Um Amor a Cada Esquina / She’s Funny That Way

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3.5 out of 5.0 stars

She’s Funny That Way, no Brasil Um Amor a Cada Esquina, é uma comédia absolutamente deliciosa, inteligente, com roteiro espetacular, e toda feita com absoluta paixão pelos filmes da Era Dourada de Hollywood.

Para mim, foi um duplo (e imenso) prazer ver o filme – pela delícia que ele é, e pela maravilha que é ter Peter Bogdanovich de volta à sua melhor forma. She’s Funny That Way é uma comédia tão esplêndida quanto Essa Pequena é uma Parada/What’s Up, Doc? (1972) e Lua de Papel (1973), os filmes que vieram logo após o diretor ter deliciado os cinéfilos do mundo inteiro com A Última Sessão de Cinema (1971).

Peter Bogdanovich é um sujeito cuja vida condensa tanto drama, tanta intensidade, tantos imprevistos quanto Shakespeare ou a Bíblia. Adorado por toda uma geração naquele início dos anos 70, virou um tanto persona non grata em Hollywood; ficou sem dirigir um longa de cinema entre 1994 e 2001, quando fez O Miado do Gato – sobre um fato real da história de Hollywood, a morte misteriosa, jamais esclarecida, em 1924, de Thomas Ince, um dos pioneiros do cinema. O Miado do Gato foi uma co-produção Inglaterra-Alemanha.

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Este She’s Funny That Way, lançado em 2014, é seu primeiro longa-metragem para o cinema desde O Miado do Gato, e sua primeira produção norte-americana em mais de 20 anos – a última havia sido Um Sonho, Dois Amores/The Thing Called Love, de 1993.

É fascinante ver que entre os produtores executivos do filme estão Noah Baumbach e Wes Anderson, realizadores da nova geração e adorados pela crítica.

Duas ex-mulheres de Bogdanovich participam do filme

Mais fascinante ainda é o fato de que uma de suas ex-mulheres, Cybill Shepherd (na foto abaixo), faz um papel pequeno, e outra, Louise Stratten, assina o roteiro ao lado dele. Tenho grande admiração pelas pessoas que mantêm a amizade depois que o amor e/ou o casamento acaba, como Woody Allen e Diane Keaton, por exemplo. Com este filme – que aliás faz lembrar muito as melhores comédias de Woody Allen –, Peter Bogdanovich demonstra que é desse time.

zzfunny2aLouise atuou em apenas 15 filmes e/ou séries de TV, numa carreira iniciada em 1988. Seu filme mais recente é Django Livre (2012), de Quentin Tarantino – que tem um pequeníssimo mas importante papel neste novo filme de Bogdanovich.

Louise nunca antes havia assinado um roteiro.

Ela é irmã mais nova de Dorothy Stratten, a deslumbrante Playmate da revista Playboy que estava namorando Bogdanovich em 1980, quando foi assassinada pelo ex-marido. Quando Louise se casou com o ex-namorado da irmã, em 1988, ele estava com 49 anos, e ele tinha apenas 20 – a idade que Dorothy tinha ao ser morta pelo ex-marido louco de ciúme.

(A trágica história de Dorothy foi contada em Star 80, um dos cinco únicos filmes dirigidos pelo genial Bob Fosse. Bogdanovich aparece no filme com outro nome – e o filme o retrata como um calhorda.)

Cybill Shepherd tinha apenas 21 anos de idade quando conheceu Peter Bogdanovich, durante as filmagens de A Última Sessão de Cinema, em 1971. Em 1972, o realizador divorciou-se da figurinista e diretora de arte Polly Platt, após dez anos de casamento e duas filhas, Antonia e Sashy.

Não seria necessário mencionar que Dorothy Stratten, Louise Stratten e Cybill Shepherd são mulheres de beleza absurda.

Uma história com muitos personagens – e todos os atores estão ótimos

Além das duas ex-mulheres, participa do filme também uma atriz que estreou no cinema sob a direção de Bogdanovich. Tatum O’Neal, a filha do ator Ryan O’Neal, trabalhou ao lado do pai em Lua de Papel – e ganhou o Oscar de melhor atriz coadjuvante. Em 1973, quando o filme foi lançado, ela estava com 10 anos de idade. Aqui, faz apenas uma participação especial, como uma garçonete do restaurante italiano chique em que diversos dos personagens da história se encontram, numa sequência especialmente hilariante.

Sim, é uma história de muitos personagens, cujas histórias se cruzam, entrecruzam e cruzam de novo, formando um caleidoscópio engraçadíssimo. E é interessante que, num elenco que tem nomes bons de bilheteria – Jennifer Aniston e Owen Wilson –, o papel principal tenha ficado com uma garotinha inglesa que, embora bela, talentosa e promissora, ainda não é uma estrela, Imogen Poots (na primeira foto deste post).

Fico contente em verificar que, quando vi O Solteirão/Solitary Man (2009), em que essa jovem atriz faz um pequeno papel, anotei: “uma garota inglesa linda que merece atenção”.

Imogen Poots estava em 2014, ano de lançamento do filme, com apenas 25 aninhos. Dá um show. Todo o elenco está perfeito, evidenciando que o realizador continua sendo exímio diretor de atores.

(Em filmes de Bogdanovich, três diferentes atores ganharam Oscars – além de Tatum O’Neal, também Ben Johnson e Cloris Leachman –, e outros três tiveram indicações – Jeff Bridges, Ellen Burstyn e Madeline Kahn.)

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Está todo mundo muito, muito bem – mas, na minha opinião, a garotinha inglesa rouba a cena.

Imogen Poots interpreta Izzy, uma jovem atriz em astronômica ascensão em Hollywood, que, ao longo de todos 93 deliciosos minutos do filme, está dando uma entrevista a uma jornalista chamada Judy (interpretada por Illeana Douglas). As cenas em que as duas estão conversando são entremeadas pelas sequências que mostram os fatos que Izzy vai narrando para a repórter.

Enquanto vemos os logotipos das empresas produtoras, ouvimos Fred Astaire cantando “Cheek to cheek”. Vamos viajando para o clima dos anos 30 já a partir daí.

Surge então um letreiro que diz o seguinte:

“Não muito tempo atrás, uma das novas estrelas mais fulgurantes de Hollywood sentou-se em um bar vazio um pouco abaixo do Bergdorf’s. Ela estava dando uma entrevista a uma repórter chamada Judy. Como a maioria das pessoas hoje em dia, Judy era uma cínica e ficava ofendida com o menor sinal de fantasia. Nós, não. Nós acreditamos no velho dito popular que diz que os fatos não deveriam nunca interferir numa boa fábula.”

Delícia de texto. Remete, é claro, ao que dizia o jornalista em O Homem Que Matou o Facínora (1962), a obra-prima de John Ford: “Quando a lenda vira um fato, publique-se a lenda.”

Por que os fatos deveriam atrapalhar uma boa história?

A jovem atriz conta que adora os velhos filmes da Era Dourada

Logo depois desse texto, vemos, em close-up, o rosto lindinho de Imogen Poots-Izzy. Ela está falando com a repórter:

– “Acredito nos finais felizes. É o único jeito sensato. Eu me trancava no quarto e via os filmes antigos na TV pública. Não tínhamos dinheiro para ver canais do cabo, e por mim estava tudo bem muito bem, porque quem gosta de programas com adolescentes grávidas ou com pessoas sentadas em uma sala gritando o tempo todo?”

(Entendo que adolescentes grávidas seja uma referência a Girls, mas gente sentada em uma sala gritando o dia todo não sei o que é.)

E ela prossegue:

– “Eu escapava dos problemas com Spencer Tracy e Katharine Hepburn, e Fred Astaire e Ginger Rogers numa pista de dança, e Bogart enfim beijando Bacall. Tudo em glorioso preto-e-branco.”

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Judy, a repórter, é vivida, experiente. Em vários momentos, vai questionar com firmeza a jovem estrela em ascensão, vai tentar botá-la numa sinuca de bico. – “Você gosta de contos de fadas?”

E Izzy, sempre se referindo aos atores da Era Dourada: – “Acho que todos nós precisamos de um pouco de mágica às vezes. O que Lana Turner teria feito se Mervyn LeRoy não tivesse entrado no Schwab’s, e ele não a tivesse visto tomando uma soda? Ali ele a descobriu e essa soda mudou sua vida.”

