Sabrina é um dos mais belos contos de fada que a imaginação humana já conseguiu criar. E é um dos filmes mais encantadores, charmosos, simpáticos, gostosos, divertidos da História do cinema, uma obra-prima que não envelhece nadinha, que encanta mais a cada nova revisão.
Tenho, reconheço, a tendência de ser chegado a um superlativo, para o bem ou para o mal. Mas com Sabrina não tem jeito: o filme é superlativo. Sabrina é a prova de que Billy Wilder é um dos mais magníficos, mais maravilhosos textos do cinema. E de que Audrey Hepburn é uma das estrelas mais encantadoras da História.
Foi o segundo filme de Audrey. No ano anterior, 1953, havia estreado em A Princesa e o Plebeu/Roman Holiday, aquela absoluta maravilha. Acho que nem chega a ser ousadia dizer que, se Audrey Hepburn tivesse feito apenas esses dois filmes, A Princesa e o Plebeu e Sabrina, ainda assim seria um ícone, um mito, um emblema, como James Dean, que fez apenas três filmes e é um dos personagens mais marcantes do século XX.
Claro, Audrey, diferentemente de James Dean, foi em frente – e depois de Sabrina ela faria nada menos que a Natasha Rostova de Guerra e Paz, na versão bastante digna do maior romance de todos os tempos feita por King Vidor, e depois estrelaria Cinderela em Paris/Funny Face (1957), Amor na Tarde, de novo com Billy Wilder – e assim por diante.
Não há no mundo quem tenha visto algum filme com Audrey Hepburn e não a ame de paixão. Nelson Rodrigues dizia que toda unanimidade é burra, e Nelson Rodrigues estava certo em 99,9% do que ele falava, mas nisso aí ele errou. Nem absolutamente toda unanimidade é burra. Adorar Audrey Hepburn é uma unanimidade que não é burra. Das pouquíssimas que há, a exceção que confirma a regra.
O filme abre com um texto brilhante, lido pela voz maravilhosa de Audrey
A voz de Audrey Hepburn é encantadora. É personalíssima: a gente ouve e identifica imediatamente. Tem um timbre especial, e sua dicção é absolutamente clara e perfeita. Ela fala cada fonema com a clareza dos anjos. Bem educada, nascida em berço esplêndido, mãe baronesa da Holanda, pai rico homem de negócios descendente de ingleses e austríacos, falava com o perfeito sotaque dos ingleses classe alta.
A voz de Audrey introduz a história de Sabrina, num texto assinado por Billy Wilder, Samuel Taylor e Ernest Lehman. A narrativa inicial – a voz de Audrey Hepburn em off, enquanto vemos tomadas da milionária propriedade dos Larrabees – é até um tanto longa, mas é um texto absolutamente brilhante. Um texto padrão Billy Wilder:
“Era uma vez, na praia do Norte de Long Island, a umas 30 milhas de Nova York, uma garotinha em uma imensa propriedade. A propriedade era muito vasta mesmo, e tinha vários serventes. Havia jardineiros para cuidar dos jardins. Havia um barqueiro para cuidar dos barcos; para colocá-los n’água na primavera e limpar seus cascos no inverno. Havia especialistas para cuidar dos terrenos: a quadra de tênis externa e a quadra de tênis interna, a piscina externa e a piscina interna. E havia um homem sem uma qualificação específica para cuidar de um pequeno lago no jardim onde vivia um peixe dourado chamado George. Também havia na propriedade um chofer de nome Fairchild, que havia sido importado da Inglaterra anos atrás junto com um novo Rolls-Royce. Fairchild era um ótimo chofer, consideravelmente polido, assim como os oito carros sob seus cuidados, e ele tinha uma filha com o nome de Sabrina.”
Neste momento, vemos Sabrina-Audrey Hepburn ajudando seu pai (interpretado por John Williams, o ator inglês que trabalhou com Alfred Hitchcock em Disque M para Matar e Ladrão de Casaca) na imensa garagem.
