Nota:
(Disponível na Netflix em maio de 2022.)
Mais uma entre tantas obras baseadas em Harlan Coben, Confie em Mim, minissérie polonesa lançada pela Netflix em 2022, tem todos os ingredientes típicos desse autor que virou um fenômeno, um serial best-seller. Mas tem também outros elementos bem mais interessantes, que têm a ver com a realidade da maioria das pessoas: a vida em família, o distanciamento imenso que volta e meia acontece entre os pais e os filhos, esse fato tão absurdo e triste mas também tão comum de que muitas vezes percebemos que não conhecíamos quase nada das pessoas que estavam tão próximas de nós.
Nos últimos 16 anos, entre 2006 e 2022, pelo menos dez filmes e/ou séries de TV foram feitos com base em histórias criadas por esse escritor nascido em 1962 em Newark, Nova Jersey, vizinha próxima de Manhattan, o umbigo do capitalismo, do outro lado do Rio Hudson. E as histórias que ele cria têm sempre:
* muita violência, em geral extrema violência. Algo como a ultra-violência da distopia Laranja Mecânica, de Anthony Burgess, que Stanley Kubrick transformou no filme excepcional;
* grandes criminosos, chefões de gangue, “gênios” do crime, gente capaz das maiores atrocidades possíveis e imagináveis;
* capangas violentérrimos que obedecem cegamente às ordens dos chefes, os do item anterior;
* sequestros, espancamentos, assassinatos; ah, no mínimo, no mínimo, uns dois assassinatos, com brutalidade especial;
* tramas complexas, densas, com muito mistério, muita coisa nebulosa – tudo tão complexo, tão misterioso, tão nebuloso, que não parece absolutamente nada com a vida de 99% – no mínimo – das pessoas que habitam o planeta; tudo artificial, como só acontece na literatura e no cinema, essas artes que nem sempre imitam a vida;
* reviravoltas, surpresas absolutas. Twists. As histórias de Harlan Coben têm mais twist do que todos os discos de Chubby Checker juntos. Quando você já está absolutamente exausto de tanta reviravolta, prepare-se: adiante virão mais umas quatro ou cinco.
Diabo: mas por que então eu me dispus a ver este Confie em Mim, depois de já ter visto Não Conte a Ninguém/Ne le dis à Personne, filme francês de 2006, Safe, série inglesa de 2018, O Inocente/El Inocente, série espanhola de 2021, todos baseados em obras de Harlan Coben?
Bem, essa é uma questão menor. O necessário é realçar que, além de ter todos os ingredientes típicos desse autor de um best-seller atrás de outro, desse serial best-seller, Confie em Mim também fala de coisas importantes. Vida em família, relações pais e filhos – o perigo sempre presente de os pais perderem o contato com os filhos.
A mãe percebe que o filho se meteu em fria
A minissérie, de seis episódios de cerca de 50 minutos cada, abre com a protagonista da história, Anna (o papel de Magdalena Boczarska, de A Arte de Amar e Partida Fria), falando belas, sensíveis verdades sobre essa coisa absolutamente doida, maluca, que é ter filhos. Ela está em seu quarto, vendo cenas de filmes caseiros em que aparece seu filho Adam – desde quando era bebê, e crescendo, crescendo, crescendo. O marido está dormindo, ela não consegue pegar no sono – e vemos algumas das cenas que ela está vendo. O marido brincando com o garotinho. O garotinho fazendo aniversário, enquanto o pai já carrega uma bebezinha, a segunda filha do casal.
Vemos Anna se levantando, andando pela casa, indo ao quarto em que Adam, que está agora com 18 anos, está dormindo, e ouvimos a voz em off da atriz que a interpreta:
– “Às vezes caímos do penhasco, como nos desenhos animados. O coiote avança até a beirada, olha para baixo e sabe que é tarde demais para voltar. Os filhos crescem depressa. No início, eles ficam longe da beirada. Somos deuses para eles. Mas, de repente, alguma coisa acontece. No final das contas, somos apenas seus guardiões. Cuidamos dos nossos filhos apenas por um breve momento. E então eles tomam seu próprio rumo. Só quero que meu filho esteja são e salvo para tomar seu próprio rumo. O resto será em ele.”