Judy, a repórter: – “Contam isso para os turistas. Mas não foi no Schwab’s. Na verdade era um lugar chamado Top Hat. E não foi Mervyn LeRoy, mas um jornalista da Hollywood Reporter. E ela não se chamava Lana Turner, era conhecida como Judy, embora seu nome verdadeiro fosse Julia. Mas você sabe tudo isso, não?”

Izzy, lindinha, pensa um pouco, depois dá um sorrisinho maroto, encantador: – “É, mas continua tendo um toque de mágica.”

E aí entram os créditos iniciais.

O famoso diretor passeia com a puta de luxo, dá a ela carinho e um presentão

Nas histórias de sua vida que Izzy conta à repórter Judy, aparecerão uns seis ou oito personagens importantes. O primeiro deles a surgir na tela é Arnold Albertson (o papel de Owen Wilson), famoso, respeitado diretor de cinema e teatro.

Arnold está chegando de Los Angeles a Nova York, onde deverá iniciar os ensaios de uma nova peça na Broadway. Fica hospedado num importante e tradicional hotel da cidade – o mesmo em que está hospedado Seth Gilbert (Rhys Ifans), um famoso ator inglês que será o principal personagem masculino da peça. Quando se encontram, Arnold diz que está cansado, vai direto para o quarto, tomar um banho e dormir. No quarto, liga para Vickie (Debi Mazar), uma cafetina de prostitutas de luxo, e requisita os serviços de uma determinada moça que viu na internet.

A moça é Izzy.

Acionada por Vickie, Izzy em uma hora está batendo na porta do quarto de Arnold – bem no momento em que Seth abre a porta do seu quarto, a tempo de ver a profissa entrando.

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No dia seguinte, chegará a Nova York a mulher de Arnold, Delta (Kathryn Hahn, na foto, com Rhys Ifans-Seth Gilbert), que também é atriz e será a estrela da nova peça, ao lado de Seth. Veremos que Seth é vidrado em Delta faz muito tempo – anos atrás, os dois haviam trabalhado juntos em Londres.

Naquela noite, Arnold se revela para Izzy um cliente absolutamente especial, como ela jamais havia visto antes. Nada de partir depressa para os finalmentes. Pergunta se ela quer sair para jantar. Saem, conversam muito. Ele propõe a ela um passeio de charrete pelo Central Park à noite, o programa mais absolutamente romântico que pode haver.

Durante o passeio, ele pergunta o que ela gostaria de fazer na vida, ela conta que sonha em ser atriz, mas não sabe se algum dia conseguiria uma chance, não sabe qual é o seu lugar na vida. Ao que Arnold recita o seguinte:

– “Ninguém pode dizer a você qual é o seu lugar. Onde é o meu lugar? Onde é o lugar de qualquer pessoa? Você quer saber onde é o seu lugar? Onde quer que você esteja feliz, ali é o seu lugar. E você é a melhor pessoa para julgar isso. No Central Park, por exemplo, algumas pessoas gostam de dar nós aos esquilos, mas se alguém ficar feliz em dar de comer esquilos aos loucos, quem sou eu para chamar os esquilos de loucos?”

Izzy dá uma gargalhada, delicia-se com aquilo, cai de amores por aquele freguês esquisito, romântico, poético, capaz de fazer aquelas frases fantásticas sobre esquilos, nozes e loucos. Corta, e estão os dois na cama logo após a trepada absolutamente felizes da vida.

E aí o freguês apaixonante pergunta se Izzy aceitaria um cheque dele de US$ 30 mil, um presente para que ela deixasse a putaria e pudesse tentar fazer na vida aquilo que gostaria de fazer.

Izzy só sai do quarto de manhãzinha, feliz feito pinto no lixo e com um cheque gordo na bolsa. Ao sair, é vista por Seth.

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A frase sobre esquilos faz um jogo de palavras, e é de um filme de Lubitsch

A filosofada poética dita por Arnold sobre lugar no mundo, esquilos, nozes e loucos perde muito quando traduzida, porque ela inclui um jogo de palavras delicioso: em inglês, uma mesma palavrinha – nuts – significa nozes e louco. Eis a frase original: “In Central Park for instance some people like to feed the nuts to the squirrels but if it makes someone happy to feed squirrels to the nuts, who am I to say nuts to the squirrels?”

