Kuhlenthal), Markus von Lingen (Adolf Clauss), Nico Birnbaum (coronel Alexis von Roenne)

Roteiro Michelle Ashford       

Baseado no livro “Operation Mincemeat: The True Spy Story that Changed the Course of World War II”, de Ben Macintyre

Fotografia Sebastian Blenkov

Música Thomas Newman

Montagem Victoria Boydell

Casting Jina Jay, Tonucha Vidal

Desenho de podução John Paul Kelly

Produção Iain Canning, Charles S. Cohen, Emile Sherman,

Kris Thykier, See-Saw Films, Cohen Media Group, Archery Pictures, FilmNation Entertainment.

Cor, 128 min (2h08)

***

3 Comentários para “O Soldado que Não Existiu / Operation Mincemeat”

  1. Quem lê seu comentário é como tivesse assistindo ao filme.
    Eu vi o filme e acabo de me embasbacar com o comentário.
    Ambos maravilhosos!

Comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *