Homem passional, apaixonado pelas mulheres e pelas paixões, François Truffaut tinha uma admiração sem fim por histórias de amor trágicas, tristíssimas, sem saída. Isso explica, acho, por que ele quis filmar a trágica, tristíssima, sem saída história de Adèle Hugo e seu amor louco, absolutamente insano, por um tenente inglês que não a amava.
É uma história tão amarga, tão dolorosa, que, confesso, foi custoso para mim ver o filme – eu, que sou desde sempre absolutamente apaixonado pela obra de Truffaut.
É uma história tão doentia, tão longe de qualquer lógica, qualquer razão, que o filme faz questão de frisar e repetir que são fatos reais – não foram, ao contrário do que parece, inventados por algum roteirista de imaginação fértil demais.
“A história de Adèle H. é autêntica”, nos diz um letreiro, assim que terminam os créditos iniciais.
E novo letreiro insiste, esmiúça, detalha:
“Ela põe em cena acontecimentos que tiveram lugar e personagens que existiram.”
Pouco antes, ainda nos créditos iniciais, quando se informou que o roteiro é de autoria de François Truffaut, Jean Gruault e Suzanne Schiffman, foi acrescentada uma menção a Frances Vernor Guille, que editou os Diários de Adèle Hugo.
A própria Adèle, a filha do gigante Victor Hugo, tido então como o maior escritor vivo, registrou em incontáveis páginas de diário sua loucura – e o filme mostra isso com insistência. Adèle escrevia loucamente, insanamente, a uma velocidade de dar inveja a Usain Bolt.
Na verdade, tudo o que Adèle Hugo fazia era de maneira louca, insana. Pobre criatura.
É tudo mais e mais vergonhoso para a protagonista e doloroso para o espectador
Antes do início da narrativa, logo após frisar e realçar que se trata de uma história real, com fatos que aconteceram com pessoas que existiram, o filme tenta explicar para o espectador o contexto histórico, o que acontecia em meados do século XIX em Halifax, a cidade portuária canadense onde se passa quase a totalidade da ação. Vemos um mapa-mundi, que aos poucos vai se aproximando da Nova Escócia, no Sudoeste canadense, onde fica Halifax, enquanto a voz de um narrador diz o seguinte:
“Estamos em 1863. A Guerra Civil dilacera há dois anos os Estados Unidos. A Grã-Bretanha aceitará a independência da Confederação Sulista e entrará em guerra contra os ianques? Desde 1862, foram enviadas tropas britânicas para a cidade canadense de Halifax, capital da Nova Escócia, ex-Acadia francesa. Reina em Halifax uma espécie de febre. As pessoas estão aflitas, traficam e perseguem espiões ianques. No porto, as autoridades britânicas controlam os passageiros europeus que desembarcam do Great Eastern, o imenso navio conhecido como Cidade Flutuante.”
A primeira sequência mostra um grupo de uns 20 passageiros desembarcando de um grande bote, vindo do navio que havia cruzado o Atlântico. Entre eles está uma jovem aí de uns 20 e poucos anos, talvez uns 25, lindíssima – Adèle é interpretada pela deslumbrante Isabelle Adjani.
Ela passa pela cuidadosa inspeção das autoridades alfandegárias britânicas, e sobe numa charrete, dirigida por um senhor idoso, simpático, amistoso, chamado, veremos logo, O’Brien (Edward J. Jackson). Ela tinha intenção de ficar num hotel, mas O’Brien sugere para ela uma pensão, de preço mais acessível e onde ela terá conforto e companhia.
Os donos da pensão, o casal Saunders (Sylvia Marriott e Ruben Dorey) a recebem muito bem, mostram-se também simpáticos, calorosos.
Ela se apresenta como Adèle Lewly. Diz que veio a Halifax à procura de um tenente de uma companhia de hussardos do exército britânico, Albert Pinson. Veio em nome de uma sobrinha, a quem o tenente Pinson prometeu casamento.
Daí a pouco dará nova versão da história: dirá que o tenente Pinson é apaixonadíssimo por ela.