Essas frases são absolutamente fundamentais na trama, e voltarão a ser citadas várias outras vezes, inclusive no surpreendente fecho da narrativa. Falar sobre como e por que ela reaparece, no entanto, seria um spoiler horroroso.

Só os adoradores da Época de Ouro de Hollywood mais absolutamente fanáticos, e dotados de incrível memória, poderão associar essas frases a Ernst Lubitsch e seu filme O Pecado de Clunny Brown (1946), com Charles Boyer, Jennifer Jones e Peter Lawford. Fui checar minhas anotações, e verifiquei que vi o filme na TV, em 2002. Apesar de ser do mestre Lubitsch, ele não me impressionou muito; não comentei nada sobre ele, mas dei só 2 estrelas.

Vários homens amam de paixão Izzy, a bela call-girl que quer ser atriz

Logo depois da noite passada com Arnold – que se identifica para ele com um nome falso –, com o dinheiro ganho dele podendo garantir uma boa respirada, Izzy pede demissão à cafetina Vickie, e sai atrás de oportunidades como atriz. Fica sabendo que um teatro da Broadway está fazendo testes para uma nova peça, e se inscreve.

A peça, é claro, é óbvio, é exatamente a que será dirigida por Arnold, com sua mulher Delta – de quem ele tem um medo reverencial imenso – e o chato do inglês Seth.

Quando chega a vez de Izzy fazer o teste, tanto ela quanto Arnold ficam chocadíssimos com o fato – absolutamente inesperado – de estarem se revendo. Seth, assim como o espectador, sabe de tudo, e percebe que tem ali uma situação oportuna para ele, que está sempre a fim da mulher de Arnold.

O papel ao qual Izzy se candidata é o de uma prostituta de luxo – e o trecho da peça que ela vai ler juntamente com Delta é a arte imitando a vida descaradamente: a cena é o enfrentamento de uma mulher traída com a prostituta que o marido comeu.

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Izzy se sai maravilhosamente bem na leitura do texto. Delta e o autor da peça, ali presente, Joshua (Will Forte), ficam impressionadíssimos. Seth também faz os maiores elogios à moça, assim que ela sai do teatro – porque gostou do que viu e também porque sabe que se ela for escolhida Arnold ficará em uma situação delicadíssima.

Todos elogiam demais a atuação de Izzy – menos Arnold, que não gostaria, de forma alguma, da proximidade com a profissional a quem ele havia oferecido jantar, passeio romântico, filosofada poética e um cheque polpudo.

Joshua, o dramaturgo, ficará profundamente encantando com Izzy, e passará a cortejá-la.

Joshua estava namorando uma psiquiatra, Jane (Jennifer Aniston), muito mais doida de pedra do que o maior doido de pedra do mundo. Jane é procurada, naqueles mesmos dias dos fatos relatados aí acima, por dois novos candidatos a paciente. Uma delas é Izzy, que quer vencer inseguranças, inibições, naquele momento difícil de transição da vida de call-girl para aspirante a atriz. O outro é um paciente da mãe de Jane, que, em desespero com a ausência de sua psiquiatra, vai em busca da filha dela – é um juiz, já idoso, Pondergast (Austin Pendleton), que uma vez havia requisitado uma call-girl a Vickie, e Vickie lhe enviara Izzy. O juiz tinha ficado absolutamente, loucamente, doentiamente obcecado por Izzy – justamente quando Izzy pendurou as chuteiras daquela profissão.

A trama vai juntar todos esses personagens em situações terrivelmente engraçadas.

Um estudioso, um pesquisador sobre o cinema, em especial o da Era Dourada

Além de realizador, roteirista e ator, Peter Bogdanovich é um cinéfilo fanático, inveterado, apaixonadíssimo. Desde sempre foi um pesquisador sobre cinema, um tanto como François Truffaut, que jamais parou de escrever sobre cinema, em paralelo à sua carreira de diretor, roteirista e ator.

