Belo, triste, melancólico, amargurado filme sobre escolhas afetivas.
Tem muito pouco a ver, mas, por algum motivo, ele me fez lembrar As Pontes de Madison, aquela maravilha que Clint Eastwood fez em 1995. Continue lendo “Je l’aimais”
Por Sérgio Vaz
Belo, triste, melancólico, amargurado filme sobre escolhas afetivas.
Tem muito pouco a ver, mas, por algum motivo, ele me fez lembrar As Pontes de Madison, aquela maravilha que Clint Eastwood fez em 1995. Continue lendo “Je l’aimais”
Durante 110 minutos, Lola carrega o espectador para dentro da mais profunda miséria material que pode haver. A vida da Antonio Ricci, o protagonista de Ladrões de Bicicleta, de Vittorio De Sica, chega a parecer quase um mar de rosas, comparada às de Lola Sepa e Lola Puring, as personagens centrais do filme do diretor filipino Brillante Mendoza. Continue lendo “Lola”
É possível que o diretor Bruno Dumont tenha querido mostrar, em O Pecado de Hadewijch, que todo e qualquer fanatismo religioso é, em si mesmo, um perigo. E que os fanatismos todos a rigor se aproximam. Céline, a protagonista do filme, passa de um cristianismo exagerado, lunático, fanático, ao terrorismo muçulmano. Do abnegadérrimo amor a Cristo à jihad sangrenta dos muçulmanos fanáticos. Continue lendo “O Pecado de Hadewijch / Hadewijch”
Charles Dickens publicou Little Dorrit em capítulos semanais entre dezembro de 1855 e junho de 1857. Em livro, o romance forma uma cartapácio – como em geral são as obras do escritor – de quase 800 páginas. Continue lendo “Little Dorrit”
Com muita boa vontade e condescendência, seria possível dizer que este Segredos Enterrados, no original Les Secrets, da tunisiana Raja Amari, pode ser interessante para quem queira saber sobre os hábitos de uma civilização em tudo diferente da nossa, talvez mais próxima da dos venusianos ou jupiterianos do que tudo o que conhecemos. Continue lendo “Segredos Enterrados / Les Secrets”
Contracorrente, primeiro longa-metragem do roteirista e diretor peruano Javier Fuentes-León, é bastante surpreendente. É inesperado, corajoso – e muito bom. Continue lendo “Contracorrente / Contracorriente”
Antes de Arráncame la Vida, o filme, houve a canção, e depois o romance de mesmo nome. “Arráncame la vida”, a música – cantada duas vezes no filme –, é atribuída em várias páginas da internet a Agustín Lara (1900-1970), aquela espécie assim de Noel Rosa da música mexicana; nos créditos finais, no entanto, a autoria é dada a Maria Teresa Lara. Continue lendo “Arranca-me a Vida / Arráncame la Vida”
Em Scoop, Woody Allen – assim como havia feito seu mentor Ingmar Bergman em O Sétimo Selo, e muito antes dele o também sueco Victor Sjöström em A Carruagem Fantasma – mostra a cara da Morte. Continue lendo “Scoop – O Grande Furo / Scoop”
Desconcertante. Acho que o adjetivo que mais define o filme E Estrelando Pancho Villa é este. Desconcertante. Continue lendo “E Estrelando Pancho Villa / And Starring Pancho Villa as Himself”
Houve Uma Vez Dois Verões é uma delícia de filme. Mais um gol de Jorge Furtado. Na verdade, ainda não vi Jorge Furtado errar. Todo filme dele que já vi é gol. Continue lendo “Houve Uma Vez Dois Verões”
Uma pequena gema, uma pérola encantadora, um filme feito para platéias adultas, com imensa, colossal sensibilidade. Meus Dias no Cairo é simples, sutil, suave, mínimo. Continue lendo “Meus Dias no Cairo / Cairo Time”
Ricky, feito por François Ozon em 2009, é daquele tipo de filme cujo encanto se perde muito se o espectador souber exatamente do que se trata. Daquele tipo que perde muito da graça se houver spoiler, estraga prazer. Assim, naturalmente, não vou adiantar sobre a trama mais do que o bom senso permitiria. Continue lendo “Ricky”
Eis aí um grande filme – que, aparentemente, é bem menos conhecido do que deveria.
É assim uma espécie de Os Melhores Anos de Nossas Vidas, versão 2008. Continue lendo “Gente de Sorte / The Lucky Ones”
Um leitor do IMDb escreveu lá que 15 Anos e Meio é uma gigantesca tolice; que parece uma refilmagem francesa de comédias ruins de Hollywood, quando o normal é que Hollywood refilme comédias inteligentes feitas na França. Continue lendo “15 Anos e Meio / 15 Ans et Demi”
Lançado em 2000, A Taça de Ouro/The Golden Bowl tem a assinatura, o selo, a marca registrada do trio James Ivory-Ismail Merchant- Ruth Prawer Jhabvala, com tudo o que isso implica. Há quem torça o nariz. Quem não conhece pode achar chato, enfadonho, repetitivo. Para mim, o selo Ivory-Merchant-Prawer Jhabvala é garantia absoluta de bons serviços prestados. Continue lendo “A Taça de Ouro / The Golden Bowl”