É uma bela maneira de começar uma série. Os filhos crescem depressa. Cuidamos deles apenas por um breve momento – e então eles tomam seu próprio rumo. Verdades verdadeiríssimas. Joan Manuel Serrat descreveu exatamente isso nos belíssimos versos de “Esos locos bajitos”: “Nada ni nadie puede impedir que sufran / Que las agujas avancen en el reloj / Que decidan por ellos, que se equivoquen / Que crezcan y que un día / Nos digan adiós…”
Quando a voz em off de Anna-Magdalena Boczarska está falando aquelas últimas frases, nós a vemos, por amor, cometendo um pequeno crime: ela está instalando um aplicativo espião no celular de Adam, que permitirá que ela acompanhe as mensagens de texto que troca com os amigos e a namorada.
No momento em que ela está terminando de instalar o aplicativo, Michal, o marido (o papel de Leszek Lichota) acende uma luz, pergunta o que ela está fazendo, por que ela não está dormindo. Fica indignado ao saber do aplicativo que vai invadir a privacidade de Adam (interpretado por Krzysztof Oleksyn, um rapaz de rosto muito bonito).
– “Adam não está normal”, ela diz, tentando justificar o ato imoral que acabou de praticar.
Michal diz que Igor – o melhor amigo de Adam, papel de Piotr Napierala, que veremos em flashbacks – morreu poucos dias antes: – “Nessas situações, a maioria das pessoas não reage normalmente”.
– “Ele se meteu em confusão. Posso sentir.”
As mães – mesmo quando os filhos estão distantes, não conversam muito em casa, não se abrem, não se comunicam – percebem as coisas. E logo veremos que Anna estava absolutamente certa. Sim, Adam se meteu em confusão.
O rapaz e seus amigos estão envolvidos com droga
Michal, Anna, Adam e a garotinha Ola (Dominika Krzeminska), a caçula do casal, aí de 12 anos, assim como os amigos da família e também os amigos e colegas dos filhos, moram num bairro luxuoso, exclusivo, de Varsóvia – uma hora lá alguém se refere ao bairro como a Beverly Hills da capital polonesa. Todos ali são muito ricos.
Essa é outra das características dos livros de Harlan Coben. Muitas de suas histórias se passam nos ricos subúrbios de grandes cidades americanas.
O espectador vai percebendo rapidamente que Adam e seus amigos mais chegados ali daquele bairro chiquetérrimo optaram por tomar na vida o rumo perigoso das drogas. Não apenas do consumo delas, o que em si juá seria um risco, mas o que envolve a comercialização das drogas.
Exatamente qual é o envolvimento de Adam e amigos com o submundo das drogas a série só vai revelar bem mais para o fim. Mas vai ficando claro desde o primeiro episódio que há coisas sérias que Adam e seus amigos mais próximos escondem.
Igor, o maior amigo, morreu de overdose. A polícia havia checado tudo, e a conclusão havia sido esta – overdose. Mas Adam parece se sentir culpado, como se tivesse tido alguma responsabilidade pela morte do grande amigo.
Os dois rapazes mais próximos dele não parecem nada, mas nada, mas nada confiáveis. Muito ao contrário: todo o jeito de Grzegorz, conhecido pelo apelido de Gajos (Mikolaj Sliwa), e Blazej (Jakub Pruski) é estranho, esquisito, suspeito. À medida em que a narrativa vai avançando, as coisas em torno deles pioram, e muito.
Tudo vai piorando, e muito.
O espectador vai sendo apresentado a um grande número de personagens – adultos que são amigos ou conhecidos do casal Anna e Michal, jovens que são colegas ou amigos de Adam e de sua irmãzinha Ola. Vão surgindo tramas paralelas, histórias secundárias – algumas delas a gente demora para conectar com os protagonistas da história, Anna e sua família.
Anna é duramente espancada
A maior amiga da garota Ola se chama Jasmina (Klementyna Karnkowska). É uma gracinha de garota, aí na pré-adolescência, uns 12 anos, como Ola – mas está sofrendo bullying na escola. Não me pareceu que os roteiristas (Agata Malesinska e Wojciech Miloszewski) tenham explicado muito bem como começou o episódio que deu origem ao bullying, mas tem a ver com alguma coisa absurda, besta, que um dos professores falou na sala de aula, um tal Tadeusz (Bartlomiej Topa). O fato é que, a partir de algo que esse Tadeusz disse na classe, as colegas passaram a infernizar a vida da garota Jasmina, dizendo que ela tinha barba, enviando para ela montagens de fotos em que ela aparece com barba.