O filme não chegou ainda a 15 minutos, e o espectador já sabe perfeitamente que Adèle é uma mentirosa contumaz, que está absoluta, perdidamente apaixonada pelo tenente Pinson (o papel de Bruce Robinson), e que ele – um jogador, afundado em dívidas, mulherengo – não quer saber dela de forma alguma.
A partir daí virão mais e mais episódios em que Adèle se humilha diante dele e diante do mundo, de todas as formas mais abjetas que pode haver.
Não haverá mudança de rumo, de clima: é uma via crucis de humilhação a que a bela jovem se submete, sem parar. Não há melhora jamais – tudo só piora, tudo fica mais vergonhoso para ela e doloroso para o espectador.
Adèle H. não é vítima dos outros – é vítima apenas dela própria
Adèle não quer revelar a ninguém quem é seu pai – daí se apresentar com sobrenome falso, daí o título do filme usar apenas a inicial do sobrenome mais famoso da literatura mundial na época daqueles acontecimentos.
O filme mostra a imensa distância que havia entre ela e o pai, uma relação de desconfiança mútua, sem afeto, sem ternura. Vemos a troca de cartas entre filha e pai – ela sempre pedindo dinheiro, ele sempre enviando dinheiro mas pedindo que ela retorne para casa.
O que o filme não mostra, não explica, não tem interesse em explicar, não é seu escopo, é como o grande Victor Hugo foi capaz de ir deixando que a filha continuasse vivendo em Halifax, expondo-se a todo tipo de humilhação. Fiquei me perguntando como foi possível que ele não tivesse mandado que um dos filhos homens fizesse a viagem transatlântica e resgatasse a pobre moça, que, nas cartas, demonstrava mais e mais que estava absolutamente tomada pela loucura.
Me impressionou muito como todas as pessoas no entorno de Adèle são boas, como todas a tratam bem: a sra. Saunders, seu marido, o livreiro Whistler (Joseph Blatchley), o cocheiro O’Brien, os funcionários do banco, e, depois, em Barbados, Madame Baa (interpretado por uma senhora que se assina Madame Louise).
Nem mesmo o tenente Pinson, o alvo da paixão desesperada dela, se mostra um absoluto mau caráter, um sem vergonha. Vemos que ele aceita o dinheiro que ela oferece uma vez, mas não mais que isso. Ele não a engana: é franco, é honesto, diz a ela o tempo todo que não quer se casar com ela, que não quer nada com ela.
Adèle H. não é vítima dos outros – é vítima dela própria, apenas e tão somente dela própria.
Foi o primeiro grande papel de La Adjani. E ela tem uma atuação maravilhosa
A atuação de Isabelle Adjani é extraordinária.
Não sei o que terão dito sobre ela os grandes críticos de cinema, mas, na minha opinião, La Adjani está estupenda. O espectador vai vendo no rosto dela como a loucura vai cada vez mais tomando conta, como ela vai ficando cada vez mais longe de qualquer tipo de realidade.
É impressionante.
Estava com exatos 20 anos, a criatura excepcionalmente bela, quando o filme foi lançado: nasceu em Paris em 1955. Tinha já oito títulos em sua filmografia, quatro deles para a televisão. A História de Adèle H. foi seu primeiro grande filme, seu primeiro grande papel. Não me lembrava disso, que foi François Truffaut que deu a Isabelle Adjani seu primeiro grande papel. OK, Isabelle Adjani viria a ser uma das maiores estrelas da história de qualquer forma, mas foi pelas mãos de François Truffaut que teve a primeira grande chance.
No ano seguinte, 1976, trabalharia sob a batuta de Roman Polanski no aterrorizante O Inquilino/Le Locataire. A partir daí, seria a maior estrela do cinema francês por algumas décadas – até se retirar, por vontade própria, para uma espécie de semi-aposentadoria. Nos últimos anos, escolhe a dedo os filmes que faz.
É interessante lembrar que, em 1988, Isabelle Adjani interpretaria outra pessoa real, igualmente ligada às artes, e que tinha também doença mental grave – a genial escultora Camille Claudel, que foi diagnosticada como esquizofrênica.