A voz de Audrey em off prossegue: “Era a véspera das corridas anuais de iates de seis metros, e, como era a tradição em Long Island nos últimos 30 anos, os Larrabees estavam dando uma festa. Nunca chovia na noite da festa dos Larrabees. Os Larrabees não permitiriam. Havia quatro Larrabees no total: pai, mãe e dois filhos. Maude e Oliver Larrabee (interpretados por Nella Walker e Walter Hampden) haviam se casado em 1906, e entre os muitos presentes de casamento havia a casa em Nova York e esta propriedade para os fins de semana. A casa em Nova York havia sido convertida na Saks da Quinta Avenida. Linus Larrabee, o filho mais velho (o papel de Humphrey Bogart), formou-se em Yale, onde seus colegas o elegeram O Homem Mais Provável a Doar US$ 50 milhões. Seu irmão. David (o papel de um William Holden com o cabelo estranhamente tingido de louro), passou por diversas das melhores faculdades por breves períodos de tempo, e por diversos casamentos por períodos ainda mais breves de tempo. Ele era agora um bem-sucedido jogador de pólo e aparecia na declaração de renda de Linus como uma dedução de US$ 600. A vida era agradável entre os Larrabees, pois aquele era o lugar mais perto possível do paraíso que poderia haver em Long Island.”
Isso é que é texto de abertura de um conto de fadas moderno.
O roteiro do filme, um absoluto brilho, foi escrito por três mestres
Billy Wilder dizia que a chegada do som ao cinema fez mal a Charlie Chaplin. Chaplin, ele disse, foi genial em seus filmes mudos – e continuou a fazer filmes sem diálogos mesmo após o advento do som, em 1927. Quando finalmente cedeu, e passou a incluir diálogos em seus filmes – disse Wilder –, Chaplin passou a fazer discursos, e seus filmes ficaram piores.
É extremamente fascinante que Wilder diga isso, já que ele é autor de alguns dos melhores diálogos da história do cinema.
Sempre foi um homem de texto brilhante – desde bem antes de sua estréia na direção, em The Major and the Minor, no Brasil A Incrível Susana, de 1942. Em 1929, ainda na Alemanha, começou a trabalhar como roteirista. E foi escolhido para escrever roteiros para seu grande mestre, Ernst Lubitsch, o homem do “toque Lubitsch”, sinônimo de inteligência, bom gosto, refinamento, elegância. É de Billy Wilder e Charles Brackett, por exemplo, o roteiro dos lubitschianos A Oitava Esposa de Barba-Azul (1938), com Gary Cooper e Claudette Colbert, e Ninotchka (1939), o primeiro filme em que Greta Garbo ri – “Garbo Laughs!”, diziam os cartazes do filme, um dos maiores clássicos de Hollywood.
Billy Wilder & Charles Brackett (1892-1969). Os dois assinaram os roteiros de seis dos primeiros filmes dirigidos por Wilder. A partir de Amor na Tarde (de novo com Audrey Hepburn no papel principal), de 1957, Wilder passou a dividir a autoria dos roteiros de seus filmes com I.A.L. Diamond; fariam juntos os roteiros de 12 filmes, até o ultimo do realizador, Amigos, Amigos, Negócios à Parte/Buddy, Buddy, de 1981.
Wilder sabia escolher parceiros, e era fiel a eles – seis roteiros com Brackett, 12 com Diamond. Nenhum dos dois, no entanto, participou da redação de Sabrina, tarefa que Wilder dividiu com Samuel Taylor e Ernest Lehman.
Samuel A. Taylor (1912-2000) foi o autor da peça teatral Sabrina Fair, que estreou na Broadway em 11 de novembro de 1953 e teve 318 apresentações, com Margaret Sullavan no papel título. Ele foi um dos autores do roteiro de Um Corpo Que Cai/Vertigo (1958), e escreveu o de Topázio (1969), ambos de Hitchcock.
Consta que Taylor se desentendeu com Wilder devido às constantes alterações que este fazia no texto original, e acabou abandonando o projeto. Foi então substituído por Ernest Lehman.
Ernest Lehman é não menos que genial. É autor ou co-autor, entre muitos outros, dos roteiros de A Embriaguez do Sucesso/Sweet Smell of Success (1957), Intriga Internacional (1959), West Side Story (1961) e A Noviça Rebelde/The Sound of Music (1965). Seis de seus roteiros tiveram indicação ao Oscar.
O roteiro de Sabrina é brilho puro.
O filme trata com graça, elegância, o flagelo que é o fossso entre as classes sociais
Roteiro foi uma das sete categorias em que o filme teve indicações ao Oscar de 1955. As outras foram melhor filme, melhor direção, melhor atriz para Audrey Hepburn, melhor fotografia em P&B para Charles Lang, melhor direção de arte para Hal Pereira e equipe, e melhor figurino para a eterna Edith Head. Só Edith Head levou a estatueta – uma das 8 que ela levou para enfeitar a lareira da sala de casa.