Ola é a mais fiel amiga de Jasmina. Uma costuma dormir sempre na casa da outra, são unha e carne. Os pais de Jasmina são divorciados, e a garota mora com o pai, Janusz (Tomasz Drabek), que é conhecido do casal Anna e Michal.
A mãe de Jasmina, Marianna (Sylwia Boron), eventualmente será sequestrada e torturada por um criminoso, violento demais, sádico, Natan (Jacek Poniedzialek), que age junto com uma mulher bem mais nova que ele, Wiera (Justyna Wasilewska). Natan está à procura de algo que não fica muito claro – algo relacionado a um código, que estaria no laptop de alguém.
Natan e Wiera acabarão sequestrando também Nika (Marta Pietka, na foto acima), que é namorada daquele Gajos e tem como melhor amiga exatamente a namorada de Adam, Kaja (Agata Labno, também na foto acima).
Essa Kaja, namorada de Adam, é filha de um grande amigo dos pais dele, Pawel (Grzegorz Damiecki), um ex-procurador, sujeito simpático. Bem diferentemente do que acontece entre os pais e Adam, que não se conversam, não se comunicam, Pawel e a filha se dão muito bem, são carinhosos um com o outro, percebe-se que são próximos, amigos.
Pawel vive com a filha e a nova mulher, Laura (Agnieszka Grochowska), que é psicóloga e orientadora na escola de segundo grau em que estudam Adam, Kaja, Gajos, Nika, Blazej.
Surgirá na história um centro comunitário frequentado por alguns desses adolescentes, chefiado por uma senhora chamada Joanna (Barbara Kurzaj).
Alguns dias depois da cerimônia de funeral de Igor, o amigo de Adam morto de overdose, Adam desaparece, some de casa. Anna fica enlouquecida de preocupação com o filho. Uma noite, segue os passos de Gajos, e vai dar no tal centro comunitário. De repente, é atacada por dois truculentos guarda-costas do lugar. Anna – que treina artes marciais – reage, e dá boas porradas em dois dos agressores, mas aparece um terceiro, e ela é brutalmente espancada. Isso acontece, se não me engano, no segundo episódio – motivo pelo qual a protagonista da história vai aparecer durante a maior parte da série com diversas cicatrizes no rosto.
Poderia ser num bairro rico de qualquer cidade
Uma dúzia e meia de personagens, problemas demais, que só vão ficando mais e mais graves. Bullying, drogas, um sequestro e depois assassinato, outro assassinato, agressões violentas, tortura – o escambau. As histórias de Harlan Coben são exageradas. Over do over do over.
Esta minissérie aqui, Zachowaj spokój no original polonês, se baseia no livro Hold Tight, lançado nos Estados Unidos em 2008 e no Brasil em 2009, pela editora Arqueiro, com o título Confie em Mim – o mesmo escolhido para a exibição da série no Brasil pela Netflix. Ótima decisão, porque um título diferente do livro confundiria ainda mais as coisas… Hold Tight, lembrando, é segure firme, aperte. Já Zachowaj spokój significa, segundo o tradutor do Google, fique calmo.
Não li o livro (nem pretendo ler qualquer livro de Harlan Coben), mas acho que seria interessante ver uma sinopse da história original. Vou na sinopse apresentada pela Amazon, que costuma fazer um bom trabalho:
“Tia e Mike Baye nunca haviam imaginado que se tornariam o tipo de pais superprotetores que espionam seus filhos. Mas seu filho Adam, de 16 anos, tem ficado inesperadamente distante nos últimos tempos, e, depois do suicídio de seu colega de classe Spencer, eles ficaram muito preocupados. Instalam um sofisticado programa espião no computador de Adam, e logo depois são surpreendidos por uma mensagem de um desconhecido para seu filho: ‘Fique quieto e tudo bem’.
“Enquanto isso, olhando no memorial online em homenagem a Spencer, Betsy Hill se surpreende com uma foto que parece ter sido tirada na noite da morte de seu filho, e ele não estava sozinho. Ela acha que é Adam Baye a pessoa que está de pé com o rosto fora do alcance da câmara, mas quando Adam desaparece, logo fica claro que alguma coisa profunda e sinistra está acontecendo em sua comunidade.”