E também que, em 1979, interpretaria ainda uma outra pessoa real ligada à literatura, a escritora inglesa Emily Brontë, em Les Soeurs Brontë, de André Téchiné. No elenco estava também Isabelle Huppert, e consta e contam que nas filmagens o duelo de egos entre as duas era algo ciclópico, gigantesco. Pobre Téchiné.
Nos filmes de Truffaut, um monte de histórias de amor trágicas
Gostaria, ainda que rapidamente, de justificar um pouco as afirmações que fiz no início deste texto, de que Truffaut tinha uma admiração sem fim por histórias de amor trágicas, tristíssimas, sem saída. Não é difícil.
Em Jules et Jim (1962), Catherine, Jules e Jim conseguem, durante um tempo – um bom tempo, até – viveram aquela experiência de uma mulher para dois. Mas a história deles, todos nós nos lembramos, termina em tragédia.
Não há possibilidade de saída fácil para o erudito editor e professor Pierre, casado e bem casado, quando conhece a bela aeromoça Nicole, em Um Só Pecado/La Peau Douce (1964). A história deles termina em tragédia.
Toda a história do rico Louis com Marion que na verdade é Julie, em A Sereia do Mississipi (1969) está fadada à tragédia. Não há como escapar.
Poucas histórias de amor mostradas no cinema são tão tristes, tão desesperançadas, tão desencantadas quanto a do jovem francês Claude com as duas irmãs inglesas Anne e Muriel em As Duas Inglesas e o Amor/Les Deux Anglaises et le Continent (1971). Permito-me uma citação de mim mesmo, quando escrevi sobre o filme: Que maravilhosa capacidade para a infelicidade têm os personagens do escritor francês Henri-Pierre Roché, que Truffaut – esse artista maior, tão sensível e terno para retratar tanto a alegria quanto a tristeza – filmou duas vezes. (A primeira, claro, foi Jules et Jim.)
E o que dizer dos belíssimos mas pobres, infelizes, trágicos Bernard e Mathilde de A Mulher do Lado (1981)? Cito a mim mesmo de novo: A Mulher do Lado é um mergulho doloroso no amor louco. Doloroso, denso, tenso, angustiante, dilacerante. Para mim, é uma das histórias de amor mais trágicas que o cinema já mostrou.
Pouquíssimas vezes, na sua obra infelizmente curta, já que morreu cedo demais, aos ridículos 52 anos de idade – 21 longa-metragens –, Truffaut filmou histórias de amor leves, suaves, bem humoradas. A rigor, a rigor, só me lembro de uma história assim, na filmografia dele, a de Julien, o dono de uma agência imobiliária, e a secretária que ele demite logo no início da narrativa, Barbara. De Repente, num Domingo/Vivement Dimanche! (1983) é um policial, com um jeitão de filme noir, mas é também uma homenagem à comédia romântica americana dos anos 30, 40, e então, como em tantas comédias românticas americanas clássicas, Julien e Barbara se estranham e se agridem o tempo todo, para ao final descobrirem o óbvio – que se amam.
A leveza da história, o suave bom humor da história de amor talvez se devessem ao fato de que, após os 50 anos, o realizador magistral tinha finalmente encontrado o amor em paz com a atriz de seus dois últimos filmes, a estonteante Fanny Ardant – depois de tantas, tantas, tantas paixões tumultuadas e tumultuosas, por Jeanne Moreau, por Catherine Deneuve, por Claude Jade…
Truffaut era muito parecido com Bertrand Morane, de O Homem Que Amava as Mulheres (1977). Bastava passar na frente de Bertrand Morane uma bela mulher, e ele se apaixonava. Fazer o quê? Ele amava as mulheres!
A questão é que pela frente de François Truffaut passaram belas mulheres demais da conta.
“Sou obrigado a me dar conta de que apenas me interesso pelo campo afetivo”
A História de Adèle H. foi o segundo (e último) filme de Truffaut baseado em histórias reais – se não levarmos em conta seu primeiro longa, Os Incompreendidos/Les Quatre-Cents Coups (1959), que é bastante autobiográfico. Seis anos antes, em 1969, ele havia realizado O Garoto Selvagem, sobre a história real, acontecida a partir de 1798, do encontro, em um bosque francês, de um menino criado no meio da natureza, sem qualquer contato com outras pessoas.