Poucos filmes exploraram com tanta graça, simpatia, elegância, inteligência, esse flagelo (contra o qual a humanidade ainda não encontrou remédio adequado) que é a brutal diferença entre as classes sociais.
Sabrina, a filha do chofer, ama de paixão David, o playboy filho dos patrões de seu pai. David, é claro, jamais prestou atenção a ela. Fairchild manda a filha estudar culinária em Paris – para ela aprender um pouco da vida e, quem sabe, esquecer David. A gatinha borralheira volta uma Cinderela lindíssima, elegantérrima – e David fica louco por ela. Mas David está noivo de Elizabeth Tyson (a bela Martha Hyer), filha de um milionário cuja empresa vai se casar com as do império Larrabee, dirigido por Linus. Para preservar o noivado de David e Elizabeth (e o das empresas familiares), Linus dedicará tempo a Sabrina, enquanto David se recupera de ferimentos aflitivos nas nádegas.
Dá vontade de transcrever algumas dezenas de diálogos. (A página de diálogos do filme no IMDb traz 43!) Tento me segurar com apenas três:
Linus (mentindo descaradamente para seu irmão David, na presença do pai): – “Se você a ama, case-se com ela. Estamos no século XX!”
Oliver, o pai (com ar de nojo): – “Século XX? Eu poderia tirar um século de dentro de um chapéu, de olhos vendados, e achar um melhor que este.”
Outro: Thomas Fairchild, o pai de Sabrina, está dirigindo, levando Linus da mansão até a sede das empresas Larrabee, em Manhattan. Ele sabe, é claro, que Linus tem passado muito tempo com Sabrina, e então diz: – “Eu gosto de pensar que a vida é como uma limousine. Embora estejamos rodando juntos, devemos nos lembrar de nossos lugares. Há o banco da frente e o banco de trás, e uma janela no meio.
Linus: – “Fairchild, eu nunca tinha reparado antes, mas você é um terrível esnobe.”
Fairchild: – “Sim, senhor.”
Mais um. De novo, Thomas Fairchild filosofando sobre a vida e as classes sociais, desta vez para sua filha: – “A democracia pode ser uma coisa perversamente injusta, Sabrina. Ninguém pobre jamais foi chamado de democrata por se casar com uma pessoa rica.”
Wilder dirigiu quatro filmes com Holden, dois com Audrey e só um com Bogey
Sabrina foi o único filme em que Billy Wilder dirigiu o grande Humphrey Bogart. Bogey estava então com 54 anos; morreria em 1957, antes de completar 58 anos.
Foi o primeiro dos dois filmes do diretor com Audrey; como já foi dito, voltariam a trabalhar juntos quatro anos mais tarde, em 1957, em Amor na Tarde.
E foi o terceiro dos quatro filmes do diretor com William Holden. Antes, haviam feito Crepúsculo dos Deuses/Sunset Boulevard (1950) e Inferno nº 17/Stalag 17 (1953). E fariam ainda Fedora (1978).
Audrey Hepburn e William Holden voltariam a trabalhar juntos em Quando Paris Alucina/Paris When It Sizzles (1964).
Um detalhinho fascinante: por duas vezes, menciona-se no filme que serão compradas entradas para The Seven Year Itch. De fato, a peça estava em cartaz na Broadway em 1953 – e seria o filme seguinte de Wilder, o primeiro dos dois que ele faria com Marilyn Monroe e que no Brasil teve o título de O Pecado Mora ao Lado (1955).
“Bogart não podia me suportar e não conseguia aguentar o papel”, diz o diretor
Diz o pesquisador, professor e crítico alemão Hellmuth Karasek, em seu livro Billy Wilder – E o resto é loucura: “Sabrina não é um filme notável somente porque o protagonista, o herdeiro e empresário Linus (Humphrey Bogart) se revela um manipulador quase tão perverso quanto o jornalista Charles Tatum” – o protagonista de A Montanha dos Sete Abutres/Ace in the Hole (1951). “Sabrina também é um filme notável porque é uma comédia leve, com pitadas irônicas e achados irresistíveis – com um touch de Lubitsch, diria Wilder, com um touch de Wilder, diria eu. Um filme decerto não sem visões amargas, mas sem amargura”.