Não sei onde fica exatamente a comunidade das famílias Baye e Hill do livro de Harlan Coben. Provavelmente deve ser um rico subúrbio em Connecticut ou Nova Jersey, perto de Nova York, pois é lá que se passam várias das histórias do escritor. Mas poderia perfeitamente ser um subúrbio de Chicago, Los Angeles ou qualquer outra grande cidade americana.
Poderia ser também, é claro, um bairro rico de qualquer outro país. As comunidades ricas todas se parecem bastante – assim como os casamentos felizes, que se parecem, segundo a famosa frase de abertura de Anna Kariênina, de Liev Tolstói.
Por que não, portanto, transpor a história para um bairro rico de Varsóvia?
Livros adaptados na França, na Inlaterra…
Aliás, essa é mais uma característica das histórias de Harlan Coben, além de tantas outras já citadas aqui. Passadas originalmente nos Estados Unidos, elas costumam ser adaptadas para diferentes países.
Tell No One, livro publicado em 2001 nos Estados Unidos (e em 2009 no Brasil), foi filmado na França em 2006 por Guillaume Canet. Ne le Dis à Personne, no Brasil Não Conte a Ninguém, é um belo filme. Escrevi sobre ele: “Um ótimo polar (a palavra para thriller) do cinema francês feito atualmente. Parte de uma idéia inicial extremamente intrigante, envolvente, que mexe com o espectador: oito anos depois da morte de sua mulher, Margot (Marie-Josée Croze), médico dedicado, benquisto (François Cluzet), é procurado pela polícia como suspeito do assassinato dela.”
No Second Chance, de 2003, virou a minissérie francesa Une Chance de Trop, de 2015, no Brasil Não Há Segunda Chance, o mesmo título da edição brasileira do livro.
Os franceses parecem adorar Harlan Coben. O livro Just One Look, de 2004, virou a minissérie francesa Juste un Regard, de 2017. No Brasil, o livro Apenas um Olhar foi lançado em 2019.
O livro The Stranger, de 2014, deu origem a uma minissérie britânica, de 2020, The Stranger no original, no Brasil Não Fale com Estranhos, mesmo título da edição brasileira, de 2016.
O livro The Woods, de 2007, deu origem a uma minissérie polonesa de 2020, também da Netflix, que no Brasil teve o título de Silêncio na Floresta, o mesmo da edição brasileira do livro. Vejo agora que atores que trabalharam naquela minissérie de 2020 estão também nesta Confie em Mim: Grzegorz Damiecki, que faz Pawel, o pai da namorada de Adam, e Agnieszka Grochowska, que faz Laura, a mulher dele, estão nas duas séries polskas baseados nesse escritor americano serial best-seller!
E ainda tem mais. Já que estou com a mão na massa, vou até o fim.
Depois de tanto Harlan Coben, agora chega
Os espanhóis fizeram em 2021 uma minissérie baseada no livro The Innocent, de 2005, lançado no Brasil só em 2013. Sobre ela, anotei: “Para quem gosta de série com muita violência, reviravolta, mulheres sendo duramente espancadas, sexo com altas doses de sujeira, tara, violência, reviravolta, tomadas de cadáveres rasgados, decompostos, violência, reviravolta, trama artificial que nem plástico sem qualquer coisa a ver com a vida real, situações que só existem em ficção criada por escritores especialmente imaginativos, violência e reviravolta, O Inocente é a mais absoluta perfeição.”
Os franceses atacaram de novo em 2021, com o lançamento da minissérie Disparu à Jamais, lançada pela Netflix no Brasil como Desaparecido para Sempre. O livro que deu origem à série, Gone for Good, é de 2002, e no Brasil saiu como Desaparecido para Sempre, em 2009.
Os britânicos lançaram em 2021 a série Stay Close, no Brasil Fique Comigo. O livro Stay Close saiu nos Estados Unidos em 2012, e no Brasil em 2013, com o título de Fique Comigo.
Ufa!
Mas não terminou. Há ainda as minisséries britânicas The Five, de 2016, e Safe, de 2018. Não achei os livros que corresponderiam a essas duas séries, o que pode indicar que esse incansável Harlan Coben tenha escrito as histórias diretamente para serem filmadas.