O próprio Truffaut escreveu que desde 1969, quando leu uma biografia de Adèle Hugo escrita pela estudiosa americana Frances Vernor Guille (aquela que é citada nos créditos iniciais do filme), tinha vontade de levar a história para o cinema.
“Ao escrever o roteiro de L’Enfant Sauvage, a partir das ‘memórias’ do doutor Jean Itard, tínhamos descoberto, Jean Gruault e eu, o grande prazer que consiste em organizar uma história de ficção a partir de acontecimentos reais esforçando-nos por não inventar nada, e de não alterar o material documentário.”
O parágrafo acima é de um texto escrito por Truffaut como press-release, como apresentação do filme para a imprensa, e que está transcrito no magnífico livro Truffaut par Truffaut, organizado por Dominique Rabourdin. Mais adiante, o realizador escreve:
“Se eu tivesse que resumir em sete pontos o que me atraiu na história de Adèle Hugo, seria assim:
1º – Essa jovem está sozinha durante toda a história.
2º – Ela é filha do homem mais célebre do mundo.
3º – Fala-se desse homem, mas jamais o vemos.
4º – Adèle vive sob identidades falsas.
5º – Animada por uma idéia fixa, ela persegue um objetivo inatingível.
6º – Nenhuma frase, nenhum gesto de Adèle se refere a qualquer outra coisa que não sua idéia fixa.
7º – Mesmo se ela enfrenta um combate perdido, Adèle se mostra continuamente ativa e inventiva.”
E um pouco adiante:
“Os anos passam, eu faço filmes bons ou ruins, mas todos livremente escolhidos, e eu sou obrigado a me dar conta de que apenas me ocupo e me interesso pelo campo afetivo.”
Como eu já disse aqui diversas vezes: é dureza. O cara não apenas filma magnificamente – ele também escreve magnificamente.
Como seu ídolo Hitchcock sempre fazia, Truffaut aparece rapidamente na tela
Algumas informações esparsas sobre o filme, as pessoas – trivia, como diria o IMDb:
* Para situar na obra de Truffaut: Adèle H. (1975) vem depois de Uma Jovem Tão Bela Quanto Eu (1972) e A Noite Americana (1973) e antes de Idade da Inocência/L’Argent de Poche (1976) e O Homem Que Amava as Mulheres (1977).
* Antes mesmo da estréia do filme, Truffaut já estava trabalhando no seu projeto seguinte, Idade da Inocência.
* Como seu ídolo Alfred Hitchcock fazia sempre, como ele mesmo fez algumas vezes (no início de O Homem Que Amava as Mulheres, por exemplo), Truffaut faz uma rápida aparição na tela. Ele faz um soldado britânico, numa das cenas, mais para o fim da narrativa, em que uma Adèle Hugo absolutamente louca vagueia pelas ruas sem entender nada do que se passa à sua volta (na foto abaixo).
* Isabelle Adjani foi indicada ao Oscar de melhor atriz. Ela também teve uma das três indicações do filme ao César. As outras duas foram para melhor direção e melhor direção de arte. Ao todo, o filme teve 11 prêmios, fora 5 outras indicações.
Como mostra tanta tristeza, tanto sofrimento, não é um filme agradável de se ver
Leonard Maltin deu 2.5 estrelas em 4 ao filme: “Drama subestimado sobre uma jovem mulher (a filha do escritor Victor Hugo) obcecada com um soldado que não corresponde a seu amor. A atuação de Adjani é excelente, mas o filme é curiosamente distante, indiferente. Filmado em versões simultâneas em inglês e em francês.”
Não concordo com a avaliação de que o filme é distante, indiferente, mas paciência, cada cabeça, uma sentença. E não compreendo o que ele diz a respeito de versões simultâneas em inglês e em francês. A versão que vi, de um DVD lançado por empresa nada cuidadosa, Silverscreen, traz alguns diálogos em inglês – quando há personagens de língua inglesa – e alguns diálogos em francês – quando há personagens de língua francesa. Ou seja, tudo absolutamente correto.
