Infâmia / The Children’s Hour


Nota: ★★★★

Anotação em 2009: Infâmia/The Children’s Hour, feito em 1961, é um filme muito menos conhecido do que deveria. É – ou pelo menos era, até há pouco – quase obscuro, embora seja dirigido por um nome importantíssimo, William Wyler, vencedor de três Oscars de melhor direção e com outras nove indicações, e tenha duas atrizes excepcionais e que, na época, estavam no auge da carreira, e da beleza – Audrey Hepburn e Shirley MacLaine. Continue lendo “Infâmia / The Children’s Hour”

O Casamento / Il Regista di Matrimoni


Nota: ½☆☆☆

Anotação em 2009: Em O Casamento (no original, “o diretor dos casamentos”), o filme de Marco Bellocchio de 2006, há um personagem secundário, um diretor de cinema, que afirma que “na Itália, é a morte que comanda”. Ele está convencido de que, se for divulgada a notícia de sua morte, seu filme mais recente ganhará naquele ano os prêmios David di Donatello, o Oscar italiano. Continue lendo “O Casamento / Il Regista di Matrimoni”

Com o Dinheiro dos Outros / Other People’s Money


Nota: ★★★☆

Anotação em 2009: Posso estar errado, mas me parece que este filme foi bem pouco falado. E é uma surpresa bem interessante. Sob a capa de uma comedinha com alguns lances de safada sensualidade, discute a sério mazelas do capitalismo, o desemprego, a necessidade de as indústrias se adaptarem ao mundo em transformação veloz; a voracidade, a ganância sem fim dos investidores e especuladores de Wall Street, a predominância absurda do setor financeiro sobre o setor produtivo. Continue lendo “Com o Dinheiro dos Outros / Other People’s Money”

Cinzas e Diamantes/Popiól i Diament


Nota: ★★★★

Anotação em 2009: Cinzas e Diamantes é um filme genial, no sentido mais literal possível, no sentido de coisa de gênio. Merece um monte de adjetivos, um monte de superlativos: é brilhante, excessivo, exagerado, teatral, operístico, circense, surreal. É um tour-de-force, uma explosão, um espetáculo de fogos de artifício. Continue lendo “Cinzas e Diamantes/Popiól i Diament”

O Crime Sem Perdão, Tony Rome e A Mulher de Pedra


Nota: ★★★☆

Anotação em 2007, com complemento em 2009: Em 1967 e 1968, Frank Sinatra interpretou detetives em três filmes feitos pelo mesmo diretor, Gordon Dougas, pela mesma empresa, a Arcola-Millfield, com o mesmo produtor, Aaron Rosenberg, distribuídos pelo mesmo estúdio, a 20th Century Fox. E são dois detetives absolutamente distintos, diferentes, dessemelhantes, em dois tipos de filme.   Continue lendo “O Crime Sem Perdão, Tony Rome e A Mulher de Pedra”

Homicídio / Homicide


Nota: ★★★½

 Anotação em 2009: Um belíssimo thriller, impressionante em tudo por tudo – até por ir muito além do gênero. Faz um belo estudo psicológico dos personagens, e discute o nada simples tema da identidade social e de grupo étnico e religioso em uma sociedade complexa – especificamente, um judeu vivendo numa grande cidade americana em meio ao caldeirão de etnias. Continue lendo “Homicídio / Homicide”

A Innisfree de John Ford

Tempos atrás, em viagem à Irlanda, meu amigo Anélio Barreto visitou a pequena cidade em que John Ford filmou Depois do Vendaval/The Quiet Man, um filme pelo qual ele, eu e um grande monte de gente somos apaixonados. Não sei de outro jornalista brasileiro que tenha tido o  privilégio de conhecer Innisfree, aquela cidade de sonhos onde o personagem de John Wayne se apaixona à primeira vista por Mary Kate Donahe-Maureen O’Hara. Continue lendo “A Innisfree de John Ford”

Legião Invencível / She Wore a Yellow Ribbon


Nota: ★★★☆

Anotação em 2009: Esta é uma das odes do mestre John Ford à Cavalaria americana. A ação se passa em 1876, logo após a batalha de Little Big Horn, em que os índios de várias nações reunidos arrasaram com a empáfia e com a vida dos militares chefiados pelo general Custer. Continue lendo “Legião Invencível / She Wore a Yellow Ribbon”

Na Natureza Selvagem / Into the Wild


Nota: ★★★★

Anotação em 2008: Este filme de Sean Penn – uma magnífica festa de imagens, belíssimas, esplêndidas imagens – começa e termina com palavras. Abre com um poema de Byron dizendo que os homens que o perdoem, mas a natureza é mais bela. Terminará, duas horas de extraordinárias imagens depois, dizendo que a felicidade só existe se puder ser compartilhada. Continue lendo “Na Natureza Selvagem / Into the Wild”