Vi a série Safe, também lançada pela Netflix, e a considerei “uma bem balanceada mistura de thriller, mistério, policial, com drama familiar” – e achei sua melhor qualidade era exatamente esta, misturar a trama policial com drama familiar.
Algo que esta série Confie em Mim também é. Parece que é uma especialidade do autor.
Não me arrependi de ter me disposto a ver a série. Sempre tive admiração pelo cinema polonês, e quando surge pela frente uma série feita na Polônia fico curioso, tenho vontade de ver.
Mas acho que agora chega de Harlan Coben. Depois de Não Conte a Ninguém, Safe, O Inocente e agora este Confie em Mim, já deu. Chega. A vida é curta.
Anotação em maio de 2022
Confie em Mim/Zachowaj spokój
De Michal Gazda & Bartosz Konopka, Polônia, 2022.
Com Magdalena Boczarska (Anna Barczyk),
Leszek Lichota (Michal Barczyk),
Krzysztof Oleksyn (Adam Barczyk, filho de Anna e Michal),
e Dominika Krzeminska (Ola Barczyk, a irmãzinha de Adam), Grzegorz Damiecki (Pawel Kopinski, o ex-promotor, pai de Kaja), Agata Labno (Kaja Kopinska, filha de Pawel, namorada de Adam), Mikolaj Sliwa (Grzegorz Gajewicz, o Gajos, amigo de Adam), Jakub Pruski (Blazej Myszkowski, o amigo de Adam e Gajos), Klementyna Karnkowska (Jasmina Nowak, a garotinha que sofre bullying, amiga de Ola), Tomasz Drabek (Janusz Nowak, o pai de Jasmina), Agnieszka Grochowska (Laura Goldsztajn-Kopinska, a psicóloga da escola, mulher de Pawel), Jacek Poniedzialek (Natan, o criminoso), Justyna Wasilewska (Wiera, a jovem mulher do criminoso), Julia Wyszynska (policial Ewelina Miller), Adam Nawojczyk (Franciszek Trybala, o policial chefe), Monika Kwiatkowska (Renata Kordowska, uma das vítimas), Marta Pietka (Nika Reszke, amiga de Kaja e namorada de Gajos), Jan Litvinovitch (Kacper Rozbicki), Sylwia Boron (Marianna Nowak, a mãe de Jasmina), Wiktoria Gorodecka (Beata Hall, a mãe de Igor), Piotr Napierala (Igor Hall, o maior amigo de Adam), Bartlomiej Topa (Tadeusz Lewicki, o professor de Jasmina e Ola), Barbara Kurzaj (Joanna Makowska, a mulher do centro comunitário), Sebastian Perdek (policial Marek), Miroslaw Zbrojewicz (Borys Gajewicz, o pai de Gajos), Aleksandra Justa (subcomissária Oliwia Danowska), Jan Napieralski (Antek), Eryk Kulm (policial Jacek)
Roteiro Agata Malesinska, Wojciech Miloszewski
Baseado no livro “Hold Tight”, no Brasil “Confie em Mim”, de Harlan Coben
Fotografia Tomasz Augustynek, Piotr Niemyjski
Música Andrzej Smolik
Montagem Andrzej Dabrowski, Piotr Kmiecik
Casting Viola Borcuch
Desenho de produção Pawel Jarzebski
Cor, cerca de 300 min (5h)
Produção Harlan Coben, Andrzej Muszynski, Netflix, ATM Grupa S.A.,
Polski Instytut Sztuki Filmowej
***
Título nos EUA e no Reino Unido: Hold Tight.
Olá Sérgio,
Lendo sua resenha percebi que felizmente os roteiristas respeitaram o material do livro (somente trocaram o pai pela mãe como protagonista) e conseguiram entregar algo que o livro tem de mais importante que é justamente essa relação entre pais e filhos e até que ponto é benefíco, esse cuidado para com os filhos.
Provavelmente virão mais adaptações por ai e certamente de outras partes desse mundo.
Ah sobre o bullying que a amiga de Ola sofre é por conta dela estar conversando na aula e o professor ao chamar atenção diz que ela possui pêlos demais no buço e por conta disso, acontece toda essa catarse que somente Coben poderia conduzir.