Pauline Kael, a prima-donna da crítica americana, sempre surpreendente, sempre caixinha de surpresas, diz:
“Um filme de François Truffaut para figurar junto com Tirez Sur le Pianiste e O Garoto Selvagem – e talvez sua obra mais cheia de paixão. O filme é por demais inteligente – de uma maneira quase assustadora, como certos trechos de romances russos que desnudam personagens. E profunda e desarmoniosamente engraçado – o que Truffaut jamais fora antes. A história, de um amor romântico que se realiza pela autodestruição, baseia-se nos diários de Adèle, a filha de Victor Hugo, interpretada pela prodigiosa e jovem atriz Isabelle Adjani. A consistência visual obtida pelo fotógrafo, Nestor Almendros permite que Truffaut obtenha uma nova visão sobre a personagem.”
Interessante: o Guide des Films de Jean Tulard não gostou muito do filme, ao qual deu 1 única estrela. (O guia não dá estrelas para todos os filmes – só para os mais importantes. E é extremamente avaro. São raras as 3 estrelas, raríssimas as 4.)
“Isabelle Adjani é um grande atriz, e como tal interpreta a personagem de Adèle H: desvairada, desgrenhada, ela representa sua loucura. Truffaut a observa como uma doente com frieza e distância. Ele cria uma narrativa em que assistimos ao espetáculo do amor louco e da paixão, mas no qual não acreditamos. Os clichês de um romantismo exacerbado são particularmente irritantes.”
Cada cabeça, uma sentença.
Não acho o filme frio, distante. É um relato sobre um amor louco, sobre uma pessoa louca – e é um relato que emociona, que mexe com o espectador. No meu caso, mexeu tanto, me fez sofrer tanto, que quis parar de ver.
Não é um filme agradável de se ver – e é claro que não é, não poderia ser, pois conta uma história trágica, horrorosa. Para o espectador, experimentar tanto horror, tanta tristeza, é claro que é uma experiência ruim.
Para mim, o melhor de ter visto o filme agora, e de ter lido um pouco sobre ele, foi ter encontrado esta frase maravilhosa escrita por François Truffaut, esse gênio do cinema:
“Os anos passam, eu faço filmes bons ou ruins, mas todos livremente escolhidos, e eu sou obrigado a me dar conta de que apenas me ocupo e me interesso pelo campo afetivo.”
Anotação em agosto de 2016
A História de Adèle H./L’Histoire d’Adèle H.
De François Truffaut, França, 1975
Com Isabelle Adjani (Adèle Hugo / Adèle Lewly)
e Bruce Robinson (tenente Albert Pinson), Sylvia Marriott (Mrs. Saunders), Joseph Blatchley (Mr. Whistler, o livreiro), Ivry Gitlis (o homem da hipnose), Louise Bourdet (o empregado de Victor Hugo), Cecil De Sausmarez (Mr. Lenoir), Ruben Dorey (Mr. Saunders), Edward J. Jackson (O’Brien), Clive Gillingham (Keaton), Roger Martin (doutor Murdock), Madame Louise (Madame Baa), Jean-Pierre Leursse (o que escreve carta)
Roteiro Roteiro François Truffaut & Jean Gruault & Suzanne Schiffman
Com a colaboração de Frances Vernor Guille, que editou os Diários de Adèle Hugo
Fotografia Néstor Almendros
Música Maurice Jaubert
Montagem Martine Barraqué, Yann Dedet, Jean Gargonne e Michèle Neny
No DVD. Produção Les Films du Carrosse e Les Artistes Associés
Cor, 96 min
R, ***
Embora eu adore Adjani (minha atriz favorita)e Truffaut, só consegui controlar meu emocional duas vezes para ver e depois rever este filme. Realmente, não é fácil de assistir. Mas, que imagens inesquecíveis ele deixa, e frases…
“Tenho a religião do amor. Não entrego meu corpo sem entregar minha alma, e nem minha alma sem entregar meu corpo”.
Ultra-romântico? Com certeza. Inesquecível? Também.
E Isabelle! Nossa! Linda, linda, linda, absolutamente maravilhosa…