Karasek é muito bom. Ele diz: “O euroamericano Billy Wilder faz sua Cinderela se educar na culinária e no savoir vivre de Paris, e manda para lá o casal finalmente feliz – negócios se fazem nos Estados Unidos, mas só se pode ser feliz na Europa, que foi feita como que de encomenda para uma honeymoon.”
O livro de Hellmuth Karasek é todo entremeado de longos depoimentos dados a ele pelo próprio Billy Wilder. É, ao mesmo tempo, um estudo sobre a vida e a obra do cineasta feito por uma terceira pessoa e uma autobiografia do próprio Wilder.
Diz ele: “Desde o início, Humphrey Bogart teve violenta antipatia em relação à minha pessoa. (…) Bogart não podia me suportar e não conseguia aguentar o papel, e não fazia segredo de nenhuma das duas coisas. Até então havia interpretado principalmente aquele tipo durão que vestia capa de chuva, escondia seus sentimentos por trás de observações irreverentes. Ele havia se tornado mundialmente famoso como o Rick de Casablanca e acabara de receber um Oscar por seu papel em Uma Aventura na África (The African Queen). (…) E agora deveria enganar uma garota, cheia de clichês sonhadores, para depois cair nos braços dela. Aos seus olhos isso era palavreado oco que não lhe agradava. Pela primeira vez na sua carreira tinha de interpretar alguém vestindo calça xadrez, chapéu-coco e guarda-chuva.”
Pelo que se conta no livro, o clima durante as filmagens de Sabrina foi um horror. Bogey criticava Wilder abertamente, imitava seu sotaque carregadíssimo. Chegou a perguntar a ele se determinado diálogo havia sido escrito por uma criança de dois anos de idade. Um dia chegou ao set dizendo que havia jantado na noite anterior com seu amigo John Huston, e os dois haviam feito uma lista dos 15 melhores diretores de cinema. “E quer saber de uma coisa, Billy? Você não está nela. Huston não mencionou você uma vez sequer.”
Para piorar ainda mais as coisas, Wilder costumava, ao final do dia de trabalho, se reunir com William Holden – àquela altura já seu grande amigo – e com Audrey Hepburn para tomar umas e outras, e não convidavam Bogey, que, obviamente, se sentia excluído, ofendido, peixe fora d’água – era seu primeiro filme na Paramount, onde Wilder e Holden estavam em casa.
Perguntado, na época, sobre como era trabalhar com Audrey Hepburn, Bogey disse: “It’s OK, if you don’t mind to make 20 takes”. Tudo certo, se você não se importar de repetir a mesma tomada 20 vezes.
No livro de Karasek, Wilder conta que uma vez Audrey de fato errou suas falas diversas vezes – mas foi de propósito, para ajudar o diretor. Ele ainda não tinha terminado de escrever os diálogos que seriam filmados naquele dia, e então, para ganhar tempo, Audrey cometeu erro atrás de erro. Conta o próprio Wilder: “Ela errou tantas vezes o texto das últimas cenas que já estavam escritas, isto é, agiu como se não desse conta de dizer o texto, até que a tarde chegou ao fim. O que Marilyn fazia sem querer Audrey fazia de propósito. Ela fez uma má figura para me salvar.”
É muito louco saber dessas histórias, porque, vendo o filme – aquela coisa sempre bem humorada, elegante, gostosa, charmosa – não dá para perceber que houve tanta animosidade.
Na época das filmagens, William Holden e Audrey tiveram um caso
Mais historinhas.
* Bem en passant, o livro Billy Wilder – E o resto é loucura diz que, durante as filmagens, houve um romance entre Audrey Hepburn e William Holden. O livro Hollywood Picks the Classics confirma o namoro – mas o fato é que, em 25 de setembro de 1954, um mês antes de o filme estrear nos Estados Unidos, Audrey se casou com o ator Mel Ferrer, com quem teria um filho e viveria até 1968.
* Na época da entrega dos Oscars, no início de 1955, Audrey estava grávida, morando em Londres, e foi aconselhada pelos médicos a não viajar até Los Angeles. No ano anterior, havia ganho o Oscar de melhor atriz por A Princesa e o Plebeu, e portanto deveria entregar a estatueta de melhor ator; foi substituída, naquele momento da cerimônia, por Bette Davis.
* Embora seu nome não apareça nos créditos, e embora Edith Head tenha levado o Oscar de melhor figurino, Hubert de Givenchy foi o autor das roupas usadas por Audrey Hepburn. Audrey e o figurinista se tornaram amigos, e a atriz passaria a usar modelos criados por ele nos seus filmes seguintes.