Nesses períodos em que não encontrou produtores dispostos a financiar seus filmes, Bogdanovich dedicou-se com afinco a escrever sobre cinema. Lançou mais de uma dúzia de livros, como, só para dar um exemplo, o cartapácio Who The Devil Made It, de 1997, lançado no Brasil em 2000 pela Companhia das Letras como Afinal, Quem Faz os Filmes, com 978 páginas – copiosas entrevistas, algumas feitas em várias sessões, com 16 diretores que trabalham na Época de Ouro, dos mais badalados (Alfred Hitchcock, Howard Hawks), a menos famosos hoje (Edgar G. Ulmer), passando por alguns dos originários da Europa (Fritz Lang, Otto Preminger).

zzfunny9Em 2004, lançou Who The Hell’s In It, com capítulos sobre 25 astros com os quais conviveu, entre eles Cary Grant, James Stewart, Marlene Dietrich, James Cagney, Frank Sinatra e Marlon Brando

Outro livro dele é This is Orson Welles, que revisou e ampliou em 1998, e reúne conversações que teve ao longo de cinco anos com o sujeito de criou Cidadão Kane e depois teve também dificuldades de achar produtor para suas obras.

E outro é John Ford, formado também por uma série de entrevistas com o grande mestre. A primeira edição do livro é de 1967, um ano antes de seu primeiro longa-metragem de ficção, Na Mira da Morte/Targets, sobre um veterano ator de filmes de terror (interpretado pelo veterano ator de filmes de terror Boris Karloff). De tempos em tempos Bogdanovich revista e amplia John Ford. Suas pesquisas sobre Ford renderam o documentário Directed by John Ford, de 1971; em 2006, ele fez com o filme o que faz com seus livros: revisou e ampliou, incluindo entrevistas com admiradores do mestre como Martin Scorsese, Clint Eastwood e Steven Spielberg.

Ele chamaria um ator fordiano, Ben Johnson, para um papel importante em A Última Sessão de Cinema. Pode ter sido uma forma de homenagear ou agradar o mestre. Chegou a ficar amigo do velho turrão – mas consta que perdeu a amizade dele quando deixou Polly Platt e as filhinhas para dedicar-se à paixão por Cybill Shepherd: Ford e senhora tomaram as dores da esposa abandonada.

Seu vastíssimo conhecimento do cinema hollywoodiano da Época Dourada está presente em diversos pequenos documentários feitos a partir dos anos 90 para acompanhar os lançamentos de filmes em DVD. É arroz de festa nesses documentários, ao lado do crítico Leonard Maltin e alguns outros historiadores do cinema.

A paixão de Bogdanovich pelos filmes dos anos 30 e 40 é a razão de ser deste She’s Funny That Way – e essa é uma das muitas qualidades do filme, ao lado da trama saborosa, das piadas hilariantes, e das belas atuações.

Quem gosta dos clássicos americanos gostará especialmente deste filme. Mas ele não tem contra-indicação alguma. É um filme que merece ser visto por todo o mundo.

Assim que terminou, me deu vontade de ver de novo. Ao reler este texto agora para postá-lo, deu uma vontade danada de rever.

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Anotação em dezembro de 2015

Um Amor a Cada Esquina/She’s Funny That Way

De Peter Bogdanovich, EUA, 2014

Com Imogen Poots (Izzy, Isabella), Owen Wilson (Arnold Albertson), Kathryn Hahn (Delta, a atriz, mulher de Arnold), Rhys Ifans (Seth Gilbert, o ator inglês), Will Forte (Joshua Fleet, o dramaturgo), Jennifer Aniston (Jane, a psiquiatra), Austin Pendleton (o juiz Pendergast), George Morfogen (Harold Fleet, o detetive), Illeana Douglas (Judy, a repórter), Cybill Shepherd (Nettie Finkelstein, a mãe de Izzy), Richard Lewis (Al Finkelstein, o pai de Izzy), Debi Mazar (Vickie, a cafetina), Quentin Tarantino (o homem surpresa do final), Joanna Lumley (Vivian Claremont), Lucy Punch (Kandi), Ahna O’Reilly (Elizabeth), Tovah Feldshuh (Miriam Pendergast), Tatum O’Neal (a garçonete)

Argumento e roteiro Peter Bogdanovich e Louise Stratten

Fotografia Yaron Orbach

Montagem Nick Moore e Pax Wassermann

Produtores executivos Noah Baumbach e Wes Anderson

Produção Lagniappe Films, Lailaps Pictures, Venture Forth.

Cor, 93 min

***1/2

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