* A mansão e a imensa propriedade em que o filme foi feito pertencia ao chefão da Paramount, Barney Balaban. Ele aceitou ceder sua própria casa pensando em economizar no orçamento – mas, uma vez instalada a equipe, arrependeu-se amargamente, segundo conta Hellmuth Karasek numa frase deliciosa: “Em parte alguma as coisas acontecem de maneira menos onírica do que na produção de sonhos”.
Anotação em dezembro de 2014
Sabrina
De Billy Wilder, EUA, 1954
Com Audrey Hepburn (Sabrina Fairchild), Humphrey Bogart (Linus Larrabee), William Holden (David Larrabee),
e Walter Hampden (Oliver Larrabee), John Williams (Thomas Fairchild), Martha Hyer (Elizabeth Tyson), Joan Vohs (Gretchen Van Horn), Marcel Dalio (o barão), Marcel Hillaire (o professor), Nella Walker (Maude Larrabee), Francis X. Bushman (Mr. Tyson), Ellen Corby (Miss McCardle), Marjorie Bennett (Margaret, a cozinheira), Emory Parnell (Charles, o mordomo), Kay Riehl (Mrs. Tyson), Nancy Kulp (Jenny, a criada)
Roteiro Billy Wilder, Samuel Taylor e Ernest Lehman
Baseado na peça Sabrina Fair, de Samuel Taylor
Fotografia Charles Lang
Música Frederick Hollander
Montagem Arthur Schmidt
Direção de arte Hal Pereira e Walter Tyler
Figurinos Edith Head
Produção Billy Wilder, Paramount. DVD Paramount
P&B, 113 min
R, ****
Eu não tenho nada de relevante pra dizer, mas comento mesmo assim, porque amo o filme, tanto, amo Bogart (jamais suspeitaria que ele detestava o papel) e amo o tom leve e ácido do filme (sem falar que eu me rendo fácil a bons diálogos e esse tem dos melhores).
A única coisa que eu nunca vou entender nessa história é como ninguém prestava atenção nela ANTES de ir para a França. Poxa, gente, era A Audrey!!! Em hipótese alguma tem como passar despercebida rsrsrs
Olá!!! No texto você comenta que Sabrina foi a terceira e última parceria de William Holden com Billy Wilder!!! Mas em 1978, eles voltaram a trabalhar juntos em “Fedora”.
Opa! Boa, Allan! Muito obrigado por enviar esta mensagem. Vou corrigir imediatamente o erro no texto!
Por favor, sempre que vir erros como esse por aqui, me avise!
Um abraço!
Sérgio
Foi há pouco que acabei de assistir a Sabrina e fiquei bastante maravilhado. Que filme doce, um conto de fadas com diálogos adultos e espirituosos e um pouco de sensualidade! Audrey está mais bonita antes de vir de Paris. Eu adoro vê-la de rabo de cavalo e o vestido do inicio do filme é querido. Bogart e Holden estão óptimos. Eu pensava que Holden não estava com o cabelo pintado porque eu julgo que ele é aloirado mas realmente ele está mais loiro em Sabrina. Talvez tenha mesmo pintado, mas eu gostei. Os criados a lerem as cartas da Sabrina é engraçado. O início do filme é, de facto, muito convidativo a ver o filme e fez lembrar Rebecca de Hitchcock devido à presença da mansão e da voz feminina em off. Não fazia ideia que Bogart se tenha dado mal com Wilder e que não tenha tido grande química com os outros protagonistas. Eu penso que ele é daquelas pessoas que se dá bem com toda a gente. Apesar de tudo, fizeram um ótimo filme! Gostei mais de Sabrina que Férias em Roma, se bem que este último também é do meu agrado
Ex-gata borralheira maria ninguém filha do motorista é mandada a Paris pra ver se esquece tesão recolhido por playboy, volta uma princesa ma-ra-bi-cho-sa e acaba fisgando o coração do irmão mais velho do playboy.
Observou que na cena em que Sabrina espera o David nas árvores, a mesma da foto neste artigo (zzsabrina6.jpg), os troncos e galhos formam um coração? Se foi de propósito, não sei, e nem reparei ao assistir, mas aqui na página notei na mesma hora!
visto hoje, o filme Sabrina é como pisar na goela da filha da empregada de A que horas ela volta.
Enfim, cada época com seu tipo